terça-feira, 15 de novembro de 2011

JOÃO BOSCO LEAL: VIDA BREVE...

Ainda outro dia, depois das aulas e das tarefas feitas, jogava bolinhas de gude com amigos na calçada de casa…
No mês de agosto, os meninos faziam seus papagaios de papel de seda e goma arábica, tentando que fossem mais coloridos e com o rabo maior que o dos outros…

Ao anoitecer, os pais já cansados e querendo um pouco de sossego, nos davam algumas moedas para apanharmos vagalumes…
As brincadeiras mais comuns eram as de pega-pega, esconde-esconde, cabra cega, amarelinha e queimada…

Depois vieram os jogos de futebol e para meninas, outros tipos de brincadeiras, considerados mais apropriados…
Os pais que podiam, colocavam seus filhos no judô e na natação, as meninas no balé e piano, e ambos no inglês…

Como diversão, a grande novidade eram os patins, antecessor do skate…
As fanfarras treinavam o ano todo para raríssimas apresentações, no sete de setembro ou nos concursos estaduais, quando, as meninas faziam belíssimas apresentações de malabarismos…

Vieram as aulas de datilografia, que os mais novos sequer sabem do que se trata…
As brincadeiras dançantes em clubes eram destinadas aos menores de idade e animados com música ao vivo…
O limite de horário era sempre muito rígido, 22 horas, e queríamos envelhecer mais rapidamente…

Vieram os bailes, os carnavais, os cinemas e os namoros, todos muito diferentes dos atuais…
A cuba libre era a bebida da moda e alguns se embebedaram pela primeira vez…
Ouvíamos os Beatles, Creedence CR, Carpenters, Ray Charles, Cat Stevens, Aretha Franklin, Tina Turner e centenas de outros de elevado padrão musical, com músicas também muito diferentes das atuais…
Veio a faculdade, muitos estudos, músicas, namoradas e bailes, mas a sonhada formatura, só para a minoria…

Começou a vida de responsabilidades, trabalho, busca de renda, casamento, filhos…

A tensão era ser enorme, com muitas preocupações com a educação e saúde dos pequenos, seu futuro…
Agora são os filhos que passam pelas mesmas situações, nos alegrando ou preocupando…

Apareceram rugas e cicatrizes, muitas no corpo outras na alma…
Muitos cabelos caíram e outros ficaram brancos, os sonhos diminuíram e fiquei mais realista…

Os netos começam a crescer e de um modo ou de outro a viver tudo o que eu e seus pais vivemos…
Aos 60 anos, muitos nos acham quadrados, ultrapassados, com poucas idéias úteis, mas na sua idade, eu achava que uma pessoa com 35, 40 anos já era velha…

Realmente diminuíram minhas destrezas, estou cada vez mais lento, física e mentalmente, mas é uma fase maravilhosa, pois já aprendi e senti bastante, mas tenho fome de novos aprendizados e sentimentos…
Foi tudo muito rápido e o que mais quero agora, é que tudo demore muito…

LEIS DE MURPHY 5


81. Nada é tão ruim que não possa piorar.

82. O material é danificado segundo a proporção direta do seu valor.

83. Se você está se sentindo bem, não se preocupe. Isso passa.

84. No ciclismo, não importa para onde você vai; é sempre morro acima e
contra o vento.

85. Por mais tomadas que se tenham em casa, os móveis estão sempre na
frente.

86. Existem dois tipos de esparadrapo: o que não gruda, e o que não sai.

87. Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.

88. Você sabe que é um dia ruim quando: O sol nasce no oeste; você pula da
cama e erra o chão; o passarinho cantando lá fora é um urubu; seu bichinho
de cerâmica te morde.

89. Por que será que números errados nunca estão ocupados?

90. Mas você nunca vai usar todo esse espaço de Winchester!

91. Se você não está confuso, não está prestando atenção.

92. Na guerra, o inimigo ataca em duas ocasiões: quando ele está preparado,
e quando você não está.

93. Tudo que começa bem, termina mal. Tudo que começa mal, termina pior.

94. Amigos vêm e se vão, inimigos se acumulam.

95. "Pilhas não incluídas"

96. Você só precisará de um documento quando, espontaneamente, ele se mover
do lugar que você o deixou para o lugar onde você não irá encontrá-lo.

97. As crianças são incríveis. Em geral, elas repetem palavra por palavra
aquilo que você não deveria ter dito.

98. Uma maneira de se parar um cavalo de corrida é apostar nele.

99. Toda partícula que voa sempre encontra um olho.

100. Um morro nunca desce.

AS LEIS DE MURPHY 4


61. A citação mais valiosa para a sua redação será aquela em que você não
consegue lembrar o nome do autor.

62. Caras legais são feios. Caras bonitos não são legais. Caras bonitos e
legais são gays.

63. A maioria dos trabalhos manuais exigem três mãos para serem executados.

64. As porcas que sobraram de um trabalho nunca se encaixam nos parafusos
que também sobraram.

65. Quanto mais cuidadosamente você planejar um trabalho, maior será sua
confusão mental quando algo der errado.

66. Tudo é possível. Apenas não muito provável.

67. Em qualquer circuito eletrônico, o componente de vida mais curta será
instalado no lugar de mais difícil acesso.

68. Qualquer desenho de circuito eletrônico irá conter: uma peça obsoleta,
duas impossíveis de encontrar, e três ainda sendo testadas.

69. O dia de hoje foi realmente necessário?

70. A luz no fim do túnel, é o trem vindo na sua direção.

71. A vida é uma droga. E você ainda reencarna.

72. Se está escrito "Tamanho Único", é porque não serve em ninguém.

73. Se o sapato serve, é feio!

74. Nunca há horas suficientes em um dia, mas sempre há muitos dias antes do
sábado.

75. Todo corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone.

76. A beleza está à flor da pele, mas a feiúra vai até o osso!

77. A informação mais necessária é sempre a menos disponível.

78. A probabilidade do pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é
proporcional ao valor do carpete.

79. Confiança é aquele sentimento que você tem antes de compreender a
situação.

80. A fila do lado sempre anda mais rápido.

AS LEIS DE MURPHY 3


41. O orçamento necessário é sempre o dobro do previsto. O tempo necessário
é o triplo.

42. As variáveis variam menos que as constantes.

43. Pais que te amam não te deixam fazer nada. Pais liberais, não estão nem
ai para você.

44. Entregas de caminhão que normalmente levam um dia levarão cinco quando
você depender da entrega.

45. O único filho que ronca é o que quer dormir com você.

46. Assim que tiver esgotado todas as suas possibilidades e confessado seu
fracasso, haverá uma solução simples e óbvia, claramente visível a qualquer
outro idiota.

