quarta-feira, 20 de junho de 2018

SE NEYMAR NÃO PUDER JOGAR, NEM POR ISSO DEIXAREMOS DE CONFIAR NO TIME

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Marcação implacável anula (e machuca) o craque
No meio da tarde de ontem, terça-feira, surgiram notícias de que Neymar sentiu o tornozelo e não pode treinar mais do que 15 minutos. Se não jogar contra a Costa Rica alguém vai substituí-lo, e nem por isso, devemos deixar de torcer e confiar em nosso time. Futebol é assim. Em 62,  jogamos sem Pelé e conquistamos a Taça do Mundo com Amarildo entrando em seu lugar. Me lembro bem da manchete do jornal Última Hora que ajudou a manter entusiasmo e confiança. O jornal não existe mais, mas a manchete valeu: “Pelé: Venceremos com Amarildo”. E vencemos.
Agora a grande estrela é Neymar e ele se a contusão de mantiver não deverá entrar em campo. Que fazer? Confiar naquele que o substituirá. O futebol brasileiro possui muitos craques. Mas ninguém ganha sozinho. Futebol é conjunto. Temos Gabriel Jesus, William para citar esses dois exemplos.
TRANQUILIDADE – Temos que nos inspirar na entrevista do zagueiro Tiago Silva aos jornalistas Ciro Campos e Leandro Silveira, edição de ontem de O Estado de São Paulo. Disse ele: “Temos, com a experiência que acumulamos, que manter a tranquilidade e buscar a vitória confiando em nós mesmos”.
De fato, digo eu, a tranquilidade é fundamental no futebol. Sobretudo na Copa da Rússia, pois esquemas táticos defensivos têm atrapalhado o pleno desempenho das seleções consideradas favoritas para os primeiros postos. Não há partida fácil em Copa do Mundo.
 E os jogos são sempre difíceis, o que não surpreende, uma vez que de quatro em quatro anos um maior número de seleções absorve novos conceitos, principalmente quanto à defesa.
AULAS NA TV – Há que se levar em conta a transmissão direta de confrontos importantes pela televisão. Os responsáveis pela formação das seleções vão absorvendo cada vez técnicas mais apuradas à base da ocupação dos espaços do campo. Recordo, por exemplo, que a seleção de 50 era excepcional do meio pra frente, mas não tinha cobertura na defesa. O meio campo com Bauer, Danilo e Jair não voltava para cobrir os espaços quando éramos atacados pelas extremas.
Foi a falta de cobertura que descortinou a estrada de Gighia pela qual o Uruguai chegou a vitória.
Em 82 o mesmo sucedeu com a seleção de Zico, Sócrates e Falcão, uma atuação belíssima do meio pra frente e um desempenho muito fraco no universo defensivo. Perdemos por 3 X 2 com três gols do italiano Paulo Rossi.
OCUPAR ESPAÇOS – Falei em evolução do caráter defensivo à  base da permanente ocupação dos espaços. Basta lembrar as partidas pela conquista da Taça da Europa, com destaque para o Real Madri de Cristiano Ronaldo, quando a equipe atacava e quando também empenhava em defender. Os grandes times europeus desenvolvem grande velocidade. Todos atacam e todos defendem. As partidas foram belíssimas.
Voltando à Seleção de Ouro, vamos aguardar sua atuação na manhã de sexta-feira com Neymar ou sem ele. Futebol é conjunto, não é uma disputa individual. Vamos em frente.

20 de junho de 2018
Pedro do Coutto

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