sábado, 24 de novembro de 2012

ELA É O QUE É. E ISSO É RUIM...

    
Parem tudo. Preta Gil tem clipe novo da praça e eu não sabia:“Sou o que sou”. Como tudo que Preta Gil faz me interessa, eu fui logo conferir. Parem o que estiverem fazendo e assistam:



Digamos que cada país um tem a imitação de Beyoncé que merece. Por aqui temos uma versão “Beyoncé depois da dieta de carboidratos”. Deviam avisar a "cantora": não basta ligar o ventilador para balançar as madeixas. Para ser a Beyoncé dos trópicos é preciso saber cantar. Preta não sabe. Não sabe dançar, também. Não tem suingue. Não tem nada.
O que Preta Gil tem? Um pai famoso. Eu gostaria de saber quem foi o imbecil que convenceu Preta Gil a cantar. Espero que não tenha sido Gilberto Gil, pois isso o deixaria mais perto do inferno (isso e "Punk da periferia").
Preta pode até ter um público cativo. Grande merda: até bandidos têm fãs. O que eu gostaria mesmo era que as pessoas dessem mais atenção às músicas do que aos seus discursos. Ouçam um trecho do vídeo. 10 segundos e vocês vão notar: é ruim. De doer. É sem sal. É como ouvir um coroinha contando piada pornô. Ou Cid Moreira cantando James Brown. Não “orna”.
E neste clipe Preta mostra uma característica curiosa. Geralmente, as cantoras buscam imitar quem tem mais talento. Preta conseguiu achar alguém pior do que ela (foi difícil, imagino) para se espelhar: Stefhany (lembram dela?). Toda essa estética erótico-sadomaô de baile gay de 5 ª categoria parece ter sido copiada deste vídeo. Preta ainda imita direitinho as caras e bocas estilo “atriz de peça do grêmio infantil” da Stefhany, com o mesmo resultado bisonho. É isso aí: as barangas estão descontroladas!
Mas o pior é o clima de “lição de moral”. A música pretende ser um manifesto a favor da "tolerância", algo assim. Lindo: Preta, que já é um desastre como cantora, agora quer bancar a socióloga. E parece que o truque funciona. Nos comentários do vídeo, tem um monte de paspalho elogiando a "defesa das minorias" que a cantora faz. Crianças, ela está tão preocupada com as minorias quanto eu com as formigas do Tibet.
Muita gente também elogia Preta por ela ser gordinha e não ter vergonha disso. Perfeito. Como manifestação comportamental eu acho corretíssimo. Mas isso não a transforma em artista, vamos combinar? Eu gostava da Dercy Gonçalves, que assumia que era uma velha desbocada. Mas nem por isso eu iria comprar um disco dela.
Por isso, Preta, nem pense em emagrecer. Ou falar menos bobagens. Você perderia a única coisa que chama atenção em sua carreira.
 
24 de novembro de 2012
walter carrilho

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