quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

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18 de fevereiro de 2021


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GRANDE SERTÃO: VEREDAS (JOÃO GUIMARÃES ROSA)

GRANDE SERTÃO: VEREDAS
Autor: João Guimarães Rosa
Assunto: Romance
Editora: Nova Fronteira
Edição: 21ª
Ano: 2015 (1ª Ed. em 1956)
Páginas: 496




Sinopse: O romance Grande Sertão: Veredas é considerado uma das mais significativas obras da literatura brasileira. 
Publicada em 1956, inicialmente chama atenção por sua dimensão e pela ausência de capítulos. Guimarães Rosa fundiu nesse romance elementos do experimentalismo linguístico da primeira fase do modernismo e a temática regionalista da segunda fase do movimento, para criar uma obra única e inovadora.

Personagens:
- Riobaldo – Tatarana – Urutu Branco
- Reinaldo (Diadorim)
- Joca Ramiro (jagunço líder – 1ª guerra)
- Hermógenes (jagunço líder – 2ª guerra)
- Ricardão (líder dos jagunços ao lado de Hermógenes)
- Medeiro Vaz (simboliza a nobreza, o Império e o próprio Imperador)
- Sô Candelário
- Titão Passos
- João Goanhá
- Zé Bebelo (soldado do governo. Simboliza Exú – 7 punhais)
- Gavião-Cujo (jagunço)
- Otacília
- Davidão (simboliza Davi)
- Faustino (simboliza o próprio Fausto)
- Migri (mãe de Riobaldo. Prostituta)

Resumo da narrativa:
Riobaldo, fazendeiro do estado de Minas Gerais, conta sua vida de jagunço a um ouvinte não identificado. Trata-se de um monólogo onde a fala do outro interlocutor é apenas sugerida. São histórias de disputas, vinganças, longas viagens, amores e mortes vistas e vividas pelo ex-jagunço nos vários anos que este andou por Minas, Goiás e sul da Bahia. 
Toda a narração é intercalada por vários momentos de reflexão sobre as coisas e os acontecimentos do sertão. 
O assunto parece sempre girar na existência ou inexistência do diabo, já que Riobaldo parece ter vendido sua alma numa certa ocasião... Riobaldo era um dos jagunços que percorriam o sertão abrindo o caminho à bala. Entre seus companheiros, havia um que muito lhe agradava: Reinaldo, ou Diadorim.
Conhecera-o quando menino e mantinha com ele uma relação que muitas vezes passava de uma simples amizade. O jagunço, que admirava e cultivava um terno laço com Diadorim, perturbava-se com toda aquela relação, mas a alimentava com uma pureza que ia contra toda a rudeza do sertão, beirando inclusive o amor e os ciúmes. 
Nas longas tramas e aventuras dos jagunços, Riobaldo conhece um dos seus heróis: o chefe Joca Ramiro, verdadeiro mito entre aqueles homens, que logo começa a mostrar certa confiança por ele. 
Isso dura pouco tempo, já que Riobaldo logo perde seu líder: Joca Ramiro acabou sendo traído e assassinado por um dos seus companheiros chamado Hermógenes. Riobaldo jura vingança e persegue Hermógenes e seus homens por toda aquela árida região.
Como o medo da morte e uma curiosidade sobre a existência ou não do diabo toma cada vez mais conta da alma de Riobaldo, evidencia-se um pacto entre o jagunço e o príncipe das trevas, apesar de não explícito. Acontecido ou não o tal pacto, o fato é que Riobaldo começa a mudar à medida que o combate final contra Hermógenes se aproxima. 
E a crescente raiva do jagunço só é contida por uma relação mais estreita com Diadorim, que já mostra marcas de amor completo. Segue-se, então, o encontro com Hermógenes e seus homens, e a vingança é enfim saboreada por Riobaldo. 
Vingança, aliás, que se tornou amarga: Hermógenes mata, durante o combate, o grande amigo Diadorim... 
A obra reserva, nas últimas páginas, uma surpreendente revelação: na hora de lavar o corpo de Diadorim, Riobaldo percebe que o velho amigo de aventuras que sempre lhe cativou de uma forma especial era, na verdade, uma mulher.

