domingo, 18 de agosto de 2013

NOSTRADAMUS E A III GUERRA MUNDIAL - PARTE 2


 
Crise petrolífera

"Será num tempo de sinais de abundância de petróleo. A fome virá. Ou seja, os sinais existem, porém a acção se dará em função do petróleo já existente em poços que estão em produção. Carros e indústrias não funcionam apenas com sinais de petróleo.

IV.15
D'où pensera faire venir famine,
De là viendra se rassasiement:
L'oeil de la mer par auare canine
Pour de l'vn l'autre donra huyle, froment.

[De onde se pensava que viria a fome, de lá virá a saciedade: os olhos para o mar pelos quarenta cães, para um dará o óleo, para outro dará o pão].

A Itália invadida pelos árabes

II.65
Le pare enclin grande calamité,
Par l'Hesperie et Insubre fera:
Le feu en nef peste et captiuité,
Mercure en l'Arc Saturne fenera.

[Com a economia em baixa, haverá uma grande calamidade no Ocidente: na Itália, a guerra, a calamidade e o cativeiro atingirão a Igreja. A pilhagem arruinará Roma. – Latim: parcus, económico; inclino, baixo; Monoeci Arx, Mônaco; feneror, arruinar. Origem grega: Hesperie, Ocidente],

VI.42
A logmyon sera laissé le regne,
Du grand Selyn qui plus fera de faict:
Par les Itales estendra son enseigne
Sera régi par prudent contrefaict.
[A eloquência terá deixado o reino, o Crescente vai fazer grande parte da obra: em toda a Itália ele vai estender sua bandeira, que será governada por um prudente que se passará por inteligente].

Mais duas alusões claras da invasão da Itália pelos muçulmanos. A Itália sendo governada por alguém temeroso e que usará sua falta de eloquência para demonstrar-se inteligente. Além disso, o momento será de crise económica no Ocidente. Muitas são as semelhanças com o tempo presente. Mas, vamos examinar as outras quadras para ver se chegamos a datas de acontecimento desses vaticínios:

V.14
Saturne et Mars en Leo Espagne captive,
Par chef libyque au conflict attrapé,
Proche de Malte, Heredde prinse vive,
Et Romain sceptre sera par coq frappé.

[Saturno e Marte em Leão Espanha cativa, pelo chefe líbio ao conflito arrastada, próximo de Malta, o herdeiro tomado vivo e o romano ceptro será pelo Galo golpeado. – Latim: heres, herdeiro].

Vamos juntar A com B e veremos que esses eventos não estão, talvez, muito longe de nós: quando Saturno e Marte estiverem em Leão, quando o líder líbio for arrastado ao conflito, quando a Espanha ficar cativa (de outros estados por suas dívidas) e quando o herdeiro for aprisionado vivo, o governo italiano receberá um golpe vindo da França.

IV.68
En lieu bien proche non esloigné de Venus.
Les deux plus grands de l'Asie et d'Aphrique,
Du Ryn et Hister qu'on dira sont venus,
Cris pleurs à Malte et costé Ligustique.

[Num lugar muito próximo não longe de Vénus, os dois maiores da Ásia e da África, do Reno e Danúbio dirão estar chegando, grito, choro em Malta e do lado do Golfo de Génova. Latim: Ligusticus Sinus, o golfo de Génova].

Essa quadra se direcciona possivelmente à invasão simultânea de hordas norte-africanas através de Malta e Génova, e outras vindas da Ásia que colocariam em alerta os habitantes do entorno dos rios Reno e Danúbio, na Europa.
Em Fontbrune, o primeiro verso assim aparece: En l’na bien proche esloigné de Venus... (No ano em que estiverem próximos de se afastarem do engano...). Vénus para os romanos e Afrodite para os gregos, deusa do amor, beleza e procriação, também está relacionada a engano. Em nossa interpretação, Nostradamus está se referindo a Chipre e a Grécia, lugares onde se iniciaram o culto a essa deusa.
Alguns intérpretes do século passado, no desejo de transformar Hister em Hitler, usaram essa quadra na descrição de eventos relativos à Segunda Guerra, o que não nos parece o caso.

X.97
Triremes pleines tout aage captif,
Temps bon à mal, le doux pour amertume:
Proye à Barbares trop tost seront hatifs,
Cupid de voir plaindre au vent la plume.

