sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O CABRITO, A REALPOLITIK E A CRISE

A adega onde se forjou a era Lula fecha as portas


Antonio teve duas ideias. A segunda foi convencer Leone, o vizinho, a abrir seu restaurante no dia da folga semanal e reservá-lo só para ele.
Leone aceitou: afinal, Antonio era uma autoridade na cidade e ia receber o seu chefe nacional, figura importante, célebre, merecedora de particulares e redobradas atenções. Como o chefe de Antonio sempre apreciou bacalhau, o restaurante português de Leone era, os dois concordaram, o lugar ideal para a reunião.

Não bastava, no entanto, reservar o espaço. Antonio também pediu a Leone que dispensasse todos os garçons, que atendesse pessoalmente os comensais, que desligasse as linhas telefônicas, reservasse uma mesa para os seguranças e mantivesse a porta fechada, tão fechada como se aquela segunda-feira de maio de 2002 fosse, para quem passasse pela rua, um dia normal de folga do restaurante. “Tudo bem”, respondeu o proprietário, consciente da gravidade do momento.

Antonio, o chefe dele e outros quadros destacados da organização precisavam de privacidade absoluta porque aquela não era uma reunião qualquer: durante o almoço, redigiriam e aprovariam uma carta que podia mudar os seus destinos para sempre. E os destinos do Brasil. Essa carta foi a primeira ideia de Antonio. Antonio Palocci.

Recém-licenciado do cargo de prefeito de Ribeirão Preto, Palocci agora se dedicava em tempo integral à candidatura ao Palácio do Planalto do chefe, Luiz Inácio Lula da Silva, e não queria falhar. Não podia falhar: porque o chefe já falhara nas três tentativas anteriores e porque as circunstâncias – baixa popularidade do rival Fernando Henrique Cardoso e, por extensão, do PSDB – conspiravam a favor.

Leone, de sobrenome Rufino, era um homem acostumado a servir de anfitrião aos intelectuais e endinheirados de Ribeirão Preto, como os Palocci. E sua mulher, a chef Anabela, perdera a conta dos elogios ao seu tempero, recebidos ora de clientes importantes, ora da crítica especializada – a Adega Leone foi considerada um dos quatro melhores restaurantes portugueses do Brasil anos a fio, e ganhou dezessete estrelas do prestigiado Guia Quatro Rodas.

Mas receber gente da relevância de Lula e da cúpula nacional do PT, assim, todos de uma vez? Nunca antes na história daquele restaurante.

Leone Rufino é um homem de estatura mediana, magro, calvo, mas com cabelos brancos nas têmporas. Nascido em Lisboa e criado no Porto, cujo sotaque cantado se revela quando recita Camões à mesa dos clientes mais chegados, Rufino aterrissou no Rio de Janeiro em 1965 com a mulher e os dois filhos para assumir o cargo de gerente de marketing da Coca-Cola. 
A multinacional havia fechado a sucursal onde ele trabalhava, em Angola, durante a guerra colonial entre o país africano e o Exército português, e o Brasil virou a sua nova casa. Do Rio, passou, cinco anos mais tarde, para a filial de Ribeirão Preto, onde, em 1994, encerraria a carreira na Coca-Cola e iniciaria a aventura na Adega Leone.

A Adega, um típico restaurante português, com azulejos por todo lado, trilha sonora permanente de Amália Rodrigues e pão e vinho sobre a mesa, foi uma das primeiras casas comerciais no Boulevard, bairro posteriormente transformado em região nobre do comércio de Ribeirão Preto. Vivia cheio antes daquele almoço de Lula e companhia. Continuaria cheio durante o tempo em que Lula e companhia estiveram no poder.

Naquela tarde de segunda-feira, a poucos meses do penoso fim do segundo mandato de FHC, meia dúzia de políticos ilustres comeram e conversaram animadamente a um cantinho do salão. Rufino tentou citá-los de cabeça: “Ora, estavam o Lula, o Palocci, o Dirceu, o Genoino, o Mantega, o Mercadante, o Duda Mendonça...”

A determinada altura, recorda Rufino, Duda se levantou e leu, em alto e bom som, uma versão da Carta ao Povo Brasileiro perante os companheiros. E perante Rufino. No documento, o PT trocava o ideário de esquerda em matéria econômica por uma espécie de radicalismo de centro. 
Rendia-se àrealpolitik do Plano Real e piscava o olho para o PIB nacional. De charuto na mão, estômago afagado e sorriso no rosto, Lula, que por causa dessa carta se tornaria hóspede do Palácio da Alvorada por oito anos, aprovou.
“Pediram então mais vinho”, disse Rufino. “Beberam Cartuxa tinto, no total umas dez ou doze garrafas, e comeram um cabrito à Fornos de Algodres e uma tibornada de bacalhau com batatas a murro. E o Lula repetiu as batatas a murro”, completou Anabela, orgulhosa de sua memória e de suas batatas.

