“A coisa melhor que Deus colocou no mundo foi a mulher”, disse Luiz Costa Oliveira de 90 anos, agricultor reformado, brasileiro, residente no estado do Rio Grande do Norte no nordeste brasileiro.
Pudera, ele tem 50 filhos, de 4 mulheres diferentes, incluindo da própria sogra!
Luiz Costa de Oliveira, vive maritalmente com a mulher, com a cunhada e com a sogra no município de Campo Grande (270 km de Natal), e com as três teve nada menos que 33 filhos.
Outros 17 vieram do primeiro casamento. Além da meia centena oficial, existem ainda outros três, dos quais ele não tem certeza da paternidade. Mas também não nega.
A filha mais nova tem 13 anos, o mais velho, 54. A lista de membros da nova família Oliveira é extensa.
A primeira mulher do trio, Maria Francisca, é mãe de 17 filhos. Em seguida, no segundo casamento com a irmã da esposa, Ozelita, foram mais 15.
Para não perder a oportunidade, ainda fez um filho com a sogra Francisca Maria.
“Há algum tempo apareceram mais três a dizer que ‘eram’ meus filhos, mas não tenho certeza, mas também não vou negar”, disse Oliveira.
Apesar da grande quantidade de filhos, apenas 38 estão vivos, e a maioria mora em Campo Grande.
A lista de herdeiros aumenta com o número de netos. São 100 netos e 60 bisnetos.
O idoso conta que a relação com as três mulheres começou após ele ter ficado viúvo da primeira mulher e “juntou-se” com Maria Francisca da Silva, a “Francisca Velha”.
“Eu fiquei com 17 filhos para criar, e a ‘velha’ prontificou-se a ajudar-me. Logo depois começaram a vir os nossos filhos”, disse, explicando que a cunhada, Ozelita, vinha cuidar da irmã no período de resguardo e também lhe “dava assistência” a ele.
Numa altura em que, nenhumas das “suas mulheres” podia satisfazer os seus desejos sexuais, ele virou-se para a sogra de quem tem também um filho.
Podem ser anotações casuais de um passante, porque quando começamos nossa jornada, não distinguimos bem a paisagem. Ela sempre nos surpreende. Desconhecemos aonde nos pode levar o caminho. Não o escolhemos... Perambular é o próprio caminho. Uma narrativa do destino que desenhamos inconscientemente. O que pretendo? Tecer algumas considerações fora da mesmice, e pinçar alguns textos curiosos que despertem a paixão...
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
O EMPALHADOR DE CÃES
Dono de um fox paulistinha, Ubirajara já empalhou 18 mil animais no seu laboratório instalado em casa. Fotos de Ricardo Duarte
O ex-bombeiro Ubirajara Lopes, 60 anos, tem o dom de assegurar vida eterna aos animais. Ou quase isso.
– Meu trabalho dura cinco séculos, o equivalente à infância e à adolescência de um vampiro.
Ele já empalhou mais de 18 mil bichos em seu laboratório nos fundos de sua casa amarela em Carazinho, cidade de 58,2 mil moradores, distante 285 quilômetros da Capital. A maior parte das encomendas são cachorros a pedido de seus donos, inconformados com a perda recente e que buscam manter uma imagem carinhosa do parceiro de estimação.
– Homens surgem chorando em minha porta, ainda sem entender a tragédia. Faço terapia, velório, chá, um pouco de tudo para acalmá-los e depois explico como é feita a homenagem.
Para estar apto ao trabalho de conservação, o bichinho deve ter morrido dentro do prazo de 72 horas. Os casos que mais aparecem para o empalhador são atropelamentos e envenenamento, fins súbitos, que privaram a família do direito a uma despedida.
– Deixo o cão em uma posição bonita, é o dono que escolhe sua cena predileta, como pretende enxergar o animal para sempre: sentado ou deitado ou de pé.
Atuando com taxidermia desde 1980, Ubirajara atende 15 pedidos por mês. Colabora também com Ibama e Museu Regional Olívio Otto de Ciências Naturais. Cada animal tem seu valor (cavalo custa R$ 4 mil; cachorro, R$ 2 mil; peixe grande, R$ 1 mil; coelho e gato, R$ 200; hamster e passarinho, R$ 50).
Nenhum obstáculo complica sua arte funerária, nem o motivo da morte, muito menos o porte da vítima e a raça. Depende de 60 minutos cronometrados para completar o serviço (tira o couro, preserva crânio e os ossos das patas e reveste o pelo com uma armação de ferro).
– Não acho estranho. Sou um fabricante de recordações.
Interessou-se pelo ofício na infância, ao acompanhar o pai em pescarias e caçadas e ficar intrigado com cabeças de dourados e de cervos nas paredes das residências de seus colegas.
– Peças tão reais, verdadeiras, vibrantes, aquilo fisgou minha curiosidade.
Autodidata, com a escolaridade até 6ª série, tornou-se craque em anatomia ao devorar enciclopédias de bibliotecas públicas. Levou adiante seu passatempo e estudou técnicas de embalsamento do Antigo Egito e dos rituais milenares à base de pó de canela, sal e pedra úmida.
Ubirajara é um Francisco de Assis da resina. Tem compaixão por bicho morto na estrada. Recolhe o corpo, desamassa, cuida da aparência e reza pela sua alma. O porta-malas do Ka é um Instituto Médico-Legal improvisado.
– O último olhar é o olhar do perdão, tem um brilho diferente, mantenho aceso para o resto dos dias – diz.
Apaixonado por cães, ele não descarta empalhar Cuca, seu fox paulistinha, quando falecer.
– As lágrimas serão meu formol.
As brincadeiras de mau gosto dos vizinhos representam a única parte chata da história. Ao vê-lo passar pela rua, um deles grita:
– Quanto cobra para empalhar minha sogra?
ALÉM DA VIDA
A sala iluminada apenas pela luz da TV. Como todas as noites, Natalino Cordeiro dos Santos, 52 anos (acima), está acompanhado de seu melhor amigo, o poodle malhado Caco, para assistir à novela. Pela força do hábito, coloca a mão atrás da orelha do cãozinho, é o lugar das cócegas. Mas Caco não se mexe, não late, não geme; morreu em 2008.
– Após ser atropelado, Caco veio cambaleando me abraçar.
Natalino recorreu a Ubirajara para eternizá-lo. Projetista de Passo Fundo, pai de três filhos, carrega o animal empalhado pela residência, reprisando o clima de lealdade.
– Prometi nunca abandoná-lo. Ele comia comigo, passeava na janela do carro, andava em duas patas na hora do mimo e lambia meu rosto ao me descobrir abatido
fabrício carpinejar
O EMPALHADOR DE CÃES
Dono de um fox paulistinha, Ubirajara já empalhou 18 mil animais no seu laboratório instalado em casa. Fotos de Ricardo Duarte
O ex-bombeiro Ubirajara Lopes, 60 anos, tem o dom de assegurar vida eterna aos animais. Ou quase isso.
– Meu trabalho dura cinco séculos, o equivalente à infância e à adolescência de um vampiro.
Ele já empalhou mais de 18 mil bichos em seu laboratório nos fundos de sua casa amarela em Carazinho, cidade de 58,2 mil moradores, distante 285 quilômetros da Capital. A maior parte das encomendas são cachorros a pedido de seus donos, inconformados com a perda recente e que buscam manter uma imagem carinhosa do parceiro de estimação.
– Homens surgem chorando em minha porta, ainda sem entender a tragédia. Faço terapia, velório, chá, um pouco de tudo para acalmá-los e depois explico como é feita a homenagem.
Para estar apto ao trabalho de conservação, o bichinho deve ter morrido dentro do prazo de 72 horas. Os casos que mais aparecem para o empalhador são atropelamentos e envenenamento, fins súbitos, que privaram a família do direito a uma despedida.
– Deixo o cão em uma posição bonita, é o dono que escolhe sua cena predileta, como pretende enxergar o animal para sempre: sentado ou deitado ou de pé.
Atuando com taxidermia desde 1980, Ubirajara atende 15 pedidos por mês. Colabora também com Ibama e Museu Regional Olívio Otto de Ciências Naturais. Cada animal tem seu valor (cavalo custa R$ 4 mil; cachorro, R$ 2 mil; peixe grande, R$ 1 mil; coelho e gato, R$ 200; hamster e passarinho, R$ 50).
Nenhum obstáculo complica sua arte funerária, nem o motivo da morte, muito menos o porte da vítima e a raça. Depende de 60 minutos cronometrados para completar o serviço (tira o couro, preserva crânio e os ossos das patas e reveste o pelo com uma armação de ferro).
– Não acho estranho. Sou um fabricante de recordações.
Interessou-se pelo ofício na infância, ao acompanhar o pai em pescarias e caçadas e ficar intrigado com cabeças de dourados e de cervos nas paredes das residências de seus colegas.
– Peças tão reais, verdadeiras, vibrantes, aquilo fisgou minha curiosidade.
Autodidata, com a escolaridade até 6ª série, tornou-se craque em anatomia ao devorar enciclopédias de bibliotecas públicas. Levou adiante seu passatempo e estudou técnicas de embalsamento do Antigo Egito e dos rituais milenares à base de pó de canela, sal e pedra úmida.
Ubirajara é um Francisco de Assis da resina. Tem compaixão por bicho morto na estrada. Recolhe o corpo, desamassa, cuida da aparência e reza pela sua alma. O porta-malas do Ka é um Instituto Médico-Legal improvisado.
– O último olhar é o olhar do perdão, tem um brilho diferente, mantenho aceso para o resto dos dias – diz.
Apaixonado por cães, ele não descarta empalhar Cuca, seu fox paulistinha, quando falecer.
– As lágrimas serão meu formol.
As brincadeiras de mau gosto dos vizinhos representam a única parte chata da história. Ao vê-lo passar pela rua, um deles grita:
– Quanto cobra para empalhar minha sogra?
Carpinejar
O ex-bombeiro Ubirajara Lopes, 60 anos, tem o dom de assegurar vida eterna aos animais. Ou quase isso.
– Meu trabalho dura cinco séculos, o equivalente à infância e à adolescência de um vampiro.
Ele já empalhou mais de 18 mil bichos em seu laboratório nos fundos de sua casa amarela em Carazinho, cidade de 58,2 mil moradores, distante 285 quilômetros da Capital. A maior parte das encomendas são cachorros a pedido de seus donos, inconformados com a perda recente e que buscam manter uma imagem carinhosa do parceiro de estimação.
– Homens surgem chorando em minha porta, ainda sem entender a tragédia. Faço terapia, velório, chá, um pouco de tudo para acalmá-los e depois explico como é feita a homenagem.
Para estar apto ao trabalho de conservação, o bichinho deve ter morrido dentro do prazo de 72 horas. Os casos que mais aparecem para o empalhador são atropelamentos e envenenamento, fins súbitos, que privaram a família do direito a uma despedida.
– Deixo o cão em uma posição bonita, é o dono que escolhe sua cena predileta, como pretende enxergar o animal para sempre: sentado ou deitado ou de pé.
Atuando com taxidermia desde 1980, Ubirajara atende 15 pedidos por mês. Colabora também com Ibama e Museu Regional Olívio Otto de Ciências Naturais. Cada animal tem seu valor (cavalo custa R$ 4 mil; cachorro, R$ 2 mil; peixe grande, R$ 1 mil; coelho e gato, R$ 200; hamster e passarinho, R$ 50).
Nenhum obstáculo complica sua arte funerária, nem o motivo da morte, muito menos o porte da vítima e a raça. Depende de 60 minutos cronometrados para completar o serviço (tira o couro, preserva crânio e os ossos das patas e reveste o pelo com uma armação de ferro).
– Não acho estranho. Sou um fabricante de recordações.
Interessou-se pelo ofício na infância, ao acompanhar o pai em pescarias e caçadas e ficar intrigado com cabeças de dourados e de cervos nas paredes das residências de seus colegas.
– Peças tão reais, verdadeiras, vibrantes, aquilo fisgou minha curiosidade.
Autodidata, com a escolaridade até 6ª série, tornou-se craque em anatomia ao devorar enciclopédias de bibliotecas públicas. Levou adiante seu passatempo e estudou técnicas de embalsamento do Antigo Egito e dos rituais milenares à base de pó de canela, sal e pedra úmida.
Ubirajara é um Francisco de Assis da resina. Tem compaixão por bicho morto na estrada. Recolhe o corpo, desamassa, cuida da aparência e reza pela sua alma. O porta-malas do Ka é um Instituto Médico-Legal improvisado.
– O último olhar é o olhar do perdão, tem um brilho diferente, mantenho aceso para o resto dos dias – diz.
Apaixonado por cães, ele não descarta empalhar Cuca, seu fox paulistinha, quando falecer.
– As lágrimas serão meu formol.
As brincadeiras de mau gosto dos vizinhos representam a única parte chata da história. Ao vê-lo passar pela rua, um deles grita:
– Quanto cobra para empalhar minha sogra?
Carpinejar
COM 20 PERSONALIDADES, BRITÂNICA LEVA VIDA "NORMAL" COM A FILHA
Notícias, Psicologia
A história de Kim Noble é um caso raro de “personalidade múltipla”, e claro, extremo.
Guardadas as devidas proporções, todos somos “muitos” em um só corpo: possuímos vários “eus” (ou “máscaras”, ou “personas”) para várias situações, que apresentamos de acordo com o momento e a conveniência.
A grande diferença é que não vivemos esses eus como “identidades singulares” propriamente ditas – que possuem nomes próprios por exemplo -, os vivemos e encaramos apenas como “partes” diferentes de nós mesmos.
Mas continua sendo uma legião habitando um corpo… O que torna ainda mais interessante quando alguém, por algum motivo, vive esses eus como se fossem “pessoas únicas”, o que é o caso dos que possuem o (suposto) Transtorno Dissociativo de Identidade.
Kim encontrou um modo de lidar com sua condição ao se voltar para a pintura em tela. Inclusive, a maioria das “personalidades” que ela possui, gosta de pintar.
Segundo John Morton, um dos médicos que diagnosticou o transtorno em Kim, apenas uma das personalidades aceita o “distúrbio”. Nenhuma das outras parece reconhecer a existência real de outras personalidades no mesmo corpo.
Evidentemente, nem todos os cientistas reconhecem essa condição como um “Transtorno” psiquiátrico genuíno. Muitos acreditam que não passa de um “fingimento” de alguém que na verdade tem uma memória muito boa, mas que cria uma “personalidade diferente” para não se responsabilizar por atos que “normalmente” não teria coragem de cometer…
É algo que dá o que pensar…
+++
Aos 51 anos, uma mulher britânica precisa conciliar seu trabalho como pintora, o papel de mãe e suas múltiplas personalidades que podem se manifestar a qualquer momento.
Kim Noble geralmente acorda como Patricia, sua personalidade dominante, mas pode se transformar em Ken, um jovem deprimido, em Salome, uma católica fervorosa, em Abi, uma solteira em busca de amor, ou em qualquer das vinte personalidades que ela manifesta.
Kim foi diagnosticada com Transtorno Dissociativo de Identidade, de acordo com informações do jornal Daily Mail.
Há mais de seis anos, Patricia é a personalidade que mais aparece, mas pelo menos três outras se manifestam diariamente. Cada uma delas não sabe o que a outra faz, apesar de saberem da existência de todas, graças às constantes sessões de terapia que Kim atende com um psiquiatra.
As mudanças de personalidade são súbitas. Kim fecha os olhos, o rosto se contorce em algumas caretas, e ela “acorda” como outra pessoa. A transformação pode ocorrer no mercado, enquanto ela dirige, no meio de uma refeição, a qualquer momento. Sua filha, hoje com 14 anos, já está completamente acostumada com a condição da mãe.
Kim Noble e sua filha Aimee
Kim não se lembra da gravidez, nem de ter dado à luz. Por seu transtorno, a filha foi retirada de seus cuidados logo após o nascimento.
O trauma da separação fez Kim criar uma personalidade só para armazenar e bloquear a recordação do momento.
Após seis meses, entretanto, a criança foi devolvida à mãe já que nenhuma das personalidades de Kim era uma ameaça ao bebê.
Psiquiatras acreditam que a personalidade múltipla é justamente uma maneira de compartimentar más memórias no cérebro, para que a pessoa possa evitá-las. A britânica provavelmente sofreu graves traumas na infância, e desde os primeiros anos de vida apresentava comportamentos estranhos.
Na puberdade, ela começou as consultas com psiquiatras e, aos 20 anos, foi diagnosticada por engano como esquizofrênica. Apenas com mais de 30 anos, ela descobriu ter o Transtorno Dissociativo de Identidade.
Hoje, a personalidade Patricia tenta comandar a vida de todas as outras, chegando a deixar recados e enviar e-mails para as outras personalidades. Ela pinta quadros, escreveu um livro e tenta conciliar as diferentes pessoas que vivem dentro de si.
Fonte: Terra
A história de Kim Noble é um caso raro de “personalidade múltipla”, e claro, extremo.
Guardadas as devidas proporções, todos somos “muitos” em um só corpo: possuímos vários “eus” (ou “máscaras”, ou “personas”) para várias situações, que apresentamos de acordo com o momento e a conveniência.
A grande diferença é que não vivemos esses eus como “identidades singulares” propriamente ditas – que possuem nomes próprios por exemplo -, os vivemos e encaramos apenas como “partes” diferentes de nós mesmos.
Mas continua sendo uma legião habitando um corpo… O que torna ainda mais interessante quando alguém, por algum motivo, vive esses eus como se fossem “pessoas únicas”, o que é o caso dos que possuem o (suposto) Transtorno Dissociativo de Identidade.
Kim encontrou um modo de lidar com sua condição ao se voltar para a pintura em tela. Inclusive, a maioria das “personalidades” que ela possui, gosta de pintar.
Segundo John Morton, um dos médicos que diagnosticou o transtorno em Kim, apenas uma das personalidades aceita o “distúrbio”. Nenhuma das outras parece reconhecer a existência real de outras personalidades no mesmo corpo.
Evidentemente, nem todos os cientistas reconhecem essa condição como um “Transtorno” psiquiátrico genuíno. Muitos acreditam que não passa de um “fingimento” de alguém que na verdade tem uma memória muito boa, mas que cria uma “personalidade diferente” para não se responsabilizar por atos que “normalmente” não teria coragem de cometer…
É algo que dá o que pensar…
+++
Aos 51 anos, uma mulher britânica precisa conciliar seu trabalho como pintora, o papel de mãe e suas múltiplas personalidades que podem se manifestar a qualquer momento.
Kim Noble geralmente acorda como Patricia, sua personalidade dominante, mas pode se transformar em Ken, um jovem deprimido, em Salome, uma católica fervorosa, em Abi, uma solteira em busca de amor, ou em qualquer das vinte personalidades que ela manifesta.
Kim foi diagnosticada com Transtorno Dissociativo de Identidade, de acordo com informações do jornal Daily Mail.
Há mais de seis anos, Patricia é a personalidade que mais aparece, mas pelo menos três outras se manifestam diariamente. Cada uma delas não sabe o que a outra faz, apesar de saberem da existência de todas, graças às constantes sessões de terapia que Kim atende com um psiquiatra.