ENREDO
Duas grandes guerras são narradas em Grande Sertão: Veredas.
A primeira é protagonizada pelos líderes Joca Ramiro, Sô Candelário, Titão Passos, João Goanhá, Ricardão e Hermógenes contra Zé Bebelo e os soldados do governo. 
Apanhado, Zé Bebelo é julgado pelo tribunal composto dos líderes citados, dos quais Joca Ramiro é o chefe supremo. Hermógenes e Ricardão são favoráveis à pena capital. 
No fim do julgamento, porém, Joca Ramiro sentencia a soltura de Zé Bebelo, sob a condição de que ele vá para Goiás e não volte até segunda ordem. Nesse ponto, a primeira guerra chega ao fim.
A paz, então, estabelece-se em todo o sertão. Até que, depois de longo período de bonança, aparece um jagunço chamado Gavião-Cujo, desesperado, e anuncia: “Mataram Joca Ramiro!...”
Começa, então, a segunda guerra, organizada sob novas lideranças: de um lado Hermógenes e Ricardão, assassinos de Joca Ramiro e traidores do bando; de outro, Zé Bebelo – que retorna para vingar a morte de seu salvador, chefiando o bando de Riobaldo e Diadorim – com os demais chefes. A segunda guerra termina no fim do romance, na batalha final no Paredão, na qual morre Hermógenes.

TEMPO
Nessa narrativa, pode haver dificuldade de compreensão sobre a passagem do tempo. O motivo são a estrutura do romance, que não se divide em capítulos, e a narrativa em primeira pessoa, que permite digressões do narrador, alternando assim o tempo da narrativa a seu bel-prazer. No entanto, podemos dividir a obra, segundo alguns fatos marcantes do enredo, para facilitar a leitura:

1ª parte – introdução dos principais temas do romance: o povo; o sertão; o sistema jagunço; Deus e o Diabo; e Diadorim. Nesse primeiro momento, Riobaldo introduz também a figura do interlocutor, que, como foi dito, não aparece diretamente na obra.

2ª parte – inicia-se in medias res, ou seja, no meio da narrativa. Durante a segunda guerra, Riobaldo e Diadorim, chefiados por Medeiro Vaz, tentam vingar a morte de Joca Ramiro.

3ª parte – a narrativa retorna à juventude de Riobaldo, quando ele conheceu o “menino Reinaldo”, e, para o desespero de Riobaldo, que não sabe nadar, ambos atravessam o rio São Francisco numa pequena embarcação.

4ª parte – conflito entre Riobaldo e Zé Bebelo, no qual esse último perde a chefia, e Riobaldo-Tatarana é rebatizado como “Urutu Branco”.

5ª parte – epílogo. Riobaldo retoma o fio da narração do início, contando ao interlocutor seu casamento com Otacília e como herdou as fazendas do padrinho. Ele termina sua narrativa com a palavra “travessia”, que é seguida pelo símbolo do infinito (O nome Otacília é composto de 8 letras que simboliza o infinito).

ESPAÇO
O espaço geral da obra é o sertão. Os nomes citados podem causar estranheza e confundir os leitores que desconhecem a região. É preciso entender, no entanto, que essa confusão criada pelos diversos nomes e regiões é proposital. Ela torna o enredo uma espécie de labirinto, como se fosse uma metáfora da vida. A travessia desse labirinto, por analogia, pode ser interpretada como a travessia da existência.

ALGUNS ESPAÇOS DO SERTÃO
Podem ser listados alguns espaços da narrativa em que importantes ações do enredo se desenvolvem.
Chapadão do Urucúia – local da travessia do rio São Francisco, onde Riobaldo e Reinaldo/Diadorim se conhecem.
Fazenda dos Tucanos – espaço onde o bando liderado por Zé Bebelo fica preso, cercado pelo bando de Hermógenes, depois de cair em uma tocaia. Esse episódio da Fazenda dos Tucanos é marcante, por causa da sensação de claustrofobia descrita no texto. Preso na casa da fazenda por vários dias, o grupo liderado por Zé Bebelo é alvejado pelos inimigos.
Liso do Sussuarão – local da tentativa frustrada de travessia do bando de Medeiro Vaz (segunda parte) e conseqüente retirada.
Local da narração – fazenda de Riobaldo, localizada na beira do rio São Francisco, “a um dia e meio a cavalo”, no norte de Andrequicé.
Paredão – espaço da batalha final, onde Diadorim morre e termina a guerra.
Veredas Mortas – local do possível pacto de Riobaldo.

Resenha das personagens do livro:

RIOBALDO
– é o personagem que narra a própria vida a um doutor que nunca aparece, desde a juventude, antes de virar jagunço. Nessa época, estudou e aprendeu a ler e a escrever, tornando-se professor de Zé Bebelo, seu futuro chefe. 
Quando entra para a vida de jagunço, a personagem é batizada de Tatarana, que significa “lagarta de fogo”, apelido dado em homenagem à sua exímia pontaria. Em um dado momento da narrativa, depois de um suposto pacto com o Diabo, Riobaldo-Ta tarana toma a liderança do grupo, sendo rebatizado de “Urutu Branco”.

