Parar ajuda-nos a por tudo em perspectiva. Parar ajuda-nos a respirar fundo, a ganhar fôlego e tomar balanço. Parar é tudo o que precisamos fazer quando queremos decidir o que fazer a seguir.
E mesmo quando existem estradas que temos de percorrer até ao fim, este caminho mais longo ajuda-nos a reequacionar todas as prioridades e a arrumar no lugar certo as urgências que podem esperar.
Dar valor a quem tem valor. Querer bem a quem nos quer bem. Parece tão simples, e ainda assim, a vida às vezes é dura e ensina muita coisa. Às vezes fere, e com isso cura. Às vezes empurra-nos, porque estamos prontos para avançar. Outras vezes puxa-nos, porque precisamos dar passos atrás.
Em cada dia, nas mais pequenas coisas, mostra-nos que os dias até podem passar todos a voar, que o carrossel pode dar muitas, muitas voltas, mas que mesmo no meio de um caos a que nos vamos moldando, sobra sempre tempo, se quisermos, para cuidar e ser cuidado. Para amar e ser amado. Para abraçar e ser (muito) abraçado.
Um destes dias, ensinaram-me a acreditar que só existe o bom olhado, que positivo-atrai-positivo, que a força que vem do coração é indestrutível e que quando estiver muito escuro, podemos ser nós a luz. Nunca mais esqueci. Nunca mais vou me permitir esquecer.
Ensinaram-me, também, aceitar que uma vida feliz não é uma vida fácil, também.
Esteja ou não tudo bem, eu vou ser feliz. Esteja ou não tudo no lugar certo, eu vou ver sempre o lado bom do que (e de quem) me acontece na vida. Esteja ou não mais perto dos meus sonhos, eu sei que um dia chego lá. Porque quero. Porque me esforço. Porque mereço.
Dito assim, até parece simples manter este compromisso comigo. Dito assim, até parece fácil persistir nesta busca incessante pelo que me faz bem e decidir ser feliz, “apesar dos apesares”. E não é. Não é simples para mim, não é simples para ninguém.
É preciso praticar todos os dias, como uma rotina. Escrever na agenda, na parede, na pele. Até que de uma forma de estar passe a uma forma de ser. A ser vivido como uma rotina, com a mesma naturalidade com que tomamos a ducha que nos desperta, o café da manhã que nos nutre, o caminho que nos leva para onde queremos ir, os abraços que nos esperam e nos regeneram no final de cada dia.
Passar a não conseguir respirar sem este compromisso de não nos esquecermos de nós, de mandar calar os “ais”, os “ses”, os ‘mas” e os “talvez”, de afastar as nuvens cinzentas, as pessoas assim-assim, o menos mal e o vai-se andando.
Passar a manter sempre por perto a alegria do que (e de quem) nos faz bem. Porque é assim, e só assim que aprendemos a dar sempre valor às pessoas e às coisas certas que nos acontecem.
Porque a força de dentro é muito, muito maior!!!
01 de julho de 2015
Desconheço a autoria.
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