As mudanças de personalidade são súbitas. Kim fecha os olhos, o rosto se contorce em algumas caretas, e ela “acorda” como outra pessoa. A transformação pode ocorrer no mercado, enquanto ela dirige, no meio de uma refeição, a qualquer momento. Sua filha, hoje com 14 anos, já está completamente acostumada com a condição da mãe.
Kim Noble e sua filha Aimee
Kim não se lembra da gravidez, nem de ter dado à luz. Por seu transtorno, a filha foi retirada de seus cuidados logo após o nascimento.
O trauma da separação fez Kim criar uma personalidade só para armazenar e bloquear a recordação do momento.
Após seis meses, entretanto, a criança foi devolvida à mãe já que nenhuma das personalidades de Kim era uma ameaça ao bebê.
Psiquiatras acreditam que a personalidade múltipla é justamente uma maneira de compartimentar más memórias no cérebro, para que a pessoa possa evitá-las. A britânica provavelmente sofreu graves traumas na infância, e desde os primeiros anos de vida apresentava comportamentos estranhos.
Na puberdade, ela começou as consultas com psiquiatras e, aos 20 anos, foi diagnosticada por engano como esquizofrênica. Apenas com mais de 30 anos, ela descobriu ter o Transtorno Dissociativo de Identidade.
Hoje, a personalidade Patricia tenta comandar a vida de todas as outras, chegando a deixar recados e enviar e-mails para as outras personalidades. Ela pinta quadros, escreveu um livro e tenta conciliar as diferentes pessoas que vivem dentro de si.
Fonte: Terra
AS INÚTEIS EXPLICAÇÕES SOBRE OS ACONTECIMENTOS NA VIDA
Viver não é difícil, difícil e compreender por que as coisas não acontecem do modo como desejamos. Não é muito inteligente pretender controlar os acontecimentos do cotidiano que nos cerca. Essa pretensão é que torna difícil viver.
Os fatos ocorrem aleatoriamente e geralmente na direção contrária ao nosso interesse ou desejo. Ou percebemos que há leis que presidem esses acontecimentos, ou sempre ficaremos frutrados por não coincidirem com o que esperamos.
A. Shopenhauer escreveu um livro muito interessante: Prolegômenos para a sabedoria na vida. Para ele a vida oscilava entre o prazer e a dor. Uma espécie de pêndulo, que muitos acreditam ser destino, ou coisa parecida. Sem pretender invocar os saberes pessimistas (ou realistas) de Shopenhauer, pois não precisamos exigir tanto para compreender que somos incapazes de controlar a vida, e muito menos a nossa, fica aqui algumas LEIS que se não explicam tudo, justificam muitas coisas. MURPHY já adiantara algumas explicações sobre o nosso fracasso em procurar explicações para os fenômenos mais simples. Algumas de suas Leis são impressionantemente verdadeiras, tão verdadeiras que não podemos conter o riso. Contudo um pouco mais de tentativas, para explicar o inexplicável não fará mal a ninguém...
m.americo
1- LEIS BÁSICAS DA CIÊNCIA MODERNA:
Se mexer, pertence à Biologia
Se feder, pertence à Química
Se não funciona, pertence à Física
Se ninguém entende, é Matemática
Se não faz sentido, é Economia ou Psicologia
Se mexer, feder, não funcionar, ninguém entender e não fizer sentido,
é informática
2- LEI DA PROCURA INDIRETA
O modo mais rápido de encontrar uma coisa é procurar outra.
Você sempre encontra aquilo que não está procurando.
3- LEIS DA TELEFONIA
Quando te ligam: se você tem caneta, não tem papel. Se tiver papel,
não tem caneta. Se tiver ambos, ninguém liga.
Quando você liga para números errados de telefone, eles nunca estão ocupados.
Parágrafo único: Todo corpo mergulhado numa banheira ou debaixo do
chuveiro faz tocar o telefone.
4- LEI DAS UNIDADES DE MEDIDA
Se estiver escrito 'Tamanho Único', é porque não serve em ninguém,
muito menos em você...
5- LEI DA GRAVIDADE
Se você consegue manter a cabeça enquanto à sua volta todos a estão
perdendo, provavelmente você não está entendendo a gravidade da
situação.
6- LEI DOS CURSOS, PROVAS E AFINS
80% da prova final serão baseados na única aula a que você não
compareceu e os outros 20% se basearão no único livro que você não
leu.
7- LEIS DA QUEDA LIVRE
Qualquer esforço para agarrar um objeto em queda provoca mais
destruição do que se o deixássemos cair naturalmente.
A probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo
é proporcional ao valor do carpete.
8- LEI DAS FILAS E DOS ENGARRAFAMENTOS:
A fila do lado sempre anda mais rápido.
Parágrafo único: Não adianta mudar de fila. A outra é sempre mais rápida.
9- LEI DA RELATIVIDADE DOCUMENTADA
Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto à explicação do manual.
10- LEI DO ESPARADRAPO
Existem dois tipos de esparadrapo: o que não gruda e o que não sai.
11- LEI DA VIDA:
Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
Os fatos ocorrem aleatoriamente e geralmente na direção contrária ao nosso interesse ou desejo. Ou percebemos que há leis que presidem esses acontecimentos, ou sempre ficaremos frutrados por não coincidirem com o que esperamos.
A. Shopenhauer escreveu um livro muito interessante: Prolegômenos para a sabedoria na vida. Para ele a vida oscilava entre o prazer e a dor. Uma espécie de pêndulo, que muitos acreditam ser destino, ou coisa parecida. Sem pretender invocar os saberes pessimistas (ou realistas) de Shopenhauer, pois não precisamos exigir tanto para compreender que somos incapazes de controlar a vida, e muito menos a nossa, fica aqui algumas LEIS que se não explicam tudo, justificam muitas coisas. MURPHY já adiantara algumas explicações sobre o nosso fracasso em procurar explicações para os fenômenos mais simples. Algumas de suas Leis são impressionantemente verdadeiras, tão verdadeiras que não podemos conter o riso. Contudo um pouco mais de tentativas, para explicar o inexplicável não fará mal a ninguém...
m.americo
1- LEIS BÁSICAS DA CIÊNCIA MODERNA:
Se mexer, pertence à Biologia
Se feder, pertence à Química
Se não funciona, pertence à Física
Se ninguém entende, é Matemática
Se não faz sentido, é Economia ou Psicologia
Se mexer, feder, não funcionar, ninguém entender e não fizer sentido,
é informática
2- LEI DA PROCURA INDIRETA
O modo mais rápido de encontrar uma coisa é procurar outra.
Você sempre encontra aquilo que não está procurando.
3- LEIS DA TELEFONIA
Quando te ligam: se você tem caneta, não tem papel. Se tiver papel,
não tem caneta. Se tiver ambos, ninguém liga.
Quando você liga para números errados de telefone, eles nunca estão ocupados.
Parágrafo único: Todo corpo mergulhado numa banheira ou debaixo do
chuveiro faz tocar o telefone.
4- LEI DAS UNIDADES DE MEDIDA
Se estiver escrito 'Tamanho Único', é porque não serve em ninguém,
muito menos em você...
5- LEI DA GRAVIDADE
Se você consegue manter a cabeça enquanto à sua volta todos a estão
perdendo, provavelmente você não está entendendo a gravidade da
situação.
6- LEI DOS CURSOS, PROVAS E AFINS
80% da prova final serão baseados na única aula a que você não
compareceu e os outros 20% se basearão no único livro que você não
leu.
7- LEIS DA QUEDA LIVRE
Qualquer esforço para agarrar um objeto em queda provoca mais
destruição do que se o deixássemos cair naturalmente.
A probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo
é proporcional ao valor do carpete.
8- LEI DAS FILAS E DOS ENGARRAFAMENTOS:
A fila do lado sempre anda mais rápido.
Parágrafo único: Não adianta mudar de fila. A outra é sempre mais rápida.
9- LEI DA RELATIVIDADE DOCUMENTADA
Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto à explicação do manual.
10- LEI DO ESPARADRAPO
Existem dois tipos de esparadrapo: o que não gruda e o que não sai.
11- LEI DA VIDA:
Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
DITADOS IMPOPULARES
01- "É dando que se ... engravida".
02- "Quem ri por último... é retardado".
03- "Alegria de pobre... é impossível".
04- "Quem com ferro fere... não sabe como dói".
05- "Em casa de ferreiro... só tem ferro".
06- "Quem tem boca... fala. Quem tem grana é que vai a Roma!"
07- "Gato escaldado... morre, porra!"
08- "Quem espera... fica de saco cheio."
09- "Quando um não quer... o outro insiste."
10- "Os últimos serão ... os desclassificados."
11- "Há males que vêm para ... fuder com tudo mesmo!" (essa é ótima!!!)
12- "Se Maomé não vai à montanha... é porque ele se mandou pra praia."
13- "A esperança... e a sogra são as últimas que morrem."
14- "Quem dá aos pobres.... cria o filho sozinha." rsrsrsrsrsr....
15- "Depois da tempestade vem a ..... gripe."
16- "Devagar..... nunca se chega."
17- "Antes tarde do que ... mais tarde."
18- "Em terra de cego quem tem um olho é ... caolho."
19- "Quem cedo madruga... fica com sono o dia inteiro."
20- "Pau que nasce torto... urina no chão."
do blog do briguilho
02- "Quem ri por último... é retardado".
03- "Alegria de pobre... é impossível".
04- "Quem com ferro fere... não sabe como dói".
05- "Em casa de ferreiro... só tem ferro".
06- "Quem tem boca... fala. Quem tem grana é que vai a Roma!"
07- "Gato escaldado... morre, porra!"
08- "Quem espera... fica de saco cheio."
09- "Quando um não quer... o outro insiste."
10- "Os últimos serão ... os desclassificados."
11- "Há males que vêm para ... fuder com tudo mesmo!" (essa é ótima!!!)
12- "Se Maomé não vai à montanha... é porque ele se mandou pra praia."
13- "A esperança... e a sogra são as últimas que morrem."
14- "Quem dá aos pobres.... cria o filho sozinha." rsrsrsrsrsr....
15- "Depois da tempestade vem a ..... gripe."
16- "Devagar..... nunca se chega."
17- "Antes tarde do que ... mais tarde."
18- "Em terra de cego quem tem um olho é ... caolho."
19- "Quem cedo madruga... fica com sono o dia inteiro."
20- "Pau que nasce torto... urina no chão."
do blog do briguilho
terça-feira, 27 de setembro de 2011
EDUCAÇÃO É COMO MESA PARA A ESCADA
Alguma vez você já parou para pensar que valores motivam ações? Não estou falando da campanha do Betinho não: estou falando da vida rotineira de qualquer um de nós – homo erectus, homo tortus, homo agrárius, homo criminosus, homo lattes, homo lavamaisbrancus…
"olha o que você fez: mau designer, mau designer" "que cretino! Ô Bob, você nunca vai conseguir educar ele desse jeito. Você tem que pegar ele no ato!"
Vejamos um exemplo mais próximo de mim: o homo lattes. É uma tribo interessante de homo: pergunte o que ele faz e a resposta será “mestrado”, “doutorado”, “pós-doutorado” ou uma variação disso. No seu cérebro aquela pergunta se converte em algo como “Em qual degrau você está dA Escada?”. Quando a resposta vier do tipo “eu estudo os efeitos de x em…” ou “eu pesquiso as conexões entre y e…” com cenho franzido de quem tenta traduzir uma língua exótica, você pode ter certeza de que está em presença de um deslocado da comunidade dA Escada. O homo lattes é um homem de títulos.
O homo lattes olha com desdém os membros deslocados dA Escada. Alguns desses deslocados são dignos de pena: eles ficam por anos e aaaanos tentando subir os Degraus com uma manobra esquisita que só dificulta a subida – são um tipo demente de quem é melhor ficar longe. Mas alguns deslocados dA Escada alcançam os degraus mais altos muito rapidamente. Esses devem ser odiados, pois decerto vêm de uma família que está nA Escada por gerações, e com toda certeza, eles jogaram uma corda pra ele. Ou então esse deslocado vem de uma das poucas famílias com acesso a helicópteros: com certeza eles deram uma carona ao deslocado para o topo dA Escada.
O homo lattes não vê diferença entre títulos: são equivalentes gerais, como disse Marx sobre a moeda. Assim como uma mesa é uma mesa, igual a qualquer mesa por sua função, independente da arte que se use para fazê-la. Ele só vê função, e essa função é ao mesmo tempo seu valor de uso e seu valor de troca. De seu ponto de vista uma mesa cuja feitura usa tecnologias de materiais que demoraram séculos para serem desenvolvidas e conceitos de design que tem uma história bonita, ou uma mesa que é feita toda a partir de uma brilhante estratégia de engenharia desenvolvida por alguém brilhante que teve que esculpir demoradamente peça por peça é uma pura perda de tempo e recursos, pois não é diferente de uma mesa feita com uma tábua e 4 paus colados com pra quê prego: estando firme é funcional – é uma mesa como as outras.
Como dizia um outro motoqueiro (1), um indivíduo só pode compreender sua própria experiência (e avaliar as possibilidades de seu próprio destino) entendendo sua posição na história, em sua cultura e em sua classe. O espírito dA Escada não surgiu do nada: suspeito que surgiu da FAPESP, uma entidade de uma só vez terrível e magnífica, como o Deus de Abraão (2).
A ética lattes, é uma ética classe-média. Como qualquer outro homo classe média (mesmo os não lattes), o que ele quer na vida é continuar a ser classe média (diferente das várias tribos de homo miserabilis, que querem ser outra coisa). Educação é como a mesa – tem essa função: Por meio dela ele ganha as ferramentas para sua subsistência como membro da classe. Faz parte dessa ética a noção de self-made-man. Essas tribos de homo frequentemente não vêem que a sua posição financeira e familiar classe média constituem um chão pelo qual é possível chegar À Escada. Mas eles são capazes de enxergar – e com um ressentimento de classe já suspeitado por Nietzsche (3) – que os membros dA Escada oriundos da tribo homo abastadus abastadíssimus trazem consigo no mínimo um tênis ergonômico (daqueles feitos pra aumentar o seu impulso) quando chegam À Escada. Com que tecnologia eles construíram a sua mesa não importa: essas noções sucumbem frente ao ódio de classe.
Mas a minha preocupação é com o homo miserabilis. O espírito das discussões políticas de nossa época sai da tribo lattes, que é classe média. Há membros dessa tribo que ao invés de subirem A Escada, sobem A Folha (ou outra instituição dessa Árvore aos pés dA Escada: Veja, alguns dos pertencentes À Escada não deixam nunca de cuidar dela, Isto É, regá-la, colocar fertilizante e de jogar um pouco de sua luz nA Árvore, para alimentar aqueles homo que como lagartas crescem, e viram lindas borboletas, algumas vezes voando para o lindo Exterior).
E o homo miserabilis? O homo lattes realiza um supremo sacerdócio – sacrificado pra caramba – de tentar fazê-lo entender que ele é feio – feio mesmo, mas muitos miserabilis são cabeça-dura. Não se trata apenas de uma estética do visível (claro que muitos dos miserabilis não são zarcos, nem bem tratados, às vezes torcem pro Corinthians e faltam-lhes uns dentes (4) sua estética equivocada não é A Estética que aparece impressa nAs FolhaS).
Mas, para além disso, trata-se de uma questão mais profunda: muitos deles não são dotados da capacidade que lhes permite ler A Árvore, e isso é por culpa deles mesmos, da forma que se portam nA Vida. A Vida é dura, e pra eles subirem nA Vida eles precisam penar, como penaram os que subiram nA Escada, e a via destes sacros suplícios é a educação, ou seja, conseguir galgar pelo menos a escadinha que chega no chão que leva À Escada.
A Vida é dura. E os membros da classe que subiu A Escada entendem que tanto a escadinha como A Escada são suplícios que justificam que os que passaram por elas com sucesso são uma espécie de santos e devem ganhar salários no mínimo umas vinte vezes maiores que aqueles que nem a escadinha conseguiram galgar (5), como compensação justa por seus esforços nA Vida.
Mas o homo miserabilis, em especial o brasiliensis, apesar de muitas vezes concordar com o homo lattes, é um Macunaíma preguiçoso que tem que aprender uma lição dura: é nada mais nada menos que o justo que o homo classe- média brasiliensis pague ao miserabilis por semana menos do que a metade do que o homo classe-média gasta no supermercado comprando fandango e barrinha de cereal por semana, para que ele limpe o chão da habitação do homo classe-média brasiliensis (e lave sua privada).
Valores motivam ações e ele age assim todo dia.
O homo médiaclasse brasiliensis sabe da existência do homo trabalhatoris europeu e canadensis, por exemplo, e que é diferente do miserabilis: é uma coisa briguenta, dada a passeatas, coisa que ele não compreende nem gosta.
O homo classe-média brasiliensis é um pacifista de ocasião: ele sabe que na sua tradição de pensamento brasiliensis, que é herdeira tanto de Aristóteles quanto de Miranda de Azevedo (ver a partir de pag 89), o mundo é muito mais claro do que querem esses membros deslocados dA Escada, e que A Vida é pão pão, queijo queijo (apesar de que o queijo não é considerado essencial por ele, pelo menos não como ingrediente necessário na mesa do miserabilis).
Notas:
(1) Wright Mills, sociólogo deslocado. Em sua produção militante imaginava ser a Imaginação Sociológica a capacidade que traria ao homem forças e ferramentas para modificar suas condições de existência, um dos últimos e mais valiosos frutos do iluminismo, portanto, junto com os teóricos da escola de Frankfurt. Diz-se dele que era uma figura, andava de jaqueta de couro na sua Harley Davison, e foi impedido pelas estruturas da universidade de ter seguidores (orientandos). Seus livros, no entanto, (assim como sua audácia), foram um grande sucesso de público e inspiraram várias gerações de sociólogos. “Outro” motoqueiro, por que como motoqueira e socióloga, quando penso nele me sinto em boníssima companhia. Um dos meus amigos imaginários mais queridos.
(2) O Deus de Abraão pediu-lhe que oferecesse seu único filho em holocausto como prova de amor (ao Deus, não ao filho). Mais sobre os desenvolvimentos disso, sugiro “Temor e Tremor” de Kierkegaard, que é leitura apaixonante. Nada me tira da cabeça que, impedido pelo anjo de sacrificar seu filho, Abraão não deixa de ser um assassino.
