É surpreendente fazer uma leitura budista da Bíblia. Uma pesquisadora que se articulou nesse sentido foi a alemã Ayya Khema, monja da tradição Theravada que interpretou textos bíblicos do ponto de vista budista e fundamentou uma hermenêutica budista da Bíblia, segundo a revista online “Rever – Revista de Estudos da Religião”, editada pela PUC de São Paulo, setembro de 2007, páginas 165 a 170.
Na mesma edição da “Rever” ficamos sabendo que Hischam A. Hapatsch, professor doutor em Teologia pela Universidade Humboldt, de Berlim, defendeu tese sobre “A Recepção da Igreja e do Cristianismo no Budismo Alemão”.
Ora, cada país tem a sua forma de ser budista. É por isso que, de longa data, desde os anos 1970, defendemos um budismo brasileiro, em português, e, naturalmente plural.
Para alegria minha, vejo que a linhagem a qual pertenço, HBS – Honmon Butsuryu Shu (Budismo Primordial), vai aos poucos se abrasileirando, sem contudo, perder os seus vínculos com a matriz, que é o Japão.
Recentemente foi aberto um núcleo em Taguatinga, DF, próspera cidade satélite, próxima à Brasília. Conheci Taguatinga ainda pré-adolescente, uma dinâmica localidade nos primórdios do Plano Piloto que cresceu e se desenvolveu.
Aproveito para sugerir o ótimo livro “O Buda Jesus – As fontes Budistas do Cristianismo”, de Holger Kersten, teólogo alemão que, juntamente com Elmar R. Gruber, fazem belo exercício acadêmico na área das “Religiões Comparadas”, editora Best Seller.
Ou seja, Budismo Cristão é igual a Cristianismo Budista!
26 de julho de 2016
Antonio Rocha
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