Não se trata de uma nova revolução dos bichos. Se você nunca ouviu falar em Esopo ou não relacionou o título a uma fábula famosa, recomendo que faça uma breve consulta à versão original da história. A formiga é trabalhadora exemplar; a cigarra, uma irresponsável incorrigível... Cuidado! O estereótipo é a matéria-prima do preconceito. Formigas e cigarras não têm nacionalidades. São insetos que habitam diversos países, incluindo Alemanha e Grécia.A pseudo-gratuidade é tradicional estratégia de marqueteiros (eleitorais ou não) para atrair clientes e votos. Um brinde, uma isca. Por favor, não seja um inocente peixinho rumo ao anzol! A negação do almoço grátis é tratada, injustamente, como maldade capitalista. Lembre-se, a inconveniência de algumas verdades não as torna mentira. A vida seria melhor com banquetes gratuitos, porém lamentar a realidade não muda o fato: a conta pode tardar, mas chega.
O cidadão pode doar tempo, dinheiro, bens... Caridade não significa ausência de custos. Egoísmo e compaixão são faces de uma mesma moeda. Podem habitar, alternadamente, o mesmo indivíduo. O meu palpite para esse exemplar Dilema de Tostines (ou disputa cronológica entre o ovo e a galinha) é que o egoísmo humano formatou o capitalismo. Ao estilo farinha pouca, meu pirão primeiro. Lembre-se da Tragédia dos Comuns (a crise de água é apenas o exemplo atual...). Alguém paga a conta. Sempre.
A universidade onde os alunos não pagam mensalidades diretamente é mantida pelo Estado através dos impostos. Siga o fluxo do dinheiro e materializará esse sujeito (quase) oculto. A mão visível e pesada dos impostos paga almoços chamados gratuitos. A opacidade tem função: valorizar o político de plantão e criar mitos. Não é favor ou benesse, é escolha de alocação orçamentária. Uma tributação justa e eficiente é a melhor forma de distribuição de renda e de riqueza. O tema está ao lado do futebol e da religião em matéria de controvérsia!
De volta ao Reino Animal, o mal falado avestruz não esconde a cabeça em buracos para “fugir” do perigo. Apenas bebês e idealistas desconectados da realidade fazem isso. As aparências enganam! Os políticos também... Reconhecer que o custo dos bens e serviços significa valorizar e respeitar o trabalho e o trabalhador. Pessoas não são idênticas, porém costumam responder a alguns estímulos de forma semelhante. As instituições, com punições e recompensas, mostram caminhos melhores e piores. Em todos os idiomas. Por fim, a vida é paradoxal: nunca vi tantos proletários (formigas) defendendo a salvação de burgueses improdutivos (cigarras).
22 de outubro de 2016
alvaro reis
O cidadão pode doar tempo, dinheiro, bens... Caridade não significa ausência de custos. Egoísmo e compaixão são faces de uma mesma moeda. Podem habitar, alternadamente, o mesmo indivíduo. O meu palpite para esse exemplar Dilema de Tostines (ou disputa cronológica entre o ovo e a galinha) é que o egoísmo humano formatou o capitalismo. Ao estilo farinha pouca, meu pirão primeiro. Lembre-se da Tragédia dos Comuns (a crise de água é apenas o exemplo atual...). Alguém paga a conta. Sempre.
A universidade onde os alunos não pagam mensalidades diretamente é mantida pelo Estado através dos impostos. Siga o fluxo do dinheiro e materializará esse sujeito (quase) oculto. A mão visível e pesada dos impostos paga almoços chamados gratuitos. A opacidade tem função: valorizar o político de plantão e criar mitos. Não é favor ou benesse, é escolha de alocação orçamentária. Uma tributação justa e eficiente é a melhor forma de distribuição de renda e de riqueza. O tema está ao lado do futebol e da religião em matéria de controvérsia!
De volta ao Reino Animal, o mal falado avestruz não esconde a cabeça em buracos para “fugir” do perigo. Apenas bebês e idealistas desconectados da realidade fazem isso. As aparências enganam! Os políticos também... Reconhecer que o custo dos bens e serviços significa valorizar e respeitar o trabalho e o trabalhador. Pessoas não são idênticas, porém costumam responder a alguns estímulos de forma semelhante. As instituições, com punições e recompensas, mostram caminhos melhores e piores. Em todos os idiomas. Por fim, a vida é paradoxal: nunca vi tantos proletários (formigas) defendendo a salvação de burgueses improdutivos (cigarras).
22 de outubro de 2016
alvaro reis
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