Depois desse almoço e dessa carta, todos sabemos o que aconteceu ao grupo de comensais e signatários. Lula saiu da Adega Leone quase direto para o Planalto, e do Planalto para a liderança espiritual do PT. Pelo meio, continuou a trocar piscadelas de olho com o PIB nacional. Palocci, ziguezagueando entre governo e iniciativa privada, enriqueceu. 
Dirceu e Genoino, de presos políticos, passaram a políticos presos, com um Mensalão pelo meio. Mensalão do qual Duda Mendonça escapou ileso. Mantega foi eterno na Fazenda enquanto o amor de Dilma durou. E Mercadante está eterno ao lado da presidente enquanto o amor durar.
Mas e o anfitrião e seu restaurante? O que é feito deles? Leone Rufino e sua adega resistiram enquanto puderam. 
Acreditaram que a marolinha que foi derrubando, uma a uma, cada casa comercial no Boulevard nunca chegasse a tsunami. Engano: a crise levou com ela a premiada instituição ribeirão-pretana fundada 21 anos atrás. “Não tem jeito, em época de crise, são os restaurantes, os bares ou os cinemas as primeiras coisas que as pessoas cortam: tive que fechar a Adega Leone no dia 1º de junho de 2015”, revelou o português, pesaroso e resignado, hoje com 77 anos, ao lado da mulher echef Anabela, de 67.

Custos fixos elevados, impostos cada vez mais pesados, aluguel alto, movimento fraco, o cansaço do casal para enfrentar nova recessão – ou, em resumo, a situação econômica do país – foram os motivos que o levaram a fechar as portas, explicou Rufino. 
Assim a Adega, berço da tomada do poder pelo PT, chegou ao fim por culpa de uma crise econômica exatos treze anos depois de ali redigirem a Carta ao Povo Brasileiro, e ainda durante a gestão do mesmo partido. Leone Rufino, com o sorriso de quem gosta de iniciar polêmicas, faz uma previsão:
 “Depois de nós, o próximo a fechar as portas é o governo do PT.”
 18 de setembro de 2015
JOÃO ALMEIDA MOREIRA
Da Revista do Piauí

O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS


Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa…
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade…
Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!
Mario de Andrade

18 de setembro de 2015

NOTA AO PÉ DO TEXTO
Trago de volta ao blog esse belíssimo poema, cuja autoria  polêmica, permanece: ora de Mario de Andrade (o poeta e ensaísta brasileiro), Ricardo Gondim, que reivindica a sua autoria, e finalmente do poeta angolano Mario Pinto de Andrade.
Posto então, matéria interessante e esclarecedora sobre o assunto.

ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...

Este blog visa apenas dar visibilidade a textos de autores considerados de interesse para a compreensão da História Colonial de Angola. 
Por abarcar os mais diversas abordagens, é um blog dedicado aos de espirito aberto, que gostam de avaliar assuntos, levantar questões e tirar por si próprios suas conclusões. 
É natural que alguns assuntos venham a causar desagrado, e até reações da parte daqueles cujas perspectivas estejam firmemente cristalizadas.

domingo, 29 de abril de 2012

Mário Pinto de Andrade: a lucidez é um sorriso triste




Em 1948, Lisboa devia ser triste. O regime fascista asfixiava, os ecos de um pós-guerra aportavam, anunciando, ainda num murmúrio surdo, o início de uma era que mudaria a correlação de poderes até então instituída. A maquilhagem imperial começava-se a borratar na cara da velha cidade-madrasta.

Nas ruas da capital da metrópole, os estudantes das colonias, entre os quais um recém-chegado jovem de vinte anos, vindo de Golungo Alto - Mário Pinto de Andrade. “Foi em Lisboa que o conheci, no final da década de 40, estudantes da mesma escola, tentando ele fazer jornalismo para se poder manter aqui; procurando transmitir os testemunhos culturais dos africanos que nas colonias viviam, a dos disseminados pela Europa e Américas”. Recordação do editor João Sá da Costa, no texto de apresentação dos livros A Guerra do Povo na Guiné-Bissau(Mário Pinto de Andrade), Sagrada Esperança (Agostinho Neto) e Nós, os do Makulusu (Luandino Vieira), em 9 de Dezembro de 1974.


Na Casa dos Estudantes do Império, Mário conhece Amílcar Cabral, Agostinho Neto e outros nomes fortes que acabariam por empurrar do pedestal o colonialismo português. Os debates e tertúlias sucediam-se. “Mário era capaz de ouvir uma pessoa durante uma hora seguida, sem interromper. Quando tomava a palavra comentava, ponto por ponto, os vários argumentos. Ao contrário de outros políticos de movimentos nacionalistas que pareciam usar uma dupla linguagem - a política e a pessoal - , com o Mário tive sempre a impressão de estar a falar com uma ‘pessoa inteira’”, recorda Carlos Moore, etnólogo cubano-jamaicano que conheceu o nacionalista angolano nos anos 80. “Sempre que não estava de acordo com alguma ideia, sorria, mas não de forma irónica. Ele era muito aberto e fraterno, com ele a conversa era possível”, remata.



com Amílcar CabralEsta postura remontava já aos primeiros tempos de Lisboa. “Quem o ouvisse falar, fosse à mesa do café Chave d’Ouro, ou na casa do [poeta santomense da negritude] Francisco Tenreiro, ou no café-clube perto do Museu das Janelas Verdes (onde se juntavam africanos residentes em Lisboa e os que vinham e iam de Angola com as últimas notícias clandestinas), aperceber-se-ia que o que dele vinha era uma constante batalha de pregação da lucidez de espírito”, descreve o editor João Sá da Costa. “Era isso que o apaixonava: a lucidez.”

