terça-feira, 30 de março de 2010

AS FRONTEIRAS DOS NOSSOS SONHOS...

Se acreditarmos nos limites que os 'padrões' procuram inculcar em nossas mentes, acabaremos restritos e confinados ao espaço medíocre da descrença em nossos misteriosos poderes.
Costumo afirmar que somos maiores do que orginariamente imaginamos.
Ao limitarmos a nossa visão de mundo ao acanhado horizonte de uma fronteira produzida inconscientemente, e muitas vezes conscientemente, porque nos cega a fantasia de uma realidade que supomos máxima e além da qual parece impossível divisar qualquer possibilidade de vida mais rica, mais inteligente, permitimos que o melhor de nós se afogue na banalidade fabricada e instituída pelo cotidiano, pela seqüência mundana "que-vai-movendo-a-vida-pra-lugar-nenhum'.
Não devemos aceitar que a grande onda que avassala valores, referências, arraste no seu bojo o que realmente somos.

O grande estardalhaço que procura abafar as nossas vozes, que procura calar as melhores vozes, passará e não deixará senão cinzas. Não somos do tamanho que nos querem fazer crer. Não somos tolos para acreditar nas 'verdades' que tentam nos empurrar goela abaixo. E a realidade nos mostra a cada momento, que não podemos crer que seja bom e belo o que assistimos à nossa volta.
Não podemos aceitar que a miséria de tantos seja um fato 'natural'. Não podemos admitir que somos melhores que os demais e por isso merecemos o que temos... Não podemos continuar acreditando que o planetinha Terra seja "o melhor dos mundos possíveis", como pensava o Doutor Pangloss, de Voltaire, para que o nariz existia para o apoio do óculos.
É tempo de acordar! Ou então, o que nos restará será o sono dos injustos...
"Carpa aprende a crescer" é uma parábola belíssima! Diria que é a parábola da libertação, a parábola da 'rebelião' contra a mediocridade, contra o acanhamento espiritual, contra a miserável condição humana que por séculos vimos nos impondo. Então, vai aqui a parábola:

A CARPA APRENDE A CRESCER
A carpa janonesa (koi) tem a capacidade natural de crescer de acordo com o tamanho do seu ambiente. Assim, num pequeno tanque, ela geralmente não passa de cinco ou sete centímetros, mas pode atingir três vezes mais este tamanho, se colocada num lago.
Da mesma maneira, as pessoas têm a tendência de crescer de acordo com o ambiente que as cerca. Só que neste caso, não estamos falando de características físicas, mas de desenvolvimento emocional, espiritual e intelectual.
Enquanto a carpa é obrigada, para seu próprio bem, a aceitar os limites do seu mundo, nós estamos livres para estabelecer as fronteiras de nossos sonhos. Se somos um peixe maior do que o tanque em que fomos criados, ao invés de nos adaptarmos a ele, deveríamos buscar o oceano, mesmo que a adaptação inicial seja desconfortável e dolorosa.

M. AMERICO