AS TRÊS FACES AMOROSAS DE RIOBALDO:
Nhorinhá: prostituta, representa o amor físico, o “amor-sexo”, o prazer canal. O seu caráter profano e sensual atrai Riobaldo, mas somente no aspecto carnal.

Otacília: uma das mulheres amadas por Riobaldo personifica a pureza, a esposa que espera e reza, o “amor sentimento”. Contrária a Nhorinhá, Riobaldo destina a ela o seu amor verdadeiro (sentimental). 
É constantemente evocada pelo narrador quando este se encontrava desolado e saudoso durante sua vida de jagunço. Recebe a pedra de topázio de "seô Habão", simbolizando o noivado.
Diadorim: representa o amor impossível, proibido. É ela que causa grande conflito em Riobaldo, sendo objeto de desejo e repulsa (por conta de sua pseudo identidade).

DIADORIM – Personagem-chave do romance é tida como homem durante quase toda a narrativa. Apenas nas últimas páginas o narrador conta que, depois de sua morte, quando o corpo é despido e lavado, descobre-se que se tratava de uma mulher. Diadorim havia conhecido Riobaldo, quando ainda eram jovens, em uma travessia do rio São Francisco. 
Nessa ocasião, ela já vivia disfarçada de menino e dizia chamar-se Reinaldo escondendo sua identidade real (Maria Deodorina). O nome Reinaldo era secreto no meio da jagunçagem, utilizado apenas nos momentos em que ela e Riobaldo estavam a sós. 
Quando Riobaldo reencontra Reinaldo/Diadorim, tempos depois, passa para o bando de Joca Ramiro, motivado pela presença de Reinaldo. Riobaldo apaixona-se profundamente por Diadorim, o que provoca nele vários sentimentos contraditórios e de repressão, já que a paixão homossexual era uma relação impossível de ser aceita no meio jagunço.

JOCA RAMIRO – grande chefe político e guerreiro é o maior chefe dos jagunços, lidera a primeira guerra narrada no romance, e seu assassinato origina a segunda guerra. Em oposição a Hermógenes, Joca Ramiro é o grande guerreiro, o líder sábio, justo, corajoso, sendo bastante admirado. Aparece como encarnação das virtudes.

ZÉ BEBELO – personagem intrigante. Dono de uma oratória verborrágica, tinha ambições políticas, mas, segundo o narrador, começara tarde essa busca pelo poder. Zé Bebelo é extremamente orgulhoso e gaba-se de nunca se ter deixado comandar por ninguém. Conhece Riobaldo quando esse ainda não era jagunço e aprende com ele um pouco de português. 
Quando Riobaldo lhe toma a chefia, Zé Bebelo reconhece a força do oponente e decide deixar o grupo. Riobaldo tem uma relação diferenciada com Zé Bebelo, conservando sempre certo apreço por esse personagem.

HERMÓGENES – para Riobaldo, Hermógenes era o “Cão”, o “Demo”. É o personagem mais odiado pelo narrador. Na primeira guerra, quando estão lutando do mesmo lado, Riobaldo já revela seu ódio por ele; na segunda guerra, quando Hermógenes e Ricardão assassinam Joca Ramiro, esse sentimento se acentua. No romance, Hermógenes é a personificação do mal.

RICARDÃO: – enquanto Zé Bebelo guerreava por ambições políticas e Hermógenes era motivado por sua natureza assassina, Ricardão tinha interesse apenas na questão financeira. Fazendeiro rico, guerreava para depois poder enriquecer em paz.

MEDEIRO VAZ: chefe de jagunços que se une aos homens de Joca Ramiro para combater contra Hermógenes e Ricardão por conta da morte do grande chefe.

SÔ CANDELÁRIO: outro chefe que ajuda na vingança. Possuía grande temor de contrair lepra.

QUELEMÉM DE GÓIS: compadre e confidente de Riobaldo, que o ajuda em suas dúvidas e inquietações sobre o Homem e o mundo.

18 de fevereiro de 2021
in Anatoli

ANTÍGONA (SÓFOCLES)

ANTÍGONA

Autor: Sófocles
Tradução: Mário da Gama Kury
Editora: Jorge Zahar Editor
Assunto: Teatro grego – tragédia.
Edição: 10ª
Ano: 2002
Páginas: 199-261

Sinopse: Antígona é uma peça teatral escrita por Sófocles em 441 a.C. cujos fatos aconteceram por volta de 1.250 a.C., em Tebas na Ásia Menor, na qual exalta a coragem de uma princesa que enfrenta o rei arriscando a própria vida em defesa de um princípio.
Numa das mais belas e dramáticas tragédias já escritas, Sófocles devassa em toda a sua profundidade o amor, a lealdade, a dignidade.

