domingo, 15 de junho de 2014

"O ANTÍDOTO LUCINHA"

 

Pensemos na doutora Lúcia Willadino Braga. Ela é um antídoto contra a onda de pessimismo que assola o país. Já, já a doutora Lúcia entrará nesta história. Fiquemos por enquanto com a onda de pessimismo. Em pesquisa divulgada na semana passada, o instituto americano Pew encontrou 72% dos brasileiros insatisfeitos “com as coisas no Brasil hoje”. A situação econômica é ruim para 67%, e 61% acham que sediar a Copa do Mundo foi uma má decisão, “porque tira dinheiro dos serviços públicos”.

A presidente Dilma Rousseff ainda é vista favoravelmente por 51% dos entrevistados, mais do que Aécio Neves (27%) e Eduardo Campos (24%), mas ao mesmo tempo seu governo é reprovado nos itens combate à corrupção (86%), combate ao crime (85%), saúde (85%), transporte público (76%), política externa (71%), educação (71%), preparação para a Copa (67%), combate à pobreza (65%) e condução da economia (63%).

Dilma é considerada “boa influência” no país por 48% dos entrevistados contra os 84% que assim pensavam de Lula em 2010.
(Os resultados estão em http://www.pewglobal.org/2014/06/03/brazilian-discontent-ahead-of-world-cup/.)

Copa do Mundo é uma grande festa. A esta altura a euforia deveria estar reinando no país. E o que ocorre? A presidente Dilma já mais de uma vez teve de argumentar que o legado do torneio está garantido, porque os estrangeiros não levarão os estádios e os aeroportos na mala. Com todo o respeito, presidente, é uma pena que não o façam.
Teremos de ficar nós mesmos com os estádios de Manaus, de Natal e de Cuiabá. Se os visitantes os levassem com eles, ao preço que custaram,
proporcionariam algum alívio a nossas combalidas contas externas.

Os aeroportos já seriam mais difíceis de vender. Só um entre os doze da Copa, o de Brasília, estava pronto na semana passada. Os outros apresentavam um festival de tapumes e variados improvisos, quando não um monte de terra e outro de entulho, logo à saída, como o de Cuiabá. E com o de Brasília, a joia da coroa, o que ocorria? Não resistiu à primeira chuva.

Na terça-feira, partes alagadas no solo, resultado do entupimento dos bueiros, dialogavam com goteiras no teto. Funcionários de companhias aéreas trabalhavam protegidos por lonas penduradas no teto, para aparar as águas. Não é à toa que o pessimismo seja o sentimento dominante, nesta véspera de Copa.

Para compensar, temos a doutora Lúcia Willadino Braga, a “Lucinha” para quem, como este colunista, tem a sorte de conhecê-la. Lucinha é neurocientista com múltiplas distinções no exterior e diretora da rede Sarah de hospitais do aparelho locomotor. A rede Sarah já é em si um milagre.

Fundada pelo médico Aloysio Campos da Paz, hoje seu cirurgião-chefe, consiste num conjunto de hospitais públicos com padrão muitos furos acima do apregoado padrão Fifa. É despudorada demagogia dizer que em vez de estádios deveríamos investir em mais hospitais padrão Sarah, mas, vá lá, sejamos despudorados: deveríamos. Lucinha é outro milagre, para muitos dos pacientes que estiveram aos seus cuidados. Há duas semanas ela foi tema de capa da revista VEJA BRASÍLIA.

As repórteres Clara Becker e Lilian Tahan contaram então uma história que começa em maio de 2010, quando a unidade carioca do Sarah foi visitada pela senhora Mozah bint Nasser Al Missned, uma das atuais duas mulheres do sheik do Catar.

A doutora Lúcia está acostumada com tais visitas. Já recebeu a princesa Diana e Michelle Obama, entre outras. Mas essa foi especial. As duas ficaram amigas, passaram a corresponder-se, e um dia veio um convite para a brasileira visitar o Catar. Lucinha aceitou. Partiu em outubro de 2011, claro que em primeira classe da Qatar Airways, e naquele país empenhou-se num ciclo de visitas a instituições médicas e palestras a profissionais de saúde.

No fim – surpresa – recebeu uma proposta da amiga sheika: trocar o Brasil pelo Catar. O salário estava mais para Neymar, ou pelo menos para David Luiz, do que para um reles neurocientista. Lucinha não precisou pensar. Disse não. “Tenho um compromisso com a saúde do meu país”, justificou. Logo, se tudo der certo, e especialmente se a seleção brasileira for bem, o pessimismo que assola o país será contrabalançado, ou talvez mesmo substituído, pelo Hino Nacional cantado aos urros, como na Copa das Confederações. Já Lucinha tem compromisso com o país. Não é engraçado?

15 de junho de 2014
VEJA
ROBERTO POMPEU DE TOLEDO

ELITE BRANCA PAULISTA NO ITAQUERÃO


 
E o mais bizarro é que esta elite branca estava no estádio com ingressos "doados" pela FIFA com a NOSSA grana!!!

A Burguesia sindical do Brasil aceita qualquer coisa, menos um "tomar no cú" puxado pelo povo farto em ver a baderna, a bandalheira, a roubalheira, a inércia, a mentira e acima de tudo a sacanagem contra o povo.


TODOS os antigos dirigentes sindicais e PTralhas de estimação quando subiram ao poder se tornaram elite, não necessariamente branca, mas uma odiosa elite que usou a ignorância e a fome do povo para se dar muitíssimo bem.


Ou será que alguém ainda acha que o EX presidente fuma cigarrinhos de palha, toma cachaça, e veste andrajos?


Passou a consumir os melhores Uisques e vinhos, fuma Los Puros CÚbanos e terno só Armani.

A elite do Brasil hoje saiu dos sindicatos, alçados a condição de "neoburgues" da esquerda ladra e vagabunda.

E a imprensa amestrada e todos os coxinhas politicamente corretos que condenaram o povo que se manifestou democraticamente, que vão tomar bem no meio dos olhos de seus CÚS!!!! 