[Os barcos levarão cativos de todas as idades, bom momento para o mal, o doce para o amargo: presa a bárbaros derrotada será muito em breve, Cupido reclamando para ver a pena ao vento].

Essa quadra, além de mostrar a qualidade da poesia de Nostradamus, nos fala de barcos levando prisioneiros: homens, velhos e crianças. Isso se dará num momento crítico que criará as condições para que o mal floresça. O malicioso (Cupido) irá reclamar dos outros países da União Europeia que não deixam os “cativos” circularem livres por seu território: Metre la plume au vent, “flutuar ao vento”. Roma, casa do deus Cupido, será cativa dos bárbaros (habitantes dos Norte da África) e também será derrotada por eles.
Em meados de Abril de 2011, a imprensa internacional registava que o Sul da Itália, sobretudo a ilha de Lampedusa, enfrentava uma vaga de imigração sem precedentes, depois de mais de 25 mil pessoas terem chegado àquela ilha desde meados de Janeiro, essencialmente provenientes da Tunísia. Ao mesmo tempo, subiam as temperaturas nas já quentes relações entre Roma e Paris, devido à emissão de autorizações de residência temporária que o partido de extrema-direita Liga do Norte, aliado do primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi (1936-), desejava conceder aos imigrantes provenientes do norte de África que já estavam na Itália. Com estas autorizações, os imigrantes, na sua maioria de origem tunisina, poderiam viajar para países europeus como a França.
No dia 26 de Abril, as agências internacionais de notícias informavam que os líderes de França e Itália pediam uma reforma do Tratado de Schengen, que permite a livre circulação de pessoas entre a maioria dos países da União Europeia. Criado em 1985 e colocado em prática uma década depois, o Tratado de Schengen permite que residentes legais da maioria dos países da União Europeia e viajem ultrapassem livremente as fronteiras.

 
Berlusconi e o escândalo sexual

Présage LX. Auril.
Le temps purgé, pestilente tempeste,
Barbare insult. fureur, inuasion:
Maux infinis par ce mois nous appreste,
Et les plus Grands, deux moins, d'irrision.

[Os tempos serão de licenciosidade, peste e violência, um terrível ataque bárbaro e invasão. Grandes desastres em abril. Chefes de estado serão ridicularizados, com excepção de dois].

Nesse presságio, válido para certo mês de Abril, Nostradamus volta a citar o ataque ou o insulto bárbaro. Ele também destaca as características morais reinantes, violentas e licenciosas. Na Itália, a licenciosidade parece começar pelo governo.
De acordo com a agência de notícias France Press, o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi apresentou-se, em 11 de Abril de 2011, no Tribunal de Milão para uma audiência do processo Mediaset, em que é acusado de fraude fiscal. Na semana anterior, ele havia faltado a uma audiência de outro caso, o Rubygate. “Neste processo, o que pode ter consequências mais graves para o chefe do governo italiano, Berlusconi é acusado de ter dado dinheiro a uma prostituta menor de idade e de abuso de poder” informou a agência de notícias. Vamos conferir a quadra seguinte, como que Nostradamus nos conta essa história com requintes poéticos:

II.54
Pour gent estrange, et Romains loingtaine,
Leur grand cité apres eaue fort troublee:
Fille sans trop different domaine,
Prins chef, ferreure n'auoir esté riblee.

[Por culpa de gente estrangeira e dos próprios romanos, sua grande cidade sofre descalabro depois da água: uma menina sem mão segura o chefe. As grades não conseguiram detê-la. – Francês: fille, menina, moça, donzela, rapariga, prostituta; domaine, bens da coroa, patrimônio, poder, autoridade].

Em 27 de Maio de 2010, a marroquina Karima El Mahroug, uma dançarina de 17 anos, conhecida pelo nome artístico Ruby Rubacuori, foi detida pela polícia em Milão acusada de roubo. Os policiais a levaram para a sede da polícia local. Como era menor de idade, um juiz ordenou à polícia que a levasse a um abrigo para menores.
Berlusconi estava em Paris, mas mesmo assim ligou para o chefe da polícia de Milão e pediu a soltura de Ruby, alegando que a moça era a sobrinha de Hosni Mubarak, na época, presidente do Egipto. Em Janeiro de 2011, Berlusconi foi colocado sob investigação criminal por supostamente ter relações sexuais com uma prostituta menor de idade e por abuso de poder no exercício de suas funções ao pedir que Ruby (sem “suas mãos” no poder) não fosse presa. Notem que Berlusconi se apresenta ao tribunal em 11 de Abril de 2011, um mês depois do terrível terremoto e das águas do tsunami no Japão (11 de Março): “sua grande cidade sofre descalabro depois da água”, diz a quadra.