47. Qualquer programa quando começa a funcionar já está obsoleto.

48. Nenhuma bola vai parar em um vaso que você odeia.

49. Só quando um programa já está sendo usado há seis meses, é que se
descobre um erro fundamental.

50. Crianças nunca ficam quietas para tirar fotos, e ficam absolutamente
imóveis diante de uma câmera filmadora.

51. Nenhuma criança limpa quer colo.

52. A ferramenta quando cai no chão sempre rola para o canto mais
inacessível do aposento. A caminho do canto, a ferramenta acerta primeiro o
seu dedão.

53. Guia prático para a ciência moderna: a) Se se mexe, pertence à biologia.
b) Se fede, pertence à química. c) Se não funciona, pertence à física. d) Se
ninguém entende, é matemática. e) Se não faz sentido, é psicologia.

54. O vírus que seu computador pegou, só ataca os arquivos que não tem
cópia.

55. O número de exceções sempre ultrapassa o numero de regras. E há sempre
exceções às exceções já estabelecidas.

56. Seja qual for o defeito do seu computador, ele vai desaparecer na frente
de um técnico, retornando assim que ele se retirar.

57. Se ela está te dando mole, é feia. Se é bonita, está acompanhada. Se
está sozinha, você está acompanhado.

58. Se o curso que você desejava fazer só tem n vagas, pode ter certeza de
que você será o candidato n + 1 a tentar se matricular.

59. Oitenta por cento do exame final que você prestará, será baseado na
única aula que você perdeu, baseada no único livro que você não leu.

60. Cada professor parte do pressuposto de que você não tem mais o que
fazer, senão estudar a matéria dele.

AS LEIS DE MURPHY 2


21. A única falta que o juiz de futebol apita com absoluta certeza é aquela
em que ele está absolutamente errado.

22. Por mais bem feito que seja o seu trabalho, o patrão sempre achará onde
criticá-lo.

23. Nenhum patrão mantém um empregado que está certo o tempo todo.

24. Toda solução cria novos problemas.

25. Quando político fala em corrupção, os verbos são sempre usados no
passado.

26. Você nunca vai pegar engarrafamento ou sinal fechado se saiu cedo demais
para algum lugar.

27. Os assuntos mais simples são aqueles dos quais você não entende nada.

28. Dois monólogos não fazem um diálogo.

29. Se você é capaz de distinguir entre o bom e o mal conselho, então você
não precisa de conselho.

30. Ninguém ficará batendo na sua porta, ou telefonando para você, se não
houver trabalho algum a ser feito.

31. O trabalho mais chato é também o que menos paga.

32. Errar é humano. Perdoar não é a política da empresa.

33. Toda a idéia revolucionária provoca três estágios: 1º. é impossível -
não perca meu tempo. 2º. é possível, mas não vale o esforço 3º. eu sempre
disse que era uma boa idéia.

34. A informação que obriga a uma mudança radical no projeto sempre chega ao
projetista depois do trabalho terminado, executado e funcionando
maravilhosamente (também conhecida como síndrome do: "Porra! Mas só
agora!!!").

35. Um homem com um relógio sabe a hora certa. Um homem com dois relógios
sabe apenas a média.

36. Inteligência tem limite. Burrice não.

37. Seis fases de um projeto: Entusiasmo; Desilusão; Pânico; Busca dos
culpados; Punição dos inocentes; Glória aos não participantes.

38. Conversas sérias, que são necessárias, só acontecem quando você está com
pressa.
39. Não se dorme até que os filhos façam cinco anos.

40. Não se dorme depois que eles fazem quinze.

AS LEIS DE MURPHY


1. Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior
maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível.

2. Um atalho é sempre a distância mais longa entre dois pontos.

3. Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do
manual.

4. Tudo leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível.

5. Se há possibilidade de várias coisas darem errado, todas darão - ou a que
causar mais prejuízo.

6. Se você perceber que uma coisa pode dar errada de 4 maneiras e conseguir
driblá-las, uma quinta surgirá do nada.

7. Seja qual for o resultado, haverá sempre alguém para:
a) interpretá-lo mal. b) falsificá-lo. c) dizer que já o tinha previsto em
seu último relatório.

8. Quando um trabalho é mal feito, qualquer tentativa de melhorá-lo piora.

9. Acontecimentos infelizes sempre ocorrem em série.

10. Toda vez que se menciona alguma coisa: se é bom, acaba; se é ruim,
acontece.

11. Em qualquer fórmula, as constantes (especialmente as registradas nos
manuais de engenharia) deverão ser consideradas variáveis.

12. As peças que exigem maior manutenção ficarão no local mais inacessível
do aparelho.

13. Se você tem alguma coisa há muito tempo, pode jogar fora. Se você jogar
fora alguma coisa que tem há muito tempo, vai precisar dela logo, logo.

14. Você sempre encontra aquilo que não está procurando.

15. Quando te ligam: a) se você tem caneta, não tem papel. b) se tem papel
não tem caneta. c) se tem ambos ninguém liga.

16. A Natureza está sempre à favor da falha.

17. Entre dois acontecimentos prováveis, sempre acontece um improvável.

18. Quase tudo é mais fácil de enfiar do que de tirar.

19. Mesmo o objeto mais inanimado tem movimento suficiente para ficar na sua
frente e provocar uma canelada.

20. Qualquer esforço para se agarrar um objeto em queda provocará mais
destruição do que se deixássemos o objeto cair naturalmente.

DE PIERCINGS E TATUAGENS

Homens das cavernas tinham piercings e tatuagens no pénis

Insólito, Investigação

2 artefatos com inspiração fálica

Um grupo de urologistas franceses e espanhóis, depois de analisar uma série de objetos de arte do período Paleolítico (grande parte deles tem um formato, fálico, daí o interesse dos Urologistas na história), propôs a teoria de que os homens da época tinham piercings e tatuagens nos seus órgãos genitais. Há, cerca de, 2 milhões de anos.