(3) Pela idéia da transvaloração dos valores, Nietzsche procura desvendar o alicerce do interesse material e de classe, poderia-se dizer, que está na base dos valores passados às verdades da filosofia. É o primeiro filósofo anti-filósofo a inaugurar em sua própria disciplina estudos críticos sobre a mesma. Segundo ele, a transformação de conceitos políticos da prominência (e, portanto, podemos ler, de dominação) num conceito psicológico é regra. É assim que ele analisa o surgimento, desde sua etmologia, dos conceitos de bem e mal. Assim como ocorre com sua análise da moral de raiz judaica – que contém elementos de uma vingança simbólica de um povo vencido – creio que é possível olhar da mesma forma para a noção da classe média acerca de educação como um bem (tanto como justificadora de seu status, e como remédio para a pobreza brasileira, que parece querer dizer que quando todos os pobres tiverem estudado deixarão de ser o que são para se tornarem como eles – classe média – não levando em conta e mesmo sendo contrários às políticas distributivas que visam atingir o que poderíamos chamar de estruturas sociais da pobreza). A noção de educação que vem da classe média é vingativa tanto contra as classes mais baixas quanto contra as classes mais altas, onde é possível perceber o seu ressentimento contra aqueles mais poderosos que triunfam justo em seu bosque, que é a academia.
(4) Circulava nos anos 90 um questionário que um povo achava muito muito engraçado pra ver se você é mesmo corintiano. Uma das questões era se lhe faltavam dentes. Fui vítima do mesmo questionário, aplicado por alguém de quem deixei de ser amiga na mesma data, para saber se eu era mesmo petista. A mesma pergunta constava, Mas não consigo recordar, tanta a emoção, se me perguntava também se algum dedo me faltava.
(5) A educação pela dureza, na análise de Adorno em “Educação após Auschwitz”, aponta para a tendência de os duros consigo mesmos se acharem no direito de serem duros contra os outros e de se vingar dos outros pelos sacrifícios pelo qual passou. A análise de Adorno acerca do totalitarismo também não caberia ao caso brasileiro? Para muitos membros da classe média educação é vista como sacrifício necessário (e raramente como gozo), capaz de justificar a diferença entre aqueles que foram capazes de se submeter a ela (e duros consigo mesmos, perseveraram) dos macunaímas que “fugiram” a ela (não o bastante duros consigo mesmos, são seres humanos menos merecedores dos louros).
Postado por Flavia em Ideologia no dia 18 de April de 2009
"olha o que você fez: mau designer, mau designer" "que cretino! Ô Bob, você nunca vai conseguir educar ele desse jeito. Você tem que pegar ele no ato!"
Vejamos um exemplo mais próximo de mim: o homo lattes. É uma tribo interessante de homo: pergunte o que ele faz e a resposta será “mestrado”, “doutorado”, “pós-doutorado” ou uma variação disso. No seu cérebro aquela pergunta se converte em algo como “Em qual degrau você está dA Escada?”. Quando a resposta vier do tipo “eu estudo os efeitos de x em…” ou “eu pesquiso as conexões entre y e…” com cenho franzido de quem tenta traduzir uma língua exótica, você pode ter certeza de que está em presença de um deslocado da comunidade dA Escada. O homo lattes é um homem de títulos.
O homo lattes olha com desdém os membros deslocados dA Escada. Alguns desses deslocados são dignos de pena: eles ficam por anos e aaaanos tentando subir os Degraus com uma manobra esquisita que só dificulta a subida – são um tipo demente de quem é melhor ficar longe. Mas alguns deslocados dA Escada alcançam os degraus mais altos muito rapidamente. Esses devem ser odiados, pois decerto vêm de uma família que está nA Escada por gerações, e com toda certeza, eles jogaram uma corda pra ele. Ou então esse deslocado vem de uma das poucas famílias com acesso a helicópteros: com certeza eles deram uma carona ao deslocado para o topo dA Escada.
O homo lattes não vê diferença entre títulos: são equivalentes gerais, como disse Marx sobre a moeda. Assim como uma mesa é uma mesa, igual a qualquer mesa por sua função, independente da arte que se use para fazê-la. Ele só vê função, e essa função é ao mesmo tempo seu valor de uso e seu valor de troca. De seu ponto de vista uma mesa cuja feitura usa tecnologias de materiais que demoraram séculos para serem desenvolvidas e conceitos de design que tem uma história bonita, ou uma mesa que é feita toda a partir de uma brilhante estratégia de engenharia desenvolvida por alguém brilhante que teve que esculpir demoradamente peça por peça é uma pura perda de tempo e recursos, pois não é diferente de uma mesa feita com uma tábua e 4 paus colados com pra quê prego: estando firme é funcional – é uma mesa como as outras.
Como dizia um outro motoqueiro (1), um indivíduo só pode compreender sua própria experiência (e avaliar as possibilidades de seu próprio destino) entendendo sua posição na história, em sua cultura e em sua classe. O espírito dA Escada não surgiu do nada: suspeito que surgiu da FAPESP, uma entidade de uma só vez terrível e magnífica, como o Deus de Abraão (2).
A ética lattes, é uma ética classe-média. Como qualquer outro homo classe média (mesmo os não lattes), o que ele quer na vida é continuar a ser classe média (diferente das várias tribos de homo miserabilis, que querem ser outra coisa). Educação é como a mesa – tem essa função: Por meio dela ele ganha as ferramentas para sua subsistência como membro da classe. Faz parte dessa ética a noção de self-made-man. Essas tribos de homo frequentemente não vêem que a sua posição financeira e familiar classe média constituem um chão pelo qual é possível chegar À Escada. Mas eles são capazes de enxergar – e com um ressentimento de classe já suspeitado por Nietzsche (3) – que os membros dA Escada oriundos da tribo homo abastadus abastadíssimus trazem consigo no mínimo um tênis ergonômico (daqueles feitos pra aumentar o seu impulso) quando chegam À Escada. Com que tecnologia eles construíram a sua mesa não importa: essas noções sucumbem frente ao ódio de classe.
Mas a minha preocupação é com o homo miserabilis. O espírito das discussões políticas de nossa época sai da tribo lattes, que é classe média. Há membros dessa tribo que ao invés de subirem A Escada, sobem A Folha (ou outra instituição dessa Árvore aos pés dA Escada: Veja, alguns dos pertencentes À Escada não deixam nunca de cuidar dela, Isto É, regá-la, colocar fertilizante e de jogar um pouco de sua luz nA Árvore, para alimentar aqueles homo que como lagartas crescem, e viram lindas borboletas, algumas vezes voando para o lindo Exterior).
E o homo miserabilis? O homo lattes realiza um supremo sacerdócio – sacrificado pra caramba – de tentar fazê-lo entender que ele é feio – feio mesmo, mas muitos miserabilis são cabeça-dura. Não se trata apenas de uma estética do visível (claro que muitos dos miserabilis não são zarcos, nem bem tratados, às vezes torcem pro Corinthians e faltam-lhes uns dentes (4) sua estética equivocada não é A Estética que aparece impressa nAs FolhaS).
Mas, para além disso, trata-se de uma questão mais profunda: muitos deles não são dotados da capacidade que lhes permite ler A Árvore, e isso é por culpa deles mesmos, da forma que se portam nA Vida. A Vida é dura, e pra eles subirem nA Vida eles precisam penar, como penaram os que subiram nA Escada, e a via destes sacros suplícios é a educação, ou seja, conseguir galgar pelo menos a escadinha que chega no chão que leva À Escada.
A Vida é dura. E os membros da classe que subiu A Escada entendem que tanto a escadinha como A Escada são suplícios que justificam que os que passaram por elas com sucesso são uma espécie de santos e devem ganhar salários no mínimo umas vinte vezes maiores que aqueles que nem a escadinha conseguiram galgar (5), como compensação justa por seus esforços nA Vida.
Mas o homo miserabilis, em especial o brasiliensis, apesar de muitas vezes concordar com o homo lattes, é um Macunaíma preguiçoso que tem que aprender uma lição dura: é nada mais nada menos que o justo que o homo classe- média brasiliensis pague ao miserabilis por semana menos do que a metade do que o homo classe-média gasta no supermercado comprando fandango e barrinha de cereal por semana, para que ele limpe o chão da habitação do homo classe-média brasiliensis (e lave sua privada).
Valores motivam ações e ele age assim todo dia.
O homo médiaclasse brasiliensis sabe da existência do homo trabalhatoris europeu e canadensis, por exemplo, e que é diferente do miserabilis: é uma coisa briguenta, dada a passeatas, coisa que ele não compreende nem gosta.
O homo classe-média brasiliensis é um pacifista de ocasião: ele sabe que na sua tradição de pensamento brasiliensis, que é herdeira tanto de Aristóteles quanto de Miranda de Azevedo (ver a partir de pag 89), o mundo é muito mais claro do que querem esses membros deslocados dA Escada, e que A Vida é pão pão, queijo queijo (apesar de que o queijo não é considerado essencial por ele, pelo menos não como ingrediente necessário na mesa do miserabilis).
Notas:
(1) Wright Mills, sociólogo deslocado. Em sua produção militante imaginava ser a Imaginação Sociológica a capacidade que traria ao homem forças e ferramentas para modificar suas condições de existência, um dos últimos e mais valiosos frutos do iluminismo, portanto, junto com os teóricos da escola de Frankfurt. Diz-se dele que era uma figura, andava de jaqueta de couro na sua Harley Davison, e foi impedido pelas estruturas da universidade de ter seguidores (orientandos). Seus livros, no entanto, (assim como sua audácia), foram um grande sucesso de público e inspiraram várias gerações de sociólogos. “Outro” motoqueiro, por que como motoqueira e socióloga, quando penso nele me sinto em boníssima companhia. Um dos meus amigos imaginários mais queridos.
(2) O Deus de Abraão pediu-lhe que oferecesse seu único filho em holocausto como prova de amor (ao Deus, não ao filho). Mais sobre os desenvolvimentos disso, sugiro “Temor e Tremor” de Kierkegaard, que é leitura apaixonante. Nada me tira da cabeça que, impedido pelo anjo de sacrificar seu filho, Abraão não deixa de ser um assassino.
(3) Pela idéia da transvaloração dos valores, Nietzsche procura desvendar o alicerce do interesse material e de classe, poderia-se dizer, que está na base dos valores passados às verdades da filosofia. É o primeiro filósofo anti-filósofo a inaugurar em sua própria disciplina estudos críticos sobre a mesma. Segundo ele, a transformação de conceitos políticos da prominência (e, portanto, podemos ler, de dominação) num conceito psicológico é regra. É assim que ele analisa o surgimento, desde sua etmologia, dos conceitos de bem e mal. Assim como ocorre com sua análise da moral de raiz judaica – que contém elementos de uma vingança simbólica de um povo vencido – creio que é possível olhar da mesma forma para a noção da classe média acerca de educação como um bem (tanto como justificadora de seu status, e como remédio para a pobreza brasileira, que parece querer dizer que quando todos os pobres tiverem estudado deixarão de ser o que são para se tornarem como eles – classe média – não levando em conta e mesmo sendo contrários às políticas distributivas que visam atingir o que poderíamos chamar de estruturas sociais da pobreza). A noção de educação que vem da classe média é vingativa tanto contra as classes mais baixas quanto contra as classes mais altas, onde é possível perceber o seu ressentimento contra aqueles mais poderosos que triunfam justo em seu bosque, que é a academia.
(4) Circulava nos anos 90 um questionário que um povo achava muito muito engraçado pra ver se você é mesmo corintiano. Uma das questões era se lhe faltavam dentes. Fui vítima do mesmo questionário, aplicado por alguém de quem deixei de ser amiga na mesma data, para saber se eu era mesmo petista. A mesma pergunta constava, Mas não consigo recordar, tanta a emoção, se me perguntava também se algum dedo me faltava.
(5) A educação pela dureza, na análise de Adorno em “Educação após Auschwitz”, aponta para a tendência de os duros consigo mesmos se acharem no direito de serem duros contra os outros e de se vingar dos outros pelos sacrifícios pelo qual passou. A análise de Adorno acerca do totalitarismo também não caberia ao caso brasileiro? Para muitos membros da classe média educação é vista como sacrifício necessário (e raramente como gozo), capaz de justificar a diferença entre aqueles que foram capazes de se submeter a ela (e duros consigo mesmos, perseveraram) dos macunaímas que “fugiram” a ela (não o bastante duros consigo mesmos, são seres humanos menos merecedores dos louros).
Postado por Flavia em Ideologia no dia 18 de April de 2009
A GRIPE SUÍNA, O PÂNICO E O TERROR COMO INSTRUMENTOS DE CRESCIMENTO DE UM NOVO LEVIATÃ DA SAÚDE
Por que eu não escrevo sobre a gripe suína:
Muita gente (a classe médica em especial) fica falando por ai que a internet não é fonte confiável, e que os pacientes não tem o nível necessário para separar o joio do trigo. Sugiro a leitura desta página em que a classe médica dá asas ao seu imenso preconceito contra pacientes que tentam ser mais informados do que eles e uma olhada neste texto para contrabalancear.
Puro preconceito e charlatanice:
1. quantas vezes você foi ao médico e ele puxou aquela tabelinha colorida (isso é fornecido pela indústria farmacêutica) pra te receitar algo?
Comigo foram muitas. Após não olharem o meu fichário onde eu trazia o histórico dos receituários de outros médicos todo organizado cronologicamente, não ouvirem o que eu dizia, receitavam aquilo mesmo que não tinha funcionado, por que a única coisa que esses, com o perdão da palavra, filhos-da-puta levam em consideração é que O PACIENTE está mentindo (ou seja, que ele não usou o medicamento).
Com base nessa única hipótese (muito científica, não? até Francis Bacon dizia que não se pode resolver um problema com uma única hipótese, o que diria Popper disso…) e a tabelinha eles me mandavam passar o medicamento que eu dizia que não ia mais passar, pois sabia que o uso prolongado iria me causar glaucoma (ah, sim, isso estava na BULA do medicamento, não era preciso ir à internet para ter acesso à essa informação, e com base num risco registrado, medido, e calculado de que o uso prolongado do medicamento traria e o desconhecimento evidente do mal verdadeiro por conta do médico, eu preferia, muito defensavelmente, o risco calculado).
O que eu quero dizer com isso? Que o médico médio que te atende é sim um Zé Mané, um Bronco (há, sim, excessões honrosas), que não entende de porra nenhuma e baseia seu diagnostico em uma tabelinha cuja intenção nunca foi sarar doenças (a tabelinha visa vender medicamentos e transforma o médico mané no seu vendedor). O medico médio não passa de um vendedor, com diploma, tanto de medicamentos, quanto de seguros médicos – mais sobre isto a seguir.
Portanto, eu retorno à questão: o problema é o paciente que tenta se informar, ou o médico que é mané, e cuja autoridade está baseada num diploma que ele pendura na parede, e ele acha que isso basta, tanto que usa a tabelinha na maior? (na verdade ele, se fosse cientista ao invés de vendedor, deveria usar de métodos de investigação – mais sobre este fenômeno aqui).
Por isso que as pessoas tentam se informar como podem – pois sentem exatamente isso na sua relação com o medico médio: que não estão sendo tratados por alguém que leva o seu problema a sério, e têm toda a razão em achar isso.
2. Então vamos ao problema das fontes: onde conseguimos nossa informação. Existe, de modo geral, umas quatro fontes “primarias” para o cidadão em geral:
1. a publicação cientifica,
2. a Wikipédia,
3. a bula,
4. o jornal.
Vamos examinar isto mais de perto.
A publicação cientifica normalmente vem de pesquisas que receberam um monte de dinheiro público, mas seus resultados não são acessíveis, a não ser que você pague em dólar, com seu cartão de credito internacional. Está começando a achar que há um grande absurdo na coisa? Então se segure, pois maiores absurdos ainda estão por vir.
As mesmas questões que podem ser levantadas na questão do diploma para jornalista se encontram aqui. Obviamente que para medicar é necessário uma formação especializada, mas a insistência da classe médica em tratar todo e qualquer paciente como um BURRO tem antes razões de corporativismo que razões de capacidade de leitura. Em outras palavras, apenas os sacerdotes podem ler as escrituras sagradas, e isso a classe médica quer manter assim. O fato de que as fontes mais apropriadas de leitura não sejam lidas pelo publico em geral nada tem a ver com a capacidade que esse público tenha de lê-las, mas com uma reserva de mercado profissional e com restrições a esta leitura (pois estes documentos se encontram fechados, inacessíveis ao publico).
Além disso, o fato (ou a tendência) de que os médicos sejam o único público autorizado a ler estas escrituras sagradas não garante (pesquisa citada acima) que eles as leiam. Como eu disse, o médico médio é (mil desculpas pela linguagem chula) um Zé Mané, um pobre coitado comparável ao professor primário que está no sistema de escolas públicas e não tem melhor formação por que não tem nem tempo nem dinheiro e nem uma melhor formação revertera em melhores salários.
A partir da década de 80, a entrada das companhias de seguro no ramo médico no Brasil (as assistências médicas privadas) realizou o seguinte: primeiramente, o pagamento dos seguros-saúde (Golden Cross, Blue Life, etc) era tão melhor que o pagamento particular e do governo (que já estava sob um processo de sucateamento muito mais antigo) que todos os médicos (e também os pacientes) correram para fazer parte das carteiras (de investimento) dessas empresas.
Quando, por volta do fim dos anos 80, início dos 90, não havia mais médico nem paciente fora das assistências particulares, essas empresas tiveram na mão tanto o oligopólio (o grupo de empresas era o único vendedor do serviço médico para o público de pacientes) quanto o oligopsônio dos serviços de saúde (as mesmas empresas eram os únicos compradores do serviço dos médicos). Quando isso ocorreu, essas empresas puderam fazer o que empresas nesta condições fazem: super-explorar as duas pontas – médicos e pacientes.
Para os médicos de hoje, isso significa trabalhar sem parar, correndo da clínica para o hospital e cronometrando seu tempo de consulta (isso te lembra professor de rede pública?). Esses pobres coitados nem lêem a bibliografia especializada, nem realizam bem seu trabalho cronometrado, e são esses Zé Manés, coitados, que são entrevistados pela segunda fonte de informação disponível ao público em geral: os jornais.
Fica claro que a questão da proteção destes profissionais tem a ver com as condições necessárias para a boa realização de suas tarefas mais do que com a proteção de diplomas (o mesmo vale para o jornalismo, como bem sabemos).
Estes médicos, jogados nessa condição, neste contexto, são sim, uns pobres coitados que dependem das tabelinhas fornecidas pela indústria farmacêuticas e não tem a mínima autoridade em assuntos de saúde pública e pandemias como é o caso da gripe suína. São eles (suspeito) os entrevistados pelos jornalistas, que recortam suas falas de uma maneira que tem a ver mais com o jornal como mercadoria que com o interesse publico.
Então entramos no problema dos jornais. Não é preciso muito para explicar que eles entrevistam o medico médio (este ser humilhado pelas grandes empresas que age para com o conjunto de pacientes como a Alemanha humilhada após a primeira guerra agiu para com o grupo de cidadãos em seu território identificado-os como um outro indesejado – judeus, negros, deficientes, homossexuais, comunistas, idosos, and the like – neste caso identificando o paciente que tenta se informar como uma ameaça ao seu pouco tempo, como um ignorante imbecil que não usa os medicamentos que ele receita e como algo que deveria ser desinfectado do sistema, pois ele lhe toma muito do seu tempo cronometrado).
