segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

A AFIRMAÇÃO MAIS IMBECIL QUE JÁ LI EM 70 ANOS DE VIDA

Charge de Ricardo Almeida.


“Cristo representou avanços no humanismo, mas alguns cristãos transformaram certos valores em dogmas” é, com certeza, a afirmação mais imbecil que já li em setenta anos de vida. Supera, na brevidade de uma linha, todos os feitos lingüísticos da Dilma Rousseff, a qual tinha ao menos o atenuante de proferi-los sem outra autoridade intelectual que não a de um diplominha falso, ao passo que o autor dessa belezura, segundo o seu currículo Lattes, é doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas (1984), mestre em Planejamento Econômico e Economia Internacional pelo Colégio dos Países em Desenvolvimento da Universidade de Estado de Antuérpia (1976) e professor em não sei quantas universidades.

Um dogma é, por definição, uma verdade definitiva revelada pelo próprio Deus, ou, em sentido pejorativo, uma afirmação meramente humana, arbitrária, desprovida de evidência ou prova, que pretende, de maneira explícita ou implícita, ter a autoridade de uma proclamação divina.

Quem proclamou os dogmas do cristianismo foi o próprio Jesus Cristo, e não “alguns cristãos”. Foi Ele, e não algum Papa ou teólogo depois d’Ele, quem disse: “O céu e terra passarão, mas as minhas palavras não passarão” e condenou às penas do inferno quem alterasse a forma ou o sentido delas.

Portanto, das duas uma: ou essas palavras são dogmas em sentido estrito, ou são apenas opiniões humanas investidas da pretensão abusiva de passar por verdades divinas. Jesus é Deus ou é um farsante que tenta passar por Deus. “Tertium non datur.”


Ao dizer que Jesus se limitou a defender “valores” ou preferências, sem a autoridade dogmática que lhes teria sido conferida “a posteriori”, Paulo Roberto de Almeida (foto) opta resolutamente pela segunda alternativa, apenas desculpando o farsante por meio da alegação de que teria contribuído para “avanços no humanismo”.

O humanismo, por sua vez, não tem nada a ver com humanitarismo e amor aos coitadinhos. Se Paulo Roberto de Almeida lhe dá implicitamente essa acepção, é para melhor ludibriar os leitores após ter-se ludibriado a si mesmo. 
O humanismo é um movimento com muitos séculos de história, que começou com um esforço para dar à literatura humana o mesmo valor e importância das Sagradas Escrituras, subiu de tom no “ottocento” com Feuerbach, Stirner, Strauss e Marx reduzindo Deus a uma invenção dos homens e culminou no século seguinte com Antonio Gramsci instituindo a “terrestrialização absoluta do pensamento”, a proibição total e definitiva de qualquer interesse que transcenda a esfera dos assuntos econômico-sociais. Coerentemente, o “Manifesto Humanista” assinado por algumas centenas de celebridades em 1933 já propunha explicitamente a substituição do capitalismo pelo socialismo, e sua segunda versão, de 1973, a dos governos nacionais por uma autoridade supranacional – a essência da ideologia globalista que, segundo Paulo Roberto de Almeida, não existe nem age.

Ao contribuir para esses “avanços”, o grande feito de Nosso Senhor Jesus Cristo teria consistido, segundo a lógica de Paulo Roberto de Almeida, em sumir discretamente do cenário e ceder lugar à Assembléia Geral da ONU.

*
Além de chamar antiglobalismo de globalismo, para confundir-se a si mesmo e a seus ouvintes, Paulo Roberto de Almeida ainda reduz essa idéia à crença vulgar de que uma cabala de bilionários dirige secretamente a História do mundo — e acredita, ou finge acreditar, que, contestando essa lenda urbana, demoliu os meus argumentos. 
Puro teatro. Na verdade, eu mesmo refutei em termos categóricos a teoria (se chega a ser uma) da cabala onipotente, no mínimo pela razão de que, como apontei no debate com o prof. Duguin, há três globalismos em disputa, cada um limitando a esfera de ação dos outros. Mas para quê um debatedor há de respeitar a inteligência do adversário? Mais fácil é reduzi-lo às dimensões da sua própria microcefalia e esmurrar no banheiro um anãozinho de papelão para não correr o risco de subir a um ringue de verdade.