Entre os itens disponíveis, foram encontrados 42 artefatos com inspiração fálica, dos quais 30 exibiam marcas que, eles supõem, tinham fins decorativos. “As incisões, linhas concêntricas, superfícies salientes, buracos e séries de pontos nos objetos que estudamos representam fielmente cortes e cicatrizes derivados de piercings e tatuagens na pele do pénis”, afirmam.

A certeza absoluta não dá para ter, já que encontrar por aí um pénis fossilizado com piercings e tatuagens é um tanto improvável. Mas, segundo os investigadores, as informações encaixam-se: tudo indica que a “decoração” peniana era feita para diferenciar os grupos que viviam em comunas, tipo uma marca de família — alguns dos padrões de pintura encontrados nos pénis de pedra estão também nas paredes de cavernas pela Europa.

13. Nov, 2011
arco da velha

DE PIERCINGS E TATUAGENS

Homens das cavernas tinham piercings e tatuagens no pénis

Insólito, Investigação


2 artefatos com inspiração fálica

Um grupo de urologistas franceses e espanhóis, depois de analisar uma série de objetos de arte do período Paleolítico (grande parte deles tem um formato, fálico, daí o interesse dos Urologistas na história), propôs a teoria de que os homens da época tinham piercings e tatuagens nos seus órgãos genitais. Há, cerca de, 2 milhões de anos.

Entre os itens disponíveis, foram encontrados 42 artefatos com inspiração fálica, dos quais 30 exibiam marcas que, eles supõem, tinham fins decorativos. “As incisões, linhas concêntricas, superfícies salientes, buracos e séries de pontos nos objetos que estudamos representam fielmente cortes e cicatrizes derivados de piercings e tatuagens na pele do pénis”, afirmam.

A certeza absoluta não dá para ter, já que encontrar por aí um pénis fossilizado com piercings e tatuagens é um tanto improvável. Mas, segundo os investigadores, as informações encaixam-se: tudo indica que a “decoração” peniana era feita para diferenciar os grupos que viviam em comunas, tipo uma marca de família — alguns dos padrões de pintura encontrados nos pénis de pedra estão também nas paredes de cavernas pela Europa.

13. Nov, 2011
arco da velha

A ONDA VAMPIRESCA NO JAPÃO

Japonesas vão ao dentista para ficar com… dentes tortos

Insólito


Dentes perfeitos, alinhados e brancos são o ideal para a maioria das pessoas. Pois saiba que não Japão é crescente o movimento de adolescentes e adultas que estão a procurar o dentistas para ficar com dentes tortos! Sim, tortos, como se precisassem de aparelho de correcção.

Os dentes preferidos para a mudança estética são os caninos. O efeito odontológico é chamado de yaeba. Eles ficam com aspecto vampiresco. Seria alguma influência desta enxurada de filmes de vampiros e afins?

No procedimento, o dentista cola pequenas próteses nos caninos. O visual está a multiplicar-se nas redes sociais. Teoricamente não tem muito a ver com os vampiros dos ecrãs. A ideia é adicionar um pouco de imperfeição ao rosto para deixar a mulher mais desejável.

15. Nov, 2011
arco da velha

DIREITOS RELATIVOS E OUTRAS AMEAÇAS

Quando, em 1988, o Congresso Nacional introduziu no texto da Constituição que a propriedade tinha que ter uma “função social”, todas as pessoas de bom senso no país ficaram apreensivas – e com toda razão. Foi instituído no Brasil a “propriedade relativa” dos bens. Para os socialistas e inocentes de um modo geral, isso foi uma “grande conquista”. Na prática, foi aberto o caminho para a ditadura. Quem vai dizer o que é “função social”? Quais os critérios e a gradação desta “função social”? O que fazer com a propriedade sem função social?

Diante disso, não é de se estranhar que, em 02 de maio de 2007, o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha julgado constitucional a Lei 10.826 – o Estatuto do Desarmamento, aprovada por voto de lideranças na Câmara dos Deputados em dezembro de 2003. Esta lei simplesmente acabou com o direito de propriedade, com o “direito adquirido”, com o “ato jurídico perfeito” e acabou com o direito à indenização dos bens expropriados. Em outras palavras: o STF rasgou a Constituição. Tudo isso porque alguns luminares do governo entenderam que a arma particular do cidadão não tem função social - ou pior: é socialmente maléfica. Por este motivo, os cidadãos proprietários de armas legais não têm mais direitos constitucionais.

O que me causa maior espanto é que a maioria dos juristas, jornalistas e “intelectuais” do país não está nem um pouco preocupada com isto. Grande parte dessas pessoas não possui nem gosta de armas de fogo – o que é um direito deles. Mas não perceber o atentado perpetrado contra às liberdades e garantias constitucionais da sociedade é inadmissível.

Os jornalistas, por exemplo, vivem preocupados com a volta da censura sobre seus trabalhos. Dizem que o direito de opinião é sagrado. No entanto, quando o governo federal impõe o limite de 25 anos para adquirir uma arma de fogo, isto não é uma censura aos cidadãos maiores de idade? E se o governo proibisse a revista Veja de ser adquirida por menores de 25 anos? Afinal,como dizia Stalin, idéias são mais perigosas que armas.

A justificativa para este limite de idade é que a maior parte das vítimas de armas de fogo está nesta faixa etária (palavras do Ministro Ricardo Lewandowski do STF). Além de ser um raciocínio esdrúxulo (elas deixarão de ser vítimas se forem desarmadas?), a idéia por trás é que cabe ao governo nos proteger de nós mesmos.

Vamos extrapolar este raciocínio para outros campos. O governo poderá proibir totalmente, ou limitar aos maiores de 25 anos, andar de motocicleta – por exemplo. Afinal é senso comum que este é um veículo perigoso. E qual a função social de uma motocicleta com mais de 100hp? Segundo o STF, é perfeitamente constitucional uma proibição deste tipo.