Então vejamos um pouco do que um site especializado em disponibilizar informações de graça para profissionais das áreas médicas tem a dizer sobre a gripe suína.
•Grupos de risco: crianças, mulheres grávidas e amamentando, idosos e adolescentes.
•A gripe comum mata 92 crianças por ano nos EU.
•Crianças: este é o grupo de risco mais afetado
tudo isso aqui (você vai precisar se inscrever no site para ter acesso, que é gratuito)
Comentário: A gripe suína parece ter uma taxa de mortalidade muito menor que a gripe comum, analisando-se a faixa infantil, que é a mais afetada pelas gripes em geral.
Antes de continuar, eu gostaria primeiramente de esclarecer o significado do palavrão “pandemia”, que vem gerando todo tipo de pânico, através do sensacionalismo midiático.
Pandemia
Chama-se pandemia um fenômeno que contenha estas 3 características juntas: 1. uma doença que ataca seres humanos e 2. nova e 3. que se espalha com facilidade e se mantém sustentável (o que quer dizer que ela não some sozinha).
Vamos analisar estes parâmetros: pandemia não quer dizer que um monstro, sinal do apocalipse, chegou para exterminar a raça humana da face da terra em mais ou menos dois minutos contando de agora.
É uma doença que se espalha rapidamente. Isso quer dizer que se uma criança morreu de complicações com gripe suína, esse vírus está espalhada por uma população (para ser classificado como pandemia tem que ser uma doença que se espalha facilmente, digo doença e não vírus, pois a obesidade pode caber em pandemia e se espalha de forma diversa, não por contaminação, como os vírus).
Como poucos casos (em termos populacionais), tanto aqui, como no México, nos EU, no Canadá, etc, foram diagnosticados, podemos entender que uma pequena minoria daqueles que se contaminam com o vírus realmente desenvolve sintomas fortes o bastante para procurarem os médicos que registram estes dados junto aos órgãos de saúde mundialmente interconectados (que é a forma como são gerados os dados das organizações mundiais).
As complicações em geral vêm de um sistema imunológico que não está no seu grau ótimo – decorrente de idade, nutrição, etc – e, em geral, do desenvolvimento de bactérias oportunistas – bactérias presentes em todos os lugares e que normalmente não levam à morte. Assim como o HIV não leva sozinho à morte, o H1N1 tão pouco.
Para concluir, inventemos o vírus-qualquer-hipotético, que tem o efeito de fazer com que as pessoas sorriam mais, e digamos que ele se espalha facilmente. Se ele se espalhar pela população humana mundial ele pode ser classificado como pandemia. O que é muito diferente de dizer que o vírus tem virulência alta.
Virulência
Diz-se que um patógeno (causador de doença) é virulento, pelo grau de facilidade com que o patogeno causa doença (sintomas ruins no seu corpo). Segundo o grau de severidade destes sintomas – podendo, ou não, levar à morte – tem-se o grau de virulência do patógeno. Ou seja, você pode ser infectado por um patógeno (seja ele vírus, bactéria, príon – como a vaca-louca – um fungo ou mesmo um organismo multicelular como a solitária caberia na definição) e jamais ter sintomas (febre, dores, irritações, etc, e morte em decorrência disto).
Então o problema não é somente se o H1N1 (gripe suína) é pandêmico, mas se é pandêmico e de alto grau de virulência. (ao contrário, uma doença pode ter um alto grau de virulência e não se espalhar pela população, constituindo, assim, um problema médico, mas não um problema de saúde pública).
Concluindo esta primeira parte: a palavra pandemia precisaria vir acompanhada de alta virulência para justificar qualquer pânico. E creio que as pessoas estão confundindo estas duas coisas, e os jornais não ajudam, os médicos e também os pesquisadores tão pouco. Mais sobre isto a seguir.
Desde que este mundo existe, as grandes organizações se tornam grandes sob um pretexto de utilidade falacioso (não digo falso, apenas falacioso). Qual seja: O pretexto do terror. Um exemplo: Que a corrida espacial é útil para o conhecimento em geral e para o desenvolvimento de tecnologias em específico nunca foi um argumento falso. Que se adicione a isso o argumento do terror – a saber, que os vermelhos vão chegar lá antes e que isto constitui uma ameaça à segurança pública é não só o tipo de argumento que realmente angaria recursos para que a NASA cresça, mas também parcialmente verdadeiro, parcialmente falso, portanto, falacioso.
Os sistemas interligados de saúde mundial que se desenvolveram a partir do argumento de que as pandemias tem que ser diagnosticadas contém esta perversão. Que as pandemias tem que ser conhecidas é argumento razoável do ponto de vista do conhecimento das doenças e de como elas se desenvolvem no tempo na população. Para isso é necessário que se desenvolva um sistema mundial interligado que seja capaz de receber dados do médico médio (como sintomas de gripe um pouco diferentes, fora do período – season – normal da gripe comum, por exemplo, que poderiam apontar para uma nova mutação do vírus comum e ajudar nas pesquisas sobre como a mutação do vírus ocorre – o que ainda é desconhecido. A este conhecimento só é possível se chegar com dados massivos na população e no tempo, que apontem para as causas reais das mutações).
Mas não é este o tipo de argumento que angaria recursos (os recursos massivos necessários para que se estabeleça uma vigilância tolerância-zero em toda a população mundial, interligando cada profissionaleco de cada rincão do planeta ao sistema integrado, capaz de, assim, gerar os dados necessários para se conhecer sobre mutações e porque e como elas ocorrem e dar o prêmio nóbel a algum gênio de plantão). Então, o argumento que se segue é que apesar do vírus ser de baixa virulência ele poderia mutar, gerando um problema sério de saúde pública, que tem que ser prevenido, se não o apocalipse estará no horizonte.
Agora, voltemos ao problema dos jornais e como eles usam o terror que é ferramenta (para angariar recursos mundiais) desta área medico-científica de ponta de forma a angariar recursos (vender jornais) amplificando as partes mais aterrorizantes do terror. Os jornais usam o instrumento de terror científico em proveito próprio e, ao mesmo tempo, são um instrumento usado pela área de ponta científica para amplificar a grita da ameaça de que se eles não recebem recursos, o apocalipse está por vir. Não acredito que se aplique bem aqui o dito popular que ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão. Eles são mais uma máfia ou um tipo de matilha.
Quando o sensacionalismo jornalístico começou – sobre a gripe suína, especificamente, pois vimos isso antes com o ebola, a vaca-louca, o antrax (que piada) e gripe aviária, para lembrar alguns casos de sucesso de vendas de jornais e revistas – em que pé estava o sistema integrado de pesquisas de pandemia? Foi por volta de março deste ano.
“A multidisciplinary expert panel on the Human Swine Flu (H1N1) and Novel Influenza Pandemics — held at the New York Academy of Sciences, New York, NY, on May 28, 2009 — drew attention to worldwide, national, and local surveillance and preparedness efforts under way for a possible pandemic.” ver inteiro aqui
Ou seja, o pretendente-a-novo-leviatã-científico (o sistema integrado de controle de pandemias que pretende angariar recursos para crescer mundialmente) estava no seguinte pé: ameaçando nossa insanidade com a ficção-científica de que o novo vírus que pelo que eu sei (por outras leituras) nem havia sido identificado com toda a certeza como um novo vírus (naquela época ainda precisava muita coisa para que se certificasse que se tratava de vírus diferente de uma mutação da gripe comum e diferente da gripe aviária e diferente da pneumonia), pudesse estar nos ameaçando com a possibilidade aventada de que ele pudesse se tornar pandêmico. Ou seja, nem o vírus era fato, nem muito menos a pandemia, e muito menos a mutação apenas ficcional (não que seja cientificamente inválida em termos de hipótese), mas meramente ficcional de que este suposto vírus poderia não só se tornar pandêmico como também ter uma mutação e se tornar altamente virulento!
Veja bem, não estou dizendo que nada disso possa acontecer: pode acontecer, assim como pode-se inventar o teletransporte em alguns anos – e parcialmente ciência e muita especulação, que pode ou não se tornar fato, mas que tem baixa probabilidade de se tornar fato, pelo menos por enquanto. Só isso. Note-se o uso, no artigo, das palavras possible e could.
E porque eu acho tudo isto muito grave? O que eu acho realmente grave não é o fenômeno biológico, mas o fenômeno social. Fora o pânico causado na população (não vou nem citar fontes, uma pesquisa na internet revela o número de blogs que demandam que o presidente feche os aeroportos para nos proteger do apocalipse), mas fora isso, há a questão de que o terror determine para onde vão os recursos públicos da área de saúde e pesquisa e de forma irracional.
Quando as mega-agências de pesquisa se baseiam no terror para demandar recursos públicos, elas conseguem dar a volta por cima de toda uma metodologia (que, aliás, nunca foi empregada na saúde pública de forma honesta) que fosse capaz de evidenciar quais as formas de aplicação de dinheiro público trariam um bem maior para a população, ou, dito de outra forma, em que ações o dinheiro pode ser aplicado para gerar saúde mais eficientemente na população. É possível que, se tal estudo fosse feito, ficaria evidente que – hipoteticamente falando – a aplicação dos recursos mais concentrada em saúde básica e alimentação fossem capazes de evitar tanto os casos letais de gripe comum, quanto da gripe suína, além de sanar muitas outras doenças, mesmo sem a destruição do vírus (aliás, a destruição de um vírus em escala mundial é uma impossibilidade ecológica por definição).
O terror determina para onde vão os recursos no centro do sistema científico e a periferia (nóis) só seguimos a onda, devido aos parâmetros FAPESP e de outros órgãos reguladores que determinam por meio da publicação em revistas internacionais o que é ciência (e portanto, o que deve receber recursos) e o que não é, ou é improdutivo (posto que não publica nas publicações internacionais de ponta que não estão interessadas em doenças terceiro-mundistas).
Postado por Flávia
Muita gente (a classe médica em especial) fica falando por ai que a internet não é fonte confiável, e que os pacientes não tem o nível necessário para separar o joio do trigo. Sugiro a leitura desta página em que a classe médica dá asas ao seu imenso preconceito contra pacientes que tentam ser mais informados do que eles e uma olhada neste texto para contrabalancear.
Puro preconceito e charlatanice:
1. quantas vezes você foi ao médico e ele puxou aquela tabelinha colorida (isso é fornecido pela indústria farmacêutica) pra te receitar algo?
Comigo foram muitas. Após não olharem o meu fichário onde eu trazia o histórico dos receituários de outros médicos todo organizado cronologicamente, não ouvirem o que eu dizia, receitavam aquilo mesmo que não tinha funcionado, por que a única coisa que esses, com o perdão da palavra, filhos-da-puta levam em consideração é que O PACIENTE está mentindo (ou seja, que ele não usou o medicamento).
Com base nessa única hipótese (muito científica, não? até Francis Bacon dizia que não se pode resolver um problema com uma única hipótese, o que diria Popper disso…) e a tabelinha eles me mandavam passar o medicamento que eu dizia que não ia mais passar, pois sabia que o uso prolongado iria me causar glaucoma (ah, sim, isso estava na BULA do medicamento, não era preciso ir à internet para ter acesso à essa informação, e com base num risco registrado, medido, e calculado de que o uso prolongado do medicamento traria e o desconhecimento evidente do mal verdadeiro por conta do médico, eu preferia, muito defensavelmente, o risco calculado).
O que eu quero dizer com isso? Que o médico médio que te atende é sim um Zé Mané, um Bronco (há, sim, excessões honrosas), que não entende de porra nenhuma e baseia seu diagnostico em uma tabelinha cuja intenção nunca foi sarar doenças (a tabelinha visa vender medicamentos e transforma o médico mané no seu vendedor). O medico médio não passa de um vendedor, com diploma, tanto de medicamentos, quanto de seguros médicos – mais sobre isto a seguir.
Portanto, eu retorno à questão: o problema é o paciente que tenta se informar, ou o médico que é mané, e cuja autoridade está baseada num diploma que ele pendura na parede, e ele acha que isso basta, tanto que usa a tabelinha na maior? (na verdade ele, se fosse cientista ao invés de vendedor, deveria usar de métodos de investigação – mais sobre este fenômeno aqui).
Por isso que as pessoas tentam se informar como podem – pois sentem exatamente isso na sua relação com o medico médio: que não estão sendo tratados por alguém que leva o seu problema a sério, e têm toda a razão em achar isso.
2. Então vamos ao problema das fontes: onde conseguimos nossa informação. Existe, de modo geral, umas quatro fontes “primarias” para o cidadão em geral:
1. a publicação cientifica,
2. a Wikipédia,
3. a bula,
4. o jornal.
Vamos examinar isto mais de perto.
A publicação cientifica normalmente vem de pesquisas que receberam um monte de dinheiro público, mas seus resultados não são acessíveis, a não ser que você pague em dólar, com seu cartão de credito internacional. Está começando a achar que há um grande absurdo na coisa? Então se segure, pois maiores absurdos ainda estão por vir.
As mesmas questões que podem ser levantadas na questão do diploma para jornalista se encontram aqui. Obviamente que para medicar é necessário uma formação especializada, mas a insistência da classe médica em tratar todo e qualquer paciente como um BURRO tem antes razões de corporativismo que razões de capacidade de leitura. Em outras palavras, apenas os sacerdotes podem ler as escrituras sagradas, e isso a classe médica quer manter assim. O fato de que as fontes mais apropriadas de leitura não sejam lidas pelo publico em geral nada tem a ver com a capacidade que esse público tenha de lê-las, mas com uma reserva de mercado profissional e com restrições a esta leitura (pois estes documentos se encontram fechados, inacessíveis ao publico).
Além disso, o fato (ou a tendência) de que os médicos sejam o único público autorizado a ler estas escrituras sagradas não garante (pesquisa citada acima) que eles as leiam. Como eu disse, o médico médio é (mil desculpas pela linguagem chula) um Zé Mané, um pobre coitado comparável ao professor primário que está no sistema de escolas públicas e não tem melhor formação por que não tem nem tempo nem dinheiro e nem uma melhor formação revertera em melhores salários.
A partir da década de 80, a entrada das companhias de seguro no ramo médico no Brasil (as assistências médicas privadas) realizou o seguinte: primeiramente, o pagamento dos seguros-saúde (Golden Cross, Blue Life, etc) era tão melhor que o pagamento particular e do governo (que já estava sob um processo de sucateamento muito mais antigo) que todos os médicos (e também os pacientes) correram para fazer parte das carteiras (de investimento) dessas empresas.
Quando, por volta do fim dos anos 80, início dos 90, não havia mais médico nem paciente fora das assistências particulares, essas empresas tiveram na mão tanto o oligopólio (o grupo de empresas era o único vendedor do serviço médico para o público de pacientes) quanto o oligopsônio dos serviços de saúde (as mesmas empresas eram os únicos compradores do serviço dos médicos). Quando isso ocorreu, essas empresas puderam fazer o que empresas nesta condições fazem: super-explorar as duas pontas – médicos e pacientes.
Para os médicos de hoje, isso significa trabalhar sem parar, correndo da clínica para o hospital e cronometrando seu tempo de consulta (isso te lembra professor de rede pública?). Esses pobres coitados nem lêem a bibliografia especializada, nem realizam bem seu trabalho cronometrado, e são esses Zé Manés, coitados, que são entrevistados pela segunda fonte de informação disponível ao público em geral: os jornais.
Fica claro que a questão da proteção destes profissionais tem a ver com as condições necessárias para a boa realização de suas tarefas mais do que com a proteção de diplomas (o mesmo vale para o jornalismo, como bem sabemos).
Estes médicos, jogados nessa condição, neste contexto, são sim, uns pobres coitados que dependem das tabelinhas fornecidas pela indústria farmacêuticas e não tem a mínima autoridade em assuntos de saúde pública e pandemias como é o caso da gripe suína. São eles (suspeito) os entrevistados pelos jornalistas, que recortam suas falas de uma maneira que tem a ver mais com o jornal como mercadoria que com o interesse publico.
Então entramos no problema dos jornais. Não é preciso muito para explicar que eles entrevistam o medico médio (este ser humilhado pelas grandes empresas que age para com o conjunto de pacientes como a Alemanha humilhada após a primeira guerra agiu para com o grupo de cidadãos em seu território identificado-os como um outro indesejado – judeus, negros, deficientes, homossexuais, comunistas, idosos, and the like – neste caso identificando o paciente que tenta se informar como uma ameaça ao seu pouco tempo, como um ignorante imbecil que não usa os medicamentos que ele receita e como algo que deveria ser desinfectado do sistema, pois ele lhe toma muito do seu tempo cronometrado).
Então vejamos um pouco do que um site especializado em disponibilizar informações de graça para profissionais das áreas médicas tem a dizer sobre a gripe suína.
•Grupos de risco: crianças, mulheres grávidas e amamentando, idosos e adolescentes.
•A gripe comum mata 92 crianças por ano nos EU.
•Crianças: este é o grupo de risco mais afetado
tudo isso aqui (você vai precisar se inscrever no site para ter acesso, que é gratuito)
Comentário: A gripe suína parece ter uma taxa de mortalidade muito menor que a gripe comum, analisando-se a faixa infantil, que é a mais afetada pelas gripes em geral.
Antes de continuar, eu gostaria primeiramente de esclarecer o significado do palavrão “pandemia”, que vem gerando todo tipo de pânico, através do sensacionalismo midiático.
Pandemia
Chama-se pandemia um fenômeno que contenha estas 3 características juntas: 1. uma doença que ataca seres humanos e 2. nova e 3. que se espalha com facilidade e se mantém sustentável (o que quer dizer que ela não some sozinha).
Vamos analisar estes parâmetros: pandemia não quer dizer que um monstro, sinal do apocalipse, chegou para exterminar a raça humana da face da terra em mais ou menos dois minutos contando de agora.
É uma doença que se espalha rapidamente. Isso quer dizer que se uma criança morreu de complicações com gripe suína, esse vírus está espalhada por uma população (para ser classificado como pandemia tem que ser uma doença que se espalha facilmente, digo doença e não vírus, pois a obesidade pode caber em pandemia e se espalha de forma diversa, não por contaminação, como os vírus).
Como poucos casos (em termos populacionais), tanto aqui, como no México, nos EU, no Canadá, etc, foram diagnosticados, podemos entender que uma pequena minoria daqueles que se contaminam com o vírus realmente desenvolve sintomas fortes o bastante para procurarem os médicos que registram estes dados junto aos órgãos de saúde mundialmente interconectados (que é a forma como são gerados os dados das organizações mundiais).
As complicações em geral vêm de um sistema imunológico que não está no seu grau ótimo – decorrente de idade, nutrição, etc – e, em geral, do desenvolvimento de bactérias oportunistas – bactérias presentes em todos os lugares e que normalmente não levam à morte. Assim como o HIV não leva sozinho à morte, o H1N1 tão pouco.
Para concluir, inventemos o vírus-qualquer-hipotético, que tem o efeito de fazer com que as pessoas sorriam mais, e digamos que ele se espalha facilmente. Se ele se espalhar pela população humana mundial ele pode ser classificado como pandemia. O que é muito diferente de dizer que o vírus tem virulência alta.
