domingo, 31 de julho de 2016

UM SIMPLES PÉ DE MILHO, QUE NASCEU NO JARDIM DE RUBEM BRAGA

Braga, no quintal aéreo onde floresceu um belo pé de milho

Envio mais uma crônica do mestre Rubem Braga, que somente espaços como a Tribuna da Internet se interessam em prestigiar. E lembro de Artur da Távola, a quem não conheci pessoalmente, mas ele dizia que a gente pode ter um querido amigo morto há mais de 100 anos. É o que acontece comigo em relação ao Rubem Braga e também ao inesquecível Artur da Távola, que costuma perguntar: “Quem tem medo de música clássica?”


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UM PÉ DE MILHO
Rubem Braga

Os americanos, através do radar, entraram em contato com a Lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho. Aconteceu que, no meu quintal, em um monte de terra trazida pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser umpé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro da casa. Secaram as pequenas folhas; pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que aquilo era capim. Quando estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana.

Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança suas folhas além do muro e é umesplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente.

Um pé de milho sozinho, em um canteiro espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas – mas na lógica de seu crescimento, tal como vi numa noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, de crinas ao vento e em outra madrugada, pareciaum galo cantando.

Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores lindas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que me fazem bem. É alguma coisa que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. Eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da rua Júlio de Castilhos.


31 de julho de 2016
Carmen Lins

ROBERTO D'AVILA: OLÍVIA BYINGTON LANÇA "O QUE É QUE ELE TEM?

Roberto D'Avila: Olivia Byington lança "O que é que ele tem?", sobre ...

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31 de julho de 2016
postado por m.americo

CARLOS BYINGTON É O ENTREVISTADO NO PROGRAMA CONEXÃO D'AVILA

Carlos Byington é o entrevistado no programa Conexão Roberto D'Avila

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31 de julho de 2016
postado por m.americo

É PRECISO QUE TODOS CONHEÇAM A MENSAGEM DO PAPA SOBRE FAMÍLIA E PERDÃO


Estilo das mensagens do Papa é direto, autêntico e verdadeiro


É preciso que se divulgue a homilia “Família, Lugar de Perdão” do Papa Francisco, que dede 2015 circula na internet. Independente de sua religião ou credo, vejam que linda mensagem o Papa Francisco escreveu sobre a família, hoje lamentavelmente esquecida, espoliada, jogada na sarjeta. Induvidosamente, trata-se de uma impressionante mensagem de evangelização!

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FAMÍLIA, LUGAR DE PERDÃO

Papa Francisco

Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas.

Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração. Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. É autofagia. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente.

É por isso que a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença.


31 de julho de 2016
João Amaury Belem