15 de junho de 2014
omascate

CIENTISTA FAZ O MELHOR GOL CONTRA DA COPA

Se meu time dileto, o da Croácia – não porque seja dileto, mas porque jogava contra o Brasil – me decepcionou na quinta-feira, pelo menos o dia me reservou uma alegria, o rotundo fracasso da demonstração do exoesqueleto, o “científico” achado deste senhor sedento de Nobel e publicidade, Miguel Nicolelis, que faria paraplégicos recuperarem movimentos a partir de impulsos elétricos comandados pelo cérebro. Em vez de apresentar seu trabalho em uma revista científica ou ante um colegiado de pares, preferiu os holofotes de nada menos que a Copa do Mundo.

"A idéia é que a gente possa demonstrar a habilidade de um paciente paraplégico, e com lesão medular severa, se levantar de uma cadeira de rodas usando a atividade cerebral para controlar o exoesqueleto, caminhar até o centro do campo recebendo todo o feedback tátil desses passos, e finalmente chutar a bola para inaugurar a Copa do Mundo" - disse o cientista.

O experimento foi um fracasso. E exposição também, para felicidade de Nicolelis. Viu-se por pouco mais de um segundo um hipotético chute de um paraplégico, um vago movimento de pé e a bola já rolando. Mais a cobaia, um deficiente encaixotado em um monstrengo de 70 quilos, e ainda apoiado por duas pessoas. "O paraplégico não ficou em pé sozinho, não andou, não chutou. Foi tudo muito diferente do que havíamos visto nos vídeos ou nas animações divulgadas pela equipe do Andar de Novo", diz Alberto Cliquet Júnior, professor titular do departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unicamp e de Engenharia Elétrica na Universidade de São Paulo (USP).

Será que chutou? Ou seu chute terá tido um empurrãozinho nada científico? Algo como chutar a bola contra as pernas do adversário para provocar escanteio? Seja como for, o que se sabe é que a grande descoberta custou ao Erário 33 milhões de reais. Isto é, quem pagou aquele chute, tão verdadeiro como uísque paraguaio, foi o meu, o teu, o nosso dinheirinho. Como também a Copa, diga-se de passagem. A semana foi de vitória – roubada – do Brasil e derrota dos brasileiros.

Nicolelis não escondeu a decepção pelo curto espaço de divulgação do seu exoesqueleto, durante a festa no Itaquerão, hoje - sabe-se lá por quê - chamado arena. E passou a bola para a Fifa:

- A Fifa deveria responder pela edição das imagens que impediu q a demonstração fosse transmitida na integra. Responsabilidade é toda dela - declarou Nicolelis no Twitter, satisfeito pela conclusão de todo o experimento - O que foi prometido, foi entregue. Depois de 17 meses de trabalho insano, a missão foi cumprida integralmente.

O escroque deveria dar graças aos deuses. Apresentar uma experiência científica a um público televisivo é o mesmo que fazer uma palestra sobre o arco-íris a uma platéia de cegos. Se sinais cerebrais se transformaram em impulsos elétricos, ninguém sabe, ninguém viu. O que escassamente se viu – se é que alguém viu, foi uma geringoça de 70 quilos, amparada por duas pessoas, na qual foi encaixado um deficiente físico.

Mobilidade nenhuma, autonomia zero. Nada foi entregue, e se entregue tivesse sido, teria sido entregue ao público errado. Algo semelhante ao que ocorre com outro grande enganador do mundo científico, sempre caitituado pela mídia.

Sem nada entender de Física, sempre vi Stephen Hawkings como uma espécie de vigarista talentoso. Explico. Há muito anos, o vi dando uma entrevista em sua cadeira cheia de recursos tecnológicos. Com o dedo, única parte do corpo que podia mover, o físico digitava as respostas e um processador transformava o texto em voz. Só havia um problema, para processar uma frase eram necessários longos minutos, muito mais que o tempo exigido para digitar.

Pergunta-se: por que a enfermeira que o acompanhava não lia o texto? Seria bem mais prático e mais rápido. Sua postura era de uma arrogância tecnológica semelhante a do perseguidor brasileiro do Nobel. Hawking foi o criador da teoria dos buracos negros, que durante décadas – e até agora – seduz físicos e astrônomos do mundo todo. O cientista britânico tornou pública sua teoria em 1974.

Nada entendo de física ou de buracos negros. Quem atesta a vigarice de Hawking é o próprio Hawking. Em entrevista recente para a revista científica Nature, acabou por retratar-se. "Não existem buracos negros" - disse.

A declaração tenta colocar um ponto final em uma discussão que se arrasta há décadas – diz a revista - e que, em última instância, está na base de um dos principais desafios da Física: unificar a Teoria da Relatividade (que explica o mundo macroscópico) com a Mecânica Quântica (que explica o mundo microscópico).

A idéia de buraco negro - um objeto cosmológico resultante do colapso de uma estrela, cuja massa gigantesca (que pode ser milhões de vezes maior que o Sol) é condensada em um único ponto, com tamanha força gravitacional que suga tudo o que está a sua volta, até mesmo a luz -- vem do início do século 20.

Pergunta que se impõe: como ficam os institutos e autoridades científicas que publicaram centenas de fotos de algo que não existe, os buracos negros? Silêncio sepulcral. Mas continuam surgindo todos os dias, na imprensa, simulações de buracos negros devorando estrelas.

Ora, por que um elefante branco de 33 milhões de reais, que exige amparo humano, quando existe um atalho bem mais singelo, prático e barato, a cadeira de rodas? Que custa de 500 reais a 15 mil reais, se for motorizada. E exige apenas um – ou nenhum - auxiliar? Ninguém precisa ser neurocientista para responder a esta pergunta.

A estrovenga do nobelizável tupiniquim me lembra conto que li quando jovem, sobre pesquisadores que queriam criar uma laranja e acabaram chegando à conclusão que plantar uma laranjeira era bem mais fácil e eficaz.

Assim como Marcelo, Nicolelis fez gol contra si mesmo e contra seu time de pesquisadores. Para benefício da ciência e de todo cientista honesto.