Outra aberração constante na Lei 10.826, é que para adquirir uma arma o cidadão deverá justificar a “efetiva necessidade” da mesma. Não basta ser aprovado no teste psicotécnico e no teste de proficiência com armas, se o delegado (ou outro burocrata qualquer) entender que o cidadão não tem a “efetiva necessidade” ele poderá negá-la. Mais ainda, essa medida não é válida apenas para armas novas. Mesmo um cidadão que possui arma há mais de 30 anos também terá de justificar sua efetiva necessidade a cada três anos. Já pensaram no potencial de corrupção que isso traz?

Agora vamos conjugar a “efetiva necessidade” com a “função social”. Imaginemos os seguintes diálogos:
“- Para que o Sr. quer um carro esporte? Nós só autorizamos a compra para pilotos que vão competir. Afinal qual a função social de um carro onde só cabem duas pessoas?”
“- Férias no exterior? Qual a necessidade disso? Nós só autorizamos viagens a negócios. O Sr. deve fazer turismo no país, pois o turismo interno tem função social”.

Parece absurdo? Sim, mas para o STF é constitucional. Lembrem-se que o absurdo para uns é o lógico para outros. O que garante nossos direitos como cidadãos contra os desmandos do governo é a Constituição. Se esta é desrespeitada, tudo é possível.

A Lei 10.826 estabeleceu que os registros estaduais de armas não tem mais validade e que todos os proprietários de armas deverão recadastrá-las em nível federal e renová-los trianualmente, pagando a quantia de R$300,00 a cada vez. Quem não o fizer corre risco de prisão. Já imaginaram se o governo federal decidir que todos os registros municipais de imóveis não terão mais validade e que os proprietários deverão recadastrá-los em nível federal pagando uma taxa de aproximadamente 30% do valor do imóvel? Parece absurdo? Sim, pois o registro do imóvel (assim como o da arma) é um ato jurídico perfeito. Se o governo quiser alterar este registro, que o faça sem ônus para os proprietários e muito menos sem ameaçá-los de prisão. Já pensaram em ter que renovar a certidão de nascimento (ou de casamento) a cada três anos pagando uma elevada taxa para isso? Para o STF estas são medidas perfeitamente constitucionais.

Ao cobrar uma taxa de registro equivalente a cerca de 30% do valor da arma, o governo criou um imposto confiscatório, o que também é proibido pela Constituição. É evidente que essa taxa absurda não é para remunerar o trabalho da Polícia Federal, mas sim para impedir as camadas menos favorecidas da população de adquirir ou manter uma arma de fogo. Será que a sociedade pode aceitar a criação de taxas confiscatórias contra tudo aquilo que o governante de ocasião não gostar?

Nossa Constituição estabelece que não pode haver confisco no país e que qualquer desapropriação deverá ser indenizada pelo justo valor em dinheiro. Mais ainda, diz que ninguém pode ser privado de seus bens sem o devido processo legal. Entretanto, aquele que não recadastrar sua arma legalmente possuída, no prazo estipulado pelo governo, não poderá mais fazê-lo e terá a arma confiscada e destruída em 48 horas sem direito à indenização. Já pensaram se essa medida for aplicada aos automóveis? Quem não pagar o IPVA no prazo não poderá mais fazê-lo e terá o veículo confiscado e sucateado em 48 horas. Parece absurdo? Sim, mas para o STF é constitucional.

Observem um detalhe interessante da lei: não é crime possuir uma arma de fogo. Inúmeras pessoas, de diversas categorias profissionais, podem possuir armas particulares (tais como os juizes). O crime está em não possuir o registro federal da arma (punível com um a três anos de reclusão). Nunca um documento foi tão importante quanto este no Brasil. Imaginem se o governo decidir dar o mesmo tratamento à carteira de identidade. Quem for surpreendido na rua sem seu RG poderá passar de um a três anos na cadeia. Parece absurdo? Sim, mas para o STF é constitucional.

Poderia prolongar este texto com inúmeras outras inconstitucionalidades e absurdos do Estatuto do Desarmamento, tais como o ataque ao princípio federativo, o fim do direito à Legítima Defesa, etc., etc.. Não vou fazê-lo dado os limites deste artigo. Acho que a idéia principal está lançada: ao aceitar o que parece politicamente correto, mesmo sendo inconstitucional, a sociedade abriu um flanco perigosíssimo em seus direitos e liberdades individuais. A partir de agora, tudo pode acontecer.

Lembram-se do Referendo de outubro de 2005? Pois bem, nesta data o povo brasileiro manifestou-se, com sólida maioria, pela manutenção do direito de adquirir e possuir armas. Este direito foi negado pela Lei 10.826 e agora referendado pelo STF em total desrespeito a vontade expressa do povo. Será isso a tal democracia relativa?

Julgo imperioso que algo seja feito para que nossa suprema corte não continue fazendo julgamentos políticos e cumpra seu papel de fiel guardiã da Constituição. Podemos pensar em acabar com a nomeação dos ministros pelo Presidente da República, pois indicações políticas induzem a julgamentos políticos. Pode-se pensar em alguma forma de meritocracia no Poder Judiciário para a condução de um juiz concursado até o mais alto posto de Ministro do STF. Enfim, do jeito que está não pode continuar.

Leonardo Arruda
Engenheiro, Diretor de Divulgação e Marketing da ANPCA

DA UNIVERSIDADE, POUCO OU NADA SE PODE ESPERAR

De Laís Legg, médica, recebo:

Oi, Janer:

Li tua matéria sobre as crendices. Realmente, a indignação toma conta da gente quando lemos coisas assim. Se deu certo o tratamento, ”foi Deus”. Se não deu certo e o paciente morreu, “Ele escreveu certo por linhas tortas”. E quando um médico acredita nisso, sinto arrepios.

O vestibular de Medicina é o mais difícil de todos e o curso é o mais longo de todos. Ainda assim, após seis anos de graduação, o médico ainda não está pronto para o mercado, precisa enfrentar nova tarefa hercúlea que é a de passar na residência. Somente após nove anos será um especialista.

O que muita gente não sabe é que os acadêmicos de Medicina são percentil 98, ou seja, somente 2% dos candidatos do vestibular estão à sua frente. Podem observar nas listagens de aprovação: a grande maioria dos primeiros colocados nos demais cursos não ingressaria em Medicina, estão abaixo do último colocado. E eu falo, aqui, de Engenharia, Arquitetura, Economia, etc. Será que Deus interfere nisso, também? E a capacidade de cada um, onde fica? E a dedicação, as horas de estudo? A genética?