Virulência
Diz-se que um patógeno (causador de doença) é virulento, pelo grau de facilidade com que o patogeno causa doença (sintomas ruins no seu corpo). Segundo o grau de severidade destes sintomas – podendo, ou não, levar à morte – tem-se o grau de virulência do patógeno. Ou seja, você pode ser infectado por um patógeno (seja ele vírus, bactéria, príon – como a vaca-louca – um fungo ou mesmo um organismo multicelular como a solitária caberia na definição) e jamais ter sintomas (febre, dores, irritações, etc, e morte em decorrência disto).
Então o problema não é somente se o H1N1 (gripe suína) é pandêmico, mas se é pandêmico e de alto grau de virulência. (ao contrário, uma doença pode ter um alto grau de virulência e não se espalhar pela população, constituindo, assim, um problema médico, mas não um problema de saúde pública).
Concluindo esta primeira parte: a palavra pandemia precisaria vir acompanhada de alta virulência para justificar qualquer pânico. E creio que as pessoas estão confundindo estas duas coisas, e os jornais não ajudam, os médicos e também os pesquisadores tão pouco. Mais sobre isto a seguir.
Desde que este mundo existe, as grandes organizações se tornam grandes sob um pretexto de utilidade falacioso (não digo falso, apenas falacioso). Qual seja: O pretexto do terror. Um exemplo: Que a corrida espacial é útil para o conhecimento em geral e para o desenvolvimento de tecnologias em específico nunca foi um argumento falso. Que se adicione a isso o argumento do terror – a saber, que os vermelhos vão chegar lá antes e que isto constitui uma ameaça à segurança pública é não só o tipo de argumento que realmente angaria recursos para que a NASA cresça, mas também parcialmente verdadeiro, parcialmente falso, portanto, falacioso.
Os sistemas interligados de saúde mundial que se desenvolveram a partir do argumento de que as pandemias tem que ser diagnosticadas contém esta perversão. Que as pandemias tem que ser conhecidas é argumento razoável do ponto de vista do conhecimento das doenças e de como elas se desenvolvem no tempo na população. Para isso é necessário que se desenvolva um sistema mundial interligado que seja capaz de receber dados do médico médio (como sintomas de gripe um pouco diferentes, fora do período – season – normal da gripe comum, por exemplo, que poderiam apontar para uma nova mutação do vírus comum e ajudar nas pesquisas sobre como a mutação do vírus ocorre – o que ainda é desconhecido. A este conhecimento só é possível se chegar com dados massivos na população e no tempo, que apontem para as causas reais das mutações).
Mas não é este o tipo de argumento que angaria recursos (os recursos massivos necessários para que se estabeleça uma vigilância tolerância-zero em toda a população mundial, interligando cada profissionaleco de cada rincão do planeta ao sistema integrado, capaz de, assim, gerar os dados necessários para se conhecer sobre mutações e porque e como elas ocorrem e dar o prêmio nóbel a algum gênio de plantão). Então, o argumento que se segue é que apesar do vírus ser de baixa virulência ele poderia mutar, gerando um problema sério de saúde pública, que tem que ser prevenido, se não o apocalipse estará no horizonte.
Agora, voltemos ao problema dos jornais e como eles usam o terror que é ferramenta (para angariar recursos mundiais) desta área medico-científica de ponta de forma a angariar recursos (vender jornais) amplificando as partes mais aterrorizantes do terror. Os jornais usam o instrumento de terror científico em proveito próprio e, ao mesmo tempo, são um instrumento usado pela área de ponta científica para amplificar a grita da ameaça de que se eles não recebem recursos, o apocalipse está por vir. Não acredito que se aplique bem aqui o dito popular que ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão. Eles são mais uma máfia ou um tipo de matilha.
Quando o sensacionalismo jornalístico começou – sobre a gripe suína, especificamente, pois vimos isso antes com o ebola, a vaca-louca, o antrax (que piada) e gripe aviária, para lembrar alguns casos de sucesso de vendas de jornais e revistas – em que pé estava o sistema integrado de pesquisas de pandemia? Foi por volta de março deste ano.
“A multidisciplinary expert panel on the Human Swine Flu (H1N1) and Novel Influenza Pandemics — held at the New York Academy of Sciences, New York, NY, on May 28, 2009 — drew attention to worldwide, national, and local surveillance and preparedness efforts under way for a possible pandemic.” ver inteiro aqui
Ou seja, o pretendente-a-novo-leviatã-científico (o sistema integrado de controle de pandemias que pretende angariar recursos para crescer mundialmente) estava no seguinte pé: ameaçando nossa insanidade com a ficção-científica de que o novo vírus que pelo que eu sei (por outras leituras) nem havia sido identificado com toda a certeza como um novo vírus (naquela época ainda precisava muita coisa para que se certificasse que se tratava de vírus diferente de uma mutação da gripe comum e diferente da gripe aviária e diferente da pneumonia), pudesse estar nos ameaçando com a possibilidade aventada de que ele pudesse se tornar pandêmico. Ou seja, nem o vírus era fato, nem muito menos a pandemia, e muito menos a mutação apenas ficcional (não que seja cientificamente inválida em termos de hipótese), mas meramente ficcional de que este suposto vírus poderia não só se tornar pandêmico como também ter uma mutação e se tornar altamente virulento!
Veja bem, não estou dizendo que nada disso possa acontecer: pode acontecer, assim como pode-se inventar o teletransporte em alguns anos – e parcialmente ciência e muita especulação, que pode ou não se tornar fato, mas que tem baixa probabilidade de se tornar fato, pelo menos por enquanto. Só isso. Note-se o uso, no artigo, das palavras possible e could.
E porque eu acho tudo isto muito grave? O que eu acho realmente grave não é o fenômeno biológico, mas o fenômeno social. Fora o pânico causado na população (não vou nem citar fontes, uma pesquisa na internet revela o número de blogs que demandam que o presidente feche os aeroportos para nos proteger do apocalipse), mas fora isso, há a questão de que o terror determine para onde vão os recursos públicos da área de saúde e pesquisa e de forma irracional.
Quando as mega-agências de pesquisa se baseiam no terror para demandar recursos públicos, elas conseguem dar a volta por cima de toda uma metodologia (que, aliás, nunca foi empregada na saúde pública de forma honesta) que fosse capaz de evidenciar quais as formas de aplicação de dinheiro público trariam um bem maior para a população, ou, dito de outra forma, em que ações o dinheiro pode ser aplicado para gerar saúde mais eficientemente na população. É possível que, se tal estudo fosse feito, ficaria evidente que – hipoteticamente falando – a aplicação dos recursos mais concentrada em saúde básica e alimentação fossem capazes de evitar tanto os casos letais de gripe comum, quanto da gripe suína, além de sanar muitas outras doenças, mesmo sem a destruição do vírus (aliás, a destruição de um vírus em escala mundial é uma impossibilidade ecológica por definição).
O terror determina para onde vão os recursos no centro do sistema científico e a periferia (nóis) só seguimos a onda, devido aos parâmetros FAPESP e de outros órgãos reguladores que determinam por meio da publicação em revistas internacionais o que é ciência (e portanto, o que deve receber recursos) e o que não é, ou é improdutivo (posto que não publica nas publicações internacionais de ponta que não estão interessadas em doenças terceiro-mundistas).
Postado por Flávia
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
NOSSOS TRÊS CÉREBROS
“A mente pode sonhar que não está mais sonhando e você não saberá que esse é mais um sonho. Só saberá que estava sonhando quando acordar.”
Osho
Um casal de namorados estava viajando com outros em um ônibus, através de uma pitoresca região montanhosa. Quando observam um hotel num local adorável, os dois decidem parar o ônibus e descer. Na estrada, alguns minutos depois, uma rocha enorme despenca e destroi o ônibus, matando instantaneamente todos que estavam nele. Ao ver isso, o casal exclamou “Quisera nós ainda estarmos nesse ônibus!”
Porque eles desejaram isso?
O processo do Conhecer
O Homo Sapiens possui três cérebros, que evoluíram mais ou menos independentemente: cada desenvolvimento biológico foi também um maior avanço tecnológico.
O primeiro cérebro, o cérebro reptiliano, é o local da inteligência comportamental.
O segundo, o cérebro mamífero, é o local da inteligência emocional.
O terceiro, o neocórtex, é o cérebro racional.
Eles operam dois sistemas neurofisiológicos em contraponto: um sistema de autopreservação e um sistema de preservação da espécie. Porque a rede de comunicações entre estes três cérebros é altamente sofisticada, nós experimentamos a nós mesmos como uma única identidade.
O filósofo e físico americano Thomas Kuhn propôs que um paradigma interno interpreta toda a informação que chega ao cérebro através dos sentidos, enquadrando a nossa percepção, pensamento e comportamento.
Joseph LeDoux, um neurocientista do Center for Neural Science (Centro para Ciência Neural) da Universidade de Nova York mostrou como a arquitetura do cérebro dá ao cérebro emocional, ou cérebro mamífero, o poder de assaltar o nosso cérebro racional, ou neocórtex, através da amígdala. Consequentemente, nós não podemos pensar um pensamento ou considerar uma nova informação no neocórtex se esta é estranha à programação do cérebro mamífero, que é determinado pelo nosso paradigma interno.
Em minha análise, um paradigma interno consiste de três mitos arquetípicos:
1. O Mito da Criação – enquadramento da realidade, que aborda a questão, Onde Estou?
2. O Mito da Origem – enquadramento do pertencer, que aborda a questão, O que Sou Eu?
3. Os Mitos do herói – de identidade e individualidade, que aborda a questão, Quem Sou Eu?
Nós vemos o mundo através desses mitos. Coletivamente, eles formam o núcleo de uma identidade cultural.
Onde? O que? Quem? As nossas respostas a essas três questões arquetípicas criam caminhos neurais únicos no cérebro que enquadram as construções da realidade através das quais nós interpretamos informações.
Nós selecionamos do mundo constantemente as informações que melhor se encaixam nas nossas respostas e apagamos as informações estranhas aos nossos mitos, não importando quão válida seja a informação. Como resultado, o que pode ser perfeitamente óbvio para uma pessoa será totalmente imperceptível para alguém com um conjunto diferente de mitos.
Com efeito, esses mitos programam o cérebro, moldando caminhos neurais únicos que agem como filtros nas experiências.
Os cérebros humanos são fisiologicamente incapazes de processar informações estranhas aos mitos que os programaram.
Isto possui implicações para o desenvolvimento científico. A menos que haja garantias para combater este fenômeno, os dados que são válidos dentro de um novo conjunto de mitos, mas que são anomalias em pelo menos um dos mitos atuais, serão descartados. Daí, a observação lacônica de Max Planck, “A ciência avança funeral por funeral.“
Os seguintes pontos sobre esses três mitos também devem ser observados:
•Eles não estão abertos à avaliação racional, porque estão fora do alcance do nosso intelecto.
•Eles atuam no cérebro mamífero como um programa de computador sequestrando qualquer informação que não se encaixe. De fato, para o nosso neocórtex, informações estranhas não existem.
•Tal sequestro pode tomar a forma de negros sob o apartheid, os direitos de LGBT para a direita religiosa, ou medicina alternativa para pesquisadores biomédicos fundamentalistas.
•Eles formam o fundamento subjetivo de qualquer sistema de conhecimento, incluindo a Ciência Ocidental.
Eu chamo esses três mitos de imperativo noético. Por que “noético”? Porque o que estou falando envolve todos os nossos três cérebros, assim como o nosso acesso ao que Teilhard de Chardin descreveu como noosfera – a esfera de cognição acima e além da geosfera e da biosfera.
A palavra “noético” (noetic) deriva do grego noos ou nous, que significa conhecimento interior ou consciência.
E porque “imperativo”? Primeiramente porque estes três mitos enquadram o nosso comportamento, eles são a fonte suprema de toda ação.
Em segundo lugar porque o resultado de sua influência faz paralelo ao “imperativo territorial” que Robert Ardrey mostrou governar o mundo animal.
O estudo do comportamento animal mostrou que através do contraponto das necessidades de estimulação (acessadas através de desafio), segurança (conseguida através do pertencer a um grupo) e identidade (alcançada através da posição naquele grupo), o imperativo territorial integra o bem de um e o bem de todos para manifestar uma moralidade natural.
No nível humano, essa integração é alcançada através de um equilíbrio dinâmico entre as necessidades de verdade, justiça, e amor.
A moralidade real em que vivemos é o produto do enquadramento dado a essas três necessidades pelos três mitos em que acreditamos.
Artigo de Mr. Ranjan
tradução de Karina
Osho
Um casal de namorados estava viajando com outros em um ônibus, através de uma pitoresca região montanhosa. Quando observam um hotel num local adorável, os dois decidem parar o ônibus e descer. Na estrada, alguns minutos depois, uma rocha enorme despenca e destroi o ônibus, matando instantaneamente todos que estavam nele. Ao ver isso, o casal exclamou “Quisera nós ainda estarmos nesse ônibus!”
Porque eles desejaram isso?
O processo do Conhecer
O Homo Sapiens possui três cérebros, que evoluíram mais ou menos independentemente: cada desenvolvimento biológico foi também um maior avanço tecnológico.
O primeiro cérebro, o cérebro reptiliano, é o local da inteligência comportamental.
O segundo, o cérebro mamífero, é o local da inteligência emocional.
O terceiro, o neocórtex, é o cérebro racional.
Eles operam dois sistemas neurofisiológicos em contraponto: um sistema de autopreservação e um sistema de preservação da espécie. Porque a rede de comunicações entre estes três cérebros é altamente sofisticada, nós experimentamos a nós mesmos como uma única identidade.
O filósofo e físico americano Thomas Kuhn propôs que um paradigma interno interpreta toda a informação que chega ao cérebro através dos sentidos, enquadrando a nossa percepção, pensamento e comportamento.
Joseph LeDoux, um neurocientista do Center for Neural Science (Centro para Ciência Neural) da Universidade de Nova York mostrou como a arquitetura do cérebro dá ao cérebro emocional, ou cérebro mamífero, o poder de assaltar o nosso cérebro racional, ou neocórtex, através da amígdala. Consequentemente, nós não podemos pensar um pensamento ou considerar uma nova informação no neocórtex se esta é estranha à programação do cérebro mamífero, que é determinado pelo nosso paradigma interno.
Em minha análise, um paradigma interno consiste de três mitos arquetípicos:
1. O Mito da Criação – enquadramento da realidade, que aborda a questão, Onde Estou?
2. O Mito da Origem – enquadramento do pertencer, que aborda a questão, O que Sou Eu?
3. Os Mitos do herói – de identidade e individualidade, que aborda a questão, Quem Sou Eu?
Nós vemos o mundo através desses mitos. Coletivamente, eles formam o núcleo de uma identidade cultural.
Onde? O que? Quem? As nossas respostas a essas três questões arquetípicas criam caminhos neurais únicos no cérebro que enquadram as construções da realidade através das quais nós interpretamos informações.
Nós selecionamos do mundo constantemente as informações que melhor se encaixam nas nossas respostas e apagamos as informações estranhas aos nossos mitos, não importando quão válida seja a informação. Como resultado, o que pode ser perfeitamente óbvio para uma pessoa será totalmente imperceptível para alguém com um conjunto diferente de mitos.
Com efeito, esses mitos programam o cérebro, moldando caminhos neurais únicos que agem como filtros nas experiências.
Os cérebros humanos são fisiologicamente incapazes de processar informações estranhas aos mitos que os programaram.
Isto possui implicações para o desenvolvimento científico. A menos que haja garantias para combater este fenômeno, os dados que são válidos dentro de um novo conjunto de mitos, mas que são anomalias em pelo menos um dos mitos atuais, serão descartados. Daí, a observação lacônica de Max Planck, “A ciência avança funeral por funeral.“
Os seguintes pontos sobre esses três mitos também devem ser observados:
•Eles não estão abertos à avaliação racional, porque estão fora do alcance do nosso intelecto.
•Eles atuam no cérebro mamífero como um programa de computador sequestrando qualquer informação que não se encaixe. De fato, para o nosso neocórtex, informações estranhas não existem.
•Tal sequestro pode tomar a forma de negros sob o apartheid, os direitos de LGBT para a direita religiosa, ou medicina alternativa para pesquisadores biomédicos fundamentalistas.
•Eles formam o fundamento subjetivo de qualquer sistema de conhecimento, incluindo a Ciência Ocidental.
Eu chamo esses três mitos de imperativo noético. Por que “noético”? Porque o que estou falando envolve todos os nossos três cérebros, assim como o nosso acesso ao que Teilhard de Chardin descreveu como noosfera – a esfera de cognição acima e além da geosfera e da biosfera.
A palavra “noético” (noetic) deriva do grego noos ou nous, que significa conhecimento interior ou consciência.
E porque “imperativo”? Primeiramente porque estes três mitos enquadram o nosso comportamento, eles são a fonte suprema de toda ação.
Em segundo lugar porque o resultado de sua influência faz paralelo ao “imperativo territorial” que Robert Ardrey mostrou governar o mundo animal.
O estudo do comportamento animal mostrou que através do contraponto das necessidades de estimulação (acessadas através de desafio), segurança (conseguida através do pertencer a um grupo) e identidade (alcançada através da posição naquele grupo), o imperativo territorial integra o bem de um e o bem de todos para manifestar uma moralidade natural.
No nível humano, essa integração é alcançada através de um equilíbrio dinâmico entre as necessidades de verdade, justiça, e amor.
A moralidade real em que vivemos é o produto do enquadramento dado a essas três necessidades pelos três mitos em que acreditamos.
Artigo de Mr. Ranjan
tradução de Karina
HOMO-IGNORANTIS: O HOMEM E AS FERRAMENTAS
Era uma vez um homem-macaco que inventou uma parada para cortar madeira, daí ele descobriu que também podia cortar e mutilar os outros macacos para obter liderança;
Homo Ignorantis usa o meio para justificar sua ignorância.
O tempo passou, o tal do homem perdeu os pêlos (alguns começaram a raspá-los, depois evoluíram para a depilação), ficou mais sinuoso, começou a morar um lugares altos e metálicos, se tornou pseudo-inteligente, começou a achar que é a unica raça do universo, se deu o status de "evoluído" e...
Inventou o avião que nos leva de um ponto ao outro do mundo e também bombardeia milhões de pessoas de uma só vez;
Desenvolveu a medicina para a cura e por trás dela uma indústria que ganha com a doença;
Criou o carro, mas dependendo de quem senta ao volante o transforma numa arma potencial;
Inventou a televisão que pode esclarecer e informar, mas a usa para lobotomia e programações de medo e culpa;
Inventou a multa de trânsito para disciplinar e evitar acidentes e a transformou numa forma de acharcar o povo;
Cria músicas que nos levam à dimensões transce
ndentes e também "thuthucaaaaaaaaaa vem aqui pro seu tigrão";
Pode usar o sexo como forma de encontro ao divino, mas muitos ainda o usam como meio de escravizar o desejo do outro;
Criou a internet que pode tanto espalhar mensagens de paz, como fomentar comunidades terroristas entre milhões de outras usabilidades positivo-negativas.
