sábado, 24 de novembro de 2012

ENQUANTO ISSO, NA BAHIA DE TODOS OS SANTOS...

NA BAHIA, JUIZA E PROMOTORA SÃO SEQUESTRADAS, UMA DELAS É ESTUPRADA


A notícia é de tirar o fôlego de qualquer um. Na Bahia, governada pelo petista Jaques Wagner, na última quinta-feira, uma juíza de Direito e uma promotora foram sequestradas, no bairro da Pituba, E uma delas, a promotora, foi estuprada pelos bandidos.

O governador petista fala sobre crime nesta segunda-feira, e admitiu a ocorrência do fato. O governador petista afirmou que acompanhou as informações do crime e que a polícia trabalha no intuito de localizar o mais rápido possível os responsáveis pelo sequestro das vítimas.

"Conversei no feriado com o chefe do Ministério Público, Wellington César Lima Silva, e evidentemente com o secretario da Segurança Pública, Maurício Barbosa. Acompanhamos todas as informações e estamos com várias operações na rua para prender os responsáveis por esse crime, por esse absurdo.
Aconteceu, elas estavam saindo de um bar por volta de 21h30 e foram assaltadas primeiro por dois, depois se incorporou mais um, e ficaram 12 horas, fizeram compras com os cartões delas, roubaram coisas. Eu só tenho a me solidarizar com as pessoas que sofreram isso e dizer que a gente não vai esmorecer nesse combate e nessa banalização da vida", disse o governador petista.

Segundo as informações da polícia, a promotora, que trabalha em uma cidade do interior da Bahia, e a juíza, que é de outro Estado do país, estacionavam um veículo para se deslocar a um bar no bairro da Pituba, quando foram abordadas pelos suspeitos, que entraram no carro, e iniciaram o sequestro.

De acordo com a polícia, em seguida, os sequestradores liberaram a juíza e levaram a promotora no carro. A polícia informou que ela foi estuprada na madrugada de sexta-feira. As vítimas foram ouvidas na 16° Delegacia Territorial, da Pituba. Se nem juízas e promotoras estão seguras, quem está seguro para ir à Bahia?

24 de novembro de 2012
ponche verde

HOMENS MENTEM, MULHERES ILUDEM

No varejo ou no atacado, quase todos nós já fomos ou continuamos corruptos. Independentemente de gênero e de classe. Não carecemos nem citar aqui a sociologia mais picareta ou os grandes cronistas de usos e costumes, como o nosso venerado Padre Carapuceiro, para chegar a estas pobres conclusões. Quando à mentira, que tem pernas curtas mas bem torneadas como as de Lurdinha, também não há dúvidas: todos somos mentirosos.

A diferença, porém, ai porém, é que as fêmeas não mentem simplesmente, elas têm o dom de iludir, coisa mais sofisticada, como na canção. Os machos, coitados, simplórios, abusam amadoristicamente deste recurso tão natural quanto a água e o óleo de peroba.

É isso mesmo, até os melhores exemplares da raça masculina cometem as suas trapaças, dissimulações, subterfúgios, maquiagens na face da quase sempre insuportável realidade. Do presidente da corte superior ao trombadinha. A diferença é que uns ainda coram, enquanto outros nem se incomodam com as faces infestadas por cupins.

Todo esse nariz de cera, esse lero-lero da cumeeira dessa crônica, para dizer que folheei dia desses, na espera do dentista, “101 mentiras que os homens contam _e por que elas acreditam” (ed. Ediouro), da norte-americana Dory Hollander, um clássico da psicologia barata. Aliás, nem no dentista foi, o fato deu-se no consultório do homeopata, quer dizer, no analista...

Minto. Comprei mesmo o livro no sebo, por dever de ofício, e o devorei, olhos de traça. Que mentira que lorota boa, seu escriba de meia tigela, seu Zelig, que fica inventando desculpas para as leituras mais vagabundas.

Dane-se, comprei, li e gostei, pronto.