Aprendiz de ensaísta

“Surpreendido pela História num lugar e tempo determinado”, como escreveria muitos anos depois, Mário Pinto de Andrade desde logo apontou baterias para a luta contra o sistema colonial. Depois de cinco anos em Portugal, salta para Paris onde frequenta a Sorbonne, edita a Présence Africaine e convive com Jean Paul-Sartre, Anta Diop, Léopold Senghor e com uma figura para ele determinante na interpretação e teorização do pan-africanismo e da negritude: o antilhano Aimé Césaire, que Mário colocava “muito alto na hierarquia das suas relações”, como recorda o intelectual e economista egípcio Samir Amin na mensagem de condolências enviada a Sarah Maldoror, depois da morte do seu amigo angolano. Carlos Moore recorda também “o conhecimento profundo” que Mário de Andrade tinha “sobre as origens e diferentes tendências do pan-africanismo”, que relacionava com “as diásporas africanas, o que não era corrente naquela época entre dirigentes políticos africanos, à excepção de Kwame Nkrumah.” “Ele achava necessário recuperar a auto-estima dos africanos negros, mas ao mesmo tempo identificava algumas contradições que teriam que ser resolvidas”.

A reflexão sobre a negritude, o panafricanismo e as lutas de libertação foi uma das preocupações constantes do intelectual angolano. Nos últimos anos de vida, colaborou com a UNESCO. Assinou uma bibliografia que inclui títulos como Origens do Nacionalismo Africano, Amílcar Cabral – Éssai de biographie politique, e inúmeros artigos e crónicas.

Numa entrevista inacabada a José Eduardo Agualusa (Público, 11 de Setembro de 1991), Mário Pinto de Andrade relembra que começou a sua produção intelectual com “poesia, como toda a gente”. “Poesia incipiente”. Continuou com contos até se transformar no que dizia ser num “aprendiz de ensaísta”. Apesar desta auto-apreciação, vários intelectuais consideram o pensamento deste personagem do nacionalismo angolano essencial. René Depestre, poeta do Haiti e amigo de Mário, observa que o angolano “era todo o contrário de um intelectual ‘superficial’”. “A seriedade dos seus propósitos e do seu pensamento escondia uma viva sensibilidade de poeta”, lê-se na mensagem de condolências que Depestre enviou a Sarah Maldoror.

“Ele era um pensador”, considera, por sua vez, Carlos Moore, que se recorda de longas conversas sobre “marxismo e a revolução em Cuba” com “uma pessoa muito curiosa”. Um “dandy da escrita”, chamou-lhe Carlos Lopes, sociólogo guineense e brasileiro, no artigo “Mário Pinto de Andrade: A Grande Ausência” (Soronde, Janeiro de 1991. “[Ele] era capaz de se corrigir a si mesmo cinquenta vezes antes de considerar o acto de parir palavra como consumado e autêntico”. “Esse rigor à disciplina”, reflecte, “traiu-no muitas vezes e, incompreendido por alguns, não provocava por espontaneidade o mérito que merecia. Tal atitude não o atemorizava e parecia-lhe como que o preço a pagar pela ‘integridade intelectual’”.

E o momento fê-lo político

Os contactos de Mário Pinto de Andrade com os movimentos independentistas africanos começam em Paris, ainda nos anos 50. O agora político desdobra-se em contactos em Argel, Casablanca, Accra e Conakry, num processo que culminou em 1960, ao tornar-se no primeiro presidente do MPLA. Ocupa o cargo durante dois anos, até à fuga de Agostinho Neto de Portugal. Em 1961 é eleito secretário-geral da Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas.



Rabat Kesha (ANC), Marcelino dos Santos (CONCP, FRELIMO), Amália Fonseca (CONCP, PAIGC), Nelson Mandela (ANC), Mário Pinto de Andrade (CONCP, MPLA) e Aquino de Bragança (CONCP) em Rabat, Marrocos, em 1962.

Mário travava a sua luta pela independência “com uma caneta e não com um fuzil”, aponta Carlos Lopes, facto que não escapava desapercebido dentro do partido. “Troçavam dele porque não ia ao Maqui, mas ele (…) era incapaz de matar”, defende a companheira do nacionalista, Sarah Maldoror. “Ele não era um combatente de armas. Era um combatente de espírito”.

Na verdade, a estrutura partidária pouco teria a ver com o nacionalista, sugerem os seus amigos. “Ele era um homem da esquerda marxista, mas não marxista-leninista. Preocupava-se muito com a liberdade de criação e independência intelectual. Era um pensador, não era um homem de aparelho”, salienta Carlos Moore. “No entanto, compreendia que, no mundo moderno, para se desenvolver uma luta de emancipação, era necessário criar um partido político”.

Na mesma linha, o amigo Carlos Lopes não hesita em escrever que “Mário, apenas por equívoco ocupou cargos de responsabilidade governativa, ele que, pelo seu diálogo permanente, interrogação fértil e contestação rápida dos princípios instituídos, preferia esta do lado da inversão, senão subversão intelectual”. Classificando-o como um “democrata socialista, internacionalista”, o egípcio Samir Amin não duvida que o nacionalista angolano “sabia o que fazia” e que “estava “perfeitamente consciente dos limites históricos do combate do momento, dos problemas novos e das dificuldades que a vitória certa traria”. Como o exílio.



Deixar Angola e a utopia

Em 1974, depois de protagonizar, com o seu irmão Joaquim Pinto de Andrade, a chamada “Revolta Activa”, em oposição a Agostinho Neto, Mário abandona Angola, onde nunca mais volta em vida.
Parte então para a Guiné-Bissau, onde já tinha estado durante a guerra colonial, e onde ficou conhecido por “Bibi” entre “os camaradas mais chegados” do PAIGC, relembra o amigo José Araújo no artigo “No Tempo dos Aviões” (Tribuna, 1 de Setembro de 1990). No país dos grandes rios, torna-se, a convite de Luís Cabral, o Primeiro Comissário de Informação e Cultura e, mais, tarde, no Ministro da Cultura, trabalhando com os artistas locais, entre os quais o célebre poeta, compositor e intérprete José Carlos Schwarz, que o dirigente “tanto encorajou”, recorda José Araújo. Em 1980, Nino Vieira derruba Luís Cabral, atirando Mário para uma nova errância que se prolongou ao longo dos dez anos de vida que lhe restavam entre França, Portugal e Moçambique.

“O exílio torturava-o”, relembra Carlos Moore. “Havia várias camadas de sofrimento no seu sorriso. Quando falava na guerra civil em Angola ficava com o olhar perdido e interrogava-se: ‘quem imaginaria que isto pudesse acontecer?’” E havia “a distância da família”, aponta, costante desde os tempos da luta nacionalista, e que terá deixado mais marcas nele próprio que nas suas duas filhas. “Soube desde cedo que o meu pai não estava connosco, porque tinha algo de muito importante a fazer. Independentemente da ausência, recebi muitas referências dele, através de cartas e dos momentos em que estávamos juntos e em que ele nos transmitia conhecimentos e despertava interesses”, conta a filha mais nova, Henda Ducados.

Mário Pinto de Andrade faleceu a 26 de Agosto de 1990. Voltou então “a casa”, onde foi sepultado no Cemitério Alto das Cruzes,em Luanda. Sarah Maldoror, em take final: “Creio que o Mário vai ter importância daqui a 10 anos, quando os angolanos escreverem verdadeiramente a história do seu país. (…) Nessa altura toda a sua dimensão – política e intelectual – será reconhecida (…) Podemos opinar tudo o que queremos sobre Mário Pinto de Andrade menos questionar a sua integridade intelectual ao longo de toda a história do MPLA. Morreu como se devia – na maior pobreza. Morreu sem deixar nada às filhas. Mas era dono de uma honestidade e rectidão fora do comum”.



*As cartas e artigos citados fazem parte do espólio de Mário Pinto de Andrade reunido na Fundação Mário Soares, e que está disponível em www.fmsoares.pt/aeb/dossier13

artigo originalmente publicado no Novo Jornal, Angola, Agosto de 2009
por Pedro Cardoso

O valioso tempo dos maduros

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!

Mário Pinto de Andrade


(Para quem não conhece, político angolano, co-fundador do MPLA)

http://forum.angolaxyami.com/angola/129100-o-valioso-tempo-dos-maduros-por-mario-pinto-de-andrade.html

Publicada por MariaNJardim

THE VERY BEST OF ENYA

The Very Best of Enya - YouTube

www.youtube.com/watch?v=u9yDWiosyfk





18 de setembro de 2015
m.americo

DICAS VALIOSAS PARA CONVENCER AS PESSOAS

Talvez nunca tenha passado pela sua cabeça, mas muitos problemas pessoais, profissionais e de relacionamentos em geral poderiam ser evitados ou resolvidos de uma maneira menos traumática se soubéssemos lidar melhor com as outras pessoas.

Quando entendemos um pouco melhor algumas questões sobre comportamento humano, conseguimos nos relacionar melhor com aqueles que, de alguma forma, fazem parte da nossa vida. 
Se você sente que tem problemas para se comunicar efetivamente e ser ouvido, por exemplo, talvez o que falte seja um pouco de técnica na maneira como você se aproxima do seu público-alvo.

A revista Time publicou uma série de dicas para aquelas pessoas que precisam da ajuda de outras, seja por um trabalho em equipe ou para chamar a atenção do professor para um projeto novo, por exemplo. 

Confira a seguir:

1 – A isca




O economista comportamental Dan Ariely defende a eficiência da aplicação do que chama “efeito isca”. Você pode entender do que se trata com um exemplo bem simples: imagine que determinado jornal está fazendo uma oferta para a venda de assinaturas.

Para o cliente que vai receber a versão online do conteúdo, a assinatura custa R$ 50,00. Já quem vai receber a versão impressa vai pagar R$ 100,00. Para fazer com que as pessoas escolham a assinatura mais cara, adicionamos uma terceira opção: um pacote, também custando R$ 100,00, que une tanto a versão online quanto a impressa.

Por saber que a terceira opção custa tanto quanto a segunda e, de quebra, ainda oferece os dois serviços, é bem possível que o jornal venda mais assinaturas de R$ 100,00. 
“Em outras palavras, se você está tendo dificuldades para vender o mais caro de dois produtos, considere adicionar uma terceira opção cuja única função é fazer com que o produto caro pareça mais atraente”, resume a publicação.

2 – Escolha o ambiente certo para a conversa



Às vezes, quando você quer uma coisa, a melhor maneira não é falar exatamente sobre ela. Imagine seu cérebro como um oceano. Aquilo que você pensa conscientemente é a ponta de um iceberg; seus estímulos inconscientes, o iceberg submerso.

Já sabemos, por exemplo, que determinados estímulos conscientes podem “despertar”, por assim dizer, atitudes inconscientes. Para entender melhor, usamos um exemplo que está no livro “You Are Not So Smart”. 
Nesse exemplo, participantes de um jogo envolvendo apostas optaram por ficar com mais dinheiro quando estavam em uma sala com uma pasta, um portfólio de couro e uma caneta tinteiro em relação a quando estavam em uma sala com objetos mais simples e neutros.

A questão é que, mesmo os participantes não tendo noção do que estava acontecendo, eles se tornaram mais competitivos quando estavam em um ambiente com uma decoração mais empresarial. Quando você quer ter uma conversa menos competitiva, o ideal é escolher uma cafeteria, por exemplo, em vez de uma sala de reuniões empresariais.

3 – Quer a ajuda de alguém? Então ajude essa pessoa primeiro




De acordo com o psicólogo Robert Cialdini, a reciprocidade pode ser muito mais produtiva do que imaginamos. Digamos que aquele seu colega ótimo em Física tirou uma nota ruim em Língua Portuguesa, e você, gênio das letras, se oferece para dar umas dicas de redação.

Esse seu colega vai, certamente, ajudar você a entender melhor aquela matéria sobre eletricidade. Na verdade, ele vai ter uma sensação de obrigação, de necessidade de fazer o mesmo por você. Então, antes de pedir ajuda, a dica é ver se a pessoa para quem você vai pedir essa ajuda não está com dificuldade em algum sentido. Se estiver e se você puder ser útil de alguma maneira, é só se prontificar a dar uma mãozinha.

4 – Seja um espelho



Nós já demos algumas dicas aqui no Mega Curioso para que você se torne um expert em linguagem corporal. quando aconselhamos você a ser um espelho, é justamente a esse ponto que queremos chegar: imitar a linguagem corporal de quem está falando com você é uma forma de fazer com que essa pessoa vá com a sua cara e, consequentemente, conceda alguma ajuda ou, no mínimo, preste atenção ao que você está falando.

Cientificamente, isso é conhecido como o “efeito camaleão”, que é basicamente o fato de que as pessoas tendem a gostar quando a pessoa com quem estão falando imita seus gestos e suas expressões faciais. Pesquisas relacionadas a esse fenômeno revelaram que ele acontece de forma inconsciente, sem que as pessoas percebam isso.

5 – Preste atenção na velocidade do seu discurso



Tão importante quanto o que você quer dizer é a forma como isso acontece. Pesquisas recentes revelaram que quando alguém discorda daquilo que você está dizendo, responder falando mais rápido é uma boa forma de fazer com que essa pessoa mude de ideia, pois assim ela terá menos tempo de processar o que você está dizendo.

O mesmo acontece no sentido contrário: se a pessoa com quem você está falando concorda com o que você está dizendo, o conselho é falar mais devagar, para que ela tenha tempo para avaliar a sua mensagem.

6 – Prefira substantivos a verbos



Em um estudo recente, os pesquisadores avaliaram os efeitos de duas versões diferentes da mesma pergunta: “Quão importante é para você VOTAR na eleição de amanhã?” e “Quão importante para você é ser um ELEITOR na eleição de amanhã?”
A mudança nas sentenças foi pequena, mas, nos resultados, significativa.

Os pesquisadores observaram que os voluntários que responderam à pergunta com a palavra “eleitor” tinham uma tendência maior de votar em determinado candidato no dia seguinte. Isso acontece porque as pessoas gostam da sensação de que pertencem a determinado espaço ou grupo, por isso o uso do substantivo é ideal, pois deixa a frase mais pessoal e, consequentemente, cria uma identidade.

7 – Para negociar bem



Quando estiver tentando convencer alguém a fazer alguma coisa, o conselho é enfatizar ao interlocutor o que ele está prestes a ganhar em vez de dizer o que ele pode perder. 
Na hora de vender um carro, por exemplo, dizer “Eu quero R$ 15 mil pelo carro” é muito menos eficiente do que dizer “Você leva meu carro por R$ 15 mil”. 
Fica a dica, vendedores.

E você, tem alguma dica infalível para ter uma boa relação com as outras pessoas? Conte para a gente nos comentários!


18 de setembro de 2015

PLACAS BIZARRAS ENCONTRADAS EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS

1 — Eu queria tanto acariciar alguém enquanto aguardo o meu atendimento!

2 — Esperamos que o senhor se mate

3 — Se for com a narração do Galvão, nem quero ver

4 — Você consegue até certificado no final

5 — E fica avisado

6 — Esta placa confunde qualquer um. Exceto algumas pessoas

7 — Mas quem faz isso?

8 — O que é “mossar”?

9 — Ele perdoa a sua menstruação

10 — Bacons e calabresas, favor encaminhem-se para a fila ao lado

11 — O tráfico de pessoas está cada vez mais presente na sociedade

12 — Mas quem pode entrar mesmo?

13 — Esses alimentos transgênicos...

14 — Porque a propaganda é a alma do negócio

15 — Será que eles sabem o que são glúteos?

18 de setembro de 2015

15 CURIOSIDADES INCRÍVEIS SOBRE OS INSETOS

Como não amar os insetos? Tá bom, não é bem assim, já que quase todo mundo odeia ou tem medo da maioria desses bichos. Mas o que ninguém pode negar que eles são interessantes e têm características incríveis. Aqui no Mega eles são celebridades reconhecidas, como você pode ver clicando aqui, aqui e aqui.

Seus pequenos exoesqueletos e corpos formados por cabeça, tórax e abdômen, além das seis patas e do par de antenas, é claro, são capazes de realizar muitas coisas. Das minúsculas proporções de sua estrutura, podemos esperar grandes habilidades e incríveis comportamentos.

Por isso, nós trazemos uma lista de 15 características desses seres que mostram porque eles podem ser tão fascinantes. Os itens são baseados em uma publicação do site Live Science. Confira:

1. As criaturas mais bem-sucedidas do planeta

Se você pensar que há aproximadamente nove milhões de espécies animais diferentes no planeta, as somente 1,5 milhão catalogadas pelos cientistas parecem pouco. Mas pensando um pouco sobre isso, um dado é realmente incrível: os insetos correspondem a dois terços desse um milhão e meio, e, dos 9 milhões, quase 90% (eu disse 90%!), são desses pequenos invertebrados. Suas características como tamanho reduzido, facilidade de reprodução, baixo consumo de energia e o auxílio das asas, entre outras, permitem o constante crescimento da população.

Será mesmo que são os humanos que mandam aqui?

2. Besouros são os caras



Mais de 40% dos insetos são besouros. Pelo menos dos catalogados, o que totaliza mais de 380 mil espécies e o maior grupo de criaturas da biodiversidade. A grande incidência de besouros no mundo, semelhantemente a outros grupos de insetos, se dá pela versatilidade de seu estilo de vida, o que garante que suas espécies não sejam extintas. Mamíferos e anfíbios, por exemplo, são mais suscetíveis a essa situação.

3. As formigas comandam

O planeta é delas, não adianta discutir. De acordo com os biólogos Bert Hölldobler e E. O. Wilson, estimaram que 10 quatrilhões (É melhor não tentar contar os zeros, nem colocar esse número na calculadora, pois provavelmente você não vai conseguir =/) vivem no planeta. Isso, levando-se em conta uma população de 7,3 bilhões de pessoas, representa aproximadamente 1,4 milhão de formigas por ser humano na Terra. Vamos respeitá-las!


4. Em todos os continentes… ou quase todos

Você pode encontrar insetos em qualquer lugar pelo mundo todo, ou quase todo. Isso porque na Antártida, a presença desses bichos é bem escassa. A única espécie de inseto verdadeira no continente de gelo é pequena Belgica antarctica, que possui entre 2 e 5 milímetros. Para sobreviver ao meio tão gelado, entre diversas adaptações, essa espécie consegue suportar o congelamento com seus fluidos corporais e absorver o máximo de luz solar possível, por meio de sua carcaça preta escura, para se manter aquecido.

A espécie Belgica antarctica
5. Só não vencem a água

Se você realmente odeia os insetos e quer ir para um lugar em que se livre deles, a única saída é desenvolver guelras e nadadeiras e procurar abrigo no oceano. Não se sabe ao certo o porquê, mas acredita-se que não haja espécies de insetos nos oceanos em virtude de o ambiente não ser favorável, principalmente pela falta de recursos e plantas para a alimentação. Há outra teoria que diz que os crustáceos, os quais são uma espécie de primos dos insetos, tomaram conta dos oceanos “expulsando os insetos para fora” ao longo dos anos da evolução.

6. Os anciãos

Os insetos estão há muito mais tempo do que nós na Terra. Aliás, eles estão há muito mais tempo até que os dinossauros, já que estão nesse mundo há aproximadamente 400 milhões de anos, de acordo com o fóssil de inseto mais antigo encontrado. Os grandes répteis, estima-se, iniciaram sua passagem por este mundo 170 milhões de anos depois dos pequenos invertebrados, os quais são apontados como os primeiros seres vivos a iniciarem a transição dos oceanos para a terra.

7. O maior inseto que aterrorizou o planeta

Datado de 250 milhões de anos atrás, segundo os cientistas que analisaram o fóssil encontrado, o maior inseto que viveu na Terra é o Meganeuropsis, que era um tipo de libélula com uma extensão de asas que chegava a quase um metro de comprimento. Estima-se que seu reinado tenha acontecido entre 290 e 250 milhões de anos atrás e que eles se alimentavam de outros insetos e alguns tipos de pequenos anfíbios.



Se você já viu uma libélula, certamente percebeu o barulho forte que fazem ao agitarem as asas. Já imaginou se deparar com um desses de quase um metro?

8. Os grandiosos e os minúsculos

Atualmente o maior inseto, em comprimento, que existe na Terra é o Phobaeticus Chani que é uma das espécies do popular bicho-pau. Ele pode chegar a 66 cm e é nativo da ilha de Bornéu. Mas apesar de grande, este inseto é leve perto do chamado Deinacrida heteracantha, uma espécie de inseto sem asas que pode chegar a pesar quase 500 gramas.

Enquanto isso, a menor espécie de inseto existente hoje é um tipo de vespa da Costa Rica cujo macho mede 0,14 milímetros.

9. Visão extremamente incrível

Imagine se você pudesse ter uma visão de 360 graus. É no mínimo interessante imaginar uma situação em que você vai perceber praticamente tudo que ocorre à sua volta. Bem, é isso que quase acontece com as libélulas, pois elas têm quase uma visão total de seu entorno. Mas como isso acontece com as libélulas e algumas outras espécies de insetos? Eles possuem olhos compostos formados por várias unidades individuais chamadas omatídeos. A libélula, por exemplo, possui cerca de 30 mil unidades como essa em seu globo ocular, fazendo com que ela seja a espécie com o olho-composto mais impressionante que a ciência já viu.

O olho-composto de uma libélula

10. Como se não bastasse a visão já aguçada

Alguns insetos possuem um olho extra. Isso mesmo, é um terceiro olho que fica acima da linha dos principais onde seria o equivalente à “testa” dos bichos. Estudos recentes mostram que algumas espécies utilizam esse órgão para identificar e distinguir luzes.

11. O mais rápido

O recorde estimado para a velocidade alcançada por um inseto é de 145 km/h. Essa velocidade foi calculada por um ex-professor de entomologia da Universidade da Flórida, quando ele resolveu atirar um pequeno grão com um rifle de ar para verificar se o macho de uma espécie de mosca seria capaz de pegá-lo. E ele o fez!

12. As exceções de longa vida


Alguns insetos possuem uma vida maior na forma de larvas ou casulos do que como um reprodutor adulto e a maioria leva alguns dias ou semanas nessa fase. Porém, em algumas espécies de formigas, abelhas e vespas, a rainha chega a viver várias décadas. De acordo com uma pesquisa de 2013, a formiga-vermelha rainha chega a viver 30 anos.

13. Herdeiros pra dar e vender

A rainha de uma espécie de cupim encontrada na Ásia e na África, certa vez, foi estudada por um entomologista que constatou que ela botava ovos a cada dois segundos. Sabe quanto isso resulta em um dia? Aproximadamente 43 mil unidades soltas. Que fôlego, não?



No mais, a maioria das “rainhas comuns”, se é que podemos chamar assim, bota de seis a sete mil ovos por dia. O que também não é pouco, diga-se de passagem…

14. Saltador de responsa

Enquanto um homem não consegue saltar uma altura maior que uma vez o seu próprio comprimento, uma espécie de cigarra com o nome Philaneus spumariusatinge mais de 100 vezes a própria altura (cerca de 70 cm) com um salto. A constatação é do jornal Nature e foi relatada por um cientista em 2003, sendo o recorde entre os saltos de insetos.

15. Forte como um besouro-do-esterco?

Sim, o besouro-do-esterco é a espécie de inseto mais forte que se conhece. O bicho consegue carregar um peso 1.141 vezes maior que o seu próprio, segundo reportado por alguns cientistas em 2010.

O besouro-do-esterco

Por uma questão de curiosidade, nesse item os humanos são capazes de vencer (Yesss!). Conforme o recorde mundial registrado no Guinness Book, o pastor canadense Kevin Fast conseguiu arrastar um Boeing C-17 Globemaster III por nove metros. Como o peso do avião é de 188,8 toneladas e o do recordista é de 136 kg, a proporção é de 1.388 vezes.


18 de setembro de 2015
Rafael Sanson

2CELLOS

DO QUE AS PESSOAS MAIS MORREM NO MUNDO DE HOJE?



Estatísticas recentes apontam que a causa número 1 de mortes de pessoas no mundo são as doenças cardiovasculares, principalmente a cardiopatia isquêmica e o infarto. A informação é da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Confira o ranking das 10 principais causas de mortes de pessoas no mundo hoje:

10. Nascimento Prematuro – O parto antes da 37ª semana de gestação é a principal causa de morte de recém-nascidos.

9. Acidentes de Trânsito – Cerca de 3500 pessoas morrem por dia vítimas de acidentes de trânsito no mundo.

8. Diabetes – Essa é uma das doenças crônicas que mais matam no mundo.

7. Câncer nos Pulmões – O câncer de pulmão é uma doença degenerativa que causa um grande número de mortes todos os anos.

6. HIV/AIDS – Considerada a sexta maior causa de mortes no mundo, a AIDS é uma síndrome da Imunodeficiência.

5. Diarréia – A diarreia por mais de 5 dias pode levar à morte por desidratação. Cerca de 2 mil crianças morrem por dia de diarreia no mundo.

4. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença respiratória progressiva, comum em fumantes com mais de 60 de idade.

3. Pneumonia – A doença é caracterizada pela infecção dos alvéolos pulmonares por fungos, vírus ou bactérias. É uma doença grave, principalmente para crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.

2. Infarto - O infarto agudo do miocárdio ocupa o segundo lugar entre as maiores causas de mortes do mundo.

1. Cardiopatia Isquêmica – A causa número 1 de mortes é a cardiopatia isquêmica, uma doença que provoca menor fornecimento de sangue ao coração.