Enfim!
Segurança, conforto, liberdade ou uma arma? Depende de quem o conduz.
Um garfo, o computador, uma caneta, uma planta, a mesa, o fósforo, a vela ou uma cadeira! Não importa a ferramenta usada, mas sim quem, como e para quê ela é utilizada.
As ferramentas e invenções sempre estão de acordo com nosso nível de evolução-consciência e nunca o contrário. Quando acontece de termos uma invenção ou informação além daquilo que podemos entender, simplesmente não as absorvemos ou as distorcemos (o que é mais comum).
Eu vejo pessoas falando mal da internet e da evolução das coisas, mas a evolução das “coisas” está diretamente atrelada à evolução humana.
E eu vejo humanos falando mal de humanos o tempo todo, como se eles fossem chimpanzés engomados de calça e gravata ou de vestido e salto alto. Eles também fazem uso dessas mesmas ferramentas, mas se isentam da responsabilidade de uso sobre elas, talvez porque se achem chimpazés-alpha e isso os deixe fora do mundano! Coisa de Homo-Ignorantis.
Esse é um mundo polarizado (bom/ruim, certo/errado), onde sempre podemos escolher como usar o universo à nossa volta.
O problema e a solução do lixo, da sustentabilidade, do dinheiro ou do amor, além de todas as coisas e fatos que nos cercam, estão na nossa forma de conduzir esse universo à nossa volta.
O martelo não pode escolher se bate um prego ou estoura um cérebro, o teclado e o mouse não auto clicam-digitam em sites de fofoca ou imagens maravilhosas, a não ser que "alguém" os tenha programado anteriormente para isso, a nota de R$100,00 não escolhe se compra um bilhete de show ou uma fileira de cocaína.
O problema e a solução estão sempre entre a cadeira e o teclado.
É isso... Pense aí como você anda usando as ferramentas que te servem.
Monik Ornellas, 26/09/2011
ANTI-HISTAMÍNICOS CHINESES FEITOS COM PÓ DE BEBÊ ABORTADO
O monstruoso remédio chinês exibido pela TV
Documentário da cadeia de TV SBS, da Coréia do Sul, desvendou o esquema de empresas farmacêuticas chinesas para vender pílulas feitas com cinzas de bebês abortados como sendo anti-histamínicos.
A equipe da TV, segundo informa o jornal “International Business Times”, de San Francisco, mostrou que a verdade por trás da “pílula de bebê morto” é horrorosa e perturbadora.
Os hospitais e as clínicas abortistas estatais chinesas participam diretamente do macabro negócio, informando as empresas da morte de um bebê em decorrência de parto ou de aborto.
As empresas então compram os corpos das crianças e os guardam no freezer de alguma família para não causar suspeita.
O passo seguinte consiste num processo realizado secretamente. Nele os corpos são colocados num secador hospitalar de microondas até serem reduzidos a um pó básico, o qual a seguir é colocado em cápsulas para serem vendidas como anti-histamínico, explicou a equipe da SBS.
A mesma equipe comprou cápsulas de bebê morto e mandou fazer testes de DNA em seu conteúdo. Os resultados dos testes revelaram que o material encapsulado era humano numa proporção de 99,7%.
Os testes também encontraram restos de cabelo e unhas, e até o sexo do bebê pôde ser identificado.
Luis Dufaur
26/09/2011
domingo, 25 de setembro de 2011
O CORAÇÃO FEMININO BATE MAIS DEVAGAR
Impressionante o que se descobre a partir de uma simples tosse ingênua.
Não se diz que o diabo está nos detalhes? Há uma lírica nos detalhes…
Então começei da tosse seca de fumante. Passei na farmacinha de bairro e troquei uma idéia com aqueles conhecidos. Tava parecendo o início daquela tosse que vai ser o cão chupando limão. Além das mentas, mel, agrião e chá, resolvi escolher um charope que não fosse natureba.
Indicação: xarope contendo cloridato de clobutinol e succinato de doxilamina.
Parênteses: depois de anos longe do curso de biologia ainda tenho resquícios dessa de-formação que se impôs sobre meu caráter. Bateu a re-caída. O Biólogo é um garoto que chegou ingênuo, por amar a natureza num curso chamado Biologia, que lhe ensina que amor é coisa de boiola e que é coisa de criança ingênua -- o legal, o inteligente, não-emocional, não-ingênuo, ou seja, adulto, é odiá-la. ODEIE A NATUREZA.
Tá bom. Concedo. Parece exagero, então vamos a mais digressões, me afastando da história da tosse.
O ingênuo amante da natureza passa por um processo de socialização -- o que significa dizer, um processo de insercão num grupo, o que inclui tanto passar por certos rituais quanto deixar de lado certos valores prévios e absorver valores do grupo onde está sendo iniciado. Odiar a natureza é um desses valores.
E como se passa do amor ao ódio? Se você já quis deixar de amar alguém, e foi duro consigo mesmo, você decerto submeteu o outro (que já não é mais ser amado desde o momento que você resolve liquida-lo simbolicamente) aos seguintes processos:
•um isolamento simbólico completo (ele nada tem a ver com você)
•sujeição do outro, sua transformação em objeto de experimentos
•sua redução a uma série de equações causa-efeito (passa a pensá-lo como previsível, manipulável, dado estímulo x, você tem o resultado y)
•como você não conhecia estas 3 “verdades” acima, antes, crê que estava sobre o domínio de uma força que desconhecia, agora você tem os olhos bem abertos e será você que dominará sobre estas forças (e se vingará pelo período em que esteve sob o feitiço do outro)
É similar com a forma como o Biólogo passa da admiração, fascinação, ao controle e ódio. “Natureza” passa a ser objeto de ser picada, centrifugada, extirpada de seu contexto e examinada nos seus contituintes mais simples. Se bem socializado, o Biólogo é aquele que não passa nem perto de ter pena do ratinho sacrificado, do inseto rasgado vivo ao meio para extirpar-lhe o intestino médio. Uma vez eu cheguei ao cúmulo da eficiência, que foi, ao invés de arrancar a primeira porção do torso do inseto com o primeiro par de patinhas que jogados no lixo ficava horas se mexendo, e só depois arrancar o abdomem onde estava o intestino, arranquei só o abdomem pra tirar de vez o intestino e criei um monstro que passeava sem abdomem pelo laboratório por mais que uma hora. Ah, sim, o biólogo cronometra o evento. Para ele o inseto não sofre.
Impressiona a maneira como eu, bem treinada em biologia, era capaz de deixar de amar rapidamente outros seres humanos. Me apaixonar, me frustrar, tornar o outro objeto, manipular, jogar fora, era técnica aprendida. Até o momento em que me dei conta: não era essa a pessoa que eu queria ser. Essa era a pessoa que me diziam para ser. Foi o momento em que decidi amar até o fim. Decidi que so assim, qual a sereia de Cristian Andersen, ganharia uma alma.
Acerca do tipo de personalidade que é dura consigo mesma, é totalitária. Hitler se tornou o herói da multidão por ser duro consigo mesmo -- se ele mesmo se sujeitava inteiramente à sua própria autoridade, ao Triunfo da sua Vontade, então a nação devia segui-lo como exemplo do que o ser humano alcança pelo controle.
Os alunos de Bio frequentemente competem pra ver quem tem mais controle -- seja sobre o nojo, sobre o asco, sobre o metabolismo, a capacidade de matar bichos sem piscar, dar injeções em pintinhos, matar o sapo com punção no cerebelo… se você consegue fazer isso, vira modelo -- isso é status no grupo, pela demonstração de controle sobre a sua própria natureza, assim como sobre a outra natureza, totalmente separada de si.
A tal da Tosse
Mas de repente a recaída. Do controle calculado sobre a minha própria natureza: sobre o meu corpo. O succinato de doxilamina causa sonolência, então não posso tomar e sair de moto. Mas é sexta-feira e estou voltando pra casa pra ficar de molho no fim de semana. Cloridato de clobutinol causa taquicardia. Legal, pensei, se o ritmo cardíaco acelera, ajuda a circulação levar defesas e limpar toxinas.
Isso eu li antes de comprar. Pago 15 pau, vambora pra casa.
Chegando, fiz aquilo que todo gripado deve fazer: caldo quente, banho, pijamão, e cama.
Levo junto as mentas, méus, e o xarope. Começo a ler bula. Bla blá, aquilo que eu já tinha lido no Reference book da farmácia, agora a dúvida: mulheres grávidas não devem… mulheres amamentando não devem… (esquisito), mas não parecia nada que tivesse o efeito de interromper gestação, fiquei curiosa e googlei informações.
Descobri que o componente cloridato de clobutinol havia sido retirado de circulação mundialmente… não é a primeira vez que me deparo com remédios, com essa mercadoria cheia de valor agregado, fruto de investimentos maciços, e quando não se pode realizar o lucro dessa mercadoria nos mercados de primeira linha, onde elas vêm parar? No 3o mundo.
Algo semelhante acontece com o paracetamol -- Chá pra gripe, remédio pra gripe, pra dor de cabeça… tá cheio de produto com isso. Paracetamol pode causar Falência Aguda do Fígado. Tradução: se você for sorteado, … se você tomar isso e for sorteado, diga adeus de vez ao seu fígado, como se ele fosse um bichinho de estimação atropelado por um Scânia a 180 Km/h bem na sua frente.
É claro que isso acontece com uma porcentagem mínima da população.
Postado por Flavia
Não se diz que o diabo está nos detalhes? Há uma lírica nos detalhes…
Então começei da tosse seca de fumante. Passei na farmacinha de bairro e troquei uma idéia com aqueles conhecidos. Tava parecendo o início daquela tosse que vai ser o cão chupando limão. Além das mentas, mel, agrião e chá, resolvi escolher um charope que não fosse natureba.
Indicação: xarope contendo cloridato de clobutinol e succinato de doxilamina.
Parênteses: depois de anos longe do curso de biologia ainda tenho resquícios dessa de-formação que se impôs sobre meu caráter. Bateu a re-caída. O Biólogo é um garoto que chegou ingênuo, por amar a natureza num curso chamado Biologia, que lhe ensina que amor é coisa de boiola e que é coisa de criança ingênua -- o legal, o inteligente, não-emocional, não-ingênuo, ou seja, adulto, é odiá-la. ODEIE A NATUREZA.
Tá bom. Concedo. Parece exagero, então vamos a mais digressões, me afastando da história da tosse.
O ingênuo amante da natureza passa por um processo de socialização -- o que significa dizer, um processo de insercão num grupo, o que inclui tanto passar por certos rituais quanto deixar de lado certos valores prévios e absorver valores do grupo onde está sendo iniciado. Odiar a natureza é um desses valores.
E como se passa do amor ao ódio? Se você já quis deixar de amar alguém, e foi duro consigo mesmo, você decerto submeteu o outro (que já não é mais ser amado desde o momento que você resolve liquida-lo simbolicamente) aos seguintes processos:
•um isolamento simbólico completo (ele nada tem a ver com você)
•sujeição do outro, sua transformação em objeto de experimentos
•sua redução a uma série de equações causa-efeito (passa a pensá-lo como previsível, manipulável, dado estímulo x, você tem o resultado y)
•como você não conhecia estas 3 “verdades” acima, antes, crê que estava sobre o domínio de uma força que desconhecia, agora você tem os olhos bem abertos e será você que dominará sobre estas forças (e se vingará pelo período em que esteve sob o feitiço do outro)
É similar com a forma como o Biólogo passa da admiração, fascinação, ao controle e ódio. “Natureza” passa a ser objeto de ser picada, centrifugada, extirpada de seu contexto e examinada nos seus contituintes mais simples. Se bem socializado, o Biólogo é aquele que não passa nem perto de ter pena do ratinho sacrificado, do inseto rasgado vivo ao meio para extirpar-lhe o intestino médio. Uma vez eu cheguei ao cúmulo da eficiência, que foi, ao invés de arrancar a primeira porção do torso do inseto com o primeiro par de patinhas que jogados no lixo ficava horas se mexendo, e só depois arrancar o abdomem onde estava o intestino, arranquei só o abdomem pra tirar de vez o intestino e criei um monstro que passeava sem abdomem pelo laboratório por mais que uma hora. Ah, sim, o biólogo cronometra o evento. Para ele o inseto não sofre.
Impressiona a maneira como eu, bem treinada em biologia, era capaz de deixar de amar rapidamente outros seres humanos. Me apaixonar, me frustrar, tornar o outro objeto, manipular, jogar fora, era técnica aprendida. Até o momento em que me dei conta: não era essa a pessoa que eu queria ser. Essa era a pessoa que me diziam para ser. Foi o momento em que decidi amar até o fim. Decidi que so assim, qual a sereia de Cristian Andersen, ganharia uma alma.
Acerca do tipo de personalidade que é dura consigo mesma, é totalitária. Hitler se tornou o herói da multidão por ser duro consigo mesmo -- se ele mesmo se sujeitava inteiramente à sua própria autoridade, ao Triunfo da sua Vontade, então a nação devia segui-lo como exemplo do que o ser humano alcança pelo controle.
Os alunos de Bio frequentemente competem pra ver quem tem mais controle -- seja sobre o nojo, sobre o asco, sobre o metabolismo, a capacidade de matar bichos sem piscar, dar injeções em pintinhos, matar o sapo com punção no cerebelo… se você consegue fazer isso, vira modelo -- isso é status no grupo, pela demonstração de controle sobre a sua própria natureza, assim como sobre a outra natureza, totalmente separada de si.
A tal da Tosse
Mas de repente a recaída. Do controle calculado sobre a minha própria natureza: sobre o meu corpo. O succinato de doxilamina causa sonolência, então não posso tomar e sair de moto. Mas é sexta-feira e estou voltando pra casa pra ficar de molho no fim de semana. Cloridato de clobutinol causa taquicardia. Legal, pensei, se o ritmo cardíaco acelera, ajuda a circulação levar defesas e limpar toxinas.
Isso eu li antes de comprar. Pago 15 pau, vambora pra casa.
Chegando, fiz aquilo que todo gripado deve fazer: caldo quente, banho, pijamão, e cama.
Levo junto as mentas, méus, e o xarope. Começo a ler bula. Bla blá, aquilo que eu já tinha lido no Reference book da farmácia, agora a dúvida: mulheres grávidas não devem… mulheres amamentando não devem… (esquisito), mas não parecia nada que tivesse o efeito de interromper gestação, fiquei curiosa e googlei informações.
Descobri que o componente cloridato de clobutinol havia sido retirado de circulação mundialmente… não é a primeira vez que me deparo com remédios, com essa mercadoria cheia de valor agregado, fruto de investimentos maciços, e quando não se pode realizar o lucro dessa mercadoria nos mercados de primeira linha, onde elas vêm parar? No 3o mundo.
Algo semelhante acontece com o paracetamol -- Chá pra gripe, remédio pra gripe, pra dor de cabeça… tá cheio de produto com isso. Paracetamol pode causar Falência Aguda do Fígado. Tradução: se você for sorteado, … se você tomar isso e for sorteado, diga adeus de vez ao seu fígado, como se ele fosse um bichinho de estimação atropelado por um Scânia a 180 Km/h bem na sua frente.
É claro que isso acontece com uma porcentagem mínima da população.
Postado por Flavia
A VERDADE ENFÁTICA DOS PROVÉRBIOS
Cervantes diz que o provérbio é uma frase curta baseada em longa experiência. Ele é como os pais e professores que dão conselhos. Dita regras de comportamento e transmite observações sobre pessoas ou a natureza com grande capacidade de concisão e a fina essência da filosofia. No livro Sabedoria Condensada dos Provérbios, de Nelson Carlos Teixeira, encontramos a inspiração acima. Para Leo Rosten, em seu Dicionário de Citações Judaicas, o adágio ou máxima é a sabedoria condensada que dá cor e vida à fala do homem comum. Por sua origem popular, o provérbio é o saber das ruas e pela sua concisão o bom senso concentrado. A boa e velha filosofia de almanaque voltou para ficar.
Os provérbios populares foram recolhidos pelos pesquisadores de folkcomunicação na tradição oral, placas de botequins, para-choques de caminhão, nas portas de banheiros públicos e, agora, resgatados pelos usuários das redes sociais como Facebook, Orkut, Twitter e em outras paixonites eletrônicas que se renovam a cada segundo. É a volta do passado presente no imaginário do povo que, no caráter anárquico e confessional das redes sociais, trazem citações que estavam em desuso e criam uma miscelânea de novos textos confessionais inspirados na insônia sem Rivotril, no caso de amor vivido, na noite “bem” dormida, ao fritar ovos na cozinha, na balada do final de semana ou no protesto contra os poderosos.
Curiosamente, transmitem mensagens sobre a realidade, as contradições da vida com as dores de amores citadas que promovem um sem número de cliques no botão “Curtir”, do Facebook, e desabafos em comentários que lembram o velho confessionário da Igreja Católica. Usuários brigam pelo botão “Não Curtir” em protesto contra amenidades sem sentido aceitas pelas páginas do Facebook. O mea culpa tem eco na universalidade das mesmas mensagens em vários idiomas que transmitem conteúdos idênticos.
Um consolo para cada história
O mundo de contradições e subjetividades afina a sensibilidade de jovens e mais vividos na troca de experiências nas mídias sociais, na velocidade com que as coisas da internet se apresentam para nós, onde “evento vira vento”. A renovação por segundo exige falas com velocidade, objetividade, praticidade, rapidez e devaneio. As mulheres participam em quantidade e qualidade, como se os provérbios no ciberespaço resgatassem a sensibilidade feminina, o dizer da matriarca abafado pelo autoritarismo patriarcal de anos passados.
Assim, a excessiva valorização do provérbio na webé como um passeio no tempo, a complacência literária popular que permite aos leitores expor aos milhares de amigos formas de suspiro, riso, choro, celebrações, ataques pessoais, dor, solidões expostas, alívio, amores desfeitos, sangramentos da alma e à espreita de um consolo para cada história, exorcizar demônios e celebrar que A voz do povo é a voz de Deus.
***
19/09/2011
[Robson Terra é mestre em Comunicação e Tecnologia e professor da Universidade Salgado de Oliveira, Juiz de Fora, MG]
Os provérbios populares foram recolhidos pelos pesquisadores de folkcomunicação na tradição oral, placas de botequins, para-choques de caminhão, nas portas de banheiros públicos e, agora, resgatados pelos usuários das redes sociais como Facebook, Orkut, Twitter e em outras paixonites eletrônicas que se renovam a cada segundo. É a volta do passado presente no imaginário do povo que, no caráter anárquico e confessional das redes sociais, trazem citações que estavam em desuso e criam uma miscelânea de novos textos confessionais inspirados na insônia sem Rivotril, no caso de amor vivido, na noite “bem” dormida, ao fritar ovos na cozinha, na balada do final de semana ou no protesto contra os poderosos.
