sábado, 22 de outubro de 2016

ISSO FAZ TODA A DIFERENÇA!!!


             A diferença entre mãe e pai


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22 de outubro de  2016
postado por m.americo

TIM MINCHIN - MIX

TIM MINCHIN - YOU GREW ON ME (VOCÊ CRESCEU EM MIM)

DISCURSO NA CERIMÔNIA DA UWA

Tim Minchin - Discurso na cerimônia da UWA (Legendado ... - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=dO77D6aljwY
23 de out de 2013 - Vídeo enviado por Kenny Lopes
Tim Minchin - Discurso na cerimônia da UWA (Legendado em português) .... Tim Minchin - The Three ...

22 de outubro de 2016
postado por m.americo

SOBRE CIGARRAS, FORMIGAS E AVESTRUZES

Não se trata de uma nova revolução dos bichos. Se você nunca ouviu falar em Esopo ou não relacionou o título a uma fábula famosa, recomendo que faça uma breve consulta à versão original da história. A formiga é trabalhadora exemplar; a cigarra, uma irresponsável incorrigível... Cuidado! O estereótipo é a matéria-prima do preconceito. Formigas e cigarras não têm nacionalidades. São insetos que habitam diversos países, incluindo Alemanha e Grécia.A pseudo-gratuidade é tradicional estratégia de marqueteiros (eleitorais ou não) para atrair clientes e votos. Um brinde, uma isca. Por favor, não seja um inocente peixinho rumo ao anzol! A negação do almoço grátis é tratada, injustamente, como maldade capitalista. Lembre-se, a inconveniência de algumas verdades não as torna mentira. A vida seria melhor com banquetes gratuitos, porém lamentar a realidade não muda o fato: a conta pode tardar, mas chega.

O cidadão pode doar tempo, dinheiro, bens... Caridade não significa ausência de custos. Egoísmo e compaixão são faces de uma mesma moeda. Podem habitar, alternadamente, o mesmo indivíduo. O meu palpite para esse exemplar Dilema de Tostines (ou disputa cronológica entre o ovo e a galinha) é que o egoísmo humano formatou o capitalismo. Ao estilo farinha pouca, meu pirão primeiro. Lembre-se da Tragédia dos Comuns (a crise de água é apenas o exemplo atual...). Alguém paga a conta. Sempre.

A universidade onde os alunos não pagam mensalidades diretamente é mantida pelo Estado através dos impostos. Siga o fluxo do dinheiro e materializará esse sujeito (quase) oculto. A mão visível e pesada dos impostos paga almoços chamados gratuitos. A opacidade tem função: valorizar o político de plantão e criar mitos. Não é favor ou benesse, é escolha de alocação orçamentária. Uma tributação justa e eficiente é a melhor forma de distribuição de renda e de riqueza. O tema está ao lado do futebol e da religião em matéria de controvérsia!

De volta ao Reino Animal, o mal falado avestruz não esconde a cabeça em buracos para “fugir” do perigo. Apenas bebês e idealistas desconectados da realidade fazem isso. As aparências enganam! Os políticos também... Reconhecer que o custo dos bens e serviços significa valorizar e respeitar o trabalho e o trabalhador. Pessoas não são idênticas, porém costumam responder a alguns estímulos de forma semelhante. As instituições, com punições e recompensas, mostram caminhos melhores e piores. Em todos os idiomas. Por fim, a vida é paradoxal: nunca vi tantos proletários (formigas) defendendo a salvação de burgueses improdutivos (cigarras).



22 de outubro de 2016
alvaro reis


SOBRE A MORTE E O MORRER


O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de
um ser humano? O que e quem a define?



Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...

Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.

Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”

Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...”

Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.

Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".

Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.

Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.

Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?

Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.

Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".

Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: "Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.

Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.


Texto publicado no jornal “Folha de São Paulo”
22 de outubro de 2016
Rubem Alves

NÃO NOS DEIXEM SOZINHOS...