Podemos medir a temperatura da coisa ligando a TV, à tarde. Onde está a Vigilância Sanitária? Vemos propagandas mirabolantes, prometendo curas assombrosas com o uso de cartilagem de tubarão, lodos do Vesúvio, cogumelos e o escambau. Comecei a pensar que, talvez, Deus esteja fazendo uma espécie de “seleção natural”...

Sempre me causou espécie o fato de não acontecer a “baixa” de espíritos de advogados e engenheiros, por exemplo. Gostaria de ver alguém aprovando, na Prefeitura, um projeto de Engenharia recebido por um médium que “incorporou” algum profissional desencarnado e desenhou a planta. Ou, quem sabe, um agravo de instrumento recebido de algum desembargador que foi desta para a melhor? O que achas? Por que será que é só a Medicina tem essas prerrogativas, hein? Será que o além é preconceituoso?

Abraços,
Laís

Pois, Laís, ainda não vi espírito baixando em engenheiros. Nem em economistas. Mas não duvido que haja por aí engenheiros espíritas, recebendo projetos do Além. Quanto a advogados, o Brasil tem até associações jurídico-espíritas. Há juízes defendendo o testemunho via declarações mediúnicas do Além. Em maio de 2008, o Estadão denunciava estas práticas:

“Sob a justificativa de tornar a Justiça “mais sensível às questões humanitárias” e discutir questões morais como aborto, eutanásia, pena de morte e pesquisas de células-tronco, um grupo de delegados de polícia, advogados, promotores, procuradores e juízes acaba de criar a Associação Jurídico-Espírita de São Paulo (AJE), com cerca de 200 filiados. Entidades semelhantes já existem no Rio Grande do Sul e no Espírito Santo e a maior delas é a Associação Brasileira de Magistrados Espíritas (Abrame), que reúne 700 juízes, desembargadores e até mesmo ministros de tribunais superiores”.

O jornal publicou declarações de ilustres causídicos defendendo os testemunhos do Além: “O Estado é laico, mas as pessoas não. Não tem como dissociar e dizer: vou usar a minha fé só dentro do centro espírita”, diz o promotor Tiago Essado, um dos fundadores da AJE. “Não enxergaria nenhuma diferença entre uma declaração feita por mim e uma declaração mediúnica, que foi psicografada por alguém”, afirma Alexandre Azevedo, juiz-auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça. “Não acredito em acaso, mas numa ordem que rege o universo, acredito em leis universais”, endossa o juiz Jaime Marins Filho. É preciso “questionar os poderes constituídos para que o direito e a Justiça sofram mais de perto a influência de espiritualizar”, conclui o juiz federal Zalmino Zimmermann, presidente da Abrame”.

Em vários Estados, advogados vêm apresentando aos Tribunais do Júri declarações psicografadas como estratégia de defesa. Nesse tipo de julgamento, como é sabido, os jurados não precisam fundamentar seus votos. Os juristas espíritas alegam que a psicografia pode ser levada em consideração desde que esteja em “harmonia” com as demais provas.

Quando o Judiciário brasileiro tem pelo menos 700 juízes, desembargadores e até mesmo ministros de tribunais superiores acreditando em superstições, vai mal a Justiça no país. Não bastassem as associações de magistrados espíritas, temos também as de médicos espíritas. Espiritismo é doença que, embora tendo nascido na França, viceja melhor em países pobres. Allan Kardec está sepultado no Père Lachaise, em Paris, mas são raros os franceses que sabem de quem se trata.

A doutrina criou raízes, fundamentalmente, no Brasil e nas Filipinas. O Brasil tem associações médico-espíritas em praticamente todos os Estados. Já existe uma Associação Médico-Espírita (AME-Internacional) que, ano passado, em um Congresso em Valencia, Espanha, reafirmava seu compromisso com a Medicina da Alma, com o estabelecimento de um novo paradigma de saúde no século XXI, que considera o homem como um ser integral, constituído de corpo físico, periespírito ou corpo espiritual e alma. Reafirmamos, em consequência , nosso compromisso com a prática da Medicina Integral que cuida do ser humano â luz da Espiritualidade.

Ou seja, já temos médicos tratando não só do corpo, mas também do periespírito. O que só comprova que universidade não é infensa à superstição. Pessoas com educação superior não conseguem fugir ao temor da morte. É este temor que cria religiões. Paulo sabia muito bem disto, quando escreve na 1ª Epístola aos Coríntios: “se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”. E larga sua bravata, que atravessou os séculos: "Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?"

A vitória da morte estava ali, a seu lado. Era preciso negar o óbvio, para criar uma superstição. Meu primeiro contato com espíritas ocorreu quando minha mulher morreu. Eles sempre aparecem quando alguém morre. Minha mulher morrera há mais de mês e eu conversava com amigos comuns. Em dado momento, uma moça atalhou: "Eu conversei ontem com ela". Nessas ocasiões, tomo uma atitude de crédulo. Se a moça afirmava com tanta convicção ter conversado com minha mulher, não seria eu quem iria contestá-la. Perguntei apenas o que ela havia dito. Ela deixou uma mensagem, disse a moça: "seja feliz".

O que me lembrou a aparição de Maria aos três pastores em Fátima. Quando interrogada sobre quem era, teria dito a Virgem: "Eu sou a Nossa Senhora". Ora, sendo Maria mais que santa, semideusa, é de supor-se que não tivesse domínio tão precário do português. Se se dirigia aos três pastores, o correto seria: "Eu sou a Vossa Senhora". Por um descuido sintático do narrador, o milagre ficou prejudicado.

Da mesma forma, a mensagem de minha companheira. Éramos gaúchos. Depois de passarmos por Curitiba e São Paulo, ela passou a usar o você, mas apenas ao tratar com curitibanos e paulistanos. Jamais me trataria por você. Como a comunicação de Maria, a de minha mulher também ficou sob suspeita. Mas não neguei o testemunho da moça. Podes falar de novo com ela? - perguntei. Claro - me respondeu. Pedi-lhe então que, quando voltasse a falar com ela, pedisse o código do celular, que eu havia ficado sem.

