terça-feira, 6 de abril de 2010

PERCEPÇÃO DO MUNDO

A percepção é um proceso complexo com múltiplas facetas, iniciada quando nossos neurônios sensoriais captam informação do meio ambiente e a enviam ao cérebro na forma de impulsos elétricos. Como todas as criaturas viva, temos uma percepção sensorial limitada. Não vemos a radiação infravermelha ou percebemos os campos eletromagnéticos como os pássaros (que usam essa informação para se orientar). Contudo, a quantidade de informação que entra por meio dos cinco sentidos é impressionante - cerca de  400 bilhões de bits por segundo!
Obviamente não recebemos nem processamos conscientemente essa quantidade - pesquisadores afirmam que passam por nossa consciência apenas 2 mil bits por segundo! Portanto, nas palavras do doutor Andrew Newberg, quando o cérebro trabalha para "tentar criar para nós uma história do mundo, ele precisa de muitos dados supérfluos."
Por exemplo, enquanto lê essas palavras, embora seus sentidos captem a temperatura do ambiente, a sensação do corpo na cadeira, a textura da roupa sobre a pele, o zumbido do refrigerados e o cheiro do xampu, você está quase toralmente desligado de tudo. O doutor Newberg prossegue:
"O cérebro precisa filtrar uma tremenda quantidade de informação irrelevante para nós. Ele faz isso inibindo coisas, evitando que algumas respostas e informações neurais acabem por chegar ao nível consciente, e assim ignoramos a cadeira em que estamos sentados. Ou seja, filtrando o que é conhecido. E então, existe a filtragem do que é desconhecido...
Ao vermos alguma coisa que o cérebro não consegue identificar buscamos algo similar ("Não é um esquilo... mas é muito parecido.") Se não houver nada semelhante, ou se for algo que saibamos não ser real, descartamos a informação com: "Eu devo estar imaginando coisas."

Assim, nós não percebemos a realidade de fato; vemos a imagem dela que nosso cérebro construiu, usando o impulso sensorial e associações obtidas em suas vastas redes neurais. "Dependendo de suas experiências", diz o doutor Newberg, "e de como você as processa, isso realmente cria seu mundo visual [...] O cérebro é, afinal, quem percebe a realidade e cria nossa versão do mundo."

Como sugere a pesquisa da doutora Pert, dos Institutos Nacionais de Saúde, o que determina como e se vamos perceber algo é tanto o que acreditamos ser real quanto o que sentimos em relação ao que os nossos sentidos capturam. Ela diz: "Nossas emoções decidem o que é digno de atenção (...) Os receptores são os mediadores na decisão sobre o que vai se tornar um pensamento ao chegar à consciência e o que vai permanecer como um padrão de pensamento não digerido, enterrado num nível mais profundo do corpo."
Como diz Joe Dispenza; "As emoções foram projetadas para fixar quimicamente algo em nossa memória de longo prazo." (Quem somos nós?)

UMA EXPERIÊNCIA INTERESSANTE SOBRE A REALIDADE
Pesquisadores colocaram gatinhos recém-nascidos em um ambiente experimental onde não havia linhas verticais; semanas depois, quando colocados no ambiente "normal", os gatinhos não eram capazes de ver nenhum objeto com uma dimensão vertical (como as pernas de uma cadeira), e esbarravam nesses objetos.

M. AMERICO

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