Curiosamente, transmitem mensagens sobre a realidade, as contradições da vida com as dores de amores citadas que promovem um sem número de cliques no botão “Curtir”, do Facebook, e desabafos em comentários que lembram o velho confessionário da Igreja Católica. Usuários brigam pelo botão “Não Curtir” em protesto contra amenidades sem sentido aceitas pelas páginas do Facebook. O mea culpa tem eco na universalidade das mesmas mensagens em vários idiomas que transmitem conteúdos idênticos.
Um consolo para cada história
O mundo de contradições e subjetividades afina a sensibilidade de jovens e mais vividos na troca de experiências nas mídias sociais, na velocidade com que as coisas da internet se apresentam para nós, onde “evento vira vento”. A renovação por segundo exige falas com velocidade, objetividade, praticidade, rapidez e devaneio. As mulheres participam em quantidade e qualidade, como se os provérbios no ciberespaço resgatassem a sensibilidade feminina, o dizer da matriarca abafado pelo autoritarismo patriarcal de anos passados.
Assim, a excessiva valorização do provérbio na webé como um passeio no tempo, a complacência literária popular que permite aos leitores expor aos milhares de amigos formas de suspiro, riso, choro, celebrações, ataques pessoais, dor, solidões expostas, alívio, amores desfeitos, sangramentos da alma e à espreita de um consolo para cada história, exorcizar demônios e celebrar que A voz do povo é a voz de Deus.
***
19/09/2011
[Robson Terra é mestre em Comunicação e Tecnologia e professor da Universidade Salgado de Oliveira, Juiz de Fora, MG]
COMBUSTÃO HUMANA ESPONTÂNEA
(Irlanda: idoso carbonizado foi vítima de combustão espontânea)
Mistérios, Notícias
Parapsicologia
Um dos fenômenos mais intrigantes estudados pela Parapsicologia, na minha opinião, vira notícia essa semana. Já havia comentando brevemente o assunto num post mais antigo. Para quem nunca ouviu falar da Combustão Humana Espontânea, transcrevo aqui uma descrição bem geral desse fenômeno, que retirei do livro “Dicionário do Mundo Misterioso“, de Gilberto Schoereder. Mais abaixo, coloquei um vídeo que também explica de modo bem básico o mistério. Porque é, de fato, um mistério – já foram propostas inúmeras teorias, e até o momento não conseguimos sair do reino das especulações (algumas tão absurdas quanto o próprio fenômeno que tentam explicar…).
Um dos mais indecifráveis fenômenos estudados pela parapsicologia, e conhecido internacionalmente pelas siglas SHC (Spontaneous Human Combustion). A combustão humana espontânea, como o nome indica, consiste numa auto-inflamação de um ser humano, às vezes queimando completamente o corpo, outras vezes restringindo-se a pontos específicos do corpo. O fenômeno também foi conhecido como pirocinesia ou pirogenese. Não parece haver qualquer critério quanto ao tipo de pessoas que podem ser atingidas pelo fenômeno, assim como nenhum estudo ainda conseguiu chegar às possíveis causas. Em alguns casos fatais, o corpo da vítima foi completamente destruído por um fogo de origem desconhecida, chegando até mesmo a transformar os ossos em pó, uma operação que, em condições normais, só pode ser executada a temperaturas altíssimas – cerca de 1.500 graus – e durante um longo período de tempo.
Existem casos registrados do fenômeno em que as vítimas foram destruídas em poucos minutos. Outra característica para a qual não se tem explicação é o fato de os corpos serem queimados sem que danifiquem objetos que se encontram próximos a vítima. Foram registrados casos ocorridos em recintos fechados em que apenas o corpo queimou, ficando o restante do aposento absolutamente intocado. Não existem explicações naturais para o fenômeno.
Para complicar a possibilidade de se estabelecer uma relação entre as vítimas, sabe-se que a combustão humana espontânea ocorre com maior frequência durante os períodos em que a atividade magnética do Sol está em seu ponto mais elevado, o que levou alguns dos estudos para o campo das estruturas magnéticas do corpo. Os casos de “combustão localizada” também são muitos, e uma das características consiste no fato de que as vítimas por vezes sequer percebem que estão queimando, como se houvesse uma insensibilização da área. As pequenas chamas que surgem no corpo das pessoas são azuis, o que, segundo especialistas, indica uma origem interna e não externa como alguns pesquisadores acreditaram durante muito tempo. Essa chama pode se prender aos objetos que entram em contato com ela, podendo até mesmo passar de uma pessoa para outra, se houver o contato.
Segundo alguns estudiosos, esses casos de combustão humana espontânea poderiam e deveriam ser estudados por outras áreas da ciência, mas geralmente não se dá muita atenção ao fenômeno, especialmente devido à absoluta ausência de explicações viáveis. Alguns parapsicólogos ainda estão em dúvida quanto ao fato de o fenômeno pertencer ou não ao campo de pesquisa da parapsicologia.
+++
Um médico legista da Irlanda afirmou que um homem que morreu queimado dentro de casa foi vítima de uma combustão espontânea – possivelmente o primeiro caso deste tipo na Irlanda.
Michael Faherty, 76 anos, morreu em sua casa em Galway no dia 22 de dezembro de 2010. O corpo carbonizado foi encontrado com a cabeça virada para a lareira.
Contra as suspeitas, o legista de West Galway, Ciaran McLoughlin, disse em uma audiência na Justiça do país, que o incêndio não foi a causa do fogo que matou Faherty. McLoughlin disse também que não há indícios de incêndio criminoso.
O fogo ficou restrito à sala de Faherty e os únicos danos ocorreram no corpo da vítima – que ficou totalmente queimado -, no teto logo acima de onde ele estava e o chão onde o corpo estava.
Parecer raro
O legista afirmou que foi a primeira vez em 25 anos de carreira que deu um parecer de combustão espontânea.
McLoughlin disse ter consultado livros sobre o assunto e feito pesquisas para esclarecer a causa da morte.
O especialista forense afirmou ter encontrado informações sobre combustão espontânea em um livro, e notou que estes casos quase sempre ocorrem perto de uma lareira ou de uma chaminé.
“O incêndio foi totalmente investigado e minha conclusão é de que se encaixa na categoria de combustão humana espontânea, para o qual não há uma explicação adequada“, afirmou.
Fonte: Terra/BBC Brasil
Postado por Karina em 24/setembro/2011
Mistérios, Notícias
Parapsicologia
Um dos fenômenos mais intrigantes estudados pela Parapsicologia, na minha opinião, vira notícia essa semana. Já havia comentando brevemente o assunto num post mais antigo. Para quem nunca ouviu falar da Combustão Humana Espontânea, transcrevo aqui uma descrição bem geral desse fenômeno, que retirei do livro “Dicionário do Mundo Misterioso“, de Gilberto Schoereder. Mais abaixo, coloquei um vídeo que também explica de modo bem básico o mistério. Porque é, de fato, um mistério – já foram propostas inúmeras teorias, e até o momento não conseguimos sair do reino das especulações (algumas tão absurdas quanto o próprio fenômeno que tentam explicar…).
Um dos mais indecifráveis fenômenos estudados pela parapsicologia, e conhecido internacionalmente pelas siglas SHC (Spontaneous Human Combustion). A combustão humana espontânea, como o nome indica, consiste numa auto-inflamação de um ser humano, às vezes queimando completamente o corpo, outras vezes restringindo-se a pontos específicos do corpo. O fenômeno também foi conhecido como pirocinesia ou pirogenese. Não parece haver qualquer critério quanto ao tipo de pessoas que podem ser atingidas pelo fenômeno, assim como nenhum estudo ainda conseguiu chegar às possíveis causas. Em alguns casos fatais, o corpo da vítima foi completamente destruído por um fogo de origem desconhecida, chegando até mesmo a transformar os ossos em pó, uma operação que, em condições normais, só pode ser executada a temperaturas altíssimas – cerca de 1.500 graus – e durante um longo período de tempo.
Existem casos registrados do fenômeno em que as vítimas foram destruídas em poucos minutos. Outra característica para a qual não se tem explicação é o fato de os corpos serem queimados sem que danifiquem objetos que se encontram próximos a vítima. Foram registrados casos ocorridos em recintos fechados em que apenas o corpo queimou, ficando o restante do aposento absolutamente intocado. Não existem explicações naturais para o fenômeno.
Para complicar a possibilidade de se estabelecer uma relação entre as vítimas, sabe-se que a combustão humana espontânea ocorre com maior frequência durante os períodos em que a atividade magnética do Sol está em seu ponto mais elevado, o que levou alguns dos estudos para o campo das estruturas magnéticas do corpo. Os casos de “combustão localizada” também são muitos, e uma das características consiste no fato de que as vítimas por vezes sequer percebem que estão queimando, como se houvesse uma insensibilização da área. As pequenas chamas que surgem no corpo das pessoas são azuis, o que, segundo especialistas, indica uma origem interna e não externa como alguns pesquisadores acreditaram durante muito tempo. Essa chama pode se prender aos objetos que entram em contato com ela, podendo até mesmo passar de uma pessoa para outra, se houver o contato.
Segundo alguns estudiosos, esses casos de combustão humana espontânea poderiam e deveriam ser estudados por outras áreas da ciência, mas geralmente não se dá muita atenção ao fenômeno, especialmente devido à absoluta ausência de explicações viáveis. Alguns parapsicólogos ainda estão em dúvida quanto ao fato de o fenômeno pertencer ou não ao campo de pesquisa da parapsicologia.
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Um médico legista da Irlanda afirmou que um homem que morreu queimado dentro de casa foi vítima de uma combustão espontânea – possivelmente o primeiro caso deste tipo na Irlanda.
Michael Faherty, 76 anos, morreu em sua casa em Galway no dia 22 de dezembro de 2010. O corpo carbonizado foi encontrado com a cabeça virada para a lareira.
Contra as suspeitas, o legista de West Galway, Ciaran McLoughlin, disse em uma audiência na Justiça do país, que o incêndio não foi a causa do fogo que matou Faherty. McLoughlin disse também que não há indícios de incêndio criminoso.
O fogo ficou restrito à sala de Faherty e os únicos danos ocorreram no corpo da vítima – que ficou totalmente queimado -, no teto logo acima de onde ele estava e o chão onde o corpo estava.
Parecer raro
O legista afirmou que foi a primeira vez em 25 anos de carreira que deu um parecer de combustão espontânea.
McLoughlin disse ter consultado livros sobre o assunto e feito pesquisas para esclarecer a causa da morte.
O especialista forense afirmou ter encontrado informações sobre combustão espontânea em um livro, e notou que estes casos quase sempre ocorrem perto de uma lareira ou de uma chaminé.
“O incêndio foi totalmente investigado e minha conclusão é de que se encaixa na categoria de combustão humana espontânea, para o qual não há uma explicação adequada“, afirmou.
Fonte: Terra/BBC Brasil
Postado por Karina em 24/setembro/2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
DROGAS QUE NÃO VICIAM, MAS DEVERIAM
A maioria das pessoas se entope de remédios, por que a doença se tornou algo muito lucrativo, não só para a indústria farmacêutica e toda gestão de “saúde”, mas e principalmente para os próprios doentes. Isso por que as doenças viraram bengalas emocionais, papo de chantagista, sabe como é? Eu sei que você sabe, rs, eu também, já fiz muito isso. O que a gente não faz por um pouco de atenção, né verdade? (vou ver se abordo isso mais tecnicamente no Consciência).
Umas pílulas de Consciência não fazem mal à ninguém...
Fato é que, há uma gama de remédios super necessários que ainda não foram criados, mas podemos deixar aqui algumas sugestões de DROGAS mais conscientes. Lá vai:
CÁPSULA ANTI-DRAMA – Essa é pra tomar ao acordar. Tipo, abriu o olho tasca a dita pra dentro, por que para muita gente o drama começa ao som do despertador, se estende na preguiça de levantar e daí pra frente é só ladeira abaixo. Com tal pílula, você pára de espernear como um bebê chorão e assume cada M que faz, ou, deixa de fazer. Indicado para todos os com-dor, sem sorte, mal amados(as) e injustiçados do planeta.
INIBIDOR DE MENTIRAS DESLAVADAS incluindo as brancas (em gotas) – Natural e porreta! Se a mentira for como uma compulsão, joga umas 50 gotas em meio copo d’água e tasca pra dentro! Acredito que esse também deveria ser tomado pela manhã para não começar na bat-mentirinha do atraso, se arrastando para tudo que você não consegue assumir um posicionamento ou mandar a real quando tem vontade.
INJEÇÃO ANTI-VERBORRÁGICA (intra venosa)- Se o problema não é falar muito, mas a qualidade do quê se fala, essa injeção é de efeito imediato. Um cala-boca venoso. Ideal para fofoqueiros.
Para cada pílula, três reclamações.
ESTIMULANTE DE GENTILEZA E EDUCAÇÃO (em conta gotas) - Para colocar nos bebedouros dos órgãos públicos, nas águas vendidas no trânsito e se possível pingar nos milhões de croquetes, joelhos, churrasquinhos de gato, cervejas e chopps vendidos. Tipo um sossega-leão reflexivo.
COLÍRIO CLAREADOR DE PRECONCEITO – esse aí você pinga no olho e arde no cérebro. Ele apaga todas as premissas que transformam seu olhar num torpedo preconceituoso. Temporariamente você ficará um pouco tonto, pois ele bagunça seu coreto para que possa experimentar novos pontos de vista e desconstruir esse julgamento hipócrita do mundo. Cuidado: Uso excessivo pode causar lobotomia.
COLÍRIO EMAGRECEDOR - Faz com que, ao se olhar no espelho você VEJA, PERCEBA e APROVE todas as suas gostosuras, aprendendo a apreciar cada ondinha do seu corpo como única. Também arde o cérebro, pois apaga as programações de beleza auto programadas sobre magrelas, ossudas e principalmente sobre dietas punitivas ao prazer de viver.
Não podia ter uma cápsula de auto-estima? Seria como ouro encapsulado!
MEMORIOL (em cápsulas)– Solicitação antiqüíssima e aclamada por muitos, porém essa versão particular é direcionada para aqueles que sofrem de “memória seletiva”, tipo, são muitos bons em lembrar de tudo, e melhores ainda de apagar aquilo que lhes convém (preciso de tomar uns 10 desses por dia);
PIRULITOL(cápsulas com pózinho) – Quase uma vassoura atrás da porta, coloque 2 gotas de pirulitol no drink do amigo e em poucos instantes ele irá lembrar de algo importante a fazer e tomará seu rumo. É quase como um memoriol só que adicionado da “Síndrome da Urgência” na execução.
PÍLULA ANTI-HIPOCRISIA – Essa é para aquelas mocréias tomadoras de conta da “boa moral e dos bons costumes”. É tipo uma pílula expositora do comportamento encubado. Faz vir à tona a real necessidade da criatura, para que ela possa ver que só mete o malho naquilo que tem vontade de fazer rasgado, mas seu puritanismo não lhe permite. Liberdade ao Dark Side!
SUPOSITÓRIO ANTI-VÍTIMA – Se todo mundo está errado e só você está certo, pode adquirir logo um desses. De rápida absorção, a responsabilidade rapidamente baterá á sua porta.
SUPOSITÓRIO ANTI-MEDO – Para quem tem medo de sair, de namorar, de correr, andar na rua, de assalto, de sorriso, de contato, de bate papo virtual, de bate papo real, de cachorro ou de respirar. 3 x ao dia.
SUPOSITÓRIO ANTI-UMBIGUISMO – Amplifica a visão e percepção do ser para além do seu umbigo. Pessoas que sofrem desse mal precisam de tratamento continuado, aplicar 3x ao dia. Em caso de crise continuada, adquirir versão venosa.
Todos essas “drogas” são adquiridas como PLACEBO PROGRAMÁVEL – Muito natural, nos formatos: cápsulas, gotas, intra-venoso ou supositório. Forma de uso: Se programe com a descrição do medicamento e faça a ingestão da cápsula, gota ou supositório. Nós sempre escolhemos a forma na qual desejamos ser enganados, que tal fazermos de forma consciente? rs
O que é uma pessoa ancorada com a solução, né verdade?
Sou amante particular do besteirol e praticante de pirações esdrúxulas em horas inapropriadas (nem sempre as exponho, mas creia, minha mente fervilha com elas, rsrs). Acho o máximo essa coisa de piração e criatividade. Se tiverem outras idéias de DROGAS conscientes, deixem nos comentários.
por Monik Ornellas
CARISMA DE UM CORAJOSO PIRATA
Diz aquela antiga anedota que havia um pirata muito valente, pilhando embarcações pelos sete mares. Uma vez um dos seus comandados perguntou-lhe:
- Capitão, sempre te vejo lutando com muita bravura, liderando os rapazes contra os navios inimigos, com muita disposição e sem ter medo de nada. Qual é o seu segredo?
- Meu jovem, é muito simples: quando vejo que terei uma batalha difícil contra um adversário determinado, peço que me tragam a minha camisa vermelha. Assim, por mais que eu sofra algum ferimento, o sangue não aparece por causa da cor da camisa. E aí ninguém fica preocupado e todos continuam lutando com afinco.
A lição é direta – ainda que não deva ser levada estritamente ao pé da letra – e realça uma das qualidades de um líder: inspirar seus liderados, mesmo nas tarefas mais difíceis e diante das maiores adversidades. Mas aí vem o desmoralizante final da piada…
Num belo dia, ao passar por umas ilhas distantes, o navio do célebre pirata cruzou com outros cinco navios inimigos, armados até os dentes. Imediatamente o ajudante perguntou ao capitão:
- Senhor, quer que traga a sua camisa vermelha?
- Não, respondeu ele, melhor trazer a minha calça marrom.
Piada em 'O líder acidental', de Rodolfo Araújo, mestre em Administração de Empresas pela PUC-RJ, pós-graduado em Tecnologia de Informação pela FGV-RJ e bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
- Capitão, sempre te vejo lutando com muita bravura, liderando os rapazes contra os navios inimigos, com muita disposição e sem ter medo de nada. Qual é o seu segredo?
- Meu jovem, é muito simples: quando vejo que terei uma batalha difícil contra um adversário determinado, peço que me tragam a minha camisa vermelha. Assim, por mais que eu sofra algum ferimento, o sangue não aparece por causa da cor da camisa. E aí ninguém fica preocupado e todos continuam lutando com afinco.
A lição é direta – ainda que não deva ser levada estritamente ao pé da letra – e realça uma das qualidades de um líder: inspirar seus liderados, mesmo nas tarefas mais difíceis e diante das maiores adversidades. Mas aí vem o desmoralizante final da piada…
Num belo dia, ao passar por umas ilhas distantes, o navio do célebre pirata cruzou com outros cinco navios inimigos, armados até os dentes. Imediatamente o ajudante perguntou ao capitão:
- Senhor, quer que traga a sua camisa vermelha?
- Não, respondeu ele, melhor trazer a minha calça marrom.