O enredo
A intriga da história começa com uma alusão à guerra dos Sete contra Tebas, na qual os dois irmãos de Antígona, Etéocles e Polinices, se confrontam em lados opostos na disputa pelo trono.
Ambos morrem no campo de batalha, mas aos olhos de Creonte, tio daqueles, Polinices é considerado traidor de Tebas e, por isso, não lhe são concedidas honras fúnebres.

A Decisão
Creonte, com a morte dos dois sobrinhos Etéocles e Polinices, torna-se rei de Tebas.
            A sua primeira decisão como regente, foi enterrar o sobrinho Etéocles com todas as honras funerárias e deixar o corpo de Polinices insepulto.
            Para que se cumpra a sua decisão, decreta que a pena para a desobediência, é a morte.

A Contestação
            Antígona, apesar do interdito do rei Creonte, quer sepultar o irmão Polinices e evoca para tanto um princípio da lei não escrita.
            Antígona diz a Creonte que acima da Lei da Cidade existe a Lei Divina e que está para cima das leis cósmicas incorporadas na ordem social.

A Desobediência
Antígona recusa-se a cumprir a ordem de Creonte e, considerando tratar-se de um dever sagrado dar sepultura aos mortos, infringe a ordem do soberano e realiza os rituais fúnebres a que o irmão tem direito.

As Conseqüências
Devido a este ato de piedade, Antígona é condenada à morte pelo rei de Tebas e encarcerada viva no túmulo dos Labdácidas, de quem descende.
A ação impiedosa do rei será punida no final da tragédia: ao tomar conhecimento da morte de Antígona, Hêmon, filho de Creonte e noivo de Antígona, suicida-se.
Por conseqüência deste segundo suicídio, é a vez de Eurídice, mãe de Hêmon, decidir "morar eternamente no Hades".

O Impasse
Abre-se aqui um abismo entre a consciência do indivíduo que está aberta para a Lei Divina supra-cósmica e a consciência do meio social que está presa no meio da ordem cosmológica.
Este abismo gera um conflito entre a Lei dos Céus (dos deuses) que ela defende e a Lei da Terra (dos homens) que Creonte precisa fazer cumprir. Cria-se assim um impasse, resultante da contraposição entre duas esferas de poder: A Lei dos deuses e a Lei humana.

O Dilema
Todo o enredo da tragédia de Tebas gravita em torno desse dilema moral que dura mais de 3 mil e 250 anos e que faz de Antígona uma das mais importantes obras que dá os princípios basilares para o cristianismo:
Cumpre-se a Lei do Céu ou a Lei da Terra?

Considerações importantes
1.      A falta de Antígona foi o de desrespeitar uma ordem do rei.
2.      Creonte tinha razão quanto a defesa da Lei da Terra (Poder temporal), todavia sua decisão interferiu sobre a Lei dos Céus (Princípio espiritual). Logo, qual das leis deve ser cumprida?
3.      Este dilema já dura 3.250 anos porque as duas posições são imprescindíveis para a humanidade.
4.      Creonte era um governador e não um estadista* esse foi o seu maior problema.
* Estadista é aquele que consegue sacrificar a Lei da Terra em prol da Lei dos Céus.
5.      É preciso considerar a hierarquia das leis divinas sobre as disposições humanas.
6.      Imaginar que o humanismo é a solução para os problemas humanos é de uma ingenuidade incrível. Equipara-se ao raciocínio de uma criança de 8 anos.
7.      Perder a noção do sagrado é a pior coisa que pode acontecer ao ser humano. Foi o que aconteceu com Crente quando toda uma tragédia se abateu sobre a sua regência e sua família.

Conclusão
1.      O ser humano pela sua condição de dualidade (Divina e Terrena), viverá permanentemente em conflito entre o Poder Espiritual e o Poder Temporal de cuja ambigüidade não conseguirá sair jamais. Por essa razão que o problema já dura mais de três milênios.
2.      Não há solução coletiva para o problema. A solução para conflito resultante da dualidade humana será sempre individual, pois não há solução fora do indivíduo, porque nada substitui a sua consciência individual das coisas.

A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS HUMANOS SERÁ SEMPRE INDIVIDUAL E JAMAIS COLETIVA!

Sobre o autor:
Sófocles (495 a.C. – 406 a.C.) nasceu e morreu em Atenas, na Grécia, e foi um dos maiores intelectuais da Antigüidade clássica. Autor prolífico e consagrado em seu tempo produziu cerca de 120 peças das quais restaram conservadas apenas 7, entre as quais Édipo ReiÉdipo em ColonoAntígona, Ájax e Electra.

18 de fevereiro de 2021
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18 de fevereiro de 2021


MACBETH (W. SHAKESPEARE)

 

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