quinta-feira, 18 de junho de 2015

UM AVÔ DESASTRADO

Quando eu era adolescente, perguntei para meu avô:

– Vô, é verdade o que o pessoal da família diz do senhor?
Ele não perdeu a pose:
– Todas as inverdades que disserem sobre mim são mentiras. Em todo caso, o que é que os línguas-de-trapo andam falando na frente de meus descendentes?
– O pessoal muitas vezes comenta que o senhor costumava ser muito desastrado, que derrubava coisas, que cometia muitas besteiras.
O gentil velho fez um ar de nobre indignado:
– Essa gente não sabe entender a harmonia dos meus gestos, a graça de minha movimentação e o fato de que por vezes os objetos não entendem os planos que eu tenho para eles.
Mas, já que estamos no assunto, vou-lhe contar umas origens de palavras relativas ao assunto.
Por exemplo, desastrado vem de desastre, o qual deriva do Italiano disastro, originalmente “má influência dos astros”. Depois passou a significar “acontecimento que causa mal ou destruição”. Iniciou a vida com o prefixo latino dis-, aqui com sentido pejorativo, mais astrum, “estrela”.
– Então é da época em que se acreditava na influência das estrelas na vida da gente?
– Infelizmente, essa época ainda não acabou. Eu mesmo estou pensando em lançar um livro sobre o assunto. Vou dizer que sou Engenheiro Astrônomo, fazer horóscopos e ficar rico.
– Verdade, Vô?
– Não. Mas, voltando às coisas sérias, há quem diga que eu sou destrambelhado. Esta se forma por des-, indicando oposição, mais trambelho ou trabelho, que designa uma peça de madeira usada para puxar fios e cordas. Se um cordame não tiver seu trambelho bem colocado, o trabalho não é feito adequadamente.
– E esse trabelho vem de…?
– Do Latim trabeculu, um diminutivo de trabs, “trave, viga”.
– Ouvi também dizerem que o senhor era canhestro.
– Pura inveja. Mas esta palavra é uma alteração de canhoto, a pessoa que usa principalmente a mão esquerda.
– E esta?
– De canho, “mão esquerda”. E esta, por estranho que pareça, viria do Latim canis, “cão”. Talvez porque ele não tenha a mesma habilidade manual do ser humano.
– É o caso do gato e da vaca também!
– Você está certo. Até agora não consegui descobrir qual a razão.
– Se a pessoa é canhota, é porque ela faz bem com a esquerda o que faria com a direita. Por que recebe a fama de desajeitada?
– O problema não é ela, são os objetos. Por exemplo, escrever com uma caneta de tinta líquida acaba gerando borrões no texto.
– E quem é que escreve com isso?
– Eu volta e meia uso minha Parker 51, rapazinho, e sinto muito prazer com isso. Mas não se esqueça dos séculos que se passaram com os grandes autores usando penas de ganso. Outras coisas também atrapalham os canhotos, como o uso de tesouras. Há algum tempo existem tesouras especiais para eles. Imagine um cirurgião canhoto tendo que cortar fios com uma tesoura para destros.
– Ué, não sabia dessa!
– Depois vou-lhe fazer uma demonstração e você verá que o instrumento, quando usado na mão errada, tende a afastar as lâminas entre si, o que acaba mastigando as bordas do material sem cortar.
– Puxa, Vô, cada coisa que a gente aprende com o senhor!
– Infelizmente não cobro nada, o que me impede de enriquecer. Sou desajeitado para isso também, palavra que vem de nosso tão falado des-, mais jeito, do Latim jactus, particípio passado de jacere, “lançar, arremessar, atirar, jogar”.
E não se esqueça de que boa parte do que me atribuem é por causa do azar que muitas vezes acompanha meus movimentos. Azar vem do Árabe sahr, “flor”, pois uma das faces dos dados árabes tinha o desenho de uma florzinha. Como era um jogo definido pelo acaso  –  isso se o dado não estava viciado  –  a palavra derivada passou a significar primeiro “acaso”, independente de trazer consequências boas ou más. Em Espanhol este é o uso atual dela. Em Português é que seu significado se reduz a “sorte contrária, infortúnio”.
– E quando dizem que o senhor é estabanado, é porque vivia escorregando em cascas de banana?
– Até isso dizem de mim? Este mundo é pleno de injustiças. Essa palavra tem uma orgem interessante. Deriva de tavão, do Latim tabanus, um moscardo de picada muito dolorosa que também atende pelo nome de “mutuca”.
– O tavão derruba coisas?
– Não, descendente, o gado que é picado por ele fica agitado e tende a se comportar de forma desastrosa. O que, repito, nada tem a ver com a minha pessoa.
Mas isso me traz à memória outra palavra, estouvado, que provavelmente certas pessoas também apliquem à minha conduta no passado. Ela tem a mesma origem que “estabanado”.
– E trapalhão, caro antepassado?
– Vem de “trapo”, do Latim drappus, “pano rasgado, trapo”, provavelmente de origem gaulesa, pelo sentido de “amontoado informe, confusão”.
– Ah. E inábil?
– Vejo que meus familiares passam longo tempo se dedicando ao maligno esporte de falar mal de minha pessoa. Não importa, significa que eles pensam em mim. Quanto mais não seja para contaminar as mentes dos jovens com calúnias.
Pois inábil vem do Latim  in-, negativo, mais habilis, “fácil de manejar”, de  habere, “ter, segurar”. De minha parte, sustento que sou muito habilidoso, as coisas é que caem ao meu redor sozinhas por motivos ainda não definidos pela Ciência.
Mas agora chega de lidar com supostas más qualidades minhas. Vamos descansar um pouco.
18 de junho de 2015
in conversas com meu avô

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS NA LEITURA GRECO-ROMANA




No século 4 a.C., na Grécia, na Escola Médica de Cós, sob a liderança de Hipócrates, a palavra higiene se impôs no sentido regulador, tanto na alimentação quanto no caráter educativo. Nesse contexto, a ginástica fazia parte da manutenção da saúde. Por esta razão, os ginastas permaneceram independentes frente ao crescente poder médico nas relações sociais e também conquistaram papel importante no aconselhamento do corpo sadio.

O texto De um Regime de Vida Saudável se propõe servir de guia ao público. O autor desconhecido estabeleceu os parâmetros da cultura médica mínima da vida saudável. O objetivo central do autor seria estabelecer, pela lei, o caminho que as pessoas deveriam seguir para evitar a doença.

O propósito parece ter sido o mesmo do autor do livro Da Dieta que aborda a importância da alimentação balanceada com frutas e legumes.

A estrutura teórica da Medicina como paideia, na Grécia, no século 4 a.C., estava tão bem elaborada que perpassou o mundo romano. No século 2 a.D., o médico Galeno (138-201), o mais conhecido representante da medicina romana, acoplou a cada humor da Escola de Cós, da teoria dos Quatro Humores (sanguíneo, fleumático, bilioso preto e bilioso amarelo) novas categorias por ele denominadas temperamentos (sanguíneo, linfático, melancólico e colérico). 

Os escritos galênicos, valorizados durante mais de quinze séculos no Ocidente cristão, valorizava a sangria, sudorese, diarreia e vômito como formas de tratamento para equilibrar os humores e restabelecer a saúde.

Humor (Grécia)                  Temperamento (Roma)

Sanguíneo                                   Sanguíneo
Fleumático                                     Linfático
Bilioso preto                                Melancólico
Bilioso amarelo                              Colérico

A flexibilidade da Medicina como paideia acabou ferida, na Idade Média, pela intolerância restritiva exaltando a doença como pecado e o milagre como principal prática de cura. Os santos substituíram os deuses e deusas greco-romanos e se tornaram o único tratamento dos doentes sem esperanças, nos incontáveis santuários, especialmente, em Jerusalém e Compostela.

A influência greco-romana trazida pelo elemento colonizador marcou as práticas médicas coloniais: a princesa Paula Mariana, filha do primeiro imperador do Brasil, sob os cuidados dos mais importantes médicos da corte, faleceu após ser submetida às muitas sangrias e clisteres para expurgar os “maus humores”. O mesmo pensamento se manteve na Europa do século 19: o viajante Von Martius, no Amazonas, descreveu o temperamento dos índios como “fleumático, por terem pouco sangue nas veias”.

As construções teóricas dos saberes, independente dos juízos de valores, se mostram competentes e duradouras na medida da durabilidade do pensamento inovador: a teoria dos Quatro Humores, do tempo de Hipócrates, na Grécia do século 4 a.C., e a teoria dos Temperamentos, do médico romano Cláudio Galeno, no século 1, sustentaram a veracidade do diagnóstico e do tratamento por quase vinte séculos.

18 de junho de 2015
João Bosco Botelho

VISUALIDADES...

VISUALIDADES  1



Capela Scrovegni, a obra-prima de Giotto
No final de Decameron, Pasolini interpretando Giotto, questiona: "Por que realizar uma obra, se é tão belo apenas sonhá-la?"  A obra sonhada e realizada é uma parte do Juízo Final, um  dos 40 afrescos pintados pelo artista, entre 1303 e 1305, na Capela Scrovegni em Padova, na Itália. É a obra mais importante de Giotto, tendo inclusive inspirado Michelangelo na pintura da Capela Sistina.

                                                       Cena final de Decameron, de Pasolini
Inferno de Dante
O trabalho, revolucionário tanto na inclusão da perspectiva na pintura quanto na humanização das figuras representadas (estas as maiores contribuições de Giotto para a história da arte) foi encomendado pelo banqueiro Enrico Scrovegni (retratado na citada cena do  Juízo Final,apresentando  uma maquete da capela  à Virgem Maria) que, sendo filho do agiota Reginaldo degli Scrovegni, um dos personagens do Infernode Dante Alighieri, queria certamente assegurar seu lugar no Paraíso. Conseguiu pelo menos a redenção entre os mortais.





VISUALIDADES  2








Documenta
A Documenta  acontece na cidade de Kassel, na Alemanha, desde 1955, a cada cinco anos. Continua sendo  a mostra de arte mais importante do planeta, seguida pela Bienal de Veneza.
Documenta 2
A primeira edição da Documenta de Kassel foi organizada pelo artista plástico Arnold Bode com a intenção de mostrar a arte alemã  “degenerada”, proibida de ser mostrada até o fim da segunda guerra. O nacional-socialismo detestava a arte de “vanguarda”.
Documenta 3
Antes da nona edição, a mostra era praticamente eurocêntrica. Foi o belga Jan Hoet quem mudou isso incorporando todos os continentes. O Brasil teve ali quatro representantes: Cildo Meireles, Waltércio Caldas, Jac Leirner e José Rezende. Aquela foi a primeira Documenta que visitei, e ainda a tenho como a melhor (fui a todas desde então). Anos depois, o mesmo Hoet, juntamente com Phillipe Vancauteren, foi curador da Bienal Ceará América (projeto nosso à frente do MAC Dragão do Mar),  mas esse é um assunto para outra ocasião.
Documenta 13
Não há na atual edição da mostra alemã qualquer semelhança com as  recentes grandes exposições do gênero, cada vez mais afinadas com as feiras de arte. A arte, aqui, parece reencontrar o rumo de sua história, abrindo espaço para a prospecção. Causou uma certa polêmica o deslocamento de documentações históricas e experimentos científicos (físicos, biológicos, etc) para o universo da arte (por mais expandido que ele se encontre nesta edição da Documenta), o que pode ser entendido também como expansão das colocações de Duchamp que permearem  a arte do último século. Nada é espetacular ou  majestoso, e não há qualquer tipo de apelo midiático. É uma mostra para quem tem grande repertório em arte contemporânea.
Deslocamentos
Quem não entende de física quântica, certamente passará batido pela sala dedicada às pesquisas do cientista Anton Zeilinger, mas, mesmo quem não conhece muito de  botânica poderá se comover com as pinturas documentais do padre – jardineiro  da Bavária Korbinian Aigner, feitas quando cultivava maçãs no campo  de concentração em Dachau, onde era prisioneiro. Desse cultivo, aliás, surgiram, além das pinturas, quatro novas variedades da fruta (batizadas com seu nome, como de costume nessa área). Em Kassel foram plantadas algumas e isto cria uma delicada relação com outras obras que foram ficando na cidade ao longo da existencia da Documenta como os 7000 Carvalhos de Beuys, e as esculturas de Claes Oldenburg e Jonathan Borowsky. Pode-se “vivenciar “também sem dificuldades a proposta de criação, no parque Karlsaue, de uma espécie de ecossistema experimental, pelo artista francês  Pierre Huyghe, juntando, como ele mesmo diz,  “artefatos, elementos inanimados e organismos vivos ... plantas, animais, seres humanos, bactérias...O que ocorre entre estes elementos  não tem nenhuma script. Há antagonismos, associações, hospitalidade e hostilidade, corrupção, separação e degeneração ou colapso” O que resultar disso certamente se juntará às heranças acima citadas. 

Pierre Huyghe - Untilled

No mesmo parque, numa ponte improvisada com pequenas barcaças, o suiço Christian Philipp Müller  criou uma horta de acelgas de colorações  e sabores variados onde o visitante é convidado a provar as folhas desfrutando de seus diferentes sabores.


Christian Philipp Müller - The New World


Analogia
A inclusão de nomes como  Salvador Dalí, Konrad Zuse, Giorgio Morandi, Gustav Metzger,  Maria Martins, Man Ray e Julio González, pode parecer estranha  num contexto como este, mas faz parte de uma das vertentes curatoriais que pretende  fazer uma analogia entre os dias atuais e os anos 30 e 40 pelo fato do mundo nestes dois tempos  enfrentar  crises de naturezas similares, incluindo aí algumas guerras.
Fotografia e Vídeo
A fotografia  é a grande ausente nesta mostra  e os vídeos são quase sempre complementos de instalações ou performances. São estes, no entanto, fundamentais nos  momentos mais fortes da mostra como na obra The Refusal of Time do  sul africano Willian Kentridge, tão emocionante que arranca aplausos no final, e em Alter Bahnhof Video Walk, da dupla canadense Janet Cardiff e George Bures Miller que nos deixa atordoados (mas também encantados), confundindo passado e presente, real e virtual,  ao seguirmos, numa estação de trem, o percurso repleto de ações (música, dança, performances) filmado dias antes pelos artistas, o qual visualisamos  na telinha de um ipod orientados pela voz de Cardiff. A dupla também criou uma comovente instalação sonora mas absolutamente imagética, sob as àrvores do parque Karlsaue, onde podemos vivenciar os bombardeios aéreos sofridos pela cidade de Kassel, provavelmente naquele mesmo local, durante a segunda guerra mundial. 
Merece honrosa menção também o vídeo Raptor’s Rapture,da dupla Allora e Cauzadilla exibido num Bunker. Nele uma flautista especializada em instrumentos pré-históricos extrai som de uma flauta fabricada pelo homo-sapiens há 35 mil anos, com o osso da asa de um grifo (um dos mais antigos habitantes da terra). A música começa quando começa a humanidade. No vídeo, a flautista toca na presença desta mitológica ave quase extinta.




Willian Kentridge - The Refusal of Time (trecho)
                                         
 
Janet Cardiff e George Bures Miller - Alter Bahnhof Video Walk


Janet Cardiff e George Bures Miller - For a Thousand Years


Merece honrosa menção também o vídeo Raptor’s Rapture,da dupla Allora e Cauzadilla exibido num Bunker. Nele uma flautista especializada em instrumentos pré-históricos extrai som de uma flauta fabricada pelo homo-sapiens há 35 mil anos, com o osso da asa de um grifo (um dos mais antigos habitantes da terra). A música começa quando começa a humanidade. No vídeo, a flautista toca na presença desta mitológica ave quase extinta.


Allora & Calzadilla - Raptor's Rapture ( frame de vídeo) 



Pluralidade

A compreenção de  grande parte das obras , depende de bulas emanadas por elas próprias e não de relações estabelecidas na elaboração de um discurso.  Muitas indagações ficarão sem resposta, segundo a própria curadora Carolyn Christov-BakargievNão é fácil, por exemplo,  encontrarmos uma explicação para sala no térreo do museu Fridericianum onde a  curadora reuniu inúmeras obras aparentemente sem conexão. De cerâmicas de 2000 antes de Cristo a Giorgio Morandi; de peças de uso pessoal de Hitler à foto de um pequeno lago no Cambodja que teve origem com a explosão de uma bomba durante a guerra do Vietnan. De Lawrence Weiner  a objetos danificados durante a guerra civil libanesa. Esta sala, porém, nos seus mínimos detalhes, nos acompanha como um guia por toda a visita, permanecendo conosco muito tempo depois. É aconselhável, portanto, que se inicie o percurso pelo  museu Fridericianum, grande  templo da mostra ( até a Documenta 9 era o único espaço expositivo).
Pratchaya Phinthong - Sleeping Sickness

Fridericianum

Logo na entrada do museu somos surpreendidos pelo vazio das tres grandes salas de entrada (nenhuma referencia à nossa penúltima bienal, certamente, embora aquela de Ivo Mesquita e a anterior a ela, de Lisette Lagnado, dialoguem melhor com esta Documenta do que a mais recente, que optou por não correr riscos ). Porém, depois de algum tempo, sobretudo quando lemos uma legenda na parede, é que percebemos que ali existe uma brisa totalmente artificial de procedência não perceptível, obra do inglês Ryan Gander. Uma quarta sala vazia contém a peça sonora da paquistanesa Ceal Floyer, na qual ouvimos repetidamente  o refrão de uma canção de Tammy Wynette que diz “I’ll just Keep on/ ‘til i get it right”.  Quase na mesma “paleta” está a obra do tailandes  Pratchaya Phinthong, na qual um casal de moscas Tse Tse (ela fértil, ele esterilizado), dorme(ou está morto). Aqui é uma cúpula de vidro quem define: Isto é arte. O artista chama a atenção de maneira crua, nada “poética”, para a possibilidade de métodos ambientalmente sustentáveis para o impedimento da disseminação da doença do sono que atinge milhares de pessoas, sobretudo na África, todos os anos.

Drama

No próprio Fridericianum duas obras se contrapõem, no conteúdo e no formato, às citadas acima, por exibirem dramas intensos. A primeira é a belíssima série de 769 gouaches autobiográficos da alemã judia Charlotte Salomon, morta em Auscwitz, nos quais descreve através de imagens e textos como foi sua vida e a de sua família  desde o suicídio da avó, em 1913, até o fortalecimento do nazismo ao qual sucumbiu. A outra, do argelino-Francês Kader Attia, intitulada The repair from occident to extra-occidental cultures, coloca-nos dentro de um labirinto de estantes de estrutura quase museológica, com livros de cunho colonialista e esculturas africanas de rostos desfigurados, até chegarmos a uma projeção de slides com imagens chocantes de rostos mutilados de soldados brancos europeus que lutaram na primeira guerra mundial, que muito se assemelham às tradicionais máscaras africanas.

Charlotte Salomon - From Life? Or Theater? A Play with Music 


Kader Attia -The repair from occident to extra-occidental cultures


Maratona

Há outros (grandes) prazeres durante o longo percurso que nos faz circular por quase toda a cidade. A Documenta está espalhada por museus, parques, galerias, Hotéis, confeitaria, hospital, estação de trem, e até um bunker da segunda guerra mundial. A seguir mostraremos algumas imagens dos trabalhos que achamos mais significativos.


Yan Lei - Limited Art Project


  
      Lara Favaretto - Momentary Monument IV


 
Adrián Villar Rojas

                                                                    
 

Istvan Csakany - Sewing Room

 Rossella Biscotti - The Trial


Apichatpong Weerasethakul - weisser


Theaster Gates - 12 Ballads for the Huguenot House


Geoffrey Farmer - Leaves of Grass


Sam Durant - Scaffold


Ana Maria Maiolino - Here & There


                                           
Massimo Bartolini - Untitled ( Wave)


Doug Ashford - Many Readersof 1 Event


Francis Alÿs - Untitled


Maria Martins



Llyn Foulkes