
Anderson 23/04/2020 11:50
Caramba, pesado! É isto que dá quando se debruça a falar de algo que não se tem domínio; é mais ou menos o que os comunistas fazem ao utilizar o materialismo dialético histórico para toda e qualquer situação. As palavras do dr Dennys Garcia Xavier nos mostra que não se pode achar-se conhecedor de algo sem, de fato, o ser.
Agradeço ao IMB e ao autor pelo conhecimento trazido à plataforma!

Ex-microempresario 23/04/2020 20:25
Um texto existe para ser lido. Para atender a esse requisito, um bom escritor busca escrever de forma que facilite o trabalho para quem o lê; essa é a qualidade básica do bom escritor.
O autor deste texto, ao contrário, parece fazer questão de se expressar da forma mais difícil e obscura possível. Em cada oportunidade onde caberia um conceito simples, ele o troca por uma expressão rebuscada, geralmente em grego. Parece empenhar-se em obrigar o leitor a interromper a leitura a cada linha, em busca de uma bibliografia que traduza essas expressões em algo inteligível.
A impressão que tive é de alguém que procura imunizar-se à possíveis críticas ao ocultar seu raciocínio por trás de uma muralha de definições não-explicadas, onde qualquer discordância pode ser rebatida com algo do tipo "você não compreendeu corretamente o conceito X. Leia todos os livros da bibliografia antes."

Matheus 24/04/2020 02:24
Caro,
Creio que a forma de escrever remete à academia. Podes notar que nos campos das Ciências Humanas, os autores realmente escrevem de maneira mais obscura. Mas não podemos confundir a complexidade do texto por si, com a complexidade do texto porque ele demanda isso. Aqui no texto, a meu ver, temos exemplos de ambos, mas sobretudo da segunda.
É comum, ao discutir filosofia, incluir os termos em sua lingua original. Esse é o caso para a Filosofia Antiga, mas também para a Filosofia Moderna. Ao discutir Kant, por exemplo, os autores sempre incluem a expressão "Bedingungen der Möglichkeit" para comentar a ideia de "condições de possibilidade para algo". Muitas vezes, inclusive, há expressões que são de difícil tradução direta, como por exemplo, "Mundwerk" e "Handwerk", na filosofia da Ciência de Peter Janich, e que, por isso, são aplicadas na lingua materna.
Em suma, meu ponto é: o Professor Dennys poderia ter escrito um ensaio com linguagem mais simples (mesmo mantendo o vocabulário rebuscado)? É claro! Contudo, há momentos em que o rigor filosófico demanda um trabalho maior do leitor. Mas ainda acho, como diz o Professor Hoppe, que a academia promove os escritores mais prolixos, em detrimento dos mais claros e diretos. (Ele escreve isso na introdução do Ética da Liberdade, ao comparar Nozick com Rothbard e Hayek com Mises. Enquanto os segundos têm escritas diretas e amigáveis ao leitor leigo, os primeiros têm escrita convoluta e, em partes, totalmente imcompreensível!)
Abraços e boa noite!

Luzimar Figueiredo Teixeira 24/11/2020 13:51
O que acontece com este tipo de texto é que torna a leitura maçante e promove o desinteresse pela continuidade da leitura. Entretanto, tenho que concordar que me prende mais a atenção pela vontade de entende-lo, mesmo sendo bem difícil.