A guerra ganha força no Mediterrâneo

X.65
O vaste Rome ta ruyne s'approche,
Non de tes murs, de ton sang et substance
L'aspre par lettres fera si horrible coche,
Fer pointu mis à tous iusques au manche.

[Ó grande Roma, tua ruína se aproxima, não a de teus muros, mas a de teu sangue e substância. A áspera literatura fará um entalhe muito horrível. Ferro pontiagudo contra todos até o cabo].

Nostradamus nos dá conta de um atentado moral por meio da literatura que provocará a ruína de Roma e de seu povo. Ora, é de Roma que saem as encíclicas católicas. Não podemos precisar, mas em função de todas as previsões anteriores, acreditamos que a profecia se refere a uma provocação contra o Corão, que necessariamente não precisa partir da Igreja Católica, mas de qualquer escritor ou fanático que queira queimar ou destruir o livro sagrado dos muçulmanos, como fez o pastor norte-americano integrista Terry Jones, que ateou fogo a um exemplar do Corão no dia 20 de Março de 2011. Pura intolerância e com um alto custo, pois o escritório das Nações Unidas em Mazar-i-Sharif (Afeganistão) foi atacado do por uma multidão enfurecida de muçulmanos, com 12 mortes, e entre eles, sete funcionários das Nações Unidas.
A história demonstra que mexer com alheias convicções religiosas não é um bom negócio. Aí estão mais de 20 séculos de testemunhos de que a intolerância religiosa só produziu mais intolerância e mais guerras.

Présage XXIX. Iuillet.
Guerre, tonnerre, maints champs depopulez,
Frayeur et bruit, assault à la frontiere:
Grand Grand failli. pardon aux Exilez,
Germains, Hispans. par mer Barba. Banniere.

[Guerra, raio, muitos campos despovoados, terror e barulho, assalto à fronteira: grandioso caído, perdão aos exilados, germanos, hispânicos. por mar Barba. bandeira].

Temos a descrição de ataques vindos do céu, em certo mês de Julho, e que despovoarão os campos, com muito terror e barulho. Num ataque à fronteira de seu país, um grande chefe cairá. Os exilados serão perdoados e os alemães e os espanhóis terão problemas com os bárbaros pelo mar. Uma nova bandeira será erguida, provavelmente de um novo país que surgirá durante o conflito.

VII.6
Naples Palerne, et toute la Sicille,
Par main Barbare sera inhabitee:
Corsique, Salerne et de Sardeigne l'Isle,
Faim, peste guerre, fin de maux intentee.

[Nápoles, Palermo, e toda a Sicília pela mão do Bárbaro serão desabitadas: A Córsega, Salerno e a ilha da Sardenha, a fome, a peste, a guerra no final dos males trazidos].

X.60
Ie pleure Nisse, Mannego, Pize, Gennes,
Sauonne, Sienne, Capuë Modene, Malte:
Le dessus sang, et glaiue par estrennes,
Feu, trembler terre, eau. malheureuse nolte.

[Choro por Nice, Mônaco, Pisa, Gênova, Savona, Siena, Cápua, Modena, Malta: cobertas de sangue pelas armas, fogo, tremor de terra, a água. infelicidade jamais vista].

A guerra no mediterrâneo, especialmente na Itália, recebeu muita atenção de Nostradamus. Nessas quadras, não temos dúvida quanto ao que é descrito. Novamente aparecem as perspectivas de um ataque em que se produzirá a peste e a fome e pelas mãos do povo Bárbaro.

VIII.21
Au port de Agde trois fustes entreront,
Pourtant l'infect, non foy et pestilence,
Passant le pont mil milles embleront,
Et le pont rompre à tierce resistance.