Piada em 'O líder acidental', de Rodolfo Araújo, mestre em Administração de Empresas pela PUC-RJ, pós-graduado em Tecnologia de Informação pela FGV-RJ e bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
MENSAGENS SUBLIMINARES
DA CERVEJA AO CRACK MENSAGENS SUBLIMINARES PARA ENGANAR O CIDADÃO
O cidadão brasileiro é penalizado de todas as formas e maneiras. Há nove anos, fruto de propaganda enganosa, estamos sob o julgo de um governo que, estatisticamente comprovado, é o maior corrupto desde a descoberta de Cabral.
Um ativo Ministério da Propaganda Petista, nos moldes da técnica nazista, nos bombardeia com números falsos para encobrir uma incompetência administrativa de um governo sem obras, sem realizações.
Pagamos o mais alto tributo do mundo. Temos um dos piores IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, que nos coloca numa humilhante 73ª posição em contraponto com países de menor exponencial sob todos os aspectos.
Somos os piores em educação, saúde, transportes, segurança e etc., e damos de goleada em corrupção e em aproveitamento das riquezas do Estado em benefício de uns poucos privilegiados com os mais altos salários da função pública em todo o mundo.
Um cidadão percorre 90 quilômetros dentro de uma ambulância com o filho com traumatismo craniano e não é atendido nos hospitais públicos. Enquanto isso, em Nova York, a presidenta Dilma arrota caviar russo e faz discursos bonitinhos e pousa de mocinha e os gringos riem com os cantos da boca, com aquela expressão de "quão idiotas são esses brasileiros que nos entregam todo o seu ouro".
Como se isso não bastasse, somos enganados com jogadinhas de merchandising que vendem seus produtos nocivos com base em testemunhos de especialistas e de outros que fazem propaganda disfarçada, usando o mesmo tema, em prol de um candidato abençoado pelo Apedeuta.
Vejam estas duas manchetes, ambas publicadas na edição do Estadão Online:
- Estudo mostra que cerveja hidrata igual à água após prática esportiva
- Crack avança e iguala o álcool em cidades do Estado de São Paulo
Na primeira, trata-se de um merchandising de quem fabrica cerveja. A intenção da notícia é clara em induzir você a tomar mais cerveja, inclusive após qualquer prática esportiva.
È uma aberração esta notícia. É sabido, por qualquer leigo, que a cerveja contém nitrosaminas (agentes cancerígenos de primeira ordem), e isto inclui até a tal da cerveja preta.
Leia trecho da reportagem do Estadão
Um estudo apresentado nesta terça-feira, 20, em Bruxelas comprova que o consumo moderado de cerveja após exercícios físicos é tão eficaz quanto a água para a hidratação, segundo especialistas médicos.
Esta é uma das conclusões apresentadas no "VI Simpósio Europeu de Cerveja e Saúde", onde participaram especialistas em medicina, nutrição e alimentação da União Européia.
O pesquisador Manuel Castillo, da Universidade de Granada, expôs os resultados de um estudo que consistiu em medir a reação do corpo à ingestão de água ou cerveja após a realização de esforço físico intenso. "Realizamos o estudo para comprovar se o costume de tomar cerveja depois do exercício era recomendável", explicou Castillo.
Se esse Manuel Castillo, da Universidade de Granada, existir mesmo, é um tremendo picareta a serviço de uma indústria que mata e vicia.
Na segunda manchete "Crack avança e iguala o álcool em cidades do Estado de São Paulo" é apenas uma continuação de uma campanha que vendo sendo realizada com objetivo de desvalorizar o governo do PSDB, que governa o Estado de São Paulo.
Eles vão liberando releases para tentar fazer a cabeça do cidadão e, em contraponto, liberam outros com fatos positivos sobre o candidato abençoado pelo Apedeuta para a prefeitura de São Paulo.
Eles tentam ser sutil, mas para quem entende do riscado não fede e nem cheira.
O crack não é um privilégio do Estado de São Paulo. É um câncer que está presente em todo o país, até mesmo em pequenas cidades, fruto de uma política incompetente do governo petista para o setor.
Assim como, o consumo do álcool também não é. Dados da ONU afirmam que o alcoolismo é a terceira maior doença do BRASIL, perdendo somente para os males do coração e os tumores.
São duas informações falsas, com objetivos distintos, que não passam de propaganda enganosa. Querem enganar você cidadão. Na telinha, mostram filmes bonitinhos de um Brasil que não existe. Com fatos enganosos tentam desmerecer uma das melhores administrações públicas e ainda querem que você tome uma cervejinha para esquecer tudo isso e continuar votando neles. Vergonha!
Postado por Lúcio Neto
O cidadão brasileiro é penalizado de todas as formas e maneiras. Há nove anos, fruto de propaganda enganosa, estamos sob o julgo de um governo que, estatisticamente comprovado, é o maior corrupto desde a descoberta de Cabral.
Um ativo Ministério da Propaganda Petista, nos moldes da técnica nazista, nos bombardeia com números falsos para encobrir uma incompetência administrativa de um governo sem obras, sem realizações.
Pagamos o mais alto tributo do mundo. Temos um dos piores IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, que nos coloca numa humilhante 73ª posição em contraponto com países de menor exponencial sob todos os aspectos.
Somos os piores em educação, saúde, transportes, segurança e etc., e damos de goleada em corrupção e em aproveitamento das riquezas do Estado em benefício de uns poucos privilegiados com os mais altos salários da função pública em todo o mundo.
Um cidadão percorre 90 quilômetros dentro de uma ambulância com o filho com traumatismo craniano e não é atendido nos hospitais públicos. Enquanto isso, em Nova York, a presidenta Dilma arrota caviar russo e faz discursos bonitinhos e pousa de mocinha e os gringos riem com os cantos da boca, com aquela expressão de "quão idiotas são esses brasileiros que nos entregam todo o seu ouro".
Como se isso não bastasse, somos enganados com jogadinhas de merchandising que vendem seus produtos nocivos com base em testemunhos de especialistas e de outros que fazem propaganda disfarçada, usando o mesmo tema, em prol de um candidato abençoado pelo Apedeuta.
Vejam estas duas manchetes, ambas publicadas na edição do Estadão Online:
- Estudo mostra que cerveja hidrata igual à água após prática esportiva
- Crack avança e iguala o álcool em cidades do Estado de São Paulo
Na primeira, trata-se de um merchandising de quem fabrica cerveja. A intenção da notícia é clara em induzir você a tomar mais cerveja, inclusive após qualquer prática esportiva.
È uma aberração esta notícia. É sabido, por qualquer leigo, que a cerveja contém nitrosaminas (agentes cancerígenos de primeira ordem), e isto inclui até a tal da cerveja preta.
Leia trecho da reportagem do Estadão
Um estudo apresentado nesta terça-feira, 20, em Bruxelas comprova que o consumo moderado de cerveja após exercícios físicos é tão eficaz quanto a água para a hidratação, segundo especialistas médicos.
Esta é uma das conclusões apresentadas no "VI Simpósio Europeu de Cerveja e Saúde", onde participaram especialistas em medicina, nutrição e alimentação da União Européia.
O pesquisador Manuel Castillo, da Universidade de Granada, expôs os resultados de um estudo que consistiu em medir a reação do corpo à ingestão de água ou cerveja após a realização de esforço físico intenso. "Realizamos o estudo para comprovar se o costume de tomar cerveja depois do exercício era recomendável", explicou Castillo.
Se esse Manuel Castillo, da Universidade de Granada, existir mesmo, é um tremendo picareta a serviço de uma indústria que mata e vicia.
Na segunda manchete "Crack avança e iguala o álcool em cidades do Estado de São Paulo" é apenas uma continuação de uma campanha que vendo sendo realizada com objetivo de desvalorizar o governo do PSDB, que governa o Estado de São Paulo.
Eles vão liberando releases para tentar fazer a cabeça do cidadão e, em contraponto, liberam outros com fatos positivos sobre o candidato abençoado pelo Apedeuta para a prefeitura de São Paulo.
Eles tentam ser sutil, mas para quem entende do riscado não fede e nem cheira.
O crack não é um privilégio do Estado de São Paulo. É um câncer que está presente em todo o país, até mesmo em pequenas cidades, fruto de uma política incompetente do governo petista para o setor.
Assim como, o consumo do álcool também não é. Dados da ONU afirmam que o alcoolismo é a terceira maior doença do BRASIL, perdendo somente para os males do coração e os tumores.
São duas informações falsas, com objetivos distintos, que não passam de propaganda enganosa. Querem enganar você cidadão. Na telinha, mostram filmes bonitinhos de um Brasil que não existe. Com fatos enganosos tentam desmerecer uma das melhores administrações públicas e ainda querem que você tome uma cervejinha para esquecer tudo isso e continuar votando neles. Vergonha!
Postado por Lúcio Neto
O COZINHEIRO
Pouca coisa mais difícil de extirpar que um hábito. Não sou nenhum Edu Goldenberg, mas não posso negar minhas tendências obsessivas.
Há anos almoço todos os dias, religiosamente, no mesmo lugar. Um minúsculo restaurante japonês, mais propriamente um “nipo-butiquim”, encravado no mais improvável dos buracos. Não acharia jamais, não tivesse me servido ocasionalmente de abrigo, num desses temporais paulistanos de fevereiro ou março.
Dia após dia, calado como um daruma, o pintado no gato, o cego no peixe cru, fui sacando as histórias. Tem quarenta anos de existência o lugar, vinte sob o comando da “Dona Maria”, como é mais conhecida a japonesinha invocada que começou como empregada da antiga dona, tão solícita quanto mau-humorada, típica dona de butiquim, com nome de orixá: Iroko. Chegada num “colunismo social”, por assim dizer, sabe e faz saber da vida de todo mundo por ali. Fiquei sabendo que o dentista não paga pensão pra ex-mulher; que o “doutor” enriqueceu fraudando concorrências públicas; soube, inclusive, o valor do cachê da modelo, ex-miss. Da minha vida - eu que não abro a boca - amigo meu veio me dizer coisa que nem eu sabia.
Quando alguma coisa não dá certo, a culpa inapelavelmente é do cozinheiro. Mas não só. Espécie de alter-ego, se fala de política, conta em quem “o cozinheiro” vai votar. Se o assunto é futebol – palmeirense, a Dona Maria, mais inteirada nos bastidores da Sociedade que o Savério Orlandi, o Téo Bressan e o Fernando Borgonovi juntos – “o cozinheiro” é quem vê todos os jogos da rodada. Um dia contou que “o cozinheiro” tinha passado mal de noite. Era o marido, o cozinheiro.
Obra da meia hora cotidianamente compartilhada, seguíamos todos ali, juntando solidões e cultivando dependências. Craque no ofício abraçado e vocação de matriarca, Dona Maria não esquece as preferências e as restrições da dieta de cada cliente, recebido sempre com a saudação de praxe e a pergunta que jamais falha:
-Irashaimase! Hoje o que vai sero?
Espécie de gato japonês, luta há mais de vinte anos contra a doença. Distribuindo lições de garra, coragem e vontade de viver, de vez em quando os olhinhos puxados não disfarçam a dor.
Mancando pra lá e pra cá, no trazer de comidas e no levar de louças, já vi responder a mais de um desavisado:
- O que foi na perna, Dona Maria?
- Câncero.
Em meados de novembro, para desespero de umas duas dúzias de batedores de ponto, anunciou que venderia o restaurante. Desdenhamos da ameaça, que muita gente jurava recorrente. Fustigada daqui e dali, começou dizendo que não agüentava mais, que estava cansada. Depois, passou a aleardear que era por causa de briga com sua principal garçonete, dezoito anos de casa, dezessete e meio de briga. Um belo dia, balcão vazio, sem que eu perguntasse, confidenciou: “O cozinheiro está muito doente. Ele cuidou de mim quando precisei. Agora preciso cuidar dele.” Mas ninguém seguia acreditando no intento.
Voltando hoje das férias, cheguei pra almoçar. Butiquim fechado, placa de “passa-se o ponto”.
Morreu o cozinheiro, no primeiro dia do ano.
Szegeri
Há anos almoço todos os dias, religiosamente, no mesmo lugar. Um minúsculo restaurante japonês, mais propriamente um “nipo-butiquim”, encravado no mais improvável dos buracos. Não acharia jamais, não tivesse me servido ocasionalmente de abrigo, num desses temporais paulistanos de fevereiro ou março.
Dia após dia, calado como um daruma, o pintado no gato, o cego no peixe cru, fui sacando as histórias. Tem quarenta anos de existência o lugar, vinte sob o comando da “Dona Maria”, como é mais conhecida a japonesinha invocada que começou como empregada da antiga dona, tão solícita quanto mau-humorada, típica dona de butiquim, com nome de orixá: Iroko. Chegada num “colunismo social”, por assim dizer, sabe e faz saber da vida de todo mundo por ali. Fiquei sabendo que o dentista não paga pensão pra ex-mulher; que o “doutor” enriqueceu fraudando concorrências públicas; soube, inclusive, o valor do cachê da modelo, ex-miss. Da minha vida - eu que não abro a boca - amigo meu veio me dizer coisa que nem eu sabia.
Quando alguma coisa não dá certo, a culpa inapelavelmente é do cozinheiro. Mas não só. Espécie de alter-ego, se fala de política, conta em quem “o cozinheiro” vai votar. Se o assunto é futebol – palmeirense, a Dona Maria, mais inteirada nos bastidores da Sociedade que o Savério Orlandi, o Téo Bressan e o Fernando Borgonovi juntos – “o cozinheiro” é quem vê todos os jogos da rodada. Um dia contou que “o cozinheiro” tinha passado mal de noite. Era o marido, o cozinheiro.
Obra da meia hora cotidianamente compartilhada, seguíamos todos ali, juntando solidões e cultivando dependências. Craque no ofício abraçado e vocação de matriarca, Dona Maria não esquece as preferências e as restrições da dieta de cada cliente, recebido sempre com a saudação de praxe e a pergunta que jamais falha:
-Irashaimase! Hoje o que vai sero?
Espécie de gato japonês, luta há mais de vinte anos contra a doença. Distribuindo lições de garra, coragem e vontade de viver, de vez em quando os olhinhos puxados não disfarçam a dor.
Mancando pra lá e pra cá, no trazer de comidas e no levar de louças, já vi responder a mais de um desavisado:
- O que foi na perna, Dona Maria?
- Câncero.
Em meados de novembro, para desespero de umas duas dúzias de batedores de ponto, anunciou que venderia o restaurante. Desdenhamos da ameaça, que muita gente jurava recorrente. Fustigada daqui e dali, começou dizendo que não agüentava mais, que estava cansada. Depois, passou a aleardear que era por causa de briga com sua principal garçonete, dezoito anos de casa, dezessete e meio de briga. Um belo dia, balcão vazio, sem que eu perguntasse, confidenciou: “O cozinheiro está muito doente. Ele cuidou de mim quando precisei. Agora preciso cuidar dele.” Mas ninguém seguia acreditando no intento.
Voltando hoje das férias, cheguei pra almoçar. Butiquim fechado, placa de “passa-se o ponto”.
Morreu o cozinheiro, no primeiro dia do ano.
Szegeri
É HORA DE INVESTIGAR A PLANNED PARENTHOOD
Artigos - Aborto
A visão bíblica ensina que o sexo precisa ser reservado para o casamento, e que as meninas novas precisam ser protegidas daqueles que querem tirar vantagem da inocência delas.
Uma menina de treze anos — vamos chamá-la de Karen — era uma mocinha comum que adorava jogar futebol. Mas sua vida deu uma virada horrível quando seu treinador de futebol a seduziu e engravidou.
Sem o conhecimento dos pais de Karen, o treinador levou Karen para uma clínica da Federação de Planejamento Familiar em Ohio e pagou pelo aborto dela. As funcionárias da clínica não fizeram nenhuma pergunta, apesar do fato de que Karen mal havia acabado de sair da infância.
O treinador foi posteriormente condenado por violência sexual e enviado para a prisão. Mas conforme [a entidade pró-vida] Americanos Unidos pela Vida observou recentemente, o caso indica que as clínicas da Planned Parenthood (Federação de Planejamento Familiar) têm muita disposição de “serem parceiras perfeitas daqueles que desejam abusar sexualmente e tirar vantagem de meninas novas”.
Americanos Unidos pela Vida recentemente publicou um relatório intitulado “Razões para se Investigar a Planned Parenthood”. O relatório conta em detalhes casos horríveis que explodiram nos noticiários em anos recentes: funcionárias da Federação de Planejamento Familiar ajudando cafetões e traficantes sexuais; enganando mulheres sobre os perigos do aborto; recusando obedecer às leis de notificação aos pais; e usando indevidamente milhões de dólares do dinheiro dos contribuintes do imposto de renda.
Pior de tudo é a evidência de que a Planned Parenthood comete negligência ao não comunicar os abusos sexuais contra crianças. Em vez disso, conforme comentou Americanos Unidos pela Vida, as clínicas da Planned Parenthood “aconselham menores e seus abusadores como driblar as leis que ordenam denunciar [abusos]”, que é a razão por que Americanos Unidos pela Vida usa o termo “os parceiros perfeitos”, já que a Federação de Planejamento Familiar trabalha com aqueles que estão realmente usando e explorando “meninas novas”.
Americanos Unidos pela Vida recomenda que o Congresso conduza uma investigação integral dessa gigantesca empresa de aborto. Concordo — já passou muito da hora. Mas precisamos também perguntar a nós mesmos o motivo por que a Planned Parenthood se tornou tal força negativa. Pois bem, no final das contas tudo se resume à cosmovisão.
A visão secular moderna promove a ideia de total autonomia sexual até mesmo para meninas novas — que elas têm um direito à atividade sexual — e deveriam ser incentivadas a se envolver em sexo logo que se sentirem “prontas”, independente de sua idade e condição conjugal. Essa opinião diz que até mesmo as meninas mais novas precisam ter liberdade de terem tratamento para doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e até terem abortos propositados sem o conhecimento de seus pais.
Em contraste, a visão bíblica ensina que o sexo precisa ser reservado para o casamento, e que as meninas novas precisam ser protegidas daqueles que querem tirar vantagem da inocência delas. É por isso que os israelitas antigos protegiam com muito cuidado as mulheres solteiras novas, incentivando modéstia no modo de se vestir e se comportar.
Eles sabiam que sem essa proteção, homens inescrupulosos tirariam vantagem delas. As mesmas proteções formavam parte de praticamente todas as outras culturas — proteções que foram eliminadas durante a última metade do século de liberação sexual.
A pergunta é: Qual visão se alinha mais intimamente com a realidade? Milhões de abortos e nascimentos fora do casamento, um de cada quatro adolescentes com uma DST, adolescentes atraídos de forma enganadora à prostituição forçada, esses problemas dão a resposta preocupante. Meninas novas precisam de proteção daqueles que querem explorá-las.
Por isso, sim, peça aos seus legisladores que investiguem a Planned Parenthood. Mas precisamos também ensinar nossos filhos a lição de cosmovisão por trás da exploração trágica das filhas de nossa nação — exploração praticada primeiro por homens, e então pelas mulheres famintas de lucros da Planned Parenthood.
Publicado com a permissão de Breakpoint.org
Escrito por Chuck Colson | 21 Setembro 2011
Tradução: Julio Severo
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