A moça entrou em pane, achava que não ia dar, códigos são coisas confidenciais, começou a perguntar que horas são e logo deu as de Vila Diogo. Contei a história mais tarde a professores universitários e um deles, também espírita, prometeu-me perguntar às instâncias do Além sobre o código do celular. Mas me alertou que o médium teria de ser muito poderoso para descobri-lo. Bem entendido, nunca mais me falou no assunto. Nem eu precisava do código, afinal sempre o tive e queria apenas divertir-me com a capacidade comunicativa dos tais de médiuns.

Quando magistrados, médicos e universitários se pautam por crendices idiotas, isto significa que do saber universitário pouco ou nada se pode esperar.

janer cristaldo

AMRITA


Escrevo esse post para inaugurar uma nova seção no Inconsciente Coletivo chamada Amrita.

Amrita é uma palavra sânscrita que significa Imortalidade – “sem morte”. Na mitologia hindu, é conhecida como o “Néctar dos Deuses”, ou a bebida dos deuses, que dá a eles a imortalidade. É a água da vida. Está relacionada etimologicamente com a Ambrosia dos gregos. Possui outras significações em outras tradições, mas no contexto que intenciono aqui, o significado pretendido está relacionado com tudo aquilo que “mata a sede” espiritual, que coloca o ser em meditação, que proporciona uma reflexão que transcenda o “eu ordinário”.

Enfim, serão somente pequenas histórias, anedotas, mensagens, poemas ou pensamentos, de fontes variadas, que serão publicados aqui dentro da categoria Amrita. Todos os textos fazem parte de minha “coleção” particular, tendo sido coletados através de minhas leituras e algumas andanças virtuais (quem quiser, também pode contribuir com mensagens, bastando me enviar por email). Em alguns poderão aparecer alguns pequenos comentários meus, mas a intenção aqui é que a essência dos textos e mensagens surja por si mesma, brote interiormente, mediante a meditação e reflexão própria do leitor.

Tendo em mente que o ser converte-se naquilo que consome, a mensagem que inaugura esta nova seção, é uma das anedotas sufi que mais gosto:


“Um homem veio até al-Hillaj Mansoor e fez a pergunta: ‘O que é libertação?‘

Ele estava sentado numa mesquita com belas colunas por toda a parte. Ao ouvir a pergunta, Al-Hillaj Mansoor dirigiu-se imediatamente a uma daquelas colunas e, segurando-a com ambas as mãos, começou a gritar: – ‘Ajude-me!’

O homem não compreendia o que estava acontecendo. Ele apenas tinha perguntando sobre libertação e o outro parecia louco. Mansoor, segurando a coluna, pedia ao homem: ‘Por favor, ajude-me. A coluna está me segurando e não me solta. Liberte-me.’

E o homem respondeu: ‘Você está louco; você está segurando a coluna e não ela segurando você.’

Mansoor disse: ‘Eu respondi; agora saia deste lugar. Ninguém o está amarrando.’”

Postado por Karina em 14, novembro, 2011

domingo, 13 de novembro de 2011

DROGAS, MIDIOTICES E SENSO COMUM MODIFICADO

Maconheiros, uni-vos e chorai! No mesmo mês em que a “empresa” narcovarejista de Fernandinho Beira-Mar sofre várias baixas, produzidas pela inteligente ação da Polícia Federal, os parceiros colombianos dele, seus fornecedores de maconha e cocaína, também sofreram uma das maiores perdas. O número 1 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foi abatido em uma ofensiva armada do Exército Colombiano, no último dia 4 deste novembro.

Maconheiros, uni-vos e chorai a morte do líder rebelde Alfonso Cano. Até porque, em 47 anos de existência, as Farc só tiveram dois comandantes de fato. O maior deles foi Manuel Marulanda – que o Diabo levou, por morte natural, em 2008. Seu sucessor, agora também ajudando a subir em mil graus a temperatura do inferno, foi Guillermo Leon Saenz –mais conhecido no mundo das drogas e revoluções como Alfonso Cano. Que o Cramulhão lhes seja leve! E celebre este momento acendendo um bagulhão comprado dos fornecedores de droga pelos inocentes-inúteis da Cidade Universitária da USP.

Maconheiros universitários, uni-vos para me ajudar a responder. Primeiro, na Colômbia: Quem será o terceiro homem – capaz de segurar a onda da narcoguerrilha em decadência? Agora, no Brasil, a pergunta é: Quem vai suceder comandar os negócios milionários do narcovarejo no Rio de Janeiro, já que o sistema decretou, aparentemente, o fim da Era Beira-Mar?

Certamente, não vai para o lugar dele o estúpido fornecedor de drogas para jovens e adolescentes de nossas universidades. A tendência é que o império de Beira-Mar seja recomendado por algum parceiro do Foro de São Paulo. Afinal, é pública e notória a simpatia e convivência dos principais líderes de partidos de esquerda na América Latina com os narcoguerrilheiros da Colômbia e adjacências.

As drogas tomam conta do noticiário. Por sorte, a sociedade não está completamente midiotizada por elas – e nem por ele. Vide a reportagem de Flávio Freire, veiculada por O Globo, o desabafo, resignado, de Zélia Paiva, mãe de Felipe de Ramos Paiva, aluno da Faculdade de Economia e Administração (FEA) morto em 18 de maio deste ano no estacionamento da Universidade de São Paulo.

Foi por causa desta morte que a USP autorizou a colocar a PM no campus, revoltando grupelhos de estudantes profissionais, que protestaram, invadiram a reitoria, acabaram presos, soltos no mesmo dia e agora estão em greve. Ainda bem que, na invasão, os inocentes meninos e meninas não precisaram usar as 7 garrafas de coquetel molotov, 6 caixas de morteiros com 12 tiros e 5 litros de gasolina que a PM apreendeu com eles.

Já que é uma burrice diplomada a greve de estudante profissional aprendiz de terrorista, não percamos tempo com ela. Voltemos ao comovente e contundente depoimento da mãe que perdeu o filho para os bandidos que os maconheiros uspianos tanto protegem:

“Vi ontem uma mãe na delegacia chorando porque o filho estava preso, mas ele foi preso porque escolheu. Esses alunos, esses pais, parecem não ter noção do que é chorar por ter perdido um filho. Talvez, se tivesse policiamento, o meu Felipe não teria sido morto com um tiro na cabeça”. Seu marido Ocimar Florentino Paiva acrescentou: “Nunca ninguém do sindicato ou da USP telefonou”.

