segunda-feira, 24 de julho de 2017

ESCLARECIMENTOS SOBRE OS MEDOS CONSCIENTES E INCONSCIENTES QUE TODOS TÊM

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Enquanto a pessoa se mantém polarizada nos planos materiais, permanece suscetível ao sentimento do medo. Os medos subconscientes são mais numerosos que os conscientes e estão direta ou indiretamente ligados ao medo da morte, a apegos e à incompreensão da verdadeira natureza do ser, que é imortal. Nos animais o medo apresenta características diferentes das que se fazem notar no homem, pois neste ele é aumentado por elementos psicológicos e imaginativos.
A psicologia esotérica cita alguns medos básicos do ser humano: o da morte, o do futuro, o da dor física e o do fracasso. A palavra morte é inadequada para exprimir o que realmente acontece durante o processo de transição vivido pela alma ao passar dos níveis de consciência físico, emocional e mental para outros mais sutis. Está para nós ligada a algo que termina, quando, na realidade, conforme as leis naturais e espirituais da vida, tudo se transforma e nada é definitivo. O medo da morte é fruto da ignorância dessas leis.
MEDO DO FUTURO – O medo do futuro deve-se à capacidade de antecipação da mente, capacidade que mais tarde se transforma em percepção intuitiva. Até essa transformação suceder, a mente projeta sobre o presente muitas ansiedades, imaginações e lembranças. Emanações do psiquismo coletivo também podem ser incorporadas pelo indivíduo, que as toma como suas; assim ele tem apreensões e sentimentos não originados em si mesmo.
O medo da dor física, por sua vez, advém de registros de experiências do passado, gravados no subconsciente; pode emergir de modo claro ou agir subliminarmente. Muitas doenças se agravam por esse medo; não obstante, vai sendo dissolvido à medida que o indivíduo se desidentifica dos seus corpos e se eleva espiritualmente.
O medo do fracasso resulta da necessidade de autoafirmação da personalidade. Desaparece quando ela é permeada pela alma, pois o indivíduo então compreende que tudo de positivo e correto feito por ele é na verdade realizado por energias internas, superiores, agindo por seu intermédio; já os feitos inadequados são os realizados humanamente. Esse reconhecimento traz paz ao eu consciente e aprofunda sua entrega ao eu profundo.
NADA A TEMER – Em “Curas pela Química Oculta”, o dr. José Maria Campos acrescenta: “O medo é um estado profundamente instalado na consciência do corpo físico do homem. Vivências marcantes, em outras encarnações, devido à ação poderosa de cataclismos naturais, mortes violentas provocadas pelo fogo, pela água e por representantes do reino animal, bem como a fome, pestes, doenças mutilantes, tensões sobre-humanas, entre tantas outras condições, introduziram suas vibrações no nível atômico do corpo físico, influenciaram parte de sua estrutura genética e perpetuaram-se.
Como a matéria terrestre encaminha-se a patamares mais sutis, e como a estrutura do homem também se afrouxa, tais núcleos podem emergir, em parte, na consciência externa do ser. Quando o indivíduo começa a contatar, de forma mais direta, esse material, passa a vivenciar momentos de grande angústia e desespero, que abalam profundamente sua estrutura psíquica.”
Como o medo decorre do envolvimento com as forças da matéria e suas ilusões, o indivíduo quando está unido à própria essência nada teme. A limitação da consciência ao âmbito pessoal abriga a ideia de posse, até mesmo dos corpos. Se a criatura silencia a voz dos apegos, da curiosidade e da posse, nada tem a temer.

24 de julho de 2017
José HipólitoTrigueirinho
O Tempo

UMA MÃE MOLDANDO UM DESEMBESTADO

Uma briga entre duas mulheres por causa de um boneco causou muita repercussão durante a semana, com opiniões favoráveis e contrárias, o que nos leva a uma reflexão sobre o caso.

Uma estudante universitária, morando na casa da tia, tem em seu quarto uma coleção de bonecos da Marvel, todos protegidos por uma redoma de vidro ou plástico. Ao ver um dos bonecos, um menino pede para brincar com ele, mas a moça explica que a peça é de coleção e não para brincadeira.

