Às vezes bato na mesma tecla, pois nada é tão maligno para uma boa qualidade de vida quanto ter uma péssima noite de sono.
São tantos os trabalhos científicos publicados a cada ano que mal dá para acompanhar.
Mas os resultados são muito semelhantes: é inacreditável o custo físico e psíquico de noites maldormidas, desde depressão e transtornos ansiosos, passando por obesidade, doenças cardiovasculares, disfunções hormonais até comportamentos alterados como irritabilidade, agressividade, mau humor, perda de produtividade no trabalho, baixa imunológica, fadiga crônica e, principalmente, graves déficits de memória, que podem resultar em Alzheimer precoce.
São tantos os trabalhos científicos publicados a cada ano que mal dá para acompanhar.
Mas os resultados são muito semelhantes: é inacreditável o custo físico e psíquico de noites maldormidas, desde depressão e transtornos ansiosos, passando por obesidade, doenças cardiovasculares, disfunções hormonais até comportamentos alterados como irritabilidade, agressividade, mau humor, perda de produtividade no trabalho, baixa imunológica, fadiga crônica e, principalmente, graves déficits de memória, que podem resultar em Alzheimer precoce.
Não é à toa que temo pelo futuro da geração milênio, entre noites insones de baladas ou viciada em games e redes sociais até altas horas da manhã.
Vamos aprender que, mais importante que o número de horas dormidas, é a arquitetura do sono.
Assim, uma boa noite seria composta de sono leve (chamadas de fase 1 e 2) alternando com sono em que se sonha (sono R.E.M., sigla em inglês para Movimento Rápido dos Olhos) e o sono profundo (fase 3 e 4) e alguns despertares noturnos.
Vamos aprender que, mais importante que o número de horas dormidas, é a arquitetura do sono.
Assim, uma boa noite seria composta de sono leve (chamadas de fase 1 e 2) alternando com sono em que se sonha (sono R.E.M., sigla em inglês para Movimento Rápido dos Olhos) e o sono profundo (fase 3 e 4) e alguns despertares noturnos.
Existe um exame, chamado de polissonografia, uma espécie de eletroencefalograma, com medição de outros dados durante a noite que nos informa qual o tipo de sono aparece, sua duração e se a arquitetura é normal ou alterada.
MELHOR QUALIDADE
Para efeito de ilustração, podemos dizer que uma pessoa que dorme entre 10 da noite e 5 da manhã tem melhor qualidade de sono recompensador do que de quem dorme mais horas como de meia-noite às 11 da manhã.
Não é quantidade, e sim qualidade do sono. Evidentemente, quanto mais jovem, maior a quantidade de sono, e o idoso dorme bem menos.
Hoje prioriza-se a observação do dia seguinte. Se alguém acorda cansado, angustiado, boceja o dia inteiro, dá umas “pescadas” na aula ou trabalho, seu sono foi ruim.
Outro, que dormiu menos horas, mas acorda descansado, memória em dia, renovado, dormiu bem.
Bom lembrar que ainda existem particularidades, como pessoas matinais que rendem mais pela manhã, vespertinas, que gostam da tarde, e notívagos que habitam as noites.
Não é quantidade, e sim qualidade do sono. Evidentemente, quanto mais jovem, maior a quantidade de sono, e o idoso dorme bem menos.
Hoje prioriza-se a observação do dia seguinte. Se alguém acorda cansado, angustiado, boceja o dia inteiro, dá umas “pescadas” na aula ou trabalho, seu sono foi ruim.
Outro, que dormiu menos horas, mas acorda descansado, memória em dia, renovado, dormiu bem.
Bom lembrar que ainda existem particularidades, como pessoas matinais que rendem mais pela manhã, vespertinas, que gostam da tarde, e notívagos que habitam as noites.
Mas, se formos olhar para um “relógio biológico da humanidade”, por meio das dezenas de milhares de anos, veremos que, quando a noite vinha, o sono acompanhava, e assim que o sol nascia, era hora de levantar e ir à caça.
Daí a analogia sono/ vigília com noite/dia e escuridão/claridade, modulados pelos hormônios melatonina e cortisol que regulam desde o sono e atividades, até o humor do ser humano.
Daí a analogia sono/ vigília com noite/dia e escuridão/claridade, modulados pelos hormônios melatonina e cortisol que regulam desde o sono e atividades, até o humor do ser humano.
TIPOS DE INSÔNIA
Quanto à insônia, sempre prejudicial, temos de três tipos:
1) Inicial: os que demoram a pegar no sono, viram na cama, contam carneirinhos, que é típica dos ansiosos, que remoem os problemas do dia e sofrem por antecipação pelo dia de amanhã.
2) Terminal: os que dormem rápido, mas acordam precocemente, 2, 3 ou 4 da manhã, sempre assaltados por ideias negativas, pessimismo, ruína. É a insônia típica dos deprimidos.
3) Universal: ficar acordado à noite inteira. Ocorre em momentos estressantes, mas se mantiver por dois ou mais dias, é urgência, e deve buscar ajuda médica, pois mais de 72 horas acordado pode gerar até uma psicose com agitação psicomotora intensa com delírios e alucinações).
QUASE ROTINA
Dormir mal tem se tornado quase uma rotina nas grandes cidades, médias e até pequenas, pois o uso abusivo do computador, TV, festas, falta de exercício aeróbico, abuso de cafeína, bebidas, alimentação pesada tarde da noite, uso de remédios sedativos, falta de escape de lazer, distração e relaxamento, entre outras causas, estão matando o bom sono, o carregador de baterias e o descanso do guerreiro.
A falta de um horário fixo para ir deitar, atividades relaxantes, ambientes barulhentos, trabalhadores de turnos alterados, o excesso de tela à noite e de madrugada têm interferido seriamente no desempenho profissional, social, familiar e gerado conflitos, irritabilidade, perda grave de memória, prazer e alegria no dia a dia.
Como diriam os sábios: “durma-se com um barulho destes”.
18 de junho de 2015
Eduardo Aquino
O Tempo
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