Rui Marote

O Funchal é cada vez mais um “expositor” dos sem abrigo. Alguns anos atrás a “montra” estava localizada junto ao Mercado dos Lavradores. Hoje está instalada no coração da cidade. O dormitório preferido é a entrada da Secretaria Regional da Agricultura e Pescas, no edifício Golden Gate. Já várias vezes alertámos para esta situação. Todas as noites os sem abrigo montam os seus “apartamentos” da pedra de cantaria, tendo como travesseiro uma caixa de plástico. Ao amanhecer, desmontam e guardam todos os utensílios como se fossem trouxas, nas portas do antigo café Golden. As portas do mesmo funcionam como autênticos guarda-fatos. Aos fins-de-semana, os sem abrigo têm o direito de manter-se no “apartamento”, uma vez que os serviços do Governo estão encerrados.







O Governo, em vez de resolver o problema, projecta ali colocar um gradeamento de ferro.

Outra bolsa de pobreza que estava instalada nas redondezas da igreja do Carmo e que já esteve junto aos bancos das floristas, encontra-se agora nos bancos da Rua do Aljube. Mesmo em frente ao mini-mercado, que serve de posto de abastecimento dos pacotes de vinho que vão passando de mão em mão para apagar as mágoas. Neste grupo estão mulheres e até dois estrangeiros.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras já alguma vez abordou estes cidadãos, que incluem até romenos e que vivem da pedincha nestas áreas? O Natal aproxima-se e o aparecimento destes fenómenos multiplica-se… Aguardemos.





Custa-nos falar da miséria. Recolhemos alguns testemunhos junto dos próprios. Falámos com o Vieira, 57 anos, ex-ajudante de pedreiro, que residia no bairro do Hospital, na casa de um sobrinho que o colocou na rua há quatro anos. É um alcoólico, que come à noite na distribuição de alimentos junto ao Mercado.

O Macedo, de 61 anos, referiu-nos que “não há nada pior do que viver na rua”. Trabalhou no engenho do Hinton, no Sheraton e na Insular de Moinhos. Está doente. Morava na Rua da Mouraria. Viveu em Lisboa com uma família africana. Está há sete meses na rua. Salientou que é “filho de duas mães: uma na terra, Madalena, que já faleceu, e outra que não morre, é a mãe do céu, Maria, que me ajuda”. Já foi três vezes à Cáritas solicitar roupa, diz, mas vem sempre de mãos vazias, respondem-lhe que “hoje não é o dia”.



O Martins, há três anos na rua, tem 61 anos. Foi padeiro na padaria do Loja e serralheiro em diversas oficinas. Inválido, esteve no Brasil, onde trabalhou como segurança de um banco. Natural do Monte, anda à procura de um quarto. Dorme no Golden e recebe uma pensão de 291 euros.

A patriarca da zona é uma mulher que dá pelo apelido de Nóbrega, de 56 anos. Também vive no Golden. Conta que descontou durante 27 anos para a reforma. Foi empregada doméstica, cozinheira e serviu ao balcão e às mesas. Tem duas filhas casadas e seis netos. Os genros não a querem por perto. Esteve internada e regressou à rua. O seu maior desejo era ter uma dentadura… Encontrámos também um jovem de 36 anos, que nos afirmou estar na rua desde os 14, de nome Filipe. Entretanto, a Nóbrega partilhava a refeição que tinha na marmita. Dois espanhóis passaram também a fazer parte destas “famílias”.




Não nos queremos substituir à Segurança Social, às assistentes sociais, à Cáritas ou outras instituições. Mas quando perguntávamos a estas pessoas se alguma instituição já os tinha abordado, eram unânimes: “Não”. No rosto destas pessoas estão gravadas imensas histórias nada felizes e sem uma solução no horizonte. 
Por enquanto, a casa destes sem abrigo é onde o coração está. Quer dizer, a casa que imaginam. A outra, a verdadeira, onde passam dias e noites, é mesmo na rua.

22 de outubro de 2016
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