18 de setembro de 2015
Juliana Miranda

A CONSPIRAÇÃO DA CURA DO CÂNCER



Muito se fala sobre uma possível conspiração mundial para que a sociedade não tenha a cura definitiva do câncer. Alguns acreditam que médicos, companhias farmacêuticas e agências de governos tenham um pacto para impedir qualquer avanço na direção da cura da doença. Mas porque eles iriam barrar tal avanço?A resposta mais óbvia seria: para manter os altos lucros que o tratamento do câncer traz.

Não existe uma comprovação sobre a existência dessa suposta conspiração da cura do câncer, mas já é notório que alguns pesquisadores têm divulgado descobertas importantes nessa área de pesquisa e, curiosamente, eles não têm recebido o apoio que merecem, pelo menos é o que tem acontecido no Brasil.

Um caso que tem chamado a atenção é o do professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), Gilberto Orivaldo Chierice, que coordenou durante 20 anos estudos sobre a fosfoetanolamina sintética, uma droga que poderia ser a cura para a doença. O pesquisador acredita que desenvolveu uma substância que pode curar o câncer com alto índice de resultados positivos.

Gilberto Orivaldo Chierice afirma que a substância fosfoetanolamina sintética, que está presente no organismo, pode ajudar a sinalizar as células cancerosas, estimulando sua expulsão pelo sistema imunológico. O cientista já concedeu várias entrevistas a veículos de comunicação denunciando a falta de interesse de laboratórios e do governo brasileiro por sua descoberta.


Má Vontade do Governo?

A droga chegou a ser fornecida gratuitamente em São Carlos, mas a USP proibiu a distribuição do medicamento até que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) forneça o registro da substância. Acontece que a Anvisa alega que não tem nenhum processo formal para a avaliação do produto em seus registros.

O descobridor da suposta cura do câncer diz que a substância não chegou ao mercado por “má vontade” das autoridades. Segundo o pesquisador, a Anvisa foi procurada 4 vezes e se negou a avaliar o medicamento por falta de dados clínicos.

O professor aposentado da USP contou que a nova droga tem a capacidade de matar as células cancerosas, levando à cura da doença em seis ou oito meses. Já existe outro país interessado em fabricar a substância, o que levará o governo brasileiro a ser obrigado a comprar esse medicamento no mercado internacional no futuro, caso seja comprovada sua eficácia.

Assista ao vídeo:

O professor Gilberto Orivaldo Chierice disse ainda que deve existir, pelo menos, uma dezena de outras drogas benéficas para o tratamento do câncer sem liberação. Diversos pacientes com câncer entraram na Justiça para que a USP forneça as cápsulas de fosfoetanolamina sintética.



18 de setembro de 2015
Juliana Miranda

CERCA DE 200 ESQUELETOS DE SOLDADOS DE NAPOLEÃO SÃO ENCONTRADOS EM FRANKFURT


Esqueletos de soldados do exército de Napoleão são descobertos em um canteiro de obras em Frankfurt, na Alemanha - 17/09/2015(Daniel Roland/AFP)

Cerca de 200 esqueletos de soldados do Grande Exército de Napoleão foram encontrados no canteiro de obras de um futuro complexo imobiliário de Frankfurt, anunciou a prefeitura da cidade alemã nesta quinta-feira.

"Estimamos que cerca de 200 pessoas foram enterradas aqui", explicou Olaf Cunitz, prefeito adjunto de Frankfurt, durante coletiva de imprensa no local, no bairro de Rödelheim. Segundo as primeiras estimativas, trata-se de soldados mortos em 1813 quando faziam o caminho de volta após a sangrenta derrota de Napoleão Bonaparte na campanha na Rússia.

Ao retornar à França, Napoleão lutou em Hanau, uma cidade vizinha a Frankfurt, em meados de outubro de 1813, lembrou Cunitz. Os combates que ocorreram na região deixaram cerca de 15.000 mortos.

Os soldados descobertos em Frankfurt provavelmente morreram em decorrência de ferimentos ou sucumbiram à epidemia de tifo que dizimou o exército na época, explicou o prefeito. As hipóteses ainda serão verificadas cientificamente.

Os túmulos foram descobertos graças às precauções arqueológicas feitas no canteiro de obras. Essas medidas foram adotadas a partir de 1979, quando outros soldados foram encontrados no bairro.

Sabe-se que os túmulos foram erguidos às pressas, como fazem os militares, de acordo com Andrea Hampel, diretora de inspeção dos monumentos históricos de Frankfurt. Os soldados estão em caixões muito simples, mas que permitiram a boa conservação dos esqueletos. Eles estão alinhados em fila, um ao lado do outro, e numa orientação Norte-Sul, o que chamou a atenção dos especialistas - a Europa cristã tinha o hábito de enterrar seus mortos num eixo Leste-Oeste. Sinal de que os corpos foram enterrados na pressa, segundo Hampel.

Alguns botões de roupas encontrados nas tumbas permitiram garantir a datação ao redor de 1813.

Mais de trinta esqueletos já foram retirados do solo, e as buscas revelaram cerca de 200 tumbas, segundo o diretor do canteiro, Jürgen Langendorf. Os trabalhos ainda vão continuar por mais quatro a seis semanas.

(Com AFP)

18 de setembro de 2015
Veja, Mundo.