Ao chegar em casa, a criança conta para a mãe que pediu para brincar com um boneco e a dona não deixou. Indignada, a mãe envia mensagem para a moça tomando satisfações. A mãe, na mensagem, advertiu a universitária para a possibilidade de seu filho ficar com seqüelas psicológicas por ter recebido um “não”.

Na sequência, a mãe provocou a moça dizendo que iria até a casa da tia dela e faria o menino brincar com os bonecos, no que recebeu a resposta de que, se isso ocorresse, mãe e filho voariam pela janela.

A minha opinião é que ninguém é obrigado a dar suas coisas para outro brincar, especialmente porque se tratava de uma coleção. Houve exagero, porém, na ameaça de jogar mãe e filho pela janela.

A mãe, na onda da indústria das indenizações importada dos Estados Unidos, já começou a falar em danos psicológicos à criança por causa de um simples não.

Coitadas das crianças que nunca ouvem não, porquanto candidatas a serem homens mimados e tiranos, despreparados para a convivência em sociedade e para as batalhas da vida. Crescem sem aceitar frustrações, sem respeitar autoridade e se transformam em pessoas sem limites, a quem chamo de desembestados.


24 de julho de 2017
Miguel Lucena é delegado da Polícia Civil do DF e jornalista.

O CONFLITO DE GERAÇÕES NA ERA DA INFORMÁTICA É INSUPORTÁVEL

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Charge do Miguel Paiva (miguelpaiva.uol.com.br)
Desisti. Não deveria, por certo. Mas, num mundo onde mentira e realidade vivem lado a lado, numa indiferença constrangedora, é desestimulante manter uma conversação que valha a pena. Tudo é logo tachado de “fake”. Fim de papo. Fica o entendido pelo não entendido, e estamos dito. Metade curte, outra discute. Ofensas à partir do terceiro comentário, e o assunto já desviou para ódio de gênero ou raça ou extremistas políticos e antis. Quanto ao fato e suas versões, foram para o espaço cibernético. A verdade? Meu caro, não seja ingênuo, foi extinta desde a última geração. Terminou junto com o inexistente diálogo de pais e filhos. Emudecidos pelos smartphones, distorcidos pelas redes. Filhos não admitem erros, no máximo são mal compreendidos.
Pais temem a reação de filhos, engolem seus jeitos, trejeitos, tatoos, argolas, tribos, bebedeiras, cheiros exóticos em solitárias e gratuitas celas-quartos que habitam sem regras ou despesas.
EM OUTRO MUNDO – Vivem no mesmo lugar, em universos diferentes. Há um multiverso, 11 dimensões que separam gerações, que não se tocam. Entre nudes, sexies, emojis, e-mails, faces, instagrans, e o que mais vier, o invisível se faz presente. Pratos por lavar, contas a pagar no mundo real, para sustentar universos online e mundo virtual. Alguém tem que quitar, ou a casa sem internet cai. Infelizmente, essas contas não são em bitcoin.
Inevitavelmente, surge uma cobrança de tempos antigos: “Filho, você lembra aquele dia em que sua inconsequência e sua irresponsabilidade…?”. Quatro pedras na mão, voz irada, negativa imediata e versão distorcida são disparadas à velocidade da luz. É proibido frustrá-los ou fazê-los admitirem erros.
SÃO UM SACO – Pedir perdão então, nem se fala. Pais são um saco ! Inventam, mentem, cobram. Filhos não erram, mesmo que, para isso, distorçam o espaço, revertam o tempo, decretem que entraram num buraco de minhoca.
Sei que ando relendo “Alice no País das Maravilhas”. Cismei que estou erradamente do outro lado do espelho ou que tudo que ando vivendo é um pesadelo que não quer acabar. Vai ver estou no limbo e não tenha percebido. Ando querendo adotar coelho de óculos e relógio.

24 de julho de 2017
Eduardo Aquino
O Tempo