Melhor assim. E quer saber, é um clássico da psicologia popular universal. Está para a fofoca de salão como “A Interpretação dos Sonhos” [by Freud] está para a psicanálise. São frases que podem ser ditas tanto em Manhattan como no sertão do Cariri. Dona Hollander fez uma pesquisa séria, ouvindo muita gente, sobre nossas mentiras, nem sempre sinceras, e nossas piores promessas.

Vai de um inocente "estou cansado demais" a um irresponsável "eu te amo" _dito na hora errada à mulher errada, no lugar errado”. Começo, meio e fim e a nossa cuca ruim, como na canção do príncipe Ronnie Von.

Por que elas acreditam, então? A psicóloga arrisca várias respostas. Uma delas: as mulheres acham que ceticismo e romantismo não podem andar juntos, sob pena de estragar as coisas.

Dona Hollander nos separa em dois blocos: os perigosos e, digamos, aéticos, que abusam da mentira, que enganam por "esporte e lucro", de forma inescrupulosa; os mentirosos ocasionais, que se mostram dissimulados sob pressão e desviam a realidade com pequenas lorotas, artifícios para se livrar da "fúria feminina".

Nessa categoria estão também aqueles que poderíamos chamar de canalhas líricos, inocentes galanteadores como o personagem Bertrand Morane, no filme "O homem que amava as mulheres", do velho Truffaut, padrinho sentimental deste cronista.

Dublês de d. Juans, os Bertrands apenas enfeitam, douram a realidade nas suas peregrinações em busca das mulheres.

Seja qual for a sua classificação, a leitura do livro pode ser feita de forma séria e compenetrada, na linha auto-análise, ou apenas como um delicioso chiclete para a mente, ora.

À guisa de tira-gosto, ficam ai algumas casquinhas e caldinhos de fraseado:

"As únicas fantasias sexuais que tenho são com você".

"Você é maravilhosa, merece alguém melhor do que eu".

"Relaxe, é apenas uma amiga".

"Vou deixar minha mulher".

"O que me atrai em você é a sua mente".

"Não, não acho você gorda".
 
24 de novembro de 2012
xico sá

CARTA DO ZÉ COCHILO


Essa é velha mas não se pode esquecer .
 
CARTA DO ZÉ COCHILO (da roça) PARA SEU COLEGA LUIZ (da cidade)


É interessante e verdadeiro.

 
A carta a seguir - tão somente adaptada por Barbosa Melo -, foi escrita por Luciano Pizzatto que é engenheiro florestal, especialista em direito sócio ambiental e empresário, diretor de Parque Nacionais e Reservas do IBDF-IBAMA 88-89, detentor do primeiro Prêmio Nacional de Ecologia.

Prezado Luis, quanto tempo.
Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão e que por isso o sapato sujava.
Se não lembrou ainda, eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra, né Luis?
Pois é. Estou pensando em mudar para viver aí na cidade que nem vocês. Não que seja ruím o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos aí da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente.
Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro de uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.
Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou, deve ser verdade, né Luís?
Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né ), contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou.
Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana, aí não param de fazer leite. Ô, os bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?
Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encompridar uma cama, só comprando outra, né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.
Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luís, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelos fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.
Depois que o Juca saiu, eu e Marina (lembra dela, né? Casei) tiramos o leite às 5 e meia, aí eu levo o leite de carroça até a beira da estrada, onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.
Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos, as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não vai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luís, aí quando vocês sujam o rio também pagam multa grande, né?
Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios aí da cidade.
Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luís? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora! Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vir fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo, aí eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foram os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
Tô preocupado, Luís, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, aí tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.
Eu vou morar aí com vocês, Luís. Mas fique tranquilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Aí é bom que vocês é só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem plantar, nem cuidar de galinha, nem porco, nem vaca, é só abrir a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.
Até mais Luis.
Ah, desculpe, Luís, não pude mandar a carta com papel reciclado, pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.
 
 
(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)
 
Divulgue!
 
24 de novembro de 2012

MANO MENEZES CAIU!!!


Parem o mundo dos alienoboleiros de plantão!!!
Caraaaaaleo!!!
Como isso foi acontecer?
O treinador da çeleçinha brasuca de bola foi demitido depois da derrota para o pujante timaço da seleção ARGHentina.
Poxa, minha vida mudou após essa notícia....