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Pela primeira vez na vida me senti ofendido pelas palavras de um oponente. Não pelo tom injustamente pejorativo com que ele se referia a mim — isso é o de menos –, mas pela sua cara de pau de demolir num instante o respeito que eu tinha pela sua pessoa e substitui-lo pela dose mais alta de vergonha alheia que já tive de engolir. Eu não queria ter visto isso. Se pudesse, fingiria que não vi.


05 de fevereiro de 2018
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05 de fevereiro de 2018

É PRECISO SEPARAR COMPORTAMENTOS DE NEYMAR FORA E DENTRO DE CAMPO

Como maioria das celebridades, craque curte prazeres e breguices do estrelato

Os grandes talentos, em todas as áreas, são especiais pelo que fazem em seus trabalhos. Fora disso, são pessoas comuns, com virtudes e defeitos, em variadas proporções. Querer que eles sejam cidadãos exemplares está fora da realidade. Há exceções.

Neymar é um supercraque. Fora dos gramados, não me desperta curiosidade, admiração ou rancor. Como a maioria das celebridades, ele curte os prazeres, as breguices e as idiotices do estrelato. A fama costuma empobrecer o ser humano.

Como Messi é um raro craque sombrio e discreto, muitos querem que Neymar seja como ele. Apesar de ser vaidoso e gostar dos elogios, como todos os humanos, Messi é fascinado somente pelo que faz nos gramados. É indiferente ao estrelismo. Mesmo o narcisista Cristiano Ronaldo possui uma relação com a fama mais profissional que Neymar.

Vejo como exageradas as milhares de críticas e polêmicas sobre Neymar. Misturam também o craque com o personagem. A antipatia que muitos têm sobre ele chega ao ponto de, em uma eleição, feita pela internet, da seleção da Uefa, Neymar ser preterido por Hazard, apenas um excelente jogador. A diferença entre os dois é enorme.

Dentro de campo, os possíveis atritos e as fofocas sobre Neymar e Cavani continuam nos noticiários. Mesmo sendo o cobrador oficial do PSG, Neymar poderia ter sido generoso e deixar Cavani bater o pênaltique daria a ele o título de maior artilheiro da história do clube. Prevaleceu a ambição de Neymar, sentimento frequente entre os grandes craques de todas as épocas. Cavani comemorou o gol com Neymar e atingiu a marca no jogo seguinte. Nenhuma grande desavença entre os dois.

Nelson Rodrigues, com suas hipérboles, exageros, dizia que a maior qualidade de Pelé era a imodéstia absoluta, por, em campo, ter a certeza de que era muito melhor que todos.

O que me preocupa são a irreverência, as reações agressivas e os chiliques de Neymar contra os duros marcadores. Ele já foi expulso oito vezes na carreira, até o fim de 2017, quase uma expulsão por ano, além de receber 138 cartões amarelos, segundo reportagem do Globoesporte.com. Imagine se Neymar for expulso em um jogo decisivo da Copa. Tite vai tentar catequizá-lo.

Se o PSG for eliminado pelo Real Madrid na Liga dos Campeões, um resultado normal, o comentário inoportuno já está pronto, de que o plano de Neymar de ser o melhor do mundo fracassou. Mesmo se isso ocorrer e Neymar não for bem na Copa, ele continuará entre os grandes do futebol. Se o Real for eliminado, outros comentários prontos serão os de que Zidane não domina mais o vestiário —chavão muito usado nas derrotas e nas vitórias—, que o Real vai contratar Neymar para o lugar de Cristiano Ronaldo e que o português está decadente.

Muitos jogadores inferiores a Neymar já foram eleitos os melhores do mundo, como Figo, Cannavaro, Kaká e outros. Se não existissem Messi e Cristiano Ronaldo, Neymar já teria ganhado o título. O que Neymar precisa alcançar é se tornar um forte e habitual candidato a essa conquista.

O maior compromisso de um artista é com sua arte. Neymar, quando entra em campo, quase sempre está muito bem preparado e com enorme gana de brilhar e de vencer. Grave seria se Neymar, em seu comportamento, nos treinos e jogos, fosse desconcentrado e acomodado.

