quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

LOBOTOMIA

Pensamos livremente … ou somos produtos dos meios de comunicação?

Lobotomia é a separação cirúrgica dos lóbulos frontais do cérebro, que se faz em doentes mentais violentos. Isto os torna mansos. Sela, porém, seu destino como loucos, irrecuperavelmente. Mas, pelo menos, não são mais violentos. Fica mais fácil lidar com eles.

Passamos diariamente por um processo semelhante. Lenta e constantemente. Gradativamente a inteligência vem sendo alienada de nossos cérebros. Vemos, lemos e ouvimos todos, exatamente as mesmas coisas. Dia após dia. Ano após ano. Ininterruptamente.

Assim explica-se que os brasileiros, todos eles, acreditem piamente que o Aiatolá Komeini foi um monstro (apesar de milhões de admiradores terem ido ao seu enterro); que a Lady Diana foi uma pessoa caridosa e virtuosa (apesar de ter traído o seu marido, o Príncipe Charles, até pelos cotovelos); que Ayrton Senna foi herói nacional (desde quando reflexos rápidos e incrível habilidade no volante são sintomas de heroísmo?); que a única maneira de uma mulher sentir-se feliz, livre e realizada é retirando o véu muçulmano que cobre o seu rosto; que Sadan Hussein era o diabo em pessoa e deveria ser mandado para o inferno; que Fidel Castro é tirano opressor; que todos os palestinos são “terroristas”; que o MST é uma droga; que comunismo é horripilante… e muitas outras coisas.

Qual o brasileiro que não pensa assim?

Se pensarmos em Aiatolá Komeini, o que vemos? Um rosto carrancudo, facínora, criminoso. Só isto foi veiculado no mundo inteiro. Será que ele nunca sorriu na vida? Nem um pouquinho? Comunismo, quem sente-se bem ao ouvir essa palavra, pelo menos os mais velhos? Nazismo, então, sessenta anos de martelamento incessante? O MST com sua bandeira vermelha, bonés, enxadas e foices na mão. Que asco!

A maioria dos brasileiros tem opiniões idênticas ao que foi mostrado pelas televisões. Pensam exatamente do mesmo modo e nem sequer notam isto. Aceitam o que assistem, sem crítica alguma. Nossas opiniões são formadas e nem percebemos.

E não arredamos pé. Como o barro moldado. Depois de seco, só quebrando.

Somos submetidos a uma lobotomia, lenta e progressiva pelos meios de comunicação e nem sequer percebemos! Ficamos mansos. Facílimos de lidar. E nem loucos somos.

By Gerhard Grube.

Nenhum comentário:

Postar um comentário