[No porto de Agde três fustas entrarão, trazendo o infecto sem fé e pestilência: passando o mar mil milhares fugirão, E o mar romperá à terceira resistência].

Agde, cidade portuária ao Sul da França fundada pelos gregos, significa “boa sorte”. Nostradamus nos fala de três navios de guerra que entram no porto de Agde, próximo aos locais descritos na quadra anterior, trazendo o veneno, um desprovido de fé (cristã) e a peste. Milhares e milhares de pessoas fugirão pelo mar, depois que a resistência no mar tiver sido rompida às três horas da madrugada.


 
Uma pausa para os terremotos do Japão

Serão estes os cenários da guerra próxima? Porém, tenho que abrir um parêntesis para algo que não está relacionado ao cenário de guerra propriamente dito. Os recentes terremotos no Japão e o acidente nuclear que os procederam.
Factos aparentemente distintos: a crise na África setentrional, no entorno do Mediterrâneo, e o terremoto em solo japonês, não fosse a coincidência de acontecerem ao mesmo tempo. Quanto aos tremores de terra no Japão, que ocorrem em paralelo aos desdobramentos desses episódios narrados, eles podem estar expressos nas duas vezes em que Nostradamus repete a palavra temble na quadra II.86.
Nesta seguinte quadra, Nostradamus nos dá notícias de mortes num círculo no Oriente, provocado provavelmente por uma explosão nuclear.

II.91
Soleil leuant vn grand feu l'on verra,
Bruit et clarté vers Aquilon tendants:
Dedans le rond mort et cris l'on orra,
Par glaiue, feu faim, mort les attendants.

[Onde o Sol se levanta será visto um grande fogo, seu ruído e luz alcançarão uma águia, dentro do círculo de morte gritos serão ouvidos, através do aço, o fogo da fome, a morte os esperando. – Latim: aquila, águia. Francês: on, pronome indefinido, alguém, alguma, um, uma].

Dúvidas de que Nostradamus não esteja falando das centrais nucleares do Japão? Especialmente a de Fukushima, arruinada depois dos recentes terremotos naquele país onde “o sol se levanta”. Em acidentes nucleares, como temos visto na televisão, as autoridades costumam estabelecer um círculo de segurança para isolar a central nuclear.
Apreciem a dantesca imagem que somente a poesia nos permite: “através do aço, o fogo da fome, a morte os esperando”. Interessante também lembrar, que a águia é símbolo dos EUA, que pode ter parte de seu território banhado pelo Pacífico atingido pela radiação ou ainda suas finanças abaladas pela situação económica japonesa.
Um novo tremor do dia 7 de Abril deixou várias centrais nucleares sem energia novamente e mais uma central nuclear começou a apresentar problemas. Na central nuclear de Onagawa, na província de Miyagi, a água radioactiva vazou das piscinas de contenção. À medida que o tempo passa, o governo japonês ampliava a área de isolamento em torno de Fukushima. Os moradores dos povoados de Iitate e Kawamata, num círculo de 40 km da instável central nuclear, deixaram suas casas. De acordo com a rede de televisão NHK, mais 7.700 moradores abandonaram a região. Os primeiros a partir foram famílias com filhos pequenos e mulheres grávidas.

Conflitos no Oriente antecedem Guerra

Fechado o parêntesis para o Japão, vamos continuar em nosso exame sobre os cenários da guerra. Na seguinte quadra, Nostradamus nos dá pistas de um conflito que inicia ou antecede a Terceira Guerra, no Oriente, próximo ao mar Adriático:

I.9
De l’Orient viendra le coeur Punique
Fascher Hadrie et les hoirs Romulides,
Accompagné de la classe Libique,
Tremblez Mellites et proches iles vuides.

[Do Oriente virá o acto pérfido que atingirá o mar Adriático e os herdeiros de Rômulo, com a frota da Líbia, tremei, habitantes de Malta e ilhas desertas. – Púnico: de má fé, pérfido, mentiroso. Latim: Melita, Malta].

II.60
La foy Punique en Orient rompue,
Grand Iud, et Rosne Loire, et Tag changeront
Quand du mulet la faim sera repue,
Classe espargie, sang et corps nageront.

[O acto pérfido (má-fé) provocará uma ruptura no Médio Oriente, devido a uma grande personagem da Judéia, o Ródano, o Loire e o Tejo verão mudanças quando for saciada a fome da mula, a frota destruída, o sangue e os corpos dos marinheiros nadarão].

