Duas instituições de investigação dos Estados
Unidos preveem que, dentro de uma década, a privacidade na Internet seja algo
reservado «apenas à elite».
Num documento a propósito do 25.º aniversário
da world wide web, que se assinala hoje, investigadores do Pew e da Universidade
Elon, em colaboração com especialistas em tecnologias, traçaram quinze cenários
sobre o futuro da internet.
Segundo uma das suas teses, os utilizadores vão
continuar a «privilegiar as vantagens» do imediatismo «sobre a
privacidade».
A pesquisa conclui também que a troca de
informação através da Internet estará «tão integrado na vida diária» em 2025 que
se fará de forma «invisível, fluindo como a eletricidade».
Estas relações em rede poderão, porém,
traduzir-se num aumento da desigualdade e provocar «ressentimento e eventual
violência», alertam.
«A natureza humana não está a mudar: há apatia,
intimidação, assédio, estupidez, pornografia, truques sujos e crimes, e aqueles
que os praticam têm uma nova capacidade para tornar miserável a vida dos
demais», realçam.
Os investigadores do Pew e da Elon antecipam
que as organizações atuais possam não conseguir responder suficientemente rápido
aos desafios colocados pela complexidade da rede global.
Mas há teses mais otimistas, como a que refere
a «esperança» da Internet, que promoverá mais «relações à escala planetária» e
aumentará as oportunidades de educação, resultando em «menos ignorância».
A 12 de março de 1989, o físico Tim Berners
Lee, da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), publicou um artigo
científico no qual propunha um novo sistema de gestão da informação e de
partilha de informação entre computadores, difundindo o código para o fazer,
gratuitamente, um ano depois.
Com o tempo, o sistema passou a ser conhecido
como world wide web e converteu-se na ferramenta utilizada diariamente por
milhões de pessoas em todo o mundo.
11 de julho de 2014
fonte: Diário Digital
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