Pela reaação na internet e da imprensa amestrada, parece até que quem foi "defenestrada" foi a PresidANTA Dilmarionett Ducheff.
A queda do treinador da çeleçinha é mais importante para o povão circense da pocilga do que a corrupção e a onda de violência que atormenta parte do país.

E na minha vida após eu saber da "derrubada" do treinador o que mudou?
Fui ao banco e meu saldo estava menor do que ontem.
As contas que tenho que pagar semana que vem continuam lá...ninguém pagou-as para mim...
Minha hérnia de disco continua doendo.
Trabalhei o dia inteiro.
Minha vizinha continua uma baranga.
O calor aqui na cidade é quente.
O céu continua azul..
A língua do Sebento continua presa...só a lingua...
A PresidANTA continua uma bruaca.
O PT é um partido de vagabundos.
A corrupção está no DNA do brasileiro.
O Palmeiras continua rebaixado.
E a luisa não está mais no Canadá.

Porra, o Mano Menezes foi derrubado e a minha vida continua a mesma? Mas que merda!!!
Ahhhh, então phodam-se ele e a CBF!!!
 
24 de novembro de 2012
omascate

A INSANIDADE DA BLACK FRIDAY

 

Eu juro que achei que essa insanidade da Black Friday nunca aportaria em terras tupiniquins. Talvez pela impossibilidade da tradução direta do termo gerar algo que faça sentido por aqui.

Ou pelo fato de que, ao contrário do que acontece no Grande Irmão do Norte, não comemoramos um Dia de Ação de Graças – feriado conectado com a sexta-feira de grandes descontos – e só mandamos perus para a guilhotina no Natal. No que pese eu preferir lombo e tender.
 
Informática, turismo, academias, seguros, ração para au-au, cosméticos, eletro-eletrônicos, com mais de 75% de desconto, reunindo cerca de 300 varejistas e suas lojas virtuais. Loucura, loucura, loucura. Desconto é bom e deveria ocorrer em boa parte do ano. Limar estoque? Melhor ainda.

Mas o fato é que tenho ouvido de pessoas queridas de que PRECISAM comprar algo nesta sexta.

- Mas você está precisando de algo?

- Não. Mas você viu os preços?!

É o capitalismo, estúpido! Não é demanda que gera oferta. Mas a publicidade ostensiva sobre a oferta que cria a demanda.

Comprar é importante, gira a economia, gera empregos, realiza desejos, supre necessidades, compensa frustrações. Não estou defendendo que vocês plantem capeba e pariparoba para fazer remédio, cultivem a própria juta para confeccionar a roupa e entoem mantras em torno da fogueira a fim de acordar o pequeno leprechau da floresta que reside dentro de cada um ao invés de atirar nos miolos de algum zumbi doido no seu PlayStation 3. Mas, antes de saírem à caça nesta sexta (alguns, aliás, protagonizando cenas como as que ocorrem nos Estados Unidos: de desespero, correndo atrás dos produtos, e de emoção, abraçando TVs), reflitam.

Se está com aquele vazio difícil de preencher ou ficando “transparente” para seus amigos e colegas, a solução é adquirir um produto e, através dele, o pacote simbólico de cura e inserção que traz consigo? Como já escrevi aqui antes, quem acha que a Coca-Cola, Apple ou Fiat vendem refrigerantes, tecnologia e carros, respectivamente, está enganado. Vendem estilos de vida.
Do que somos. Do que gostaríamos de ser. Do que deveríamos ser – não em nossa opinião, necessariamente, mas de uma construção do que é bom e do que é ruim. Daí o problema. Porque essa construção não é nossa, mas – não raras vezes – vem de cima para baixo.

A busca pela felicidade passa cada vez mais pelo ato de comprar. E a satisfação está disponível nas lojas a uma passada de cartão de distância. Muitos de nós ficam tanto tempo trabalhando que tornam-se compradores compulsivos de símbolos daquilo que não conseguirão obter por vivência direta.
Em promoções como esta, em que a porteira está aberta e o convite está feito, nem se fala. Através desses objetos, enlatamos a felicidade – pronta para consumo, mas que dura pouco. Porque, como os produtos que a representam, possui sua obsolescência programada para dar, daqui a pouco, mais dinheiro a alguém.