Sabe por que os maconheiros da USP não ligam para nada – no máximo, só telefonam para comprar drogas entregues a domicílio? Elementar, meu caro Watson. Todos já foram midiotizados pela falta de educação, pelos emburrecedores meios de comunicação e pela overdose de marketing. Este é o esquema que modifica o senso comum das pessoas, levando-as ao consumismo. Esta atitude psicossocialmente gerada é a mãe das compulsões – por drogas, bebidas, sexo, dinheiro, religião, ideologia e por aí vai...

A compulsão por bebida e droga têm um papel mais deletério no sistema de controle social da Nova Ordem Mundial. Ambas detonam as mentes de consumidores constantemente afetados pelos programas neurolinguísticos produzidos pelos laboratórios de Engenharia Social. Trata-se do conjunto de práticas mercadológicas para enganar e influenciar as pessoas com conceitos errados, a fim de lhes preparar, psicologicamente, para adoção de comportamentos programados e padronizados pelo esquema de Poder Real.

Um dos executores deste sistema de controle, manipulação e dominação é o Instituto Tavistock. Criado na segunda década do século passado, o renomado laboratório britânico alimenta todos os centros de pesquisa relacionados com as modificações do comportamento e propagandas para induzir opiniões isentas de informação real e reflexão.

A combinação da droga com a ideologia esquerdista – ou vice-versa – produz ainda mais escatologias. No caso específico das universidades, bostas em nível superior. O mau exemplo produzido por uma minoria de estudantes da USP é o produto sintomático de duas correntes de pensamento que afetam, há muito, o chamado mundo acadêmico – docentes e discentes que viram presas fáceis da ideologia indecente.

O primeiro é o Gramscismo – baseado nas teorias do comunista italiano Antonio Gramsci, que promove a ideologia coletivista junto a um amplo corpo de intelectuais orgânicos nos partidos políticos, nos aparelhos privados da “sociedade civil” e órgãos da “sociedade política”. O segundo é a Escola de Frankfurt – cujos teóricos, também, de linha marxista, como Herbert Marcuse, influenciam o meio universitário, sobretudo as escolas de comunicação que formam os profissionais da mídia.

As duas correntes de pensamento contribuem para o trabalho, executado principalmente pelos meios de comunicação de massa, de difundir o chamado “pensamento politicamente correto”, junto com as ideologias supostamente promotoras da “igualdade e justiça social”. Esta união promove a modificação senso comum da sociedade sobre seus valores, crenças, tradições e preceitos éticos tradicionais e conservadores.

Além de intimidar e neutralizar a capacidade de reação da sociedade às decisões da Engenharia Social, focadas no controle sobre o cidadão, o senso comum modificado cria um vácuo cultural, intelectual e moral. Este vazio de reflexão impede a sociedade de entender e perceber o que realmente se passa.

Assim se formam os midiotas – os idiotas formados pelo senso comum midiático que propaga conceitos errados, anti-valores humanos e ideologias que enaltecem o papel do Estado acima das pessoas comuns (os tais cidadãos). O mais grave é que tal processo é iniciado na infância, a partir da escola...

É este esquema da Nova Ordem Mundial que precisamos entender e neutralizar com atitudes focadas nas liberdades: de pensamento, expressão e política para um equilíbrio entre a razão, emoção e ação humanas. O resto é maconha para maluco fumar até que o tetrahidrocanabiol (componente ativo da droga) impeça seus neurônios de se comunicarem entre si.

Tá doidão?

Sintomático o ato-falho do aspone especial do ministério da Defesa, José Genoíno, em entrevista ao Portal IG explicando quem definiria os nomes para a mentirosa Comissão da Verdade (CV):

“Os nomes quem vai definir é a Presidente Lula”.

Pior que isso, só a tétrica imagem da companheira Mariza Letícia tragando seu cigarrinho, na janela de seu apartamento em São Bernardo do Campo, pouco depois do maridão Lula chegar do tratamento quimioterápico contra o câncer de laringe – doença, seguramente, gerada e agravada pelo abuso de cigarro e bebidas alcoólicas...

Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

A SENADORA SEXÓLOGA

É nisso que dá ter uma senadora sexóloga
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
(…)
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Parece que senadora Marta Suplicy não gosta muito do texto do inciso IV do artigo 3º da Constituição e resolveu apresentar uma PEC que prevê incluir entre os objetivos fundamentais da República a promoção do bem de todos, “sem preconceitos relativos à identidade de gênero ou à orientação sexual”.

Bonita é a justificativa: “a inserção das duas expressões permite abrigar todo tipo de endogenia anatômico-fisiológica e de exteriorizações da sexualidade, a saber: a heterossexualidade, a homossexualidade, a bissexualidade, a transexualidade e a intersexualidade”.

Dói muito no bolso e na alma ter que sustentar senadores que têm merda na cabeça.
Por Ricardo Froes

sábado, 12 de novembro de 2011

LÁ!


Lá! Lá onde nos bares não há cerveja e quando cerveja há, sempre está morna; onde todos falam baixinho, temendo que ao lado o vizinho pertença à polícia; onde em um restaurante se espera duas horas na fila para se comer um frango com fritas, isso quando não falta nem frango nem fritas; onde o garçom lhe joga o prato na cara julgando estar prestando um favor; onde os restaurantes de luxo, se de luxo se pode falar, são proibidos ao cidadão comum e somente acessíveis ai turista com dólares; onde só o dólar compra, nas berioskas, o que de melhor o Ocidente oferece; onde a moeda local compra menos que um cruzado-louvado-seja Machado; e mesmo se algo comprasse, pouco ou nada há a comprar. Lá!

Lá onde telefones são grampeados e uma ligação interurbana exige três ou quatro horas de espera; onde pesquisadores estrangeiros têm microfones ocultos em seus quartos; onde as máquinas de xerox são proibidas ao cidadão e as de escrever devem ser registradas na polícia; onde para se fazer um xerox se necessita a assinatura de dez burocratas; onde livros estrangeiros são proibidos de entrar e os nacionais são proibidos de sair; onde nas bancas de jornais não há nem sombra de imprensa ocidental; onde há um diário oficial que atende pelo pomposo nome de A Verdade e pouco publica além de mentiras; onde jornalista fez do medo uma segunda natureza e só se permite contestar o Estado quando o Estado admite ser contestado; onde criticar o poder pode render alguns anos de Sibéria. Lá!

