domingo, 6 de agosto de 2017

O SEGREDO DOS FORTES...

O segredo dos Fortes...


06 de agosto de 2017
postado por m.americo

E O DIA 06 DE AGOSTO, MARCO DA BRAVURA DOS BRASILEIROS, MAIS UMA VEZ É ESQUECIDO...



Plácido de Castro, o herói que o Brasil já esqueceu
É decepcionante constatar que o Brasil não cuida de sua memória. Se você perguntar a algum historiador brasileiro sobre o dia 6 de agosto, possivelmente ele não lembrará do que se trata. Se o historiador for católico, pode ser que se lembre de que se trata do Dia de Nosso Senhor do Bonfim ou de Bom Jesus da Lapa. Se for estudioso da História das Américas, poderá lembrar que foi em 6 de agosto que Simón Bolívar entrou em Caracas, após a vitória de Taguanes, e recebeu o título honorífico de Libertador, e 12 anos depois, também num 6 de agosto, Bolívar declarou a independência do país que levou seu nome, a Bolívia.
Mas dificilmente o historiador se lembrará do que deveria significar o 6 de agosto para os brasileiros, por ser a data em que se iniciou a revolução que culminou na anexação do Acre ao território nacional, livrando a Amazônia da possibilidade de ser colonizada pelo Império britânico, que na época (1902) dominava a maior parte do mundo e estava tentando usurpar a Amazônia com apoio dos Estados Unidos, que mal começava a ser firmar como grande potência.
CORRIDA DA BORRACHA – Naquele início de século XX, a borracha já se tornara uma das mais importantes e estratégicas matérias-primas, e toda a produção mundial provinha de um só lugar, a Amazônia, onde vicejava a nativa hevea brasiliensis, que era mais abundante justamente no território boliviano do Acre, uma extensa região que desde 1870 vinha sendo colonizada por brasileiros, que emigravam para viver da borracha. Lá havia seringueiros e aventureiros de todo o país, mas a imensa maioria vinha do Nordeste, sobretudo do Ceará.
Um desses aventureiros chama-se José Plácido de Castro, era gaúcho de São Gabriel, filho do capitão Prudente da Fonseca Castro, veterano das campanhas do Uruguai e do Paraguai, e de Dona Zeferina de Oliveira Castro.
Plácido começou a trabalhar aos 12 anos – quando perdeu o pai – para sustentar a mãe e os seis irmãos. Aos 16 anos, ingressou na vida militar, chegando a 2° sargento, entrou na Escola Militar do Rio Grande do Sul e depois lutou na Revolução Federalista ao lado dos “maragatos”, chegando ao posto de Major.
SEM ANISTIA – Com a derrota para os “pica-paus”, que defendiam o governo Floriano Peixoto, Plácido decidiu abandonar a carreira militar e recusou a anistia oferecida aos envolvidos na Revolução.
Mudou-se para o Rio de Janeiro, foi inspetor de alunos do Colégio Militar, depois empregou-se como fiscal nas docas do porto de Santos, em São Paulo e, voltando ao Rio, obteve o título de agrimensor. Inquieto e à procura de desafios, viajou para o Acre, em 1899, para tentar a sorte como agrimensor e logo arranjou trabalho por lá.
Na época, já havia a disputa de terras com a Bolívia, os colonos brasileiros já tinham até declarado duas vezes a independência do Acre, mas o governo brasileiro mandara tropas para devolver o território à Bolívia. Até que surgiu a notícia de que a Bolívia havia arrendado o Acre aos Estados Unidos, através do Bolivian Syndicate, uma associação anglo-americana sediada em Nova York e presidida pelo filho do então presidente dos EUA, William McKinley.
COLONIA DOS EUA – O acordo autorizava o Bolivian Syndicate a usar força militar como garantia de seus direitos na região, onde as leis seria imposta por juízes norte-americanos, a língua oficial seria o inglês e os Estados Unidos se comprometiam a fornecer todo o armamento que necessitassem. Além disso, tinham a opção preferencial de compra do território arrendado, caso viesse a ser colocado à venda. E a Bolívia também se comprometia, no caso de uma guerra, a entregar a região aos Estados Unidos.
Plácido de Castro estava demarcando o seringal Victoria, em 1902, quando ficou sabendo do acordo pelos jornais e viu nisto uma ameaça à integridade do Brasil. Tinha 27 anos, era o único militar de carreira que morava naquela região e decidiu liderar uma resistência. Convocou os comerciantes, seringalistas e emigrantes brasileiros, formou um pequeno grupo de guerrilheiros e aproveitou o dia 6 de agosto, feriado nacional na Bolívia, para iniciar a revolução.
UMA REVOLUCIÓN – Quando Plácido chegou com cerca de 60 guerrilheiros ao pequeno quartel do Exército boliviano na vila de Rio Branco, às margens do Rio Acre, o oficial boliviano julgou que os brasileiros vinham comemorar o feriado. “Es temprano para la fiesta”, disse ele, e Castro respondeu: “Non es fiesta, es revolución”. E a guerra começou, para desespero do governo brasileiro, que não se interessava pelo Acre.
O governo boliviano logo enviou mais um contingente de 400 homens, comandados por Rosendo Rojas. Mas Plácido de Castro, prercursor da guerrilha na selva, se revelou um grande estrategista e conseguiu enfrentar e derrotar o Exército e a Marinha da Bolívia em várias batalhas.
Os combates da Revolução Acreana duraram vários meses e a revolução só acabou em janeiro de 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis, pelo qual o Brasil comprou o território do Acre à Bolívia, anexando essas terras ao nosso país.
SONHO AMERICANO – Com o fim do conflito, o Brasil seguiu dominando o comércio mundial da borracha, e a revolução liderada por Plácido de Castro sepultou o sonho anglo-americano de dominar o Acre e a Amazônia. Ao vencer o Exército e a Marinha da Bolivia, aqueles valorosos guerrilheiros brasileiros na verdade estavam derrotando também a maior potência militar do mundo, a Inglaterra, e seu principal aliado, os Estados Unidos.
Esta é uma história linda, que infelizmente não se aprende nos colégios brasileiros. O major Plácido de Castro merecia ser lembrado e homenageado como um dos maiores heróis da História do Brasil. Mas quem se interessa?
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Há alguns anos, o prefeito de Rio Branco quis mudar o nome da Rua Seis de Agosto. Felizmente, foi impedido de fazê-lo. Mas esta iniciativa do prefeito significa que até no Acre a lembrança de Plácido de Castro está se diluindo. (C.N.)


06 de agosto de 2017
Carlos Newton

EM DEFESA DOS SERES INVISÍVEIS, ESSES TRABALHADORES ANÔNIMOS DA TERRA

Ilustração do Duke (O Tempo)


Por mais ameaças que pesem sobre a Casa Comum, a Terra, atacada em todas as frentes pelo tipo de cultura que desenvolvemos nos últimos dois séculos, explorando ilimitadamente seus bens e serviços limitados, mais diretamente para a acumulação material de poucos, apesar disso tudo, ela continua generosamente ofertando-nos beleza de frutos, flores, plantas, animais e vasta biodiversidade.

A mim impressionam as pequeninas flores vermelhas e amarelas de três vasos que pendem de uma de minhas janelas. Ridentes, elas estão sorrindo para o universo. Isso me remete à frase do místico poeta alemão Angelus Silesius que diz: “A flor é sem porquê, ela floresce por florescer, não se preocupa se a olham ou não, ela simplesmente floresce, por florescer”.

VIDA INVISÍVEL – Sabemos que somente 5% da vida é visível. O restante é invisível, composto de micro-organismos, bactérias, vírus e fungos. Já escrevi isso aqui e o repito nas palavras de um dos maiores biólogos vivos, Edward O. Wilson: “Em um só grama de terra, ou seja, menos de um punhado, vivem cerca de 10 bilhões de bactérias, pertencentes a até 6.000 espécies diferentes” (“A Criação: Como Salvar a Vida na Terra”, 2008, p. 26).

Têm razão James Lovelock e seu grupo ao afirmarem que a Terra é um superorganismo vivo, um sistema que se autorregula e que articula o físico, o químico e o ecológico de forma tão inteligente e sutil que sempre produz e reproduz vida. Chamou-a de Gaia, nome grego para designar a Terra viva.

ERVAS SILVESTRES – Nada é supérfluo na natureza. Com certo sentido de humor, escreveu o papa Francisco em sua encíclica “Sobre o Cuidado da Casa Comum” referindo-se a são Francisco. Este pedia aos frades que, “no convento, se deixasse sempre, numa parte do horto, um lugar para as ervas silvestres” porque do jeito delas também louvam seu Criador.

Devemos cuidar desses trabalhadores anônimos que garantem a fertilidade dos solos e são responsáveis pela inimaginável diversidade dos seres, e também da existência dos seres humanos, em seus diferentes modos de ser. Com os bilhões de litros de agrotóxicos (só no Brasil lançam-se ao solo cerca de 760 bilhões de litros), nós os ameaçamos e matamos.

Na história da vida, que já tem 3,8 bilhões de anos, a humanidade é a primeira espécie a se tornar uma força geofísica letal. Ela é capaz de exterminar a vida visível e nossa civilização. Há quem diga que com isso foi inaugurada uma nova era geológica, o Antropoceno.

Um naturalista, Jacob Monod, aventa a ideia de que, pelo fracasso de nossa espécie, outro ser vai surgir, quem sabe mais amante da vida.

TUDO TEM VALOR – Quem poderia imaginar que uma simples ervinha silvestre de Madagascar fornecesse alcalóides que curam a maioria dos casos de leucemia infantil aguda? Ou que um obscuro fungo da Noruega fornecesse uma substância que permite realizar o transplante de órgãos? Mais surpreendente ainda: que a partir da saliva de sanguessugas foi desenvolvido um solvente que evita a coagulação do sangue em cirurgias?

Como se depreende, todos os seres possuem um valor em si mesmos pelo simples fato de terem surgido ao longo de milhões de anos de evolução e em seguida poderem ser generosamente úteis para o ser humano.

SÃO FRANCISCO – As espécies ditas “daninhas” enriquecem o solo, limpam as águas, polinizam a maioria das plantas. Sem elas, nossa vida estaria sujeita a doenças e seria mais breve. Essa legião de micro-organismos e minúsculos invertebrados, que constituem quatro quintos de todos os seres vivos da Terra, não estão à toa e sem cumprir sua função no processo cosmogênico. Nós precisamos deles para sobreviver. Mas eles não precisam de nós.

São Francisco pisava de mansinho sobre o solo com medo de matar algum bichinho. Nós os atropelamos.


06 de agosto de 2017
Leonardo Boff
O Tempo

JOSÉ MÁRCIO 2018 - 1a. MEDIDA: INTERVENÇÃO

PATRIOTA "ASSUSTA" AO REVELAR O QUE ESTÁ PARA ACONTECER COM O BRASIL!

NOTÍCIAS DA MADRUGADA

AS PROFECIAS DE NIKOLA TESLA SOBRE O FUTURO DA HUMANIDADE