05 de fevereiro de 2018
Tostão, Folha de SP
Médico e ex-jogador, é um dos heróis da conquista da Copa de 1970. Afastou-se dos campos devido a um problema de descolamento da retina.

AS NOVAS FORMAS DE COABITAÇÃO NA ATUAL PERSPECTIVA ÉTICA E ESPIRITUAL

Ao lado das famílias-matrimônio que se constituem no marco jurídico-social e sacramental, mais e mais surgem as famílias-parceria (coabitações e uniões livres), que se formam consensualmente fora do marco tradicional e perduram enquanto houver a parceria, dando origem à família consensual não conjugal. 
Crescem no Brasil e no mundo todo as uniões entre homoafetivos, que lutam pela constituição de um quadro jurídico que lhes garanta estabilidade e reconhecimento social.
Não é lícito emitir um juízo ético sobre essas formas de coabitação sem antes entender o fenômeno. Concretamente: como conceituar a família face às várias formas como ela está se estruturando nos dias atuais?
CONJUNTO DE PESSOAS – Marco Antônio Fetter, criador da Universidade da Família, assim a define: “A família é um conjunto de pessoas com objetivos comuns e com laços e vínculos afetivos fortes, cada uma delas com papel definido, onde naturalmente aparecem os papéis de pai, de mãe, de filhos e de irmãos”.
Transformação maior ocorreu na família com a introdução dos preservativos e dos anticoncepcionais, hoje incorporados à cultura como algo normal, ajudando a evitar as doenças sexualmente transmissíveis. Com isso, a sexualidade ficou separada da procriação e do amor estável.
Mais e mais a sexualidade, bem como o matrimônio, é vista como chance de realização pessoal, incluindo ou não a procriação. A sexualidade conjugal ganha mais intimidade e espontaneidade, pois, pelos meios contraceptivos e pelo planejamento familiar, fica liberada do imprevisto de uma gravidez não desejada. Os filhos são queridos e decididos de comum acordo.
UNIÕES LIVRES – A ênfase na sexualidade como realização pessoal propiciou o surgimento de formas de coabitação que não são estritamente matrimoniais. Expressão disso são as uniões consensuais e livres, sem outro compromisso que a mútua realização dos parceiros ou a coabitação de homoafetivos.
Tais práticas, por novas que sejam, devem incluir também uma perspectiva ética e espiritual. Importa zelar para que sejam expressão de amor e de mútua confiança. Se houver amor, para uma leitura cristã do fenômeno, tem a ver com Deus, pois Deus é amor (1 Jo 4 – 12.16). Então, não cabem preconceitos e discriminações. Antes, cumpre ter respeito e abertura para entender tais fatos e colocá-los também diante de Deus.
Se as pessoas comprometidas assim o fizerem e assumirem a relação com responsabilidade, não se pode negar a ela relevância religiosa e espiritual. Cria-se uma atmosfera que ajuda a superar a tentação da promiscuidade e reforça-se a estabilidade, diminuindo os preconceitos sociais.
PROCRIAÇÃO SEM SEXO – Se há sexo sem procriação, pode haver procriação sem sexo com a procriação in vitro, a inseminação artificial e o “útero de aluguel”. A questão é polêmica em termos éticos e espirituais, e sobre isso parece não haver consenso. A posição oficial católica tende a uma visão naturista, exigindo para a procriação a relação sexual dos esposos. O ser humano tem direito de nascer humanamente de um pai e de uma mãe que em seu amor o desejaram. Se, por qualquer problema, recorre-se a uma intervenção técnica, nunca pode-se perder a ambiência humana e o reto propósito ético.
O filho que daí procede deve poder ter nome e sobrenome e ser recebido socialmente. A identidade social, nestes casos, é mais importante, antropologicamente, que a identidade biológica. É importante que a criança seja inserida num ambiente familiar para que, em seu processo de individuação, possa realizar o complexo de Electra em relação à mãe ou o de Édipo em relação ao pai de forma bem-sucedida. Assim se evitam danos psicológicos.
Deve-se sempre entender a vida como a culminância da cosmogênese é o maior dom do Criador

05 de fevereiro de 2018
Leonardo Boff
O Tempo