Nessas duas quadras, unidas por um acto pérfido praticado no Oriente, Nostradamus nos fala de algum artefacto de morte atingindo o Adriático e também Itália, França e Portugal. Será um ato violento porque uma frota será destruída e marinheiros terão seu sangue espalhados no mar. Na quadra II.60, o profeta nos adianta que tal ato se dará “quando for saciada a fome da mula” – uma alusão histórica ao que dizia o rei da Macedónia: não havia fortaleza inexpugnável onde se pudesse fazer passar um burro carregado de ouro. Filipe também discorreu sobre o poder irresistível do ouro – portanto, “quando a fome de ouro for saciada”.

Ora, que ouro há nos países orientais, além do petróleo? Ou seja, quando os actuais conflitos no Norte da África forem resolvidos favoravelmente ao Ocidente e o petróleo alcançar novamente os níveis e preços considerados normais. E tudo por causa de um suborno!

III.61
La grande bande et secte crucigère,
Se dressera em Mésopotamie,
Du proche fleuve compagnie lege,
Que telle loy tiendra pour ennemie.

[O grande bando e sectários anticristãos se erguerão na Mesopotâmia perto do Eufrates, com um exército blindado e considerará a lei como inimiga. – Latim: crucifigere, crucificar, pôr na cruz].
Parece-nos uma alusão clara à Síria. As revoltas populares neste país, que se serve do Eufrates, questionam a legislação que colocaram os sírios por mais de 50 anos sob os desmandos do governo.

 
Israel envolvido no conflito

Mas que ato pérfido seria esse citado no capítulo anterior que viria depois da “mula saciar sua fome” e capaz de matar e destruir uma frota, atingir Malta, Portugal, Itália França e envenenando rios? – Há na última quadra outra pista: o “grande personagem da Judeia” introduzirá definitivamente o Médio Oriente no conflito, conforme elucidam os próximos versos:

III.2
Par la tumeur de Heb, Po, Tag, Timbre et Rome,
Et par l’estang Leman et Aretin:
Les deux grands chefs et citez de Garonne,
Prins, morts, noyez. Paritr humain butin.

[Os conflitos de Hebron chegarão ao Pó, ao Tejo, ao Tibre, a Roma, ao lago de Genebra. Os dois dirigentes de Garone serão feitos prisioneiros, mortos e afogados. Será levado o espólio humano. – Latim: tumeur, tumor, conflito, agitação].

VI.88
Un regne grand demourra desolé,
Aupres de l’Hebro se feront assemblées.
Monts Pyrénées le rendront consolé,
Lorsque dans May seront terres trembles.

[Um grande país ficará desolado, Perto de Hebron se fará a Assembleia. A França e a Espanha virão consolá-lo quando a terra tremer em maio].

Os cenários são praticamente os mesmo das quadras anteriores, parte do Sul da Europa, península Ibérica e Israel. A Síria que ficará desolada (destruída) e será socorrida pelos países dos Pirenéus quando estiver ocorrendo uma importante conferência em Hebron para discutir a crise. Isso se dará em certo mês de Maio, durante um terremoto (ou quando carros de combates começarem a se locomover). As cidades da região de Garone são as modernas Bordeaux e Toulouse. Espólio humano são os filhos e descendentes dos dois governantes mortos.

II.34
L'ire insensee du combat furieux,
Fera à table par freres le fer luire:
Les desparrit blessé, et curieux,
Le fier duelle viendra en France nuire.

[A ira insensata do combate furioso, o brilho do ferro vai estar na mesa dos irmãos, a ferida de morte será curiosa, o duelo orgulhoso vai prejudicar a França].

Fontbrune sugere a seguinte interpretação para a quadra II.34, envolvendo os irmãos árabes e judeus: “a insana cólera do combate furioso fará brilhar o ferro entre irmãos sentados à mesma mesa; para apartá-los, será preciso que um deles seja ferido de morte de modo curioso, inusitado; seu duelo feroz será nocivo para a França”.


 
Rumores da grande guerra

II.46
Apres grâd troche humain plus grâd s'appreste
Le grand moteur les siecles renouuelle:
Pluye sang, laict, famine, fer & peste,
Au ciel veu feu, courant longue estincelle.