O que é de fato “necessário”? A definição disso pode ser bastante subjetiva, ainda mais que tornamos o excesso parte do dia a dia. É como não saber mais o que é real e o que é fantasia ou, pior, não ter ideia de como escolher entre o caminho irreal da felicidade e a via dura da abstinência.

“Wall.e” é uma animação produzida pela Disney e a Pixar que conta a história de um robozinho cuja missão é organizar o lixo em que se transformou o planeta devido ao consumismo desenfreado dos habitantes e à ganância de grandes corporações.
No futuro, a Terra terá se transformado em um lixão impossível de sustentar vida e os seres humanos terão se mudado para uma nave espacial à espera de que os robôs limpassem as coisas.

Na cadeira do cinema (sim, fui ver na época na tela grande – hehehe), fiquei matutando que Wall.e seria um bom instrumento para discutir com os mais novos a diferença entre consumir para viver e viver para consumir.
Mas, na saída, conversando com alguns amigos, veio uma preocupação: será que os produtores teriam a pachorra de vender quinquilharias sobre os personagens do filme? Da mesma forma que fazem em outros casos, indo na contramão da história contada na tela?

Vale ressaltar que os brinquedos inspirados em filmes têm vida curta – duram o suficiente até o próximo sucesso de bilheteria trazer novos bonecos. Ou seja, dentro de pouco tempo viram lixo de plástico e ferro.

Tempos depois, passando por uma loja, vi meu pesadelo tornar-se realidade quando me deparei com uma prateleira inteira de produtos do filme. A vendedora me mostrou um Wall.e que funciona à corda e canta e dança, um outro Wall.e para bebês (na verdade, para os pais dos bebês…) Explicou que a versão de controle remoto havia acabado, tamanha a procura. Afe.

Disso, abstraí que: a) Há pessoas que viram o filme e não entenderam a mensagem; b) Há pessoas que viram o filme e não se importaram com a mensagem; c) Sabendo, de antemão, que há milhões de pessoas nos grupos “a” e “b”, as empresas produtoras do filme se aproveitam e lucram em cima.
Afinal de contas, campanhas contra o consumismo desenfreado e pela proteção ao meio ambiente podem ser, quando superficiais, bons pacotes fechados para o consumo imediato e o alívio rápido da consciência. Já que a contradição é inerente ao capitalismo e à sociedade de consumo, por que ter pudores ao explorar isso?

Dessa forma, o futuro desenhado pelo filme deixa de ser fantasia e vai se tornando uma perigosa profecia autocumprida. Sextas-feiras como esta só ajudam a catalisar o processo.

Diante disso, desejo a todos “boas compras”. E que nossos netos nos perdoem.

24 de novembro de 2012
Leonardo Sakamoto

ELA É O QUE É. E ISSO É RUIM...

    
Parem tudo. Preta Gil tem clipe novo da praça e eu não sabia:“Sou o que sou”. Como tudo que Preta Gil faz me interessa, eu fui logo conferir. Parem o que estiverem fazendo e assistam:



Digamos que cada país um tem a imitação de Beyoncé que merece. Por aqui temos uma versão “Beyoncé depois da dieta de carboidratos”. Deviam avisar a "cantora": não basta ligar o ventilador para balançar as madeixas. Para ser a Beyoncé dos trópicos é preciso saber cantar. Preta não sabe. Não sabe dançar, também. Não tem suingue. Não tem nada.
O que Preta Gil tem? Um pai famoso. Eu gostaria de saber quem foi o imbecil que convenceu Preta Gil a cantar. Espero que não tenha sido Gilberto Gil, pois isso o deixaria mais perto do inferno (isso e "Punk da periferia").
Preta pode até ter um público cativo. Grande merda: até bandidos têm fãs. O que eu gostaria mesmo era que as pessoas dessem mais atenção às músicas do que aos seus discursos. Ouçam um trecho do vídeo. 10 segundos e vocês vão notar: é ruim. De doer. É sem sal. É como ouvir um coroinha contando piada pornô. Ou Cid Moreira cantando James Brown. Não “orna”.
E neste clipe Preta mostra uma característica curiosa. Geralmente, as cantoras buscam imitar quem tem mais talento. Preta conseguiu achar alguém pior do que ela (foi difícil, imagino) para se espelhar: Stefhany (lembram dela?). Toda essa estética erótico-sadomaô de baile gay de 5 ª categoria parece ter sido copiada deste vídeo. Preta ainda imita direitinho as caras e bocas estilo “atriz de peça do grêmio infantil” da Stefhany, com o mesmo resultado bisonho. É isso aí: as barangas estão descontroladas!
Mas o pior é o clima de “lição de moral”. A música pretende ser um manifesto a favor da "tolerância", algo assim. Lindo: Preta, que já é um desastre como cantora, agora quer bancar a socióloga. E parece que o truque funciona. Nos comentários do vídeo, tem um monte de paspalho elogiando a "defesa das minorias" que a cantora faz. Crianças, ela está tão preocupada com as minorias quanto eu com as formigas do Tibet.
Muita gente também elogia Preta por ela ser gordinha e não ter vergonha disso. Perfeito. Como manifestação comportamental eu acho corretíssimo. Mas isso não a transforma em artista, vamos combinar? Eu gostava da Dercy Gonçalves, que assumia que era uma velha desbocada. Mas nem por isso eu iria comprar um disco dela.
Por isso, Preta, nem pense em emagrecer. Ou falar menos bobagens. Você perderia a única coisa que chama atenção em sua carreira.
 
24 de novembro de 2012
walter carrilho

PESSOAS SENSÍVEIS

 
Nenhum de nós pode escolher as coisas que nos acontecem, algumas boas, outras más. Mas todos nós podemos escolher nossa resposta às coisas que nos acontecem. Você não é prisioneiro das reações.
Algumas pessoas dizem que são muito “sensíveis”, que se magoam facilmente, que se decepcionam com amigos, colegas e família e com aquilo que outros dizem ou fazem. Tais pessoas, que se dizem “muito sensíveis”, na verdade não têm muita sensibilidade.
 
Pessoas sensíveis (por definição) são capazes de obter uma gama maior de informações sensoriais e emocionais vindas de outros e, portanto, geralmente são muito mais compreensivas, calmas e raramente se desapontam com os comportamentos alheios, exatamente porque sua sensibilidade aguçada mostra mais do que as aparências, evitando que se desapontem. Além disso, pessoas sensíveis jamais dizem que são sensíveis.
 
Então, o que são aquelas pessoas que a todo momento se definem como sensíveis, que ficam deprimidas por razões aparentemente pequenas e cujos dias são destruídos por uma advertência do chefe, por uma crítica dos colegas, por uma frase mal construída de um membro da família? Elas não são sensíveis?
Não.
 
Tais pessoas são reativas – o contrário de sensíveis. Pessoas reativas não pensam. Ou melhor, pensam que pensam, quando somente reagem emocionalmente a qualquer coisa, sem refletir, sem controlar, sem observar o todo, como crianças.
 
Todos nós somos reativos, vez ou outra, mas conforme amadurecemos nos tornamos menos reativos e mais sensíveis, já que escolhemos nossas respostas.
Quando somos crianças, simplesmente reagimos (o que é natural), por isso adultos reativos são, normalmente, acusados de um comportamento infantil e birrento.
 
Uma pessoa sensível (por obter mais informações que estão à sua volta) raramente perde o controle, mesmo quando atacada porque, sendo sensível, ela observa e escolhe a melhor resposta. Raramente reage, como um animal faminto faria.
 
Você não tem o poder de escolher aquilo que te acontecerá hoje, amanhã ou depois. Mas você tem o poder de escolher a melhor resposta que dará a tudo o que vai te acontecer. Resposta não é reação. Reação é sinônimo de programa automático. Resposta é sinônimo de escolha.
 
Seja mais sensível a partir de agora, evitando dizer a primeira coisa que lhe venha à mente, mesmo que seja algo que você diz pra você mesmo.
Escolha as palavras, escolha os pensamentos, escolha as respostas, fugindo da armadilha que torna a vida das pessoas reativas sempre dependente de cada problema que acontece.
 
