terça-feira, 30 de junho de 2015

CORDELANDO 120: MANIHOT ESCULENTA



Muitos não vão conhecer,
A personagem da vez.
Chamando assim em latim,
Não vai despertar vocês.
Mas vamos aqui tratar,
Duma conquista importante.
Falamos da mandioca,
Nem sempre tão elegante.

Como é uma raiz,
Formas estranhas assume.
Diferente do normal,
Causando muito queixume.
Parece coisa do mal,
Escondida até moer.
Que ensinados pelos índios,
Aprendemos a colher.

Macaxeira ou aipim,
Também se chama a danada.
Come cozida ou frita,
Com bode ou carne assada.
Delícia e nutritiva,
Barata, serve até pobre.
Pelo sabor e o cheiro,
Anda na mesa do nobre.

Mas dessa vez ressurgiu,
Na imprensa despontou.
Quando nossa governANTA,
No palanque mencionou.
Elevando a tema nobre,
Num discurso atrapalhado.
Agradecendo aos índios,
Por conta desse legado.

Fez até uma mistura,
Esquisita qual o que.
Misturando com espiga,
De milho pra se comer.
A duplinha não é ruim,
É nutritiva demais.
Mas na fala da dentuça,
Sentido quase não faz.

Tem uns usos esquisitos,
Que às vezes se faz dela.
Aplicando em orifícios,
Sem  nenhuma churumela.
Vão parar em hospital,
E sempre se envergonhando.
Respondendo pro doutor,
Por que estava enfiando.

No caso da soberana,
Esta questão não teria.
Pois se ela não fizesse,
Muita gente até faria.
Com raiva do que se passa,
Dentro e fora do Brasil.
Enfiavam até o talo,
Bem na porta do covil.

Fêmea sabida danada,
Da espécie a evolução.
Homo Sapiens no topo,
Acima até do leão.
Achando pouco o que fala,
Darwin o pesquisador.
Criou até mulher sapiens,
Chocando todo orador.

Depois daquele episódio,
Do cachorro escondido.
Achei que ninguém passava,
Por mais um grande perigo.
Mas nunca se subestima,
A dona que nos governa.
Ela diz outra besteira,
Na hora que não se espera.


30 de junho de 2015

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