[Após grande assembleia, uma maior se prepara, Deus renova os séculos: chuva, sangue, leite, fome, ferro e peste. No céu o fogo é visto, correm longas centelhas de fogo, execução].

Nostradamus anuncia uma guerra muito maior do que as anteriores. Depois da doce vida (leite, símbolo da fartura e doçura), com a falência do sistema financeiro internacional, reinarão no mundo a fome e as doenças contagiosas que causarão a guerra. Por meio de foguetes e mísseis balísticos que percorrerão os céus, as populações das cidades vão ser apanhadas de surpresa e executadas.
E aqui aparece a expressão le grand moteur les sicles renouuelle: “Aquele que tudo move renova os séculos”. Um verso que tira todas as esperanças dos apocalípticos que enxergam o fim do mundo em tudo. Nostradamus não nos fala em fim do mundo ou coisa que o valha, o profeta nos revela uma mudança profunda no destino da humanidade, assim como foi na Revolução Francesa, a grande inflexão que tivemos em nossa história recente. Essa assembleia em Hebron é o marco da mudança, o início do pesadelo, mas não o fim da esperança.

II.95
Les lieux peuplez seront inhabitables,
Por champs avoir grande division:
Regnes livrez à prudens incapables,
Entre les frères morte t dissention.

[Os lugares populosos serão inabitáveis, para os territórios em grande divisão: reinos nas mãos do prudente incapaz, entre os irmãos morte e dissensão].

O que faz um território inabitável? – A contaminação radioactiva, alguma epidemia, fome, sede ou guerra. Cidades populosas nessas condições são rapidamente abandonadas. Tirando o abandono das cidades durante as grandes epidemias de peste, ou durante as invasões bárbaras ao Império Romano, de acontecimento igual ao descrito temos apenas o exemplo recente do acidente na Central Nuclear de Chernobil, em 1986. A cidade e parte do território que evolve esta central nuclear na Ucrânia encontram-se praticamente desabitados devido à radiação atómica.
De que território Nostradamus fala? – Palestina (em grande divisão). De que irmãos? –Árabes e Judeus. Logo, temos uma situação de guerra e desolação num cenário específico, porém de fácil dedução, pois essa relação de guerra entre árabes e judeus se arrasta por séculos e ultimamente se agravou na disputa pela Terra Santa, com a construção de muros, com a tomada de territórios e por ataques armados dos dois lados. A personagem que aqui aparece como “prudente e incapaz”, italiana, ainda é uma incógnita, mas vamos ver outros versos, talvez nos apareçam mais algumas evidências de quem seria ele.
Outra pergunta que devemos fazer: como se chega à conclusão de que os doi
Enquanto isso, os países que compunham a antiga Pérsia iniciam a invasão da Macedónia. Nostradamus usa nessa quadra as antigas denominações de dois impérios: a Macedónia de Alexandre III, o Grande (356-323 a.C) e a Pérsia de Dario III (380-330 a.C). A citação desses nomes é para destacar a magnitude do conflito, de um lado grande parte da Ásia e Oriente Médio e, do outro, a Europa. Por ser um ataque coordenado e sincrónico, um míssil nuclear contra Genebra e a invasão pela Grécia, concluímos: primeiro, a hipótese da explosão do acelerador por causas próprias tem que ser descartada; segundo, o foguete teria sido disparado por um país do antigo Império Persa. Hoje, o único país desta região que comprovadamente possui ogivas atómicas é o Paquistão, embora se especule que a Turquia e o Irão já detenham tecnologias para o desenvolvimento dessas armas. A confusão gerada por esses eventos vai ser tão grande que até mesmo as forças de defesa dos outros países do Ocidente terão dificuldades em dar uma resposta imediata:

IV.90
Les deux copies aux mers ne pourrôt ioindre,
Dans cest instan trembler Misan, Ticin:
Faim, soif, doutance si fort les viendra poindre
Chair, pain, ne viures n'auront vn seul boucin.

[Os dois exércitos ao mar não se unem para a defesa. Nesse instante tremerão em Milão e Ticínio, onde a fome e a sede deixarão inquietos os habitantes que não terão bocado algum de carne e pão e meios para viver].