E observe aqueles que dizem que são “sensíveis”. Olhe o comportamento dessas pessoas. Você verá que elas são completamente dependentes dos humores dos outros e dos acontecimentos externos.
Elas simplesmente reagem, por mais que racionalizem e se enganem, afirmando que suas reações são causadas por sua suposta sensibilidade. Sempre apresentarão razões para suas dores e tristezas, mas ainda assim estarão somente reagindo.
 
Você tem o poder de escolher aquilo que é melhor. Você pode! Porque, como afirma Stephen Covey: “Entre o que acontece comigo e minha reação ao que acontece comigo, há um espaço.
Neste espaço está minha capacidade em escolher minhas respostas e definir meu destino”.
 
24 de novembro de 2012
Desconheço a autoria.

ABUNDANS CAUTELA NON NOCET *


Isto é uma alerta, breve missiva ao bispo:

Greve de fome não é brinquedo de menino. Em Cabrobó, PE, menos ainda. Terra da melhor maconha destas plagas, portanto terra da mais genuína e oca das laricas.

Mesmo para quem não traga, o fastio vai pro beleléu, simbora.

Digo isso ao imaginar esse pobre bispo, que resolveu fazer abstinência logo nas beiradas daquele maconhal do velho Chico.

Mesmo para quem não fuma, o apetite dispara, na hora. Lá, quem respira já embute a larica.

Periga é o bispo virar comida, como o velho Sardinha, lembra-se?, lindamente devorado pelos índios, de batina e tudo, epa!,deixa dilço!

[Se bem que os jesuítas a-do-ra-vam esse tipo de sacrifício, nera?,esqueciam até a lavagem cerebral das suas cartilhas.]

*O excesso de cautela não prejudica.

24 de novembro de 2012
xico sá

INDIRETAS, UMA ÓTIMA FORMA DE NÃO FALAR NADA


Eu sou muuuito sincero, já viu minhas Indiretas?
Estamos em meio a uma consquista do mundo, por meio de indiretas, de todos os tipos!

Todo mundo reclama de indiretas nas redes sociais, mas observe bem que isso é uma dinâmica da vida: quem não fala na lata na real, nunca falará no virtual.
"Eu sou sincero, falo mesmo... #prontofalei"

Eu tenho uns conceitos que entendo serem complexos pra galera entender, são coisas que invento pra mim, mas, que até agora tem dado certo, rsrs. Tipo, fidelidade não é algo que temos para o outro e sim para nós e a mesma coisa é a tal da sinceridade.

Todo mundo cobra sinceridade e tem probleminhas com mentiras, sei lá, fico muito cabreira com gente que se incomoda demais com isso e tem neurose de ser enganada. É que nem o malandro-safado que pega todas e se torna obsessivo-compulsivo-possessivo em ser traído, tremendo espelho! Como ele faz, acha que todo mundo é igual.

Detesto mentiras, mas a gente mente. Seja uma desculpinha esfarrapada aqui, um não quero me aborrecer ali ou um não vou magoar acolá, a gente mente. Sempre temos uma mentirinha branca na manga pra lançar mão e ninguém se faz de rogado pra isso, é praxe.

Mas a pior mentira é aquela que inventamos para nós mesmos, tipo, "sou super sincero", porra nenhuma! Não acredito que jogar indiretas seja o mesmo que ser sincero, já falei isso em algum post por aí. Entendo que jogar indiretas é:

- Quando não temos capacidade, nem coragem de mandar a real - diretamente - a quem tem questões pendentes conosco;
- Uma baita de uma dificuldade no ato de se comunicar, que vêm da pura ausência de clareza interna;
- Quando jogamos a responsa nos ombros do outros e queremos que eles tenham atitudes das tais não fazem a menor idéia que deveriam ter (e esse item volta ao segundo no quesito "dificuldade de comunicação");
- Uma auto-ilusão no sentido de ser "sincero";
- Outra auto-ilusão na construção de uma identidade que tem "atitude"... #porranenhuma



Existe uma linguagem não verbal que poucos dão valor, mas que em suma é o que dita a regra da vida. Se comunicar bem é uma arte, e quem manda indireta, definitivamente, não a domina.