Lá, de onde é proibido sair e de onde quem sai não volta mais, ou só volta para não expor a represálias os filhos mantidos como reféns; onde para viajar de uma cidade a outra é preciso passaporte; onde trocar de cidade não está ao alcance de qualquer cidadão; onde, na capital “onde faltam menos coisas”, cada moscovita dispõe de cinco metros quadrados para habitar; onde os jovens casam, não por casar, mas postular o direito de, após cinco ou dez anos, obter dez metros quadrados fora da casa paterna; onde um grupo de atletas só vai ao Exterior cercado por anjos da guarda; onde uma orquestra, em excursão pelo Ocidente, ao voltar vira quarteto; onde entrar em hotéis internacionais é proibido ao cidadão comum; onde falar com um turista é gesto altamente suspeito e passível de imediata interrogação policial. Lá!

Lá, onde as caixas de correspondência não têm aberturas, para que nenhuma mensagem passe de uma pessoa a outra a não ser por intermédio do carteiro; onde todo porteiro tem por função vigiar quem visita quem em um edifício; onde quem quer que detenha uma parcelinha de poder esmaga quem tem menos ou não tem nenhuma; onde é proibido a quem quer que entre no país portar uma carta fechada; onde, para um turista, é impossível escolher um hotel que lhe agrade; onde, para o visitante, são impostas previamente datas e itinerários, e ai de quem deles fugir; onde o horário de partida de um trem é objeto de apostas e o de chegada é segredo do maquinista; lá, onde casais alugam táxis para fazer amor enquanto o táxi roda, já que outros lugares não há. Lá!

Lá naquelas plagas que Graciliano Ramos e Jorge Amado tanto amaram; naquela Nova Jerusalém para onde rumaram milhares de intelectuais deste século; naquelas estepes onde milhões de kulaks foram exterminados pelo Paizinho dos Povos; naqueles gulags onde foram explorados, torturados e massacrados os milhões de soviéticos que ousaram opor-se ao Paizinho, ao qual Amado dedicou um terno e amoroso livro, idilicamente intitulado O Mundo da Paz; naqueles países onde sindicatos e partidos políticos são proibidos e dissidentes são calados; naquela cultura onde liberdade é palavra já sem sentido, exceto quando sinônima de dizer sim. Lá!

Lá naquelas terras que tantos escritores e artistas tanto louvaram, mas nelas jamais ficaram; naquele paraíso em prosa e verso cantado, cercado por cães, metralhadoras e arame farpado, não para que nele ninguém entre, mas para que dele ninguém saia e não volte; naquele mundo da paz que em nome da paz invade seus vizinhos; naquele universo fechado onde o lucro é pecado e a economia um poço de águas paradas; naquele outro lado do Muro, onde cidadãos, buscando a liberdade, enfrentam guardas, cães, metralhadoras, arames farpados e campos minados. Lá!

Lá naquelas praias onde veleiros só existem em maquete e manual de navegação à vela é livro subversivo; onde guardas de metralhadoras com baionetas caladas zelam para que os autóctones não falem com estrangeiros e onde navios ao largo despertam os nativos com alegres canhoneios, para insinuar que se vive em guerra permanente; naquelas ilhas piscosas, onde pescar é proibido, pois quem tem barco vai a Miami; onde lagosta é exportada ao satânico mundo capitalista, enquanto os ilhéus comem macarrão com ketchup, isto quando têm a ventura de encontrar os dois; onde um ditador de barbas brancas, há trinta anos no poder, proíbe qualquer plebiscito, eleição ou livre manifestação do pensamento e, apesar de tudo, continua sendo caitituado pelas esquerdas da América latina; naquela ilha tanto amada por Chico Buarque e Caetano Veloso, mas na qual nenhum dois gostaria de morar. Lá!

Lá onde Shakespeare, Nietzsche, Kafka, Orwell, Koestler, Sartre, Camus, Ernesto Sábato, Vargas Llosa, entre outros, estão proibidos; onde só existe uma editora que só edita o que o Estado quer; onde computador deve ser escondido debaixo da cama, e impressora , nem sonhar; onde tratamentos dentários são feitos sem anestesia e papel higiênico é privilégio da Nomenklatura; onde você não pode escolher um modelo de óculos ou número de sapatos; onde os absorventes higiênicos são tamanho único e vire-se como puder. Lá!

Lá, onde o álcool é proibido e sem nele afogar-se é difícil viver; onde o açúcar vale ouro pois dele pode-se fazer álcool; onde as colheitas apodrecem nos campos, pois a ninguém apetece colher qualquer coisa sem obter qualquer lucro; onde as prateleiras dos mercados são monótonas sucessões de coisas iguais; onde a prostituição oficialmente não existe, mas com uma calcinha de renda ou um par de meias de náilon você compra universitárias soberbas nos corredores dos hotéis internacionais; onde um prosaico par de jeans é símbolo de paraíso inacessível; onde as garrafas vazias de uísque são sinais de status e objeto de culto. Lá!

Lá, onde o cotidiano é tão duro que sequer sobra tempo a alguém para pensar em contestar o regime; onde falar sem peias é sempre um risco e pensar é sempre perigoso; onde o livre debate, a oposição de idéias e maneiras de ver o mundo é sequer concebível; onde o comer, longe de ser um prazer, constitui triste obrigação de ingerir coisas sem gosto para manter o esqueleto em pé; onde uma cervejinha gelada com lingüiça e farofa, viável em qualquer botequim de favela, é delírio só pensável nas ficções de um escritor de imaginação poderosa. Lá!

Lá, onde o século XIX ainda não chegou. Lá, onde viver só difere de estar morto porque os mortos, estes pelo menos não sofrem. Lá onde viajar é proibido e prospectos de agências de turismo são como contos de fadas. Lá, onde impera o medo e o futuro não existe. Lá, onde sonhar é crime. Nós queremos LULA LÁ!

Aqui, não.

janer cristaldo