A existência de dois exércitos ao mar é uma informação importante para delinearmos em definitivo a natureza mundial desse conflito. Naturalmente, um desses exércitos deve ser composto por forças da NATO, sobra-nos, portanto, mais um exército para ser identificado e que, pela proximidade do conflito com o seu território, deve ser formado por tropas da Federação Russa.
s irmãos são árabes e judeus e o território é o da Palestina? O método não é complicado, no estudo de Nostradamus, algumas palavras e expressões se fazem recorrentes, repetem-se inclusive em quadras nas quais se reportam a fatos acontecidos e profetizados, como a criação de Israel. Essas expressões e palavras de coisa já acontecidas nos servem de paradigmas na interpretação daquilo que ainda está por vir.
I.92
Souz vn la paix par tout sera clamee,
Mais non long temps pille, et rebellion,
Par refus ville, terre et mer entamee,
Morts et captifs le tiers d'vn million.

[Sob um homem de paz, ela será proclamado em toda parte, mas não por muito tempo, logo após saques e rebelião, pela recusa de Paris, a terra e o mar serão invadidos, mortos ou capturados um terço de um milhão].

Por esforços de uma grande personagem, a paz será proclamada. Rusgas anteriores parecem impedir a sua consolidação. Paris ignora acordos. A França será invadida e 300 mil homens serão mortos ou capturados.

 
Explosão no acelerador de partículas

V.98
A quarante huict degré climaterique,
A fin de Cancer si grande seicheresse:
Poisson en mer, fleuue: lac cuit hectique,
Bearn, Bigorre par feu ciel en detresse.

[Desde o paralelo 48 até o fim do Trópico de Câncer haverá uma seca muito grande: o lago agitado; vai ferver peixes no mar, no rio. Bearn, Bigorre em perigo por causa do fogo no céu. – Béarn: antiga província da França no pé dos Pirineus. Biggorre: corresponde à região da Gasconha, em França].

VI.97
Cinq et quarante degrez ciel bruslera
Feu approcher de la grand cité neuue
Instant grand flamme esparse sautera
Quand on voudra des Normans faire preuue.

[Perto do paralelo 45 o céu arderá em chamas, o fogo se aproxima da grande cidade nova, de repente ergue-se ao céu enorme chama, quando os homens do Norte fizerem a experiência].

Essas duas quadras são importantes para determinarmos a extensão e a localização das grandes catástrofes previstas nas Centúrias. Estaríamos aqui, neste ponto, entrando em outro conflito e de proporções mundiais. Observemos:

Coordenadas geográficas
Nova Iorque: 40º 43’ 00” N – 74º 00’ 00” W.
Londres: 51º 30’ 18” N – 00º 07’ 41” W.
Paris: 48º 52’ 00” N – 02º 19’ 58” E.
Berlim: 52º 31’ 00” N – 13º 23’ 40” E.
Genebra: 46º 12’ 00” N – 06º 09’ 00” E.
Brasília: 15º 48’ 00” S – 47º 51” 50” O.

Nos versos anteriores, Nostradamus nos diz de uma possível explosão numa experiência científica em curso que vai arruinar parte do hemisfério Norte, do paralelo 48 até o Trópico Câncer (23º 26’ 16” N). Do Norte para o Sul, da região abaixo de Paris até chegar ao Norte da África, Oriente Médio, boa parte da China, Japão e EUA. O epicentro da explosão se localizaria em Genebra. Os peixes cozidos nas águas dos lagos, rios e mares. Os “homens do Norte” seriam os responsáveis por essa experiência mal sucedida e que pode ser realizada por qualquer povo acima do paralelo 45.
Por quase 500 anos, os intérpretes de Nostradamus trataram a cidade de Genebra (Terra Nova) como sendo a “cidade nova” citada nas Centúrias. Mas, desde os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, persistem as dúvidas: qual seria essa cité neuue, ou cité neufve – Nova Iorque ou Genebra? – Em nossa interpretação, existe uma diferença subtil entre uma e outra, porque Nostradamus usa para Nova Iorque o adjetivo neufue (algo de novo, recente) e para Genebra, neuue (novo, apenas):

I.87
Ennosigee feu du centre de terre,
Fera trembler autour de cité neuue
Deux grâds rochers long têps feront la guerre,
Puis Arethuse rougira nouueau fleuue.