Indireta é a arte direta do "vou mandar verde pra colher maduro". Péssima forma no cultivo de relações. Se a semente é incerta, dela pode crescer qualquer coisa, concorda?

Uma pessoa com clareza interna, que entende e respeita seus limites, dificuldades e que sabe o que quer, consegue se colocar de forma clara e DIRETA, a quem quer que seja sem ser rude, vil ou vingativa em suas palavras, mesmo que o que tenha a expor sejam as suas incertezas. Ela não pecisa se defender com verbos.
A sinceridade tem sido confundida com agressividade verbal.

Indiretas só chamam mais indiretas, pois não alimentam a necessidade interna-humana de ser entendido e atendido pelo outro. Já um papo direto, sim.

Uma indireta é como fazer uma cesta: para que ela acerte a pessoa que se deseja atingir, é necessário que a mesma esteja com sua carapuça aberta. E para infelicidade e indignação de quem manda, na maioria das vezes, ela não está, em contrapartida, existem milhares de pessoas que se sentem vitimadas pelo mundo e vivem encarapuçadas, de forma que agarram qualquer indireta como se fosse um presente de grego para a sua baixa auto-estima. Logo, indireta = desserviço para a humanidade.

E essa tem sido a dinâmica da vida em sociedade: indiretas, telefones sem fio, conversas de sudo e mudo, linguagem de sinais para cegos emocionais e tantos outros modos que só refletem a dificuldade interna de todos nós em ter um papo direto com quem realmente somos.

24 de novembro de 2012
Monik Ornellas

O PECADO MORA AO LADO

mocinha


O cara começa dizendo que sempre se masturba pensando na mulher dele. Eu me assusto, arregalo os olhos. Penso: ‘Estou diante de um milagre ou de um maluco’. Mas, na frase seguinte, ele me ‘tranquiliza’, mostra-se um sujeito ‘normal’ e diz que, na verdade, se imagina chegando em casa mais cedo, do trabalho, e flagrando a esposa aos beijos com a filha da vizinha, que tem dezoito anos.

“Não sou de abusar de crianças, mas transaria com essa ninfeta se tivesse a oportunidade. Ela é fogosa e, sempre que a dispo com meus olhos, fico imaginando como devem ser seus lábios vaginais e seus mamilos. Ela tem uma boca carnuda. É o tipo de menina que sabe que é gostosa e abusa disso.

Imagino minha mulher com a boca naqueles seios de ninfeta e fico muito, muito excitado. Minha mulher me vê e me chama para participar. Enfio meu pau direto na boca da jovem e ela começa a se divertir. Depois, a sento na mesa de jantar, abro suas pernas e começo a chupá-la como um louco.
Às vezes, sonho que ela esta sentada no meu rosto, me lambuzando com seu gosto ‘de coisa fresca’.

Sim, essa fantasia tem me deixado louco. Depois de chupá-la, a penetro com força, e, pelas reações, percebo que não é inexperiente. Por dentro, ela é tão quente e molhada que começo a diminuir a intensidade dos movimentos para retardar o orgasmo. Mordo aqueles seios que me deixam louco.

Passo a mão pela macia que me tira o fôlego. Beijo seus lábios, seu pescoço, aperto aquele quadril magrinho e meto com força, fazendo-a gemer. Já explodindo de prazer, gozo na barriga dela.
O jato é tão forte que respinga em seu rosto. Enquanto isso, minha mulher nos assiste e se masturba.”

Ele termina seu relato dizendo que sua mulher é muito conservadora e jamais permitiria que ele transasse com a filha da vizinha. Também faz questão de contar que tem uma filha jovem e que sabe o quanto os pais podem ser protetores.

No entanto, acha essa fantasia fantástica e sabe que a maioria dos homens se masturba pensando em ninfetas. Portanto, não se culpa. Só mete a mulher no meio pra não se sentir tão mal e para imaginá-la mais ‘liberal’.

24 de novembro de 2012
Silvia Pilz