15 de junho de 2014
janer cristaldo

RACHMANINOV

Rachmaninov: Piano Concerto No.2 - Volodos&Chailly/RCO(1997Live)                   

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Sergei Vasilievich Rachmaninoff (1873/1943) foi um compositor, pianista e maestro russo, um dos últimos grandes expoentes do estilo Romântico na música clássica e um dos pianistas mais influentes do século XX. Saindo da Rússia logo após o golpe comunista de 1917, ficou um ano na Dinamarca e partiu para os EUA, chegando à N. York em Novembro de 1918. Sua música foi banida da URSS, pela revolução soviética e o caráter mesquinho e apequenado de Vladimir Lenin. O concerto que apresento hoje foi composto entre o outono de 1900 e o inverno de 1901 (na Rússia), durante o império dos Tzares. Os movimentos são 3: Moderato, Adagio sostenuto-Più animato e Allegro Scherzando. Apesar da peça inteira ser muito bonita, considero que o adágio e o alegro são das mais belas músicas clássicas do período Romântico. Desnuda claramente a sensibilidade e a potência da alma russa, coisa que ouvimos também em Tchaikovsky.

A performance é ótima, tanto do genial pianista russo que é Arcadi Volodos quanto da holandesa Royal Concertgebouw Orchestra, sob regência de Riccardo Chailly em apresentação de 1997 no Royal Albert Hall, em Londres.

15 de junho de 2014

in blog do Giulio Sanmartini

 

 

 

POR QUE XINGAM?

Grosseiros, violentos, desrespeitosos com a pessoa e com o cargo, os xingamentos à presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão, provocaram perplexidade até naqueles que apostavam em vaias. Mas, além de condenar o ato, cabe pelo menos tentar desvendar como tal agressividade ganhou eco entre os mesmos torcedores que arrepiaram o País com o canto a capela do Hino Nacional. E que esbanjaram cordialidade ao aplaudir o time adversário.

Seria possível atribuir a condenável elevação do tom à insatisfação – real e palpável – com o governo, com serviços públicos de péssima qualidade, preços altos, corrupção. Talvez. Mas isso já está expresso nas manifestações de rua, em vaias e mais vaias. Por que ultrapassar os limites?
O ex Lula diz – e com alguma dose de razão – que a falta de educação, não na escola, mas em casa, explicaria os insultos. “Não é dinheiro, nem escola, nem título de doutor que dá educação para a pessoa. Educação se aprende em casa”, reagiu Lula, aproveitando-se, mais uma vez, para apontar a elite endinheirada como responsável pela expressão de baixo calão.

Registre-se que Lula não é propriamente alguém que pode dar exemplos nessa seara, ele próprio boquirroto e, não raro,deseducado. Lembram-se do jovem que reivindicou espaço para praticar tênis quando Lula fazia campanha ao lado do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ)? “Tênis é esporte da burguesia, porra!”. Depois, sugeriu que o adolescente praticasse natação. Ao saber que a piscina estava fechada, cobrou deCabral: “Se a imprensa vem aí no fim de semana e vê essa porra fechada, o prejuízo político vai ser infinitamente maior que colocar dois guardas aí”.


Um comportamento modelar para estimular a cultura ao desrespeito.
Cultura que se cristaliza quando não se cumpre o que a Lei manda, quando há conivência com a corrupção, quando a mentira ganha cores de verdade por excesso de repetição, quando a eleição fala mais alto do que o atendimento às demandas do cidadão.

Em um post no Facebook, Márcia Velloso foi certeira: “Quando os que comandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito”. A frase do filósofo alemão Georg Lichtenberg (1742-1799) cabe como luva para o que se vê hoje.

Dilma saiu-se bem nas declarações que fez no dia seguinte aos xingamentos. Mas dificilmente conseguirá estancar vaias e até ofensas por onde passar.

Parte da reação ensandecida contra ela advém de algo que a beneficiou até pouco tempo: a cultura ao ódio, cultivada pelo “nós x eles”, tradução petista do bem versus o mal. Sem meio termo, incentivou-se o radicalismo. De ambos os lados. E leite derramado não volta ao vasilhame.

15 de junho de 2014
Mary Zaidan é jornalista.

O BRASIL NÃO PODE ESQUECER!

 
15 DE JUNHO DE 2014


 

EM CONVENÇÃO, AÉCIO PROMETE CONDUZIR PAÍS A "ENCONTRO CONSIGO MESMO"

 


Num discurso emocionado em que selou sua candidatura à Presidência da República, na convenção nacional do PSDB neste sábado (14), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que conduzirá o país a um "reencontro consigo mesmo".
 
Aécio afirmou que não sente mais "uma brisa", mas uma "ventania" apontando para mudanças no governo federal. "Um tsunami vai varrer do governo federal aqueles que não têm se mostrado dignos de atender as demandas da sociedade", afirmou.
 
Numa referência às manifestações, disse que é preciso fazer com que o país se reencontre com seus representantes e com sua alma de "alegria". "É urgente um enorme esforço para nos reencontraremos com a nação que sempre fomos. Não podemos deixar que a indignação nos paralise."
 
Aécio fez questão de destacar o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e disse que foi o governo dele que lançou as pedras fundamentais dos programas sociais hoje propagandeadas pelo PT.
 
"A história não pode ser reescrita", disse Aécio. Ele fez diversas críticas ao partido e ao governo da presidente Dilma Rousseff. Disse que o povo foi enganado pela propaganda de uma sigla que vendia a ética e "elegeu um governo que protagonizou um dos mais vergonhosos casos de corrupção da história", em referência ao mensalão.
 
Aécio criticou os rumos da economia e disse que Dilma permitiu a volta da inflação. "Os que votaram contra o plano Real agora permitiram o retorno da inflação", analisou, lembrando a posição do PT quando o plano foi lançado por FHC.
 
O senador mencionou ainda os escândalos na Petrobras e disse que o país passa por uma crise de confiança. Aécio chegou a chorar no momento em que citou sua família, especialmente os filhos gêmeos que nasceram semana passada prematuros.

15 de junho de 2014
caminho21

O TSUNAMI DA MUDANÇA VAI VARRER O PAÍS

 https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=0yreeKo42bs

Assista aqui ao compacto do discurso de Aécio Neves, candidato da Oposição à presidência da República, na Convenção Nacional do PSDB, realizada ontem.
Temos um candidato. Temos cerca de quatro meses. Temos família, amigos, vizinhos, clientes, fornecedores, um círculo de relacionamento. Temos um árduo trabalho pela frente. Vamos fazer de Aécio o presidente para salvar o Brasil da corrupção, da incompetência e do socialismo que eles querem, agora de forma declarada, implantar no Brasil.

Em frente, Aécio Presidente!
 
15 de junho de 2014
in coroneLeaks

PROJETO DE PODER DO PT: DILMA 2014, LULA 2018 E O SOCIALISMO ATÉ 2026

 
    É um basta agora ou adeus democracia no Brasil

Lula cada vez mais parecido com Fidel Castro. Além da aproximação ideológica que sempre existiu entre os dois fundadores do Foro de São Paulo, agora há uma aproximação econômica.
Porto de Mariel, médicos cubanos, transferência dos genéricos para laboratórios cubanos.
Aqui dentro a formação de conselhos populares que substituirão gradualmente o Legislativo, trazendo a bagunça e a ilegalidade das ruas para dentro do Palácio do Planalto, como aliados na implantação do socialismo. Primeiro objetivo de Lula está muito claro no seu discurso: calar a Imprensa. A matéria abaixo, superficial mas cheia de indícios, é da Folha de São Paulo.

O PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentarão sua influência sobre o governo se a presidente Dilma Rousseff for reeleita. A avaliação vem sendo feita em reuniões e conversas de petistas nos últimos meses e contraria a expectativa de um mandato mais independente da petista, caso ocorra.

Segundo a Folha apurou em conversas com uma dezena de interlocutores presidenciais nas últimas duas semanas, Lula adotará postura menos discreta e apitará na formação de um novo ministério se as urnas concederem vitória à sua sucessora.

O petista, portanto, sairá mais do instituto que leva seu nome -bunker paulista onde mantém encontros reservados com aliados, empresários, investidores e banqueiros- para fazer enfrentamentos públicos, mesmo que o Executivo federal não o faça. Entre os exemplos está a bandeira que pretende levantar em defesa do projeto de regulação da mídia.

Um amigo assim resumiu a atuação de Lula: ele pactuará tudo com Dilma, mas poderá assumir embates públicos caso ela decida se distanciar de alguns temas. Nas palavras de um auxiliar, outubro marcará o surgimento de um pré-candidato. A presença mais constante de Lula na política pretende servir como elemento unificador do PT e de seu eleitorado, hoje em parte distante de Dilma.

O petista já confidenciou que pretende resgatar as chamadas Caravanas da Cidadania, périplo por 359 cidades de 26 Estados, realizado na década de 90, com o objetivo de pavimentar uma possível candidatura presidencial. A decisão de se lançar à corrida nacional em 2018 depende, porém, de outros fatores. Seu estado de saúde é uma dessas variáveis. A disponibilidade de nomes novos e competitivos para evitar que o ciclo de poder do PT seja encerrado é outro fator a ser ponderado.

Apesar da disposição de fazer mais política e da pressão de aliados para que apite mais no dia a dia do governo, o ex-presidente procurará não deixar transparecer essa influência para não criar constrangimentos a Dilma. Aliados garantem que ele manterá a postura de combinar o jogo com sua pupila. "Se Dilma não fizer, que o enfrentamento impopular seja feito por ele", afirmou um auxiliar do ex-presidente.

DEVEDORA

Interlocutores afirmam que, se vitoriosa, Dilma sairá da disputa devedora tanto do partido quanto de seu antecessor, e já dá sinais de aproximação maior com o PT. Um dos sinais de maior sintonia: ela concordou em encaminhar, caso reeleita, o projeto de regulação da mídia, desde que não seja uma legislação ampla, que mexa em conteúdo. Até pouco tempo atrás, Dilma rechaçava entrar na polêmica. Agora, admite atender, ainda que em parte, a uma demanda do PT.

(Folha de São Paulo)

15 de junho de 2014
in coroneLeaks

O "NÓS CONTRA ELES" PREGADO POR LULA E DILMA AFASTA OS EMPRESÁRIOS DO PT


 
Aliado do ex-presidente Lula, o empresariado já começa a ficar preocupado com o tom mais radical do discurso do petista nos últimos eventos em defesa da presidente Dilma Rousseff. Lula tem criticado empresários, atacado a mídia e até defendido medidas econômicas que destoam do receituário adotado em seus dois mandatos na Presidência. Em recente reunião, empresários fizeram a avaliação de que o ex-presidente pode colocar em risco seu "patrimônio" político ao voltar a entoar o discurso mais radical do "nós contra eles".
A Folha ouviu de dois interlocutores do mundo empresarial que Lula fez um bom governo ao se firmar como político com bom trânsito em todas as camadas da sociedade. Agora, dizem, ele parece optar pelo enfrentamento para tentar estancar a queda de Dilma nas pesquisas.
O risco, afirmam, é o efeito contrário, com o PT voltando a ser um partido com elevada rejeição na classe média e empresarial. A expectativa dos executivos próximos a Lula é que, se Dilma for reeleita, ele retome um discurso mais amigável e menos radical.
 
Um interlocutor do presidente confirma que ele está "magoado" com empresários agraciados com benefícios nos governos petistas e que, hoje, circulam em almoços e jantares oferecidos aos principais candidatos adversários, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). "Estamos recebendo relatos de que empresários que frequentam o Palácio do Planalto estão cumprimentando o Aécio como meu presidente'", critica um interlocutor de Lula, reservadamente.
Do lado dos empresários, gerou preocupação a fala de Lula em evento recente em Porto Alegre, quando criticou publicamente o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, defendendo que o governo deveria liberar mais crédito e gastar mais. Neste momento, está claro que um dos problemas do governo atual, diz um empresário, foi exatamente não segurar os gastos federais, o que pressionou a inflação.
CONSELHEIROS
Em tom de brincadeira, a Folha ouviu que Lula deve estar ouvindo pouco dois de seus antigos conselheiros, o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Ambos são defensores de um política fiscal mais austera para segurar a inflação dentro do centro da meta, hoje de 4,5% ao ano.
Auxiliares de Lula dizem que o recado do ex-presidente em Porto Alegre não teve como alvo apenas Arno Augustin, mas principalmente o Banco Central. A avaliação é que o BC teria apertado demais a política monetária e provocado uma escassez de crédito na economia. Com isso, a retração no ritmo econômico foi muito forte exatamente no ano eleitoral, o que levará o país a ter um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2014 na casa de 1,5%, abaixo do registrado em 2013, de 2,5%.
 
(Folha de São Paulo)
 
15 de junho de 2014
in coroneLeaks

PT NÃO SABE O QUE FAZER COM DILMA


João Santana e Franklin Martins: guerra nos bastidores da campanha petista.
 
A campanha petista está dividida sobre o tom que Dilma Rousseff deve adotar diante da queda nas pesquisas. A ala liderada pelo ex-ministro Franklin Martins quer que ela antecipe o embate político e assuma um tom ofensivo contra os adversários e a imprensa. Ele argumenta que o Planalto está na defensiva e tem se deixado pautar pela oposição. O marqueteiro João Santana defende que Dilma não deve cair no "bate-boca" e pede paciência até o início da propaganda na TV.

Clima quente Os dois grupos trocaram palavras ríspidas na última reunião no Palácio da Alvorada, dia 2. Segundo participantes, Dilma indicou concordar com a linha sugerida por Santana. Ao menos por enquanto.

Nós e eles O presidente do PT, Rui Falcão, atenua as divergências e diz que as comparações com o projeto do PSDB serão inevitáveis. "Vamos mostrar o que nós fizemos e o que nós faremos."
 
(Painel da Folha)
 
15 de junho de 2014
in coroneLeaks

BIG BROTHER

 

É um escândalo! O governo escuta todas as nossas conversas! by Patrick Chappatte, desenhista suíço
                              É um escândalo! O governo escuta todas as nossas conversas!
 
15 de junho de 2014

QUANDO O FEIO PARECE BONITO

 
 
Brasileiros presentes na abertura da copa cantaram “Dilma, vá tomar no cu!” (sic) em alguns momentos da competição, deixando claro o descontentamento com os desmandos, a incompetência e a corrupção que vandaliza o país, aparentemente com mais intensidade, no atual mandato presidencial.

O mundo inteiro viu e ouviu, apesar da imprensa brasileira ter feito o possível para atenuar o fato. Alguns jornalistas noticiaram escrevendo apenas “vá tomar no c”, como se escrever cu fosse feio e escrever corrupção (que também tem as duas letrinhas) fosse bonito.

Ficou feio? Claro que ficou. Horrível, deplorável!!!

Mas eu pergunto:
 Apoiar e proteger ladrões, mesmo condenados pela justiça, é um gesto bonito?

 Desviar os recursos da educação, da saúde, da segurança, da infraestrutura seria mais digno do que mandar tomar no cu?

 Fomentar conflitos raciais, diferenciando índios negros e brancos, como se de fato fossem raças distintas, inclusive em capacidade intelectual, é mais bonito do que utilizar expressões de baixo calão?

 Desrespeitar e o desprezar valores familiares, propondo comemorar nas escolas publicas o “dia do cuidador” ao invés de dia das mães ou dos pais é digno?

 Emprestar o dinheiro do povo, para construir em Cuba e outros países de ditadores sanguinários, enquanto nos falta o que lá se inaugura, é menos agressivo?

 Desperdiçar recursos criando meia centena de ministérios para acomodar interesses de políticos é menos degradante?

 Abandonar nossos professores à própria sorte, inclusive apanhando de alunos no cumprimento de seu trabalho, é melhor do que ouvir esta palavrinha?

 Construir uma dúzia de desnecessários estádios com dinheiro público é bonito?

 Financiar movimentos sociais de vagabundos é mais nobre do que xingar?

 Destruir o patrimônio do trabalhador que investiu na Petrobrás com incompetência capaz de desvalorizar mais de 100 bilhões em seu valor de mercado é admissível?

 Deixar crianças sem escola, pobres morrendo jogados em corredores de hospitais, balas perdidas assassinando inocentes, ladrões e assassinos sem punição adequada, trabalhadores sem transporte digno, toda uma nação insegura, é menos pornográfico do que falar cu?

Não estou afirmando ser a presidente a responsável por tudo isto, porém é o que tem sido noticiado fartamente na imprensa, durante o seu governo.

Também não estou afirmando que a agressão verbal procede e deveria ocorrer, não é assim que penso.

Mas faz-se oportuno lembrar que foi desrespeitando a população que o PT nasceu e cresceu.

Foi com piquetes, impedindo que trabalhadores entrassem nas fábricas, que motoristas dirigissem os ônibus. Foi interrompendo ruas e estradas e desrespeitando o sagrado direito de ir e vir livremente, previsto em nossa constituição, fomentando greves e tumultos que seus lideres chegaram onde estão.

Portanto, o que assistimos no momento é o PT provando do próprio veneno, ou seja sendo desrespeitado tanto quanto desrespeita. Talvez menos.

Beijinho no ombro

Confesso que ainda acredito que “um erro não justifica outro” e que não são este o tipo de comportamento e este padrão de educação que me farão crer que o país esteja melhorando.

Porém, mesmo não tendo ido ao estádio e nem assistido ao jogo, porque não me agrada o futebol, sou capaz de entender a manifestação dos presentes.

Afinal, tenho a nítida sensação que, de alguma forma, nossos governantes tem mandado a necessidade dos brasileiros às favas.

E o que eles tem feito ao País é tão horrendo, que o comportamento dos torcedores me pareceu revide, não agressão.

E talvez por tudo isto, o gesto dos torcedores brasileiros, embora feio, pareceu bonito.

15 de junho de 2014
John Simão é Empresário em São Paulo. 

A VERGONHA DOS PRECATÓRIOS

 https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ua2ye7GxSyU

Onde está a Honestidade: Noel Rosa pergunta até agora...

Um cidadão sofre um prejuízo causado pelo governo (federal, estadual ou municipal).
Por exemplo, uma desapropriação, uma diferença de vencimentos ou um acidente.

Vai ao Judiciário, que numa velocidade de cágado reumático, reconhece o seu direito à indenização.

Surge então o chamado precatório (requisição de pagamento) que deve entrar no próximo orçamento.

Mas o governo não paga e fica por isso mesmo. O mesmo governo que protesta, executa e indigita o pobre contribuinte moroso.

O Judiciário finge que não vê, desprezando a dignidade do cidadão. Se fosse um poder eficiente e eficaz, não teríamos nem maus governantes nem maus legisladores. Mas é apenas uma fogueira de vaidades.

15 de junho de 2014
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

A JUSTIÇA EM CHAMAS

 
 

A ministra Maria Elizabeth Rocha, prestes a assumir a presidência do Superior Tribunal Militar (STM) deu uma espantosa e absurda declaração, hoje no noticiário, de que “O papel do Poder Judiciário é justamente defender minorias que foram historicamente segregadas”, referindo-se às mulheres, negros e homossexuais. Espantosa, por falar em nome do Poder Judiciário, de que não é a Chefe. Absurda, por uma juíza estar colocando a ideologia à frente da lei.

E mais: quer reavaliar a Lei da Anistia, por recomendação da Corte Interamericana de Direitos Humanos, ou seja, sugere que uma recomendação alienígena tenha precedência sobre lei brasileira.

Saiba - e V.Exa. deveria bem saber - que o papel do Poder Judiciário é defender e aplicar a lei, independentemente de que os envolvidos sejam homens ou mulheres, brancos ou negros, hetero ou homossexuais,,,,,, índios ou não, dos movimentos sociais ou não, e que o STF já julgou constitucional a Lei da Anistia!!!

Rendeu-se aos holofotes, soltou as amarras ideológicas, e não resistiu à vaidade de ser a primeira mulher a assumir esse cargo, quando a normalidade é a mulher poder tudo, como qualquer cidadão, e desprezou as maiores características do seu  Poder, a litúrgica discrição e a cirúrgica aplicação da lei. Como disse, certa vez, Célio Borja, ex- ministro do STF: “O juiz é um ser solitário; o amigo de hoje pode ser o julgado de amanhã”. Ou como sempre se disse, “O juiz só se manifesta nos autos”.

Quando essa grave distorção chega ao Poder Judiciário, temos real razão em temer pela justa aplicação  das leis, e pelo futuro do estado democrático de direito neste país, recentemente arranhado quando um advogado, arrogante e destemperado, quiçá embriagado, se achou no direito de assomar a tribuna do plenário do STF, sem autorização, e arrostar a presidência do tribunal e, pasmem, ainda receber o apoio e beneplácito de suas corporativas, e nada republicanas, entidades de classe!!!

Como, ao comentar o lamentável episódio do advogado do Genoino, disse o presidente do STF, Joaquim Barbosa “É de temer o futuro da Justiça e do País, nas mãos dessa grei”.

15 de junho de 2014
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.

FALTA DE CONFIANÇA NA JUSTIÇA REFLETE MAZELAS QUE PRECISAM SER SANADAS

 

Recentes pesquisas indicam menor confiança da classe dos advogados na Justiça e o mesmo se passa em relação à sociedade civil. A impressão que temos é que, quanto mais trabalho se faz, menos credibilidade se alcança, mas o mote não é necessariamente verdadeiro.

A sociedade não mostrou capacidade ou interesse de transformar a sua justiça. Crescem, em todo o país, os justiceiros, e a mídia divulga cenas de pequenos delinquentes sendo sumariamente condenados pela população nas ruas do Brasil.

O que acontece no sentido de haver esse grande desencanto de boa parte da sociedade com a justiça brasileira?

A demora ou a lentidão são sentidas, a falta de eficácia igualmente, mas não são os exclusivos aspectos que causam os males de uma prestação jurisdicional dissociada do seu tempo ou refratária às expectativas.

As nossas ferramentas mostram instrumentos fortes para condenar delitos de bagatela, ao passo que os grandes delinquentes, quando punidos, recebem simbólicas penas.

A globalização implicou em poderes corporativos em multitentáculos e a submissão do Estado às vozes de grandes grupos econômicos. A obra de Thomas Piketi sobre o capitalismo atual demonstra a grande concentração de renda e a falta de capacidade do Estado de partilhá-la.

As instituições perderam as grandes lideranças políticas e apenas nosso Congresso apresenta mais de metade dos parlamentares com processos na justiça. O grande virtuosismo consiste na justiça ser a transformadora da sociedade e isso é uma etapa distante, pois necessita de objetivos, planejamentos e, sobretudo, organização plena entre as vozes das demais instâncias.

O gigantismo do judiciário brasileiro espanta, são quase 90 cortes, cada qual com o seu procedimento e suas resoluções internas, regimentos, mas as expectativas geradas não revelam empatia com o mecanismo de solução do impasse.

A chegada do processo eletrônico é um grande avanço, mas, por si só, não será capaz de atender ao seu objetivo. A quantidade de processos, quase cem milhões, revela uma enfermidade, patologia que as demais ciências não teriam como explicar a beligerância e o espírito de litigiosidade da sociedade brasileira.
Códigos, leis, decretos, resoluções, em profusão são editados, mas muito aquém das expectativas, o modelo está superado e ultrapassado, todos sabemos.

Na Alemanha, quando ocorre divergência em segundo grau, existe uma decisão coletiva de toda a Corte para a uniformização da matéria. Nos EUA, os delitos são rapidamente julgados e os casos de menor complexidade apresentados imediatamente aos juízes.

Em tempos de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, com a entrada de milhares de estrangeiros no país não podemos nos conformar com o estágio atual, falta-nos o mapa da solução, cujo impasse demonstra a nenhuma vocação política para o regramento dessa realidade.

Não há um estudo mais profundo, uma pesquisa mais direta ou um estudo pormenorizado das causas e consequências do non sense processual destrutivo brasileiro.

A esse propósito, pouco ou nada se investe nesse campo, o Banco Mundial, Banco Interamericano, o próprio BNDES deveriam unir esforços para estabilizar a Justiça Brasileira e eliminar suas mazelas.

O fim do quinto constitucional é desejável, a desconstitucionalização das decisões igualmente. Tudo termina no Supremo Tribunal Federal e os julgamentos levam mais de décadas.

O duplo grau necessário se torna, na atualidade, desnecessário rever a lei de custas, impor garantia do título executivo judicial, na hipótese de recurso extremo ao Superior Tribunal de Justiça e STF seria muito interessante mutirões que atacassem os serviços atrasados, dados estatísticos reais e não virtuais, e a melhoria da remuneração dos servidores, com uma infraestrutura condizente com a atividade jurisdicional.

Nesse campo, o órgão regulador poderia dar um passo extremamente importante se construísse grupos de estudos no viés da reconstrução do judiciário nacional, que tocasse o dedo na ferida e restabelecesse a confiança de todos, dos advogados, dos promotores, dos defensores dativos, dos assistentes, procuradores e, principalmente, da sociedade civil, indefesa com a violência e defenestrada da solução das causas pela via do caminho normalidade, já que os juizados de pequenas causas abarrotados não suportam o represamento dos feitos que aguardam pronunciamentos.

Nenhum candidato apresenta, minimamente, na sua plataforma, uma visão difusa do judiciário, ou porque não interessa ou mantê-lo cambaleante é a diretriz de nossos governantes.

Tantos já disseram e sustentaram que o futuro do Brasil já começou com todos os contratempos, mas um judiciário sem futuro é a anomalia institucional mais grave de uma democracia jovem, mas envelhecida nas suas dinâmicas de governabilidade.

Cabe à sociedade a reconstrução da pedra fundamental dos seus direitos e das garantias de uma democracia civilizada e de primeiro mundo.

15 de junho de 2014
Carlos Henrique Abrão é Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.

ESPÍRITOS DA ESCURIDÃO

 

Quando assumiu a Presidência da República em 2003, o Partido dos Trabalhadores (PT) deu início a uma revolução no país. Não interessa aqui detalhar, minuciosamente, quais os aspectos desse processo. Interessa apontar qual sua “causa motora". Qual o seu “anima". Seu “princípio vital” ou se quiserem – seu espírito

Afirmo, pois, que aquilo que movia o PT em 2003 em nada difere dos princípios da esquerda do século XX e aponto em primeiro lugar a ideia de “começar do zero” de “passar o país a limpo” que fez com que o PT considerasse velho, corrupto e ultrapassado tudo aquilo que o antecedeu na história política da nação.

Tomado o poder, tudo precisava ser derrubado e reconstruído... tudo havia que ser pensando novamente ou simplesmente inventado para um novo Brasil. Para um “novo mundo sem medo de ser feliz". O resultado disso, todos sabemos: não sobrou “pedra sobre pedra” (a não ser de crack) da cultura e do pensamento brasileiros.

Nossa razão adoeceu, nosso capacidade crítica sumiu e iniciou-se uma verdadeira época da escuridão..um período de mau gosto estético e de relativismo moral que permitiram ao Partido-Religião acabar para sempre com a ideia de oposição. O PT nunca teve ou terá oposição; tem inimigos – o conceito é completamente diferente.
Ainda que dentro da sociedade brasileira nunca tenha desaparecido por completo a percepção daquilo que o PT fez com a política, o mesmo não se pode afirmar com tanta segurança a respeito daquilo que ele fez com a cultura. Daquilo que ele fez com a moral e com os mais simples conceitos de disciplina, hierarquia e decoro.

O dia 12 de junho de 2014, data da abertura da Copa do Mundo no Brasil, viverá – como diria Roosevelt – na história da infâmia, segundo os petistas. “Nunca antes na história desse país” 63.000 pessoas, ao vivo e numa transmissão para o mundo inteiro, disseram a um presidente da república aquilo que Dilma Rousseff teve que ouvir no Estádio do Itaquerão em São Paulo. Antes daquilo que ela escutou, ir ao estádio era “coisa do povo”. Era uma alegria de brasileiro pobre que, tomando sua cervejinha de domingo, poderia ir ao Maracanã na realização do sonho socialista. Depois do que aconteceu, Lula vem a público dizer que no Itaquerão só havia “burgueses” e que foi da diferença de classes e do preconceito que partiram as ofensas à presidente!

Por uma questão de respeito ao leitor, não vou descrever o que o público disse à Dilma naquela tarde. Não me interessa saber a que classe pertenciam as pessoas que estavam no Estádio nem se havia ou não pobres entre elas. Interessa afirmar que a primeira mandatária do país e representante de uma organização criminosa que tentou comprar todo Congresso Nacional, que destruiu toda universidade brasileira, que recebe traficantes com honras de chefes de estados, que matou prefeitos e ameaçou juízes...que bateu em professores e importou médicos cubanos. Merecia e continua merecendo escutar aquilo que escutou..

O dia 12 de junho, presidente Dilma-Lula, há de entrar para História do Brasil e deixa aos senhores a duríssima lição. A inquestionável prova de que os senhores podem nos obrigar a votar, os senhores podem ter o dinheiro dos nossos impostos, podem nos processar e até mesmo nos prender tirando a nossa liberdade, mas vocês, jamais vão ter nosso respeito! Não podem ter do povo brasileiro aquilo que vocês mesmo tiraram dele: a capacidade de respeitar qualquer coisa. A simples noção de mérito e o princípio básico de respeito a cargos e instituições. Calem-se pois e não venham à imprensa com declarações que recordam as falsas virgens e que remetem aos pudores desconhecidos por aqueles que arrancam crucifixos das paredes e se masturbam em público com a estátua de Nossa Senhora.

Mantenham-se, ordeno eu, todos os petistas. Todos aqueles que aparelharam, roubaram, fraudaram e corromperam a sociedade brasileira. Todos aqueles que atentaram contra a inocência da infância, que abusaram dos ideais da juventude e que exploraram a doença da velhice no seu mais absoluto silêncio. Calem-se todos os que diziam antes que “a voz do povo é a voz de Deus” e que agora o peito inflam para falar em decoro, respeito ao cargo e educação perante à televisão. Voltem todos vocês, seus malditos, ao lugar onde habitam os espíritos inferiores. Os Espíritos da Escuridão..

15 de junho de 2014
Milton Simon Pires é Médico.

DEMOCRACIA AGONIZANTE: O DECRETO 8243

 

 

1ª Parte – Pequeno Glossário Gramscista.

Sociedade Civil

É o conjunto de cidadãos de um povo distribuído por classes e profissões não públicas (operários, camponeses, empregados de empresas privadas, empresários, professores, estudantes etc).  Atualmente, acrescento também as ONG´s nesse conjunto.

Sociedade Política

É aquela estrutura que garante a estabilidade do país e que permite ao povo o livre exercício da democracia. Em última análise, é o próprio Estado. É constituída pelo conjunto de cidadãos que, de uma maneira ou de outra, trabalha para o governo, fazendo parte do aparato estatal (políticos, juízes de todas as instâncias, funcionários públicos, militares, policiais etc).

Intelectual Orgânico: José Gobbo Ferreira

É aquele cidadão, qualquer que seja seu grau de instrução, que tenha talento e habilidade para orientar, influenciar, conscientizar pessoas e grupos.

Hegemonia:

1. Preponderância de uma cidade ou de um povo sobre outras cidades ou outros povos:
2. Fig. Preponderância, supremacia, superioridade.
(Aurélio Buarque de Holanda – 4ª Edição)

Sovietes

Os sovietes, ou Conselhos Operários eram grupos constituídos por membros da classe trabalhadora que, originalmente sob a forma de comitês grevistas, tentavam, por bem ou pela violência, impor suas reivindicações. Na Rússia, seu poder evoluiu gradativamente e, ainda que violentamente combatidos pelo governo czarista, acabaram por assumir o controle da produção nas cidades e no campo por meio dos sovietes de operários e camponeses.

Essa estrutura se infiltrou em todas as demais classes de trabalhadores, assumiu o controle e a fiscalização de toda a atividade industrial, agrária, intelectual etc  e constituiu a base civil da revolução russa de 1917. A palavra de ordem de Lênin era: “todo o poder aos sovietes”.

Na Rússia comunista, o Congresso de sovietes de operários, soldados e camponeses etc. era o órgão supremo e soberano, que elegia um Comitê Executivo que, por sua vez, designava um Conselho dos Comissários do Povo (CCP), o governo efetivo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Nada, absolutamente nada, podia ser realizado sem a aprovação dos sovietes por meio de seus comissários e tudo, absolutamente tudo, era orientado e fiscalizado por eles.

2ª Parte – O Decreto nº 8.243.

A base de toda a atividade gramscista consiste na luta pela hegemonia e no aproveitamento do êxito dessa luta.

O movimento se inicia com a disputa pela hegemonia dentro dos vários segmentos da sociedade civil, liderada pelos intelectuais orgânicos. Começa nas diversas categorias das classes (na classe operária, por exemplo, seriam os metalúrgicos, o setor têxtil,  a construção civil etc), evolui para a formação de grupos dentro de cada uma dessas subclasses, que se impõem sobre elas, e que nada mais são do que os núcleos dos antigos sovietes.

O processo avança, pela fusão deles e vai se impondo progressivamente sobre o conjunto da classe e sobre todas as classes, até que a maioria da sociedade civil esteja disposta a seguir a orientação do grupo que conseguiu impor suas opiniões e sua influência sobre ela, tornando-se hegemônico.

Modernamente, essa fase gramscista pode contar com sindicatos,  ONG´s ou com partidos políticos em comportamento de transversalidade[1], todos trabalhando sob o disfarce de instituições democráticas e se valendo das liberdades da democracia para solapá-la.

Um exemplo simples dessa disputa é a greve. Raramente a decisão de deflagrá-la é unânime. Sua ocorrência ou não depende da posição tomada pelo grupo hegemônico dentro da categoria.

Uma vez alcançada a hegemonia sobre a sociedade civil, o alvo se torna a sociedade política (o Estado). Trata-se agora de dominar seus mecanismos, considerados de predominância burguesa, e seus órgãos de defesa e repressão, expurgando-os de seus ocupantes “burgueses”, em grande número eliminados fisicamente, e substituindo-os por sovietes a serviço do socialismo.

Não acredito que exista em todo o campo da Ciência Política um movimento mais claro e evidente de tentativa de hegemonia da sociedade civil gramscista sobre a sociedade política e de conquista definitiva do poder pelos comunistas do que o decreto nº 8.243.

Ele coloca toda a atividade do Estado sob o controle e a fiscalização de sovietes nomeados pelo governo socialista bolivariano, comandados pelo Comissário-Mor, o Ministro Chefe da Casa Civil. Em resumo: todo o poder aos sovietes!

Sua proposição, no apagar das luzes do mais infeliz, corrupto e incompetente mandato presidencial de toda a história deste país, visa a garantir que o esforço de comunização da nação brasileira, por ele exaustivamente empreendido, não se perderá de todo, caso o atual partido seja defenestrado do poder após as próximas eleições, feliz perspectiva que começa a se delinear no horizonte político nacional.

É absolutamente indispensável que toda a parcela patriota e consciente da população brasileira se levante como uma só massa, poderosa e invencível, contra essa medida de destruição definitiva da democracia em nosso país, apresentada em nome de seu aperfeiçoamento, mas que não passa de mero constitucionalismo bolivariano, de tristes resultados em países vizinhos.

15 de junho de 2014
José Gobbo Ferreira é Coronel na Reserva.  




[1] Transversalidade política: comportamento de entidades, partidos ou grupos políticos que, embora tenham suas divergências, superficiais ou profundas, se unem ocasionalmente na defesa de um objetivo comum a todas.