[Fogo e tremor irrompendo do seio da terra fará estremecer os arredores da nova cidade. Dois blocos conduzem longa guerra. Depois Arethusa tingirá de vermelho novo rio].

Ora, o que temos ao redor de Genebra, exactamente ao Norte, muito próximo do paralelo 45 – O CERN, a Organização Européia para Pesquisa Nuclear, e que controla o maior acelerador de partículas do mundo, o LHC (Large Hadron Collider: Grande Colidor de Hádrons). Lá, os físicos brincam de deuses num túnel subterrâneo de 27 quilómetros de extensão, onde o LHC está instalado, num círculo, dividindo os territórios da França e Suíça.
O objectivo dessa máquina é obter uma colisão controlada de sub-partículas atômicas, no caso os hádrons, numa velocidade bem próxima a da luz. Os físicos querem detectar o “bóson de Higgs”, a “Partícula de Deus” presente no Big Bang – a explosão inicial que teria permitido a expansão do Universo.
Mas parece que algo não vai funcionar direito, pelo menos é o que sugere Nostradamus, porque haverá uma grande explosão vinda do centro da terra e dois blocos de países entrarão em guerra prolongada, depois que Arethusa, deidade da virtude, fizer correr sangue nos rios e fontes até Siracusa, na Sicília.
Temos que considerar também outras hipóteses: com a França em guerra, o CERN torna-se alvo estratégico, podendo ser atingido por sabotagem, ato de terrorismo ou deliberadamente por misseis nucleares:

II.96
Flambeau ardant au ciel soir sera veu,
Pres de la fin et principe du Rosne,
Famine, glaiue: tardue secours pourueu,
La Perse tourne enuahir Macedoine.

[Uma tocha será vista no céu durante a noite entre a foz e a nascente do Ródano. A ajuda chegará tarde: fome e guerra quando a Pérsia começar a invadir a Macedónia].

O Ródano (Rhône, como os franceses o chamam actualmente) é efluente do lago Léman, o lago de Genebra, nasce, portanto, na Suíça, atravessa a França para o Sul e desagua no Mediterrâneo. Um míssil vai seguir o curso do rio da foz para a nascente e atingirá um alvo em terra, na região de Genebra. Sem ajuda imediata, depois do ataque a população do entorno começa a passar fome. A guerra estará em curso.

Enquanto isso, os países que compunham a antiga Pérsia iniciam a invasão da Macedónia. Nostradamus usa nessa quadra as antigas denominações de dois impérios: a Macedónia de Alexandre III, o Grande (356-323 a.C) e a Pérsia de Dario III (380-330 a.C). A citação desses nomes é para destacar a magnitude do conflito, de um lado grande parte da Ásia e Oriente Médio e, do outro, a Europa. Por ser um ataque coordenado e sincrónico, um míssil nuclear contra Genebra e a invasão pela Grécia, concluímos: primeiro, a hipótese da explosão do acelerador por causas próprias tem que ser descartada; segundo, o foguete teria sido disparado por um país do antigo Império Persa. Hoje, o único país desta região que comprovadamente possui ogivas atómicas é o Paquistão, embora se especule que a Turquia e o Irão já detenham tecnologias para o desenvolvimento dessas armas. A confusão gerada por esses eventos vai ser tão grande que até mesmo as forças de defesa dos outros países do Ocidente terão dificuldades em dar uma resposta imediata:

IV.90
Les deux copies aux mers ne pourrôt ioindre,
Dans cest instan trembler Misan, Ticin:
Faim, soif, doutance si fort les viendra poindre
Chair, pain, ne viures n'auront vn seul boucin.

[Os dois exércitos ao mar não se unem para a defesa. Nesse instante tremerão em Milão e Ticínio, onde a fome e a sede deixarão inquietos os habitantes que não terão bocado algum de carne e pão e meios para viver].

A existência de dois exércitos ao mar é uma informação importante para delinearmos em definitivo a natureza mundial desse conflito. Naturalmente, um desses exércitos deve ser composto por forças da NATO, sobra-nos, portanto, mais um exército para ser identificado e que, pela proximidade do conflito com o seu território, deve ser formado por tropas da Federação Russa."

18 de agosto de 2013
Fonte: Nostradamus, de José Fernando Nandé

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