Sorry, não consigo engolir essa visão - recorrente entre comentaristas de televisão - de que o ocidente não pode reagir de forma violenta contra o terrorismo jihadista pra não gerar mais terror. (Como assim "mais"? Qual deve ser o limite a partir do qual nos seria dado o direito de reagir de forma violenta?)
Até me esforço em ouvir quem pensa assim. Só que sempre me fica a impressão de que o que estes apelos almejam é que a gente fiquei passivamente aguardando o abate.
Mas eu sou um dinossauro.Tenho uma visão de mundo que me induz a defender velhos valores ocidentais, como a liberdade, por exemplo.
Tendo a reagir de forma visceral contra gente que quer impor uma visão de mundo que não comporta as conquistas da revolução iluminista - tanto no que diz respeito à liberdade e aos direitos humanos de forma geral, mas especialmente em relação aos direitos das mulheres.
Chamem de instinto de sobrevivência se quiserem.
O mesmo instinto que, em 2003, fez a correspondente de guerra Asne Seierstad gritar, para os soldados americanos que entravam em Bagdá: "Obrigada por vir!
Em 2008 destaquei no blog o trecho de "101 Dias em Bagdá" no qual a jornalista norueguesa admite,com certo constrangimento, que deu vivas ao ver os americanos chegando.
O post de 2008 está no link abaixo, caso tenham curiosidade de ler.
É um bom relato de como um ocidental - no caso, uma mulher -, por mais que tente racionalizar, num momento de medo sabe exatamente em quem pode confiar.
Clique aqui para ler "Olhares".
31 de agosto de 2015
nariz gelado
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