Podem ser anotações casuais de um passante, porque quando começamos nossa jornada, não distinguimos bem a paisagem. Ela sempre nos surpreende. Desconhecemos aonde nos pode levar o caminho. Não o escolhemos... Perambular é o próprio caminho. Uma narrativa do destino que desenhamos inconscientemente. O que pretendo? Tecer algumas considerações fora da mesmice, e pinçar alguns textos curiosos que despertem a paixão...
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
HOMO-IGNORANTIS: O HOMEM E AS FERRAMENTAS
Era uma vez um homem-macaco que inventou uma parada para cortar madeira, daí ele descobriu que também podia cortar e mutilar os outros macacos para obter liderança;
Homo Ignorantis usa o meio para justificar sua ignorância.
O tempo passou, o tal do homem perdeu os pêlos (alguns começaram a raspá-los, depois evoluíram para a depilação), ficou mais sinuoso, começou a morar um lugares altos e metálicos, se tornou pseudo-inteligente, começou a achar que é a unica raça do universo, se deu o status de "evoluído" e...
Inventou o avião que nos leva de um ponto ao outro do mundo e também bombardeia milhões de pessoas de uma só vez;
Desenvolveu a medicina para a cura e por trás dela uma indústria que ganha com a doença;
Criou o carro, mas dependendo de quem senta ao volante o transforma numa arma potencial;
Inventou a televisão que pode esclarecer e informar, mas a usa para lobotomia e programações de medo e culpa;
Inventou a multa de trânsito para disciplinar e evitar acidentes e a transformou numa forma de acharcar o povo;
Cria músicas que nos levam à dimensões transce
ndentes e também "thuthucaaaaaaaaaa vem aqui pro seu tigrão";
Pode usar o sexo como forma de encontro ao divino, mas muitos ainda o usam como meio de escravizar o desejo do outro;
Criou a internet que pode tanto espalhar mensagens de paz, como fomentar comunidades terroristas entre milhões de outras usabilidades positivo-negativas.
Enfim!
Segurança, conforto, liberdade ou uma arma? Depende de quem o conduz.
Um garfo, o computador, uma caneta, uma planta, a mesa, o fósforo, a vela ou uma cadeira! Não importa a ferramenta usada, mas sim quem, como e para quê ela é utilizada.
As ferramentas e invenções sempre estão de acordo com nosso nível de evolução-consciência e nunca o contrário. Quando acontece de termos uma invenção ou informação além daquilo que podemos entender, simplesmente não as absorvemos ou as distorcemos (o que é mais comum).
Eu vejo pessoas falando mal da internet e da evolução das coisas, mas a evolução das “coisas” está diretamente atrelada à evolução humana.
E eu vejo humanos falando mal de humanos o tempo todo, como se eles fossem chimpanzés engomados de calça e gravata ou de vestido e salto alto. Eles também fazem uso dessas mesmas ferramentas, mas se isentam da responsabilidade de uso sobre elas, talvez porque se achem chimpazés-alpha e isso os deixe fora do mundano! Coisa de Homo-Ignorantis.
Esse é um mundo polarizado (bom/ruim, certo/errado), onde sempre podemos escolher como usar o universo à nossa volta.
O problema e a solução do lixo, da sustentabilidade, do dinheiro ou do amor, além de todas as coisas e fatos que nos cercam, estão na nossa forma de conduzir esse universo à nossa volta.
O martelo não pode escolher se bate um prego ou estoura um cérebro, o teclado e o mouse não auto clicam-digitam em sites de fofoca ou imagens maravilhosas, a não ser que "alguém" os tenha programado anteriormente para isso, a nota de R$100,00 não escolhe se compra um bilhete de show ou uma fileira de cocaína.
O problema e a solução estão sempre entre a cadeira e o teclado.
É isso... Pense aí como você anda usando as ferramentas que te servem.
Monik Ornellas, 26/09/2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário