quarta-feira, 2 de agosto de 2017

BRASILEIRO NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA MERCADO DE PRODUTOS ORGÂNICOS



Região Sul é a que mais consome produtos orgânicos. Entre os que consumiram algum produto do gênero no último mês, quase ninguém lembra a marca 

Apenas 15% da população urbana consumiu algum alimento ou bebida dessa modalidade nos últimos 30 dias


Uma pesquisa realizada pelo Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (ORGANIS) mostrou que o brasileiro, além de não comprar, desconhece ou entende muito pouco sobre o mercado de orgânicos.

Ao todo, foram entrevistadas 905 pessoas entre março e abril e o principal dado aponta que apenas 15% da população urbana havia consumido algum alimento ou bebida dessa modalidade nos últimos 30 dias. A região Sul é a que proporcionalmente mais consumiu produtos orgânicos: 34% do total. O menor índice é da região sudeste, com 10% dos domicílios.

“A pesquisa apontou um preocupante desconhecimento por parte do consumidor sobre o produto e sua verificação. A grande maioria ainda associa o produto orgânico apenas com a questão de produto sem agroquímicos, ainda não conhece a regulamentação e, em muitos casos, confia na palavra de quem comercializa ou quem apresenta o produto”, aponta Ming Liu, diretor do ORGANIS.

Entre aqueles que consumiram algum produto orgânico, 85% não lembram a marca. Para o especialista, o desconhecimento é um risco para o consumidor. “Não reconhecer um produto orgânico propicia oportunidades para fraudes e oportunistas”, destaca.
Não é só o preço

Os motivos para 85% da população não consumir orgânicos são diversos. Para 41% dos entrevistados, o preço é o fator determinante. O restante se divide entre desconhecimento, falta de interesse e há também aqueles que alegam que faltam locais para realizar a compra.

“Este resultado demonstra que falta ainda uma campanha nacional ou um projeto de educação para esclarecer o consumidor, melhor distribuição e oferta de produtos. O varejo tenta ser este veículo com o consumidor final, na medida em que lojas menores fazem um atendimento mais personalizado, potencializando o processo de educação e fidelização com os consumidores”, comenta Ming Liu, que foi um dos coordenadores do levantamento.

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A situação é bem diferente de um forte concorrente do agronegócio brasileiro. Nos Estados Unidos, 82% das famílias consumiram algum produto orgânico no último ano, e 14% das frutas e vegetais consumidos no mercado já são orgânicos.


02 de agosto de 2017
Aniele Nascimento/Gazeta do Povo


JESUS CRISTO EXISTIU? (LUIZ FELIPE PONDÉ)

Jesus cristo existiu? - Luiz Felipe Pondé - YouTube.

02 de agosto de 2017
postado por m.americo

POR QUE VIREI ATEU? (LUIZ FELIPE PONDÉ)


Por que virei ateu? - Luiz Felipe Pondé - YouTube
Luiz Felipe Pondé. Luiz Felipe ..... Pondé, o mundo é um lugar sujo, pessoas más, por mais que você seja ateu, você pode acreditar em algo.

02 de agosto de 2017
postado por m.americo

O QUE É UMA PESSOA INTELIGENTE?

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02 de agosto de 2017postado por m.americo

DESCOLADOS E BACANAS ADOTAM VIRA-LATAS E PEDEM HÓSTIA 'GLUTEN FREE'

A tipologia humana contemporânea chama a atenção pelo ridículo. Descolados e bacanas são pessoas que têm hábitos, afetos e disposições de alma mais avançados do que os "colados" e os "canas".

Estes são gente que não consegue acompanhar os progressos sociais e se perdem diante das novas formas de economia, de sociabilidade e de direitos afetivos. Vejamos alguns exemplos dessa tipologia dos descolados e bacanas. Se você não se enquadrar, não chore. Ser um "colado" ou "cana" um dia poderá ascender à condição vintage, semelhante ao vinil ou ao filtro de barro.

A busca de uma alimentação saudável é um traço de descolados e bacanas. Um modo rápido e preciso de identificá-los é usar a palavra "McDonald's" perto deles. Se a pessoa começar a gritar de horror ou demonstrar desprezo, você está diante de um descolado e bacana. Se você não entender o horror e o desprezo dele pelo McDonald's, você é um "colado" e um "cana".

Essa busca pela alimentação segura bateu na porta de Jesus, coitado. A demanda dos católicos descolados e bacanas é que o corpo de Cristo venha sem glúten. Uma hóstia "gluten free". O papa, seguramente uma pessoa desocupada, teve que se preocupar com o corpo de Cristo sem glúten. A commoditização da religião, ou seja, a transformação da religião em produto, um dia chegaria a isso: que Jesus emagreça seus fiéis.

Um segundo tipo de descolado e bacana é aquele pai que fica lambendo o filho pra todo mundo achar que ele é um "novo homem". Esse "novo homem" é, na verdade, um mito pra cobrir a desarticulação crescente das relações entre homem e mulher. Homens cuidam de filhos há décadas, mas agora pai que cuida de filho virou homem descolado e bacana, com direito a licença-paternidade de 40 dias, dada por empresas descoladas e bacanas.

Além de tornar o emprego ainda mais caro (coisa que a lei trabalhista faz, inviabilizando o emprego no país), a sorte dessas empresas é que as pessoas cada vez mais se separam antes de ter filhos. As que não se separam, por sua vez, ou tem um filho só ou um cachorro. Logo, fica barato posar de empresa descolada e bacana. Queria ver se a moçada fosse corajosa como os antigos e tivesse cinco filhos por casal. Com o crescimento da cultura pet, logo empresas descoladas e bacanas darão licença de uma semana quando o cachorro do casal ficar doente. E esse "direito" será uma exigência do capitalismo consciente. Aliás, descolados e bacanas adotam cachorros vira-latas para comprovar seu engajamento contra a desigualdade social animal.

Um terceiro tipo de gente descolada e bacana é o praticante de formas solidárias de economia. Este talvez seja o tipo mais descolado e bacana dos descritos até aqui nessa tipologia de bolso que ofereço a você, a fim de que aprenda a se mover neste mundo contemporâneo tão avançado em que vivemos.

Uma nova "proposta" (expressões como "proposta" e "projeto" são essenciais se você quer ser uma pessoa descolada e bacana) é oferecer sua casa "de graça" para pessoas morarem com você. Calma! Se o leitor for alguém minimamente inteligente, desconfiará dessa proposta. Algumas dessas propostas ainda vêm temperadas com um discurso de "empoderamento" das mulheres que colaborariam umas com as outras. Explico.

Imagine que uma mãe single ofereça um quarto na casa dela para outra mulher em troca de ela cuidar do maravilhoso e criativo filho pequeno dessa mãe single. Entendeu? Sim, trabalho escravo empacotado pra presente.

Gourmetizado dentro de um discurso de "solidariedade feminina" e economia colaborativa. Na prática, você trabalharia em troca de casa e comida. Essa proposta é ainda mais ridícula do que aquela em que você, jovem, recebe a "graça" de trabalhar de graça pra um marca famosa que combate a fome na África em troca de experiência e para enriquecer seu "book". Na China eles são mais solidários do que isso, você ganharia pelo menos um dólar.

Sim, o mundo contemporâneo é ridículo de doer. Com suas modinhas e terminologias chiques. Coitada da esquerda que abraça essas pautas criativas. Saudades do Lênin?


02 de agosto de 2017
